terça-feira, 3 de novembro de 2009
KINGS OF CONVENIENCE + JAVIERA MENA, Theatro Circo, Braga, 2 de Novembro de 2009
Quem já esteve num concerto dos Kings of Convenience sabe, à partida, qual é a fórmula mágica que determina o seu grau de eficácia: excelentes músicas, algum intimismo, enorme respeito mútuo e muita, muita festa. O espectáculo de ontem em Braga, num palco lindíssimo traçado à medida dos noruegueses, não fugiu à regra. Uma primeira parte contida, mais calma, feita a dois, onde se destacaram muitas das novas canções e que ao vivo soaram ainda mais eficazes. Pelo meio, obviamente, algumas recordações obrigatórias como “Know what I can save you from” do já longínquo primeiro disco (2001) ou a inebriante “Know how” onde à ausência da canadiana Feist se sobrepôs um suave mas arrepiante coro coletivo a capella. Depois, já com a habitual ajuda de um contrabaixista e de um violinista, companheiros de longa data nestas andanças, o concerto entrou numa fase mais animada e em “Stay Out of Trouble” ninguém ficou indiferente ao excelente pizzicato e solo do violino de Tobias Hett. O momento pelo qual grande parte da plateia suspirava aproximava-se e, depois da ordem dada por Erlend Oye, a frente de palco rapidamente foi ocupada e as cadeiras de todo o teatro abandonadas. Surpreendente a resposta a “Mr. Cold” e “Boat Behind”, os dois primeiros singles do novo “Declaration of Dependence”, álbum, alías, praticamente tocado na integra. Pedia-se “Misred” ou “I'd rather dance...” que não tardaram, esta última já no encore final. Antes, já Erik Boe se esforçava sozinho em “Corcovado”, mas o habitual trompete vocal haveria de soar na sala por um Erlend Oye transportado a la imperador e com classe num carrinho de carga! O convívio, esse continuaria na rua, numa já tradicional troca de elogios, entre autógrafos e fotografias e, claro, muito e bom humor.
Na curta primeira parte esteve Javiera Mena, jovem pianista chilena, que apesar do nervosismo e de alguma inexperiência, demonstrou qualidades vocais e composições com enorme potencialidade. A cantar em castelhano, as canções frágeis e as letras simples são, desde já, o lamiré para um novo talento a descobrir.
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2 comentários:
Cá boa festa foi!
E viva o Tobias, que toca como o caraças e arrepia os pelinhos todos do braço :)
eu gostei de ver a Javiera-Mena. parecia, de facto, frágil em palco, mas parece que já tem bastante experiência enquanto cantora, pela pesquisa que fiz na net. é dotada de uma voz fantástica, fiquei fã!
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