Estivemos ontem na estreia no Porto de “Deus. Pátria. Revolução”. Trata-se, segundo os autores, de uma "recriação musical de um vasto repertório que marcou a ditadura salazarista e o período pós-revolucionário de Abril, recorrendo à remistura de hinos, marchas e canções portuguesas de cariz fascista, revolucionário e religioso”. Ouvem-se, assim, temas ou excertos de artistas como Sérgio Godinho, José Afonso ou José Mário Branco misturados com canções da Mocidade Portuguesa, temas populares e até os gloriosos hinos do Benfica e dos Superdragões (ai estes são os filhos do dragão…)! Ao reportório, dividido em 15 quadros diferentes, só falta mesmo alguma coisa da Amália Rodrigues… No final, a sensação é inexplicável. Há momentos em que julgamos estar num musical do Filipe LaFeria, há outros com piada e bem conseguidos, mas nada revolucionários/inovadores. Comprovem-no ainda hoje ou amanhã no Teatro Carlos Alberto.
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