quinta-feira, 13 de setembro de 2007


FESTIVAL PAREDES DE COURA 2007
13 e 15 de Agosto
Já lá vai mais de um mês mas só agora temos a oportunidade de fazer uma breve revisão dos concertos deste ano de Coura. No segundo dia, 14 de Agosto, não foi possível marcar presença e, embora tenhamos escapado à chuva habitual, perdemos de certeza alguns bons concertos. Fica para a próxima....

1º dia, 13 de Agosto



NEW YOUNG PONY CLUB
Bom início do festival com uma banda em plena ascenção, cheia de grandes temas (Ice Cream p.ex.). Ainda por cima bem sexy... por isso tem direito a duas fotografias! Pujante e que soube a pouco.


SPARTA
Perfeitamente desconhecidos por estas bandas de cá, nem aqueceram nem arrefeceram. Talvez estejamos a ser injustos, mas parecerem-nos inconsequentes.


M.I.A.
Um dj Beat box, uma dançarina cantora e a artista. Bem no meio do palco, tão pouca gente deu, no entanto, para fazer aquecer o ambiente e mexer com as hostes. De fato prateado e peruca, a artista revela-se depois bem exótica... Claro que Galang foi o auge e mereceu um mergulho serpenteado para o meio do público.



BABYSHAMBLES
Sem o guitarrista principal retido algures (!), coube a Peter Doherty assumir a guitarra principal, sem bons resultados, diga-se. Canções em catadupa, sem provocações e um irritante e constante soltar da correia da guitarra... De chapéu largo, Peter Doherty lá foi, a custo, cantando alguns temas novos, uns oldies dos Libertines entre eles, claro, “Fuck Forever”. Limpinho e sem polémicas, mas uma desilusão!


3º Dia, 15 de Agosto

ELECTRELANE
Uma agradável surpresa este quarteto feminino. Excelente som, música madura e a necessitar de uma escuta mais atenta e, com toda a certeza, com uma melhor apreensão se o ambiente fosse nocturno. Excelente a versão de “I’m on Fire” de Bruce Springsteeen. Simpático e irrepreensível.



SUNSHINE UNDERGROUND
Apesar de enérgico e aguerrido, a hora de jantar levou muita gente a virar costas a este concerto. O vocalista, espalhafatoso q.b. e algo irritante, liderou um registo oleado mas deslocado. Gostamos no entanto de “Borders”, grande tema!


PETER BJORN & JOHN
Claro que o disco tem boas canções e não só “Young Folks”. Ao vivo confirma-se esta realidade e em “Let’s Call it Off” ou no contagiante “Objects of my affection” com que terminaram, apoteoticamente, provam as suas capacidades e talento. E não foi preciso assobiar...



CANSEI DE SER SEXY
Talvez pelas expectativas serem altas, este foi um concerto com algum sabor a desapontamento. É certo que havia muita muita gente a cantar os temas, que o público estaria já rendido à partida, que a fama de momentos inesquecíveis noutras ocaisões (duas noites no Lux) ainda mais aumentou a parada. Mas a entrega não nos pareceu intensa, os músicos não são grandes músicos e só a vocalista parecia interessada em realmente animar o evento, o que só a muito custo e de forma ocasional conseguiu. Momentos altos: “Alala” e “Let’s Make love...”.



SONIC YOUTH
Este sim, o verdadeiro concerto do festival. Apagando algum travo amargo da sua já longínqua e desvairada passagem pelo Sudoeste em 1998, Kim Gordon e companhia apresentaram em palco argumentos mais que suficentes para a eternização. Desde os mais recentes, mas já clássicos, “Incinarate” e “Do you believe in rapture” passando por “100%” e por “Bull in the heather”, tudo se articula na perfeição, sejam as vozes roucas ou os feed-backs. Thurston Moore é verdadeiramente magnífico. Histórico e memorável.


Todos os videos e mais alguns em HugTheDj.

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