Na penumbra adequada da sala do Passos Manuel, fez-se pois uma viagem de teor percussivo longe do jazz tradicional e que explora sonoridades estranhas a um saxofone (Pedro Sousa) e uma bateria (Gabriel Ferrnadini) a que os loops e efeitos de Hungtai foram dando hipnotismo espiritual. Não será fácil descrever esta audaciosa triangulação sonora de conivência e partilha antiga e de camaradagem fortalecida. Ressaltou, poderemos no entanto dizer, uma propositada rudeza de imanência óbvia mas em que os efeitos e truques percutivos de Ferrandini se mostraram magistrais para a validade surpreendente de uma expedição de quarenta minutos "entre a descida aos infernos e a ascensão cósmica"...
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