quinta-feira, 28 de agosto de 2014

NICK DRAKE É CAPA DA UNCUT!





















Revistas de música com Nick Drake na capa são sempre uma excelente notícia! Hurray!

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

THE DODOS+KURT VILE & THE VIOLATORS+HAMILTON LEITHOUSER+THE GROWLERS+BEIRUT+JAMES BLAKE, Festival Paredes de Coura, 23 de Agosto de 2014

The Dodos, Palco Vodafone FM
















A dúvida sobre quantos anos precisos passaram sobre a estreia dos The Dodos em Coimbra assaltou-nos a memória logo que os primeiros acordes soaram na tenda. Dessa noite já com oito anos, está agora confirmado, é impossível esquecer a energia e agitação contagiante do então trio que, muito sinceramente, não tínhamos ilusões de tornar a testemunhar. Mesmo assim e apesar do nítido cansaço causado pela intensa digressão que encerrou em Coura, o duo agarrou de imediato e sem contemplações todos os presentes com velhos e novos temas e onde o clássico desafio bateria vs guitarra fez constante faísca ao longo de uns curtos (circuitos) mas intensos quarenta minutos.            

Ver Kurt Vile no palco grande a tocar para uma imensa plateia prova que há ainda neste mundo estranho da música um pouco de justiça. Mais uma vez, pomo-nos a fazer contas para recordar o serão memorável de estreia pelo Porto em tempos de ruidosas trips sonoras de travo stoogiano mas onde, como agora, o tio Neil Young é um dos principais “culpados”. Descontando a pobreza do som, as canções de Vile de solos extensíveis e moldáveis preencheram da melhor forma o fim de tarde soalheiro e de brisa fresca enquanto, colina acima, muito do público ainda em modo-zen e de óculos escuros se espreguiçava vagorosamente. A experiência pode e deve ser repetida virtualmente perante um qualquer pôr-de-sol atlântico ou viagem pausada de longa duração – é só preciso fazer soar suavemente “Wakin On A Pretty Daze” de princípio ao fim!

O disco solo de Hamilton Leithouser é um caso sério de composição. Para o provar bastou a sua curta passagem pelo palco secundário do festival replecto de fiéis seguidores. Do pré-hit “Alexandra”, ao swing de “The Silent Orchestra” passando pela perfeição de “I’ll Never Love Again”, pedrada que encerra o disco e que obrigou os mais esquecidos a recordar que os The Walkmen eram (são?) uma banda do caraças, houve muito por onde escolher. Depois há, milagrosamente, um vozeirão a alcançar níveis imbatíveis e arrebatadores e que levou o próprio Leithouser a arriscar, sem receios, versões únicas de Sinatra e Cohen já que a noite era de festa de encerramento de digressão. Um concerto surpreendente, vibrante e a deixar, desde logo, muitas saudades.     
        
Horário nobre, palco principal, plateia imensa. Temos dúvidas que os The Growlers merecessem tamanha distinção e o concerto acabaria por provar o risco (desnecessário?) da aposta. Bem que se esforçaram por “fazer a festa” ou não fosse a sua música uma combinação bem-feita de desordem sonora, líricas non-sense (ouça-se, por exemplo, “Use Me For Your Eggs”) e um vocalista nasalado e atrevido. Certo é que mesmo com as ondas à mexicana, da trupe de crocodilos vindos da frente do palco e da noite marcar o fim da tournée (mais uns!), o concerto nunca “levantou voo” efectivo, funcionando como um temporizador divertido para o acto seguinte…

Finalmente! Temos os Beirut à nossa frente prontos para fazer história ao fim de mais de uma década de espera infindável. Começar com "Nantes" e “Vagabond” logo assim, de rajada, deu para desconfiar, mas Zach Condon e companhia sabiam ao que vinham – estremecer muitas das almas, nós incluídos, com canções únicas e intemporais e cedo se percebeu a magia do momento. Muitos braços no ar, gargantas afinadas e um inusitado conjunto de metais onde o cornetim de Condon se mostrou imparável no comando da orquestra. Foi bom? Claro. Podia ter sido melhor? Óbvio, mas foi sem dúvida um privilégio ter lá estado. 

A resposta à questão se James Blake tem estatuto suficiente para encerrar Paredes de Coura pode não fazer sentido. A sua música já foi devidamente assimilada pela maioria e no Primavera Sound de 2013 em horário semelhante a receita acabou por funcionar. Mas ali, outra vez perante uma enorme plateia, a subtileza das suas canções perdeu-se por entre as árvores e muitos acabaram por desistir de participar, funcionando o longo alinhamento (uma hora e meia) como fundo sonoro para conversas sobre o frio da noite, a fila dos crepes ou desabafos do género “o gajo só mete a 1ª e depois não desenvolve”. O cansaço físico generalizado ao fim de quatro noites talvez merecesse um despertador e um isotónico de diferente espécie. Até pró ano!  

(videos de alguns dos concertos em HugTheDj)

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

TOM WAITS UNCUT!





















São, certamente, quase 150 páginas para devorar! 
Versão digital, mais barata, aqui

domingo, 17 de agosto de 2014

ELEANOR FRIEDBERGER, Praça Central da Cidade da Cultura, Santiago de Compostela, 16 de Agosto de 2014



















Uma visita, várias vezes adiada, à Cidade da Cultura galega teve finalmente merecida concretização. Polémicas à parte sobre as virtudes deste "elefante branco" inacabado, um verdadeiro sorvedouro de dinheiros públicos (fala-se em 400 milhões de euros!), o espaço de perder de vista tem servido ao longo deste mês para uma série de concertos de fim de tarde de acesso gratuito na sua praça central. Com o monte Gaiás como pano de fundo, o espaço recebeu ontem Eleanor Friedberger para tocar canções para não mais de uma centena de privilegiados com direito a puf de aconchego, um pôr-de-sol magnífico, cerveja fresca a curta distância e até foguetório. A mana Friedberger brindou-nos com um excelente concerto de hora e meia (!) numa setlist entroncada nos seus dois discos a solo mas onde se intrometeram canções novas escritas na viagem de doze horas entre San Sebastian e Santiago e até o recitar de "Spaniolated", original do mano Friedberger nos Fiery Furnaces que fala em Sevilha e... São Tiago. Valeu! 

Video cortesia HugTheDj.

JULIA HOLTER, VERSÕES DOS SITXIES





















O álbum “Loud City Song” de Julia Holter, o melhor de 2013 aqui para a casa, respira uma magia absolutamente contagiante que obriga, quase sempre, ao carregar no botão de “repeat”. O tema “Hello Stranger”, descobrimos agora como sendo uma cover de uma canção de Barbara Lewis de 1963, é o exemplo perfeito dessa dependência e que mereceu por estes dias a sua inclusão numa pequena rodela de vinil de dupla face A ao lado de “Don’t Make Me Over”, versão de 1962, esta não incluída no disco, de Burt Bacharach e Hal David. Maravilha… e alguém faça o favor urgente de trazer a menina até uma salinha por perto!

NICK DRAKE, O LIVRO OFICIAL





















Já por aqui evidenciamos o nosso desagrado por algumas das opções comerciais de quem gere o legado de Nick Drake, neste caso, a sua irmã Gabrielle. O último dos lançamentos, a tal caixa de bolos com os CD's oficiais lá dentro, pareceu-nos mesmo despropositada. Mas eis que, com o consentimento e patrocínio oficial da família, surge a notícia do lançamento de um vistoso livro replecto de atractivos compilados precisamente pela irmã e que, na sua versão luxuosa, tem o acompanhamento de um 10" de vinil com cinco canções registadas na BBC para John Peel em 1969, sessão até à data dada como perdida. O "tesouro" estará disponível em Novembro mas aceitam-se desde já encomendas a um módico preço de 150£! Dá vontade de cometer uma loucura ou simplesmente antecipar a prenda de Natal...          

terça-feira, 5 de agosto de 2014

NICK DRAKE EM SUSPENSO













O aguardado leilão de uma fita com canções de Nick Drake na posse de Beverly Martin, uma história que já contamos por aqui, foi suspenso! Bem nos parecia cheirar a esturro...