sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007



Y
(R.I.P.)
Era inevitável! A remodelação do suplemento "Y" do jornal Público é uma completa desilusão. Aguardamos ansiosamente por esta sexta-feira para obter a confirmação, embora ao longo da semana as modificações tenham como que anunciado o desastre. O "Y" de sexta era um oasis gráfico e informativo, de bom gosto e actualidade irrepreensível para quem gosta de música, cinema e afins. Basta ver os prémios alcançados ao longo dos anos (aqui ficam alguns exemplos), que o tornava num produto único, original e apelativo. Numa tentativa de concentração absurda, temos agora no novo Ipsilon um exemplo de produto confuso e amorfo: mistura-se cinema, teatro, livros, arquitectura, discos, música sem sequência lógica e oportuna, tudo num concentrado incompreensível. Lemos sobre cinema no início para depois termos que procurar lá para o fim das páginas mais informações cinematográficas, o mesmo acontecendo com a música e outras rubricas, numa salgalhada mortífera. Pergunta-se porquê? Se os novos leitores merecem todo a atenção, são os fieis e dedicados adeptos que o jornal deve particularmente acarinhar e, no fundo, respeitar. Na ânsia de maiores vendas que, a longo prazo, nunca irão aparecer, por mais especialistas entrevistados que o jornal publique, ferem-se e cortam-se, de uma forma abrupta, tradições e hábitos que demoraram tempos a enraizar. Saudades vamos também ter, com toda certeza, do suplemento "Mil Folhas", outro exemplo único de promoção cultural e social que o jornal devia manter e promover. As diferenças conquistam-se e Y e os outros suplementos, marcavam essa diferença. Sobre a “Pública” de Domingo já não temos esperança... Lá vamos ter que comprar mais vezes o "El Pais" – ao menos esse não muda radicalmente. É por isso um dos melhores jornais do mundo.

2 comentários:

Beylah disse...

Oi
achei mt legal o seu blog
eu gosto mt de musica e de cinema
gostei mt doque vc escrevei
xau

José Miguel Neves disse...

Boa, boneca delicada!
vai aparecendo..