quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

(RE)LIDO #67





















BOB DYLAN
Forever Young
New York; Life Books, 2012
Agora que se aproximam os 75 anos de Bob Dylan, convertendo 2016 num ano especialmente apetecível para uma intensa digressão (para já só o Japão está confirmado) que, quem sabe, chegará até cá (allô Primavera Sound Porto... we've got a feeling! ) e, certamente, intermináveis comemorações disco e videográficas, nada como começar pelo princípio. Este livro saído do arquivo da mítica revista Life é o perfeito exemplo do que deverá ser uma excelente introdução ao mundo longínquo de Dylan para o grande público, um desígnio que sempre acompanhou a famosa publicação americana, mas que sem dificuldade se estende a aficionados na demanda de pormenores ou, principalmente, imagens raras e desconhecidas. Impresso em papel couché de brilho fácil revelando todo o fascínio das fotografias a preto-e-branco, a quase centena de páginas demonstra o habitual bom gosto da paginação numa forma clássica de intercalar as imagens com uma escrita escorreita e altamente credenciada e documentada sobre o eternamente jovem Dylan, desde a chegada a Nova Iorque em 1962 até fases mais recentes, dos Travelling Wilburys, doutroramentos Honoris Causa ou idas à Casa Branca de Barack Obama. A faceta intitulada "Dylan at the Movies", o que nos sugere a homenagem de um certo colectivo escocês, relembra-nos que o homem até um Óscar já ganhou com uma grande canção, num curriculum na sétima arte simplesmente intocável, continuando a sua vida pessoal a ser ainda hoje um incontornável mistério. Por pouco menos de 20€, este é sem dúvida um verdadeiro achado para a compreensão ou o adensar das incógnitas e surpresas - veja-se o fabuloso álbum de versões de Sinatra saído este ano - sobre uma das últimas lendas vivas da história da música popular.


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