quarta-feira, 30 de setembro de 2009

20 ANOS DA WARP


A Warp Records, casa inglesa de ecletismo musical inquestionável, faz 20 anos em 2009 e, tal como prometido, decidiu comemorar. Assim, desde segunda-feira passada estão já disponíveis uma série de compilações ultra recomendadas. A primeira, nomeada Warp20 (Recreated), reúne em dois CD’s uma série de covers de artistas da casa em recriação diversa, onde cabe Jamie Lidell a brincar com os Grizzly Bear, o Seu Jorge a fazer e muito bem, uma versão de Elvis Presley ou até os Máximo Park a arriscarem uma versão de Vincent Gallo! A segunda, Warp20 (Chosen), contempla um primeiro disco escolhido por fãs e um segundo da responsabilidade de Steve Beckett, um dos fundadores da editora. Ambos agrupam originais diversos mas qualificados, existindo, contudo, uma lindíssima edição especial com mais alguns atractivos.
Entretanto, uma série de eventos/concertos tem marcado o aniversário em inúmeras cidades como Paris, Tokyo, Shiefield e que terminará em Dezembro com actividades em Londres e Berlin, onde se destaca a presença dos Battles, repetindo, assim, o concerto de Nova Iorque em Julho passado.


UMA NOVA VERSÃO DE JAMES YUILL


Um dos álbuns que mais ouvimos ao longo do corrente ano foi (é) “Turning Down Water From Air”, estreia do inglês James Yuill. Pop bem feita, acutilante, num misto acústico e electrónico, que apesar de ter sido editado em 2008 constitui, sem dúvida, um dos grandes discos do ano de 2009… Yuill, que estará no próximo mês a fazer a primeira parte da digressão dos Zero7, decidiu agora regravar o álbum na totalidade, tornando os temas originalmente mais electrónicos em versões acústicas (Earth) e vice-versa (Fire). Em Inglaterra o resultado será publicado em dois vinis de 12” mas, tal como nos EUA, estará também disponível uma versão digital. Para deleite, aqui fica este docinho…

terça-feira, 29 de setembro de 2009

OS PERIGOS DO iPOD


No mesmo dia (ontem), duas curiosas notícias sobre a geração iPod:
- será uma arma de guerra?
- será um perigo real para a saúde?
Para meditar!

A GRANDEZA DOS PHOENIX


Sempre gostamos dos Phoenix. Desde “If I Ever Feel Better”, que Erlend Oye fez o favor de promover nos seu Dj Kicks, desde a banda sonora de “Lost in Translation” de Sofia Coppola onde um “To Young” caía que nem ginjas, a banda sempre fez boas canções e bons álbuns. É certo que ninguém lhes ligava nenhuma, basta ver a passagem despercebida pelo Sudoeste em 2007…
Mas os Phoenix vivem actualmente momentos, certamente, mais felizes. Depois de terem sido largados pelo antiga editora e arriscarem tudo no novo álbum “Wolgang Amadeus Phoenix”, a banda francesa conhece hoje um êxito inigualável, principalmente nos E.U.A., onde, só este mês, estiveram, por exemplo, no programa de Conan O’ Brian e deram sábado passado um concerto, há muito esgotado, no Central Park de Nova Iorque. São inúmeras as remixes dos seus temas por gente conceituada (Friendly Fires, p.ex.) e surge agora um pequeno bombom pela mão de Devendra Banhart que se encarregou, com prazer, de baralhar e tornar a dar o tema “Rome”. É uma oferta da própria banda que muito agradecemos…

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O TALENTO DE JUDEE SILL


A história repete-se, sempre, algumas vezes: a cantora e compositora americana Judee Sill, a primeira artista que David Geffen contratou para a sua editora Asylum Records no início dos anos 70, viria a falecer em 1979 devido a uma suposta overdose de heroína. Para trás, esquecidos, tinham ficado dois álbuns de originais (Judee Sill de 1971 e Heart Food, de 1973), mas a inabilidade para lidar com concertos e o insucesso comercial, levou a artista a retira-se e a refugiar-se na droga. A triste história, a fazer lembrar o percurso similar de Nick Drake (1948-1974), só em 2005 ganharia novos capítulos. Nesse ano, foram reeditados ambos os discos em CD com a inclusão de demos de um inacabado terceiro disco e diversas versões ao vivo, trabalho devidamente misturado por Jim O’ Rourke, admirador de longa data da sua música. Desde aí, a redescoberta do legado de Judee Sill permitiu, entre discos de duvidosa proveniência, a edição inédita de um álbum de canções interpretadas a solo na BBC inglesa (vide vídeo abaixo) em começo de carreira (Live in London: The BBC Recordings 1972-1973) e ainda uma compilação de 2006 da responsabilidade da Rhino Records.
A culminar um reconhecimento mais abrangente, surge agora um disco tributo (Crayon Angel: A Tribute To The Music Of…) promovido pela editora independente American Dust, que reúne interpretações de alguns dos magníficos originais por artistas como Final Fantasy, Nicolai Dunger, Ron Sexmith ou Daniel Rossen, a voz dos Grizzly Bear e Department of Eagles. A principal novidade é, no entanto, a inclusão de dois temas de que só se conheciam as pautas originais, mas das quais não havia versões originais gravadas. A tarefa de dar vida a estes inéditos coube a Beth Orton, com a bonita reinterpretação de “Reach for the Sky” e a Bill Callahan que, ajudado por um antigo namorado de Judee Sill, reescreveu a balada “Like A Rainbow”.

Um talento que urge descobrir a que nem os Fleet Foxes resistiram!



(RE)VISTO #29


JEFF BUCKLEY – GRACE AROUND THE WORLD
DVD, Columbia, 2009
O património e legado que Buckley nos deixou no disco "Grace" de 1994, cedo obteve um reconhecimento global particularmente intenso no velho continente e em regiões, sempre atentas, como a Austrália e o Japão. As digressões associadas à promoção do disco, levou Buckley e respectiva banda a alguns programas televisivos de então, onde tocou quase todos os temas do disco. Estas interpretações, guardadas a sete chaves nos arquivos de diversos canais televisivos, circulavam em versões precárias entre fãs dedicados (basta ver o Youtube), masters cuja utilização legal Mary Guilbert, mãe do malograda artista, conseguiu, finalmente, reunir no primeiro DVD desta nova edição. Guilbert, produtora executiva, imaginou, então, uma versão de "Grace" com imagens, dando-lhe a mesma sequência do disco original, exceptuando "Corpus Christi Carol", difícil de encontar em boas condições e que aqui foi substituído por uma interpretação de “What Will You Say”. O resultado não desilude, mas não há aqui nada de novo que permita qualquer sensação de surpresa ou assombro.

Quanto ao segundo DVD, a desilusão é um pouco maior. As expectativas, sinceramente, não eram muito altas, mas desde 2004, data da sua estreia em alguns dos principais festivais de cinema, que "Amazing Grace" despertava inúmera curiosidade. Os prémios obtidos em alguns desses certames aguçavam ainda mais o apetite, a que se acrescentam os múltiplos e inexplicáveis adiamentos da sua edição em DVD. Recorrendo aos habituais testemunhos de amigos, músicos, etc. o filme vai, ao longo de uma hora, contando uma história já conhecida, repetida, que roça, por vezes, a banalidade. Comparando com o anterior "Jeff Buckley – Everyone Here Wants You" produzido pela BBC (e que pode ser visto, gratuitamente, online), onde participava um rendido Brad Pitt, nada há de arrojado ou particularmente interessante, transparecendo a sensação que a montanha pariu um rato, uma escavação desnecessária cujos resultados, tal como em alguma Arqueologia, seria preferível tapar tudo outra vez...
Uma palavra ainda para o design do embrulho, um exemplo demodée da responsabilidade do conceituado Edward Odowd, onde as fotografias de Merr Cyr são abafadas por um mau gosto de bradar aos céus. Jeff Buckley não merecia tamanha afronta!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

DUETOS IMPROVÁVEIS #111

JILL SCOTT & GEORGE BENSON
Summertime (Gershwin)
Broadway's Best Live, s/d

OLHA QUE DOIS!


O que fazem Jens Lekman e Drew Barrymore tão juntinhos?
Lekman conta a história com um filme e canções pelo meio…

PRAZERES SIMPLES


Há trinta anos atrás, Stephen Morris, o baterista dos Joy Divison, sugeriu a Peter Saville uma imagem astronómica representando diferentes radiações da primeira estrela Pulsar conhecida, para a capa do disco “Unknown Pleasures”. Com algumas alterações dimensionais, Saville, com a ajuda de Chris Martin, colocou então a imagem em relevo sob fundo negro na frente da capa, sem acrescentar qualquer referência ao nome do grupo ou a títulos das canções. A história, já mítica, pode ser devidamente comprovada na primeira pessoa neste vídeo.
Pois bem, um laboratório inglês que desenvolve aplicações em Javascrip, decidiu investir algum tempo e engenho nesta imagem, dando-lhe movimento ao som de “Disorder”, canção que abre o álbum. O resultado é fantástico!

O MUNDO DOS FLAMING LIPS!


O novo álbum dos Flamings Lips “Embryonic”, que está prestes a sair, tem uma edição de luxo verdadeiramente surpreendente. Trata-se de uma embalagem com dois cd’s e um DVD em digipack cobertos por uma felpuda caixa em pele (esperemos que falsa…), onde ainda cabem mais alguns goodies como fotografias e uma litografia exclusiva. Em Inglaterra a edição é de 200 exemplares e ronda a módica quantia de 40€. No Inverno do próximo ano haverá uma edição de vinil do mesmo género!
A banda pretende lançar um conjunto de vídeos dos novos temas, iniciativa que teve já a primeira experiência. Trata-se da canção “I Can be a Frog” que conta com a contribuição de Karen O dos Yeah Yeah Yeah’s. A fértil imaginação de Wayne Coyne não pára, e para o vídeo seguinte, rodado quarta-feira passada em Portland, foram convocados um conjunto de ciclistas despidos que, a julgar pelas fotografias, carregaram Wayne Coyne em andamento dentro da famosa bola gigante, tudo ao som de “Watching the Planets”, tema épico que encerra o novo álbum.

Entretanto, a colaboração dos Flaming Lips com o programa “Colbert Nation” da Comedy Central americana continua activa, tendo sido divulgado uma sátira entre Wayne Coyne e o líder dos Deerhunter, Brad Cox, ou será, Brad Fox ou Benny The Cocks?

The Flaming Lips "I Can Be A Frog"

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

HEY BABY!


O tal video de “Mrs. Cold” dos Kings of Convenience rodado em Provins (França) por François Nemeta, o mesmo do já apresentado “Boat Behind”, estreou hoje. Reza assim...

BROOKVILLE, AT LAST!!!


Um disquinho chamado “Life in The Shade” foi lançado em 2006 pelos Brookville, projecto do músico e produtor nova-iorquino Andy Chase (Ivy). O trabalho continha algumas canções pop de registo como “Nothing Mean to Last”, prestando ainda homenagem ao saudoso Matt Johnson (The The) com uma notável versão de “Slow Emotion Replay”. Como é hoje comum, os Brookville passaram, injustamente, ao lado de qualquer sucesso, embora um pequeno culto de admiradores não tenha desistido de clamar por mais. Finalmente a Unfiltered Records, label do próprio Chase, lança para a semana a sequela requisitada com o nome de “Broken Lights”. O novo disco é produzido por Pedro Resende, amigo de longa data dos Tahiti 80, banda com que os Brookville partilharam digressões no passado. Além disso, há um dueto com Tim Yehezkely dos Postmarks em "Break My Heart" e mais uma versão, que desta vez recaiu em “Haunted House” de Grant McLennan, malogrado génio dos Go-Betweens. Para acompanhar a digressão americana entretanto agendada foram convidados os já referidos Postmarks, banda da mesma editora que tem o seu último álbum “Memoirs” produzido pelo próprio Andy Chase. Aqui fica o prometedor novo single “Great Mistake”.

ENTÃO NÃO ERA NO DRAGÃO?


Lemos no Juramento Sem Bandeira que os U2 tem já uma data para um concerto em Portugal em 2010: 2 de Outubro no Estádio de Coimbra... Ainda não é desta que os U2 vem tocar a Campanhã!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

DEUS CONTINUA A AJUDAR...


Sorrateiramente, o projecto God Help The Girl, da responsabilidade de Stuart Murdoch, disponibilizou mais cinco novas canções que não se encontram no álbum entretanto editado. Os originais fazem parte de um EP de nome “Stills”, editado pela Rough Trade em final de Agosto e que tem uma prensagem limitada de 10” em vinil. Quer o site oficial da banda quer o site dos Belle & Sebastian, não fazem qualquer referência a esta novo trabalho, o que é particularmente estranho…
Entretanto, o projecto dá os primeiros passos ao vivo, como se prova pelo documentário “We Play A Show”, transmitido pelo Channel4 inglês em Julho passado e que apresenta excertos de um concerto realizado na Landsdowne Parish Church de Glasgow. As meninas continuam lindas…


O LADO (MAIS) BOM


O single de vinil (cinzento…) já saiu em Agosto, mas só agora o temos, finalmente, entre mãos! O exemplo perfeito de que nem sempre um lado B é pior que o seu oposto. Ouçam SÓ isto…

terça-feira, 22 de setembro de 2009

THE RAKES + EBONY BONES, Clubbing, Casa da Música, 18 de Setembro de 2009


O primeiro clubbing da rentrée prometia muito, mas a dose dupla mostrou-se um pouco requentada. Os Rakes, detentores de algumas canções potentes, mostraram-se algo descuidados, sinónimo de que nem sempre uma aparente informalidade resulta… Ao fim de quatro ou cinco temas, já dois dos seus melhores e agitadores temas tinham animado as hostes (a saber, “We Danced Together” e “22 Grand Job”) e o concerto não mais levantou voo. A irritante postura de Alan Donahoe, vocalista em velocidade automática e sem piada, também não ajudou, embora ao colectivo não possam ser apontados grandes defeitos. Guitarras ao alto, baixo (nem sempre) ritmado, e pronto, mais uma banda da recente onda inglesa que muito prometia e que, ao vivo, deixa um travo de desilusão. Visto!
Segue-se Ebony Bones e a sua troupe colorida. Para quem, como nós, assistiu à sua curta, mas intensa, estreia portuguesa no Theatro Circo em Fevereiro do ano passado, a surpresa não foi muita. Nota-se, agora, um menor nervosismo e um maior entrosamento, pechas que a própria Bones admitiu quando se referiu a essa experiência minhota. Soaram bem alto temas do disco de estreia “Bone of My Bones”, resultado de um esforço e dedicação dignas de registo, num trabalho inteiramente escrito, arranjado e produzido pela artista. Acresce o desenho das roupas e restante decoração de todo o live-act, perfomance que Bones comandou efusivamente para gáudio da plateia, local para onde saltou logo à primeira oportunidade. Uma festa frenética que teve na versão surpresa de “Another Brick in the Wall” (Pink Floyd) uma cereja em cima do bolo. Em tempos incaracterísticos no que à música diz respeito, este é um verdadeiro case-studie e que em 2010 ainda promete mais surpresas.


Nota: não há fotografias dos Rakes devido à intensidade "policial" exercida, irritantemente, pela zeladora segurança da CDM, supervisão que milagrosamente desapareceu durante o concerto de Ebony Bones! Incongruências...

LAU NAU, Culturgest Porto, 18 de Setembro de 2009

Ao fundo, sobre uma parede branca destacam-se alguns desenhos em papel, um cenário, aparentemente, aleatório. No caso, a penumbra do espaço da Avenida dos Aliados, permite realçar, entre esse colorido, a simples figura de Lau Nau, sozinha com os seus apetrechos e uma guitarra eléctrica. A artista finlandesa, figura mais que habituada a tocar em locais inusitados, tem à sua frente uma plateia bem composta e em silêncio e que, desde logo, toma atenção a todos os pormenores - às formas e fórmulas quase mágicas com que aquela música se constroi pela sobreposição maquinal de simples assobios ou campainhas, de susussuros ou ruidos vocais, de letras impreceptíveis ou riffs de guitarra e uma voz que, vinda do frio, se torna quente. Tudo junto, faz-nos esquecer a frieza dos mármores ou a nobreza dos metais de uma sala requintada, para nos encher a alma de beleza e fascínio. Como se previa, uma hora de magia, num concerto para felizes sonâmbulos ocasionais.

LENNON, O FILHO DA MÃE DELE


A revista francesa Purple publica no seu número Fall Winter 2009-10 uma fotografia onde Sean Lennon surge como o principal personagem da recriação dos seus pais na famosa capa da Rolling Stone (1981) da autoria de Annie Leibovitz. Sean Lennon aparece no lugar da mãe, Yoko Ono, enquanto um modelo feminino (Kemp Muhl, a namorada) despido substitui o seu pai, John Lennon. A nova imagem é da responsabilidade do fotógrafo Terry Richardson e a ousadia tem, obviamente, suscitado reacções inflamadas. À primeira vista, a coisa não resulta, mas nos nossos dias (e desde sempre) vale de tudo, que rodeia os Beatles, para vender!
Já agora e a propósito da afirmação de Lennon pai que dizia que os Beatles seriam maiores que Jesus, o jornal Guardian confirma que, pelo menos na Internet, a premonição polémica tinha razão de ser!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

DUETOS IMPROVÁVEIS #110

JESUS & MARY CHAIN & HOPE SANDOVAL
Sometimes Always (JAMC)
Late Night With David Letterman (CBS)
EUA, 3 de Novembro de 1994

(RE)LIDO #19


A WISHED – FOR SONG: A PORTRAIT OF JEFF BUCKLEY
Photos & Interviews by Merr Cyr.New York, Omnibus Press, 2002

Um conjunto de circunstâncias levou a fotógrafa Merri Cyr a realizar as primeiras fotografias de Jeff Buckley em início de carreira. Desde o primeiro encontro, um sentimento mútuo de confiança e amizade foi crescendo, levando a artista a fazer parte da entourage habitual do músico quer em digressão, em estúdio ou em ambientes privados. Nessa múltipla experiência, milhares de fotografias foram então efectuadas, sendo as 360 imagens incluídas neste álbum, uma pequena selecção captada em variados ambientes: sessões de autógrafos, almoços ou refeições agitadas, viagens cansativas, backstages anárquicos, mas também produções mais sofisticadas em estúdios ou em cenários preparados. Assim, todas as capas dos discos de Jeff Buckley viriam a ser da autoria de Cyr, sendo as míticas imagens dos álbuns “Grace” e do ep “Live-at-Siné” escolhas pessoais do próprio e malogrado artista, personagem afoito a opções óbvias ou banais. Uma parte destas imagens esteve patente durante o funeral em 1997, escolha que deu resultado a uma exposição itinerante de enorme êxito.
A esta magnífica colecção de fotografias, Cyr juntou uma imensidão de testemunhos avulsos de amigos, músicos, produtores, etc. que privaram pessoalmente com Buckley, mas também opiniões de mais alguns artistas recolhidos em revistas ou jornais. Em todos eles, sobressai a já afamada humildade de Buckley, mas acima de tudo, a sua talentosa e contagiante genialidade. Muitos e muitas se apaixonaram instantaneamente por ele, mas muitos mais continuam hoje afectados e pela sua música (o vídeo de “Hallelujah” no Youtube, p.ex., foi visto já por mais de 15 milhões de vezes…), paixão que este livro ajuda a compreender e perceber. Um documento fantástico!

DELICADEZA!


A recomendação é do site Bodyspace e parece irresistível. A finlandesa Lau Nau, diminuitivo do nome de baptismo Laura Naukkarinen, toca hoje à noite na Culturgest do Porto (Av. dos Aliados), numa oportunidade única para ouvir e sentir o seu segundo álbum “Nukkuu”. Editado o ano passado, a música é quase sempre descrita como misteriosa, bela ou arrepiante. Chamam-lhe até acid-folk, mas talvez seja melhor esperar por música de sonho...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

KOC: NOVO VIDEO


O primeiro vídeo oficial do novo álbum dos Kings of Convenience foi apresentado ontem. Trata-se de “Boat Behind”, um single digital cujos pormenores podem ser devidamente conhecidos por aqui. Há, entretanto, mais algumas e interessantes confissões…

COLHEITA DE OUTONO


Apesar de não termos a felicidade de assistir, no mesmo dia e no mesmo evento, às actuações dos nossos protegidos Rufus Wainwright e Mark Eitzel (Festival Independiente de Zaragoza, a 10 de Outubro…), o último trimestre do ano apresenta, a Norte, uma colheita ao vivo muito prometedora e diversificada, a saber:

. The Notwist, 2 de Outubro, Fundão
. The Slits + Aurevoir Simone, 3 de Outubro, CDM

. The Mary Onettes, 12 de Outubro, Mercedes
. Joan As a Police Woman, 17 de Outubro, CDM
. Emiliana Torrini, 31 de Outubro, CCVFlor, Guimarães
. Kings of Convenience, 2 de Novembro, Theatro Circo
. Zu, 2 de Novembro, Passos Manuel
. Jay Jay Johanson, 14 de Novembro, São Mamede, Guimarães
. Andy McKee, 14 de Novembro, Cine Teatro Estarreja,
. Micachu & The Shapes, 20 de Novembro, PlanoB
. Norberto Lobo, 21 de Novembro, Teatro de Vila Real
. JP Simões, 28 de Novembro, Auditório de Gulpilhares, VNGaia
. Vetiver (foto) + Fruit Bats, 1 de Dezembro, Passos Manuel
. The Dodos, 16 de Dezembro, Vigo

Haja tempo e… carteira!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CAPAS DE VINIL ERÓTICAS / LOUNGE


A renovada loja JoJo’s em Cedofeita, tem patente na sala vintage do primeiro andar uma exposição de capas de vinil "eróticas/ lounge". Na mostra, da autoria de Francisco J. Fonseca, apresentam-se maioritariamente exemplares dedicados ao chamado easy listening onde não faltam as famosas capas das colectâneas do Top Of The Pop’s inglês, mas há verdadeiras pérolas matreiras como a que acima de reproduz referente a "Dancing Queen"... Alguns discos estão, obviamente, à venda!

RICHARD HAWLEY COM NOVO ÁLBUM


O mais recente disco de Richard Hawley chega às lojas já para a semana. Trata-se da sexta aventura a solo depois dos Pulp e tem o nome de “Truelove's Gutter”. Ouvidos previligiados já escutaram os novos temas, que são classificados como mais negros, mais longos e onde se experimentam instrumentos estranhos como um waterphone ou um cristal baschet! Certamente, mais um bom disco para os tempos frios que se aproximam. O primeiro single, "For Your Lover Give Some”, tem já direito a uma montagem vídeo.

FAROL #72



O Record Club que Beck iniciou em Julho passado, tem já continuidade, estando agora a decorrer a segunda sessão de gravações. Na companhia, entre outros, de Devendra Banhart e MGMT, o desafio centra-se desta vez no álbum “Songs of Leonard Cohen”, havendo já uma amostra disponível. Quanto ao resultado final da primeira investida, o mítico “Velvet Underground & Nico”, pode ser devidamente saboreado na totalidade por aqui

MOBY + SLIMMY, Parque da Cidade, Porto, 12 de Setembro de 2009


O que esperavam cerca de 20 mil (?) pessoas concentradas em pleno parque da cidade? A resposta é fácil: festa! Isto é, que Moby recordasse os principais êxitos de há dez anos atrás… Para gáudio da maioria, o músico não se fez rogado e, esquecendo praticamente o seu novo disco, deu primazia ao mítico “Play”, trabalho donde foram retirados, entre 1998 e 2000, oito singles de sucesso! Quando a bomba “Bodyrock” se soltou, o frenesim não mais parou e a dança ao ar livre passou a ser uma constante. Entretanto, outros “detonadores” foram cirugicamente largados, com destaque para “Go”, o seu primeiro single, e “Lift Me Up”, um verdadeiro agitador colectivo. Entre confissões óbvias (Moby já foi um raver pastilhado), parabéns em coro pelo seu aniversário da véspera e desculpas pela acção do “mother*** Bush”, tempo ainda para um lindíssima versão de “Walk On The Wild Side” de Lou Reed, tema que o artista classificou como o mais bonito sobre a sua cidade, Nova Iorque, e que, sem querer, foi “o” momento da noite. Rodeado por uma banda irrepreensível e oleada, torna-se obrigatório um elogio à voz poderosa da senhora Joy Malcolm, particularmente vibrante ao longo de "Natural Blues”, "Why Does My Heart Feel So Bad? " ou “Honey”, este último já no encore entre riffs provocadores de Led Zeppelin e Gun’s Roses… Um concerto animado, concorrido e agitador. Uma verdadeira “mobylização” nocturna!
Antes, Slimmy e companhia cumpriram o aquecimento, mostrando-se perfeitamente à vontade na tarefa, nem sempre fácil, de abertura. A jogar em casa e com presença de alguns fãs dedicados, desfilaram as canções do álbum de estreia que culminou, em apoteose, no single "Showgirl". Prometeu-se um disco novo já em Janeiro.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

3 X 20 SETEMBRO


20 Canções:
. PRINCE – Feel good, feel better, feel wonderful
. EBONY BONES – The music
. THE DEAD WEATHER – 3 birds
. DAN MICHAELSON & THE COASTGUARDS – Now I’m a coastguard
. THE VERY BEST – Mfmu
. KINGS OF LEON – Manhattan
. PHOENIX – Countdown (Sick for the big sun)
. PATTERN IS MOVEMENT – Trolley friend
. MEMORY CASSETTE – Asleep at the party
. THE XX – Basic space
. THE VEILS – The house she lived in
. WILD BEAST – We still got the taste dancing…
. WYE OAK – Take it in
. THE OCTUPUS PROJECT – Wet gold
. JJ – Things will never be the same again
. GOD HELP THE GIRL – Perfection as a hipster
. VANDAVEER – Divide & Conquer
. NINA KINERT – The story goes
. KINGS OF CONVENIENCE – Freedom and it’s owner
. ZEE AVI – Is this the end

20 Versões:

. THE SLITS – I heard it through the Gravepine (Marvin Gaye)
. THE VERY BEST – Cape cod kwassa-kwassa (Vampire Weekend)
. MGMT – This must be the place (Talking Heads)
. TANYA DONELLY feat. DYLAN IN THE MOVIES - Lovecats (The Cure)
. PARAMORE – Use somebody (Kings of Leon)
. GREG LASWELL – Your ghost (Kristin Herch)
. TAKEN BY TREES - My boys (Animal Collective)
. BEACH HOUSE – Play the game (Queen)
. BON IVER – The park (Feist)
. ROSIE THOMAS - Songbird (Fleetwood Mac)
. JOSH ROUSE – Please, please, please … (The Smiths)
. MATT POND PA – Holiday Road (Lindsay Buckingham)
. ZEE AVI – First of the gang to die (Morrissey)
. SHE & HIM – I put a spell on you (Screamin Jay Hawkins)
. JOHN MARTIN – Don’t think twice it’s alright (Dylan)
. THE XX – Hot like fire (Aalyah)
. BRETT ANDERSON – When doves cry (Prince)
. OKERVILLE RIVER - O Dana (Big Star)
. BEN KWELLER feat. ALBERT HAMMOND JR – Wait (The Beatles)
. MICHAEL MCDONALD - While you wait for the others (Grizzly Bear)

20 Remixes:

. AUREVOIR SIMONE – Another Likely Story (Neon Indian Remix)
. PASSION PIT – Sleepyhead (The Knocks Remix)
. WOLFMOTHER – New moon rising (Yacht Remix)
. XX – Basic space (Sampha Remix)
. M83 – Run into flowers (Abstrackt Keal Agram Remix)
. THE XX - Basic Space (diskJokke Remix)
. THE PAIN OF BEING PURE AT HEART - Higher than the stars (Saint-Etienne Lord Spank Remix)
. GRIZZLY BEAR - Two Weeks (Fred Falke Extended Mix)
. SEBASTIAN TELLIER - L' amour et la violence (Boys Noize Remix)
. THE VERY BEST - Warm Heart of Africa (So Shifty Remix)
. MIIKE SNOW – Animal (Mark Ronson Remix)
. EMPIRE OF THE SUN - Standing On the Shore (Cassian Remix)
. METRONOMY - Not Made For Love (Joakim Remix)
. JOAKIM - Spiders (Metronomy Remix)
. FRIENDLY FIRES - Kiss Of Life (Luke Solomon Remix)
. FELIX THE HOUSECAT - We All Wanna Be Prince (Grey Ghost & Deth Hertz Remix)
. TELAPATHE – Chromes on It (Gold Panda Remix)
. FEVER RAY – Seven (CSS Remix)
. DELOREAN - Seasun (John Talbots Kids Drums Remix)

. GUI BORATTO - Hera (The Field Remix)

QUEM É O MANUEL DA COSTA?


Não, não nos referimos a um jogador luso-francês contratado esta época pela Fiorentina...
Trata-se de um guitarrista de 25 anos radicado em Manchester com influências de Nick Drake ou Divine Comedy (uaaau...) e que lançou o álbum “The Ghost Of Last Summer” na sua própria editora, a dPulse. Para trás ficou “Glass Heart”, EP de estreia (2007) de inspiração solitária após a sua vinda de Bombaim para Plymouth, Inglaterra, em 2004. Na India, o músico liderava a banda Em Frente, o que, juntando ao seu nome, comprova a ascendência bem portuguesa. Para descobrir!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

DUETOS IMPROVÁVEIS #109

THE KILLERS & WOLFMOTHER
Don't Let Me Be Misunderstood (Nina Simone)
Molson Amphitheatre, Toronto, 6 de Setembro de 2009


JANELA ABERTA


O bar chamava-se Wait e estava mesmo ali ao lado do Teatro Carlos Alberto. A partir do próximo sábado muda de nome e aposta-se na música independente, seja lá o que isso quer dizer. Para o efeito, a Janela Indiescreta estará aberta de quinta a sábado, mantendo o piso de entrada para um copo mais calmo e alguma conversa e o piso da cave para a dança ou concertos. Já amanhã por lá estará a Society For The Big Nothing, colectivo que envolve, entre outros, os The Wetherman. É favor de espreitar… pela janela.

THE NOTWIST NO FUNDÃO!


Aleluia! Como por milagre, os alemães The Notwist vem tocar a Portugal no próximo dia 2 de Outubro! Trata-se, aparentemente, da única data agendada para estas bandas e está integrada na décima edição do Festival Imago que se realiza no Fundão entre 26 de Setembro e 5 de Outubro. Os Notwist, apesar de editarem discos há mais de 20 anos, só nos últimos tempos foram devidamente valorizados, muito à custa da qualidade dos dois mais recentes trabalhos “Neon Golden” e “The Devil, you + Me”, um dos melhores discos do ano passado. Canções como “Boneless” (cuja remix dos Animal Collective incluída no 7” de vinil é uma perdição), “Good Lies”, “Gone, Gone Gone” ou “Gloomy Planets” são pérolas inesquecíveis. Aqui fica uma versão diferente, mas saborosa, deste último tema na companhia da Andromeda Mega Express Orchestra.

PARABÉNS MR. MOBY!


O senhor Richard Melville, mais conhecido por Moby faz hoje, dia 11 de Setembro, 43 anos! Para um nova-iorquino de gema a data é, certamente, duplamente marcante... Os tempos de sucesso planetário de “Play” (1999) já lá vão, disco também com enorme êxito em Portugal e pleno de grandes canções (“Porcelain” ou “Natural Blues”). Os trabalhos seguintes como “18” ou “Hotel” foram imerecidamente esquecidos, mas o artista não desistiu, criando a sua própria editora, a “Little Idiot”. O último “Wait For Me”, lançado em Junho passado, foi misturado por Ken Thomas dos Sigur Rós e teve a colaboração de David Lynch que realizou até o vídeo do primeiro single “Shot in the back of the head”. Depois de uma frenética passagem pelo Festival Imperial de 1998 no Estádio das Antas, Moby volta amanhã ao Porto (Parque da Cidade) e antes estará (19h30) na FNAC do NorteShopping para uma sessão de autógrafos.


Shot In The Back Of The Head from Moby on Vimeo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

THE SLITS NA CDM!


O regresso do Clubbing da Casa da Música já para semana com os Rakes e Ebony Bones é, sem dúvida, uma proposta atractiva. Para o mês seguinte está confirmada a estreia portuguesa (?) das Slits e corre o rumor que La Roux será a senhora que se segue em Dezembro… Quanto às The Slits, a banda feminina comemora em 2009 o seu 30º aniversário e lança no mês de Outubro o novo álbum de originais “Trapped Animals”, o primeiro em 25 anos. A mistura frenética e algo experimental de dub e punk fez história, principalmente o disco de estreia “Cut” (Setembro de 1979), lançado pela mítica Island Records e onde estavam este “Typical girls” e uma versão inesquecível de “I Heard It Through the Gravepine"… Vai haver festa!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A MANIA DOS BEATLES!


É assim desde sempre! A palavra Beatles, no nosso caso, é incontornável. É por isso que não resistimos ou não vamos resistir:
- a novas e raras fotografias;

- a fait-divers especiais;
- a experimentar um jogo (argghh);
- a testar a diferença do mono e do novo estéreo;
- a um programa de televisão;
- a uma conversa inofensiva;

- a ligar o rádio mais vezes;
- a fechar os olhos a tributos;
- a comprar mais jornais e revistas.
A invasão parece não nos afectar, mas o que é certo é que chega a data e queremos sempre mais. Os Beatles são sempre surpreendentes. São os Surpreendentes, como lhe chamou o MEC no Público de sexta-feira passada. Nothing is gone change my world…

terça-feira, 8 de setembro de 2009

NOVO EP DE BONNIE PRINCE BILLY


Depois da edição em Março passado de mais um excelente álbum em nome próprio, Bonnie Prince Billy decidiu disponibilizar, via Drag City, um EP de 10” em vinil que anteriormente só podia ser encontrado nos concertos ou numa edição exclusiva do último “Beware”. Gravado na companhia dos seus mais recentes companheiros de palco Cheyenne Mize e Emmett Kelly, o disco tem quatro novas canções e há já um novo vídeo para o tema de abertura “How About Thank You”. Dirigido por Mike Ahort, vale a pena “jogar” até ao fim…

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

BOAS NOVAS DA DINAMARCA!


Parece masoquismo trazer até aqui uma banda dinamarquesa, mas a qualidade da música supera qualquer ressentimento desportivo… O magnífico colectivo Efterklang, sediado em Copenhaga, prepara-se para editar em Outubro uma nova versão de “Parades” (2007) na companhia da Danish National Chamber Orchestra. Trata-se de uma gravação ao vivo que regista a interpretação completa do referido disco agora com novos arranjos e que a banda considera ainda mais convincente que o original. Chamado “Perfoming Parades”, o trabalho inclui ainda um DVD com imagens de um dos concertos e o documentário “Recreating Parades”, que capta o ambiente de ensaios e backstage. Alguns vídeos referentes a temas do álbum original fazem também parte do embrulho, contando-se entre eles o líndissimo “Mirador”, que regista já no Youtube mais de um milhão de visualizações! Da responsabilidade de Nan Na Hvass do colectivo Hvass & Hannibal, é só mais um exemplo de bom gosto criativo que se espalha também a todas as capas dos discos da banda e cenários de concertos. Um novo álbum de originais está prometido para 2010, certamente a ser editado pela 4AD, etiqueta com a qual os Efterklang assinaram recentemente um novo contrato.

EUSÉBIO HOJE, JÁ!

Em fim-de-semana futebolístico desesperante, damos connosco a pensar que jeitaço não daria ter um jogador como Eusébio na selecção portuguesa! Claro que tudo isto nos faz lembrar a sátira contemporânea ao projecto Amália Hoje que aproveitamos para recordar e que serve de desopilante…

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

DUETOS IMPROVÁVEIS #108

BONNIE RAITT & RICKIE LEE JONES
Angel From Montgomery (John Prine)
Farm Aid Festival, Illinois, EUA

22 de Setembro de 1985

FRESQUINHO!

Antes da passagem pelo Sudoeste e da Casa da Música em Outubro próximo, as meninas Au Revoir Simone meterem-se no taxi no Festival Secret Garden Party de Cambridge para este “Trace a Line”…

Au Revoir Simone from Black Cab Sessions on Vimeo.

JOSH ROUSE - TALENTO INESGOTÁVEL


Radicado em Valência, o prolífico Rouse apresenta no seu site, desde Março passado, um chamado “Single of The Month”, com um ou dois novos temas em streaming, que têm direito até a capa cuidada! Enquanto espera pela concretização do seu novo estúdio e percorre ao vivo diversas cidades espanholas na companhia de Raul Fernandez, tal como aconteceu em St. Mª. da Feira em Fevereiro passado, vão surgindo amiúde variadas composições ou versões. Curiosas as covers de “Wildflower” dos Cult e de “Perfect Girl” dos Cure, mas a surpresa é a aventura a la Devendra que se pode ouvir em “Conmigo Pape”! No mais recente single, o de Agosto, há mais duas novidades e respectivas histórias:
- “Empire State” é o primeiro fruto de uma colaboração do ano passado com Grant Lee Phillips (Grant Lee Bufallo), amizade que envolve uma admiração mútua;

- “Suburban Sweetheart” é um tema já antigo pretendido por um realizador independente de Los Angeles para a banda sonora de um seu filme, mas que por motivos legais, não pode ser cedida. Rouse decidiu, então, regravar a canção com a ajuda de alguns amigos.

Imperiosa a audição!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

(BEM) HAJA MÚSICA!


Sobre a imprtância dos Prefab Sprout na história da pop pouco haverá a contestar. Álbuns como “Swoon”, o mágico “Steve McQueen” ou a apoteose de “From Langley Park To Memphis”, provaram, durante os anos oitenta, a elevada qualidade das melodias, a delicadeza dos arranjos e a subtileza das letras. A genialidade de Paddy McAloon transformou muitas das canções em pérolas imortais de música, que o tempo não consegue desgastar e que alguém já classificou como o “Master of Pop” por comparação com o recentemente desaparecido “King of Pop”…
Surpreendentemente, há um novo/velho disco dos Prefab Sprout prontinho a sair! Gravado em demo em 1992/93 como sucessor do disco “Jordan: The Comeback”, mas nunca editado, “Let’s Change The World With Music’ é o primeiro álbum da banda em oito anos e dele fazem parte doze temas (re) produzidos com modernas tecnologias pelo agora barbudo McAllon no seu estúdio Adromeda Heigths, local onde o músico guarda uma interminável coleccção de canções inéditas. A Música parece ser mesmo o fio condutor, onde sobressaem temas como o viciante "Let There Be Music" (vídeo), "Music Is A Princess", "Sweet Gospel Music" ou “I Love Music”. Siga a música
!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

UM NOVO SYLVIAN PARA O OUTONO


O mestre David Sylvian tem um disco novo, o que é sempre uma óptima notícia. Chama-se “Manafon” e foi gravado em diversas sessões desde 2004 até final de 2008. Como sempre, Sylvian não tem pressas nem sofre pressões mediáticas, pesquisando novos caminhos, reunindo-se, para o efeito, com músicos de diversas correntes e paragens. No mais recente álbum, por exemplo, colaboram, entre outros, membros do grupo austríaco Polwechsel e um quarteto avant-garde japonês.
Na entrevista à revista Wire deste mês, transparece a habitual descrição e humildade de um artista multifacetado, de espírito aberto, mas de forte determinação e corência. Reconhecendo as diferenças com o disco anterior, classifica “Manafon” como uma “sister piece” desse “Blemish” (2003), mas sugere uma maior dose de improvisação e tonalidades.
Paralelamente, foi criado um filme em DVD, que acompanhará a edição limitada do álbum, e terá estreia londrina no próximo dia 14. Chamado “Amplified Gesture”, o documento, produzido pelo próprio Sylvian e realizado por Phil Hopkins, pretende apresentar as opiniões e conceitos dos diversos músicos envolvidos no projecto e apresenta gravações de parte das sessões entretanto realizadas. Por aqui fica uma das novas canções num vídeo promocional concebido pelo japonês Hiraki Sawa.


ACABARAM OS OASIS, VIVA OS OASIS!

NATAL É TODOS OS DIAS!


Numa roda de amigos veraneante, alguém comentava a propósito da rapidez com que o tempo passa, que o Natal está quase aí… Pois bem, Bob Dylan foi sem dúvida o primeiro a antecipar-se! Um álbum alusivo à quadra natalícia é lançado já no próximo dia 13 de Outubro pela Columbia e as receitas reverterão inteiramente para a Feeding América. Trata-se de uma organização de caridade que prepara refeições para os cerca de 35 milhões de pessoas que passam fome nos Estados Unidos durante o Natal, problema que o próprio Dylan classificou como uma “tragédia”.
O disco de nome “Christmas in the Heart” é o 47º álbum de Bob Dylan e foi gravado no estúdio de Jackson Brown em Santa Mónica. Alguns dos clássicos natalícios escolhidos são "Here Comes Santa Claus", "Winter Wonderland", "Little Drummer Boy", "Must Be Santa", “I'll Be Home For Christmas" ou "O Little Town of Bethlehem".

terça-feira, 1 de setembro de 2009

MARK EITZEL: NOVO DISCO A SOLO


Tal como prometido, há um novo álbum de Mark Eitzel já gravado. Chama-se “Klamath” e foi escrito em várias casas de amigos ao longo dos últimos meses. Segundo o próprio artista, os temas novos nunca serão reproduzidos ao vivo, dada a enorme complexidade de vozes, sintetizadores e guitarra acústica e cuja mistura em estúdio não foi fácil concretizar.
Uma das doze novas canções (“Ronald Koal Was A Rock Star”) presta homenagem a um músico obscuro da cidade de Columbus que durante os anos oitenta formou os Triollionaires e que se viria a suicidar em 1993.
O disco sairá na Europa pela Decor em Outubro e estará já disponível para venda nos concertos de Mark Eitzel e Marc Chapelle agendados para os meses seguintes. Nos locais dos espectáculos, ao novo trabalho junta-se ainda o habitual cd de raridades lo-fi de edição limitada. Infelizmente, ainda não há datas portuguesas agendadas…

SING, SANG, SUNG, CADA BOLA MATA UM!

Depois do viral “Do The Joy”, o single oficial do novo álbum dos Air chama-se “Sing Sang Sung” e é uma maravilha. O disco sai a 6 de Outubro pela EMI. Trata-se do primeiro aventura dos franceses sem a ajuda de Nigel Godrich, responsável pela produção dos trabalhos anteriores. Promete!