SOS Hipocrisia
Como devem ter notado (não muito, se calhar) decorreu sábado, 07.07.07, o Live Earth. O serviço público radiofónico e televisivo realizou emissões especiais para a transmissão de concertos, entrevistas, análises mais ou menos especializadas, etc. etc.. O “culpado” da iniciativa parece ter sido George Bush que, ganhando as eleições a Al Gore, apesar de ter menos votos, provocou neste último um filantropismo ecológico, bem ao gosto da sociedade americana. Descobriu-se que existe um planeta chamado Terra que precisa urgentemente de ser salva e o senhor, a troco de sabe-se lá de quê, promoveu a realização de um aclamado filme/documentário e agora, de um evento à escala mundial. A música, mais uma vez, serviu de pombo correio, embora nos pareça que o pombo está já um pouco cansado! Ligando a RTP, lá temos alguns concertos, as tais entrevistas em que se pedem medidas e onde todos são especialistas! Que se os homens e tal e se a terra e tal e a água e tal... Entretanto, a RTP2 apresenta, em directo, uma corrida de automóveis na cidade, em que foram deitadas abaixo algumas árvores (“mas foram só muito poucas”), espalhado alcatrão, onde se promove a velocidade e em que cada pneu deve custar uma fortuna... Damos connosco a pensar no contrasenso de tudo isto! Já passamos, ingenuamente, pelo Live Aid de 1985 em que se pretendia combater a pobreza. Passados mais de vinte cinco anos, os ricos estão mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Pelo andar da carruagem a tendência nunca se inverterá. Com água e sem ela, com buracos de ozono ou sem ele, o homem todo poderoso só quer uma coisa – D.I.N.H.E.I.RO.! Por isso, como muitas das medidas necessárias para a salvação do planeta promovem a diminuição de lucros (petróleo, gás, indústria automóvel, etc.) não acreditamos em milagres (que p.ex. os grandes países mudem as suas políticas energéticas). Quem tem que mudar é cada um de nós (grande chavão...), individualmente, no dia-a-dia. O resto é... política!
Como devem ter notado (não muito, se calhar) decorreu sábado, 07.07.07, o Live Earth. O serviço público radiofónico e televisivo realizou emissões especiais para a transmissão de concertos, entrevistas, análises mais ou menos especializadas, etc. etc.. O “culpado” da iniciativa parece ter sido George Bush que, ganhando as eleições a Al Gore, apesar de ter menos votos, provocou neste último um filantropismo ecológico, bem ao gosto da sociedade americana. Descobriu-se que existe um planeta chamado Terra que precisa urgentemente de ser salva e o senhor, a troco de sabe-se lá de quê, promoveu a realização de um aclamado filme/documentário e agora, de um evento à escala mundial. A música, mais uma vez, serviu de pombo correio, embora nos pareça que o pombo está já um pouco cansado! Ligando a RTP, lá temos alguns concertos, as tais entrevistas em que se pedem medidas e onde todos são especialistas! Que se os homens e tal e se a terra e tal e a água e tal... Entretanto, a RTP2 apresenta, em directo, uma corrida de automóveis na cidade, em que foram deitadas abaixo algumas árvores (“mas foram só muito poucas”), espalhado alcatrão, onde se promove a velocidade e em que cada pneu deve custar uma fortuna... Damos connosco a pensar no contrasenso de tudo isto! Já passamos, ingenuamente, pelo Live Aid de 1985 em que se pretendia combater a pobreza. Passados mais de vinte cinco anos, os ricos estão mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Pelo andar da carruagem a tendência nunca se inverterá. Com água e sem ela, com buracos de ozono ou sem ele, o homem todo poderoso só quer uma coisa – D.I.N.H.E.I.RO.! Por isso, como muitas das medidas necessárias para a salvação do planeta promovem a diminuição de lucros (petróleo, gás, indústria automóvel, etc.) não acreditamos em milagres (que p.ex. os grandes países mudem as suas políticas energéticas). Quem tem que mudar é cada um de nós (grande chavão...), individualmente, no dia-a-dia. O resto é... política!
Ah, voltando à música, os Arctic Monkeys recusaram participar porque rebatem que a luz que iria ser gasta no seu show dava para alimentar a energia de uma quantidade de casas em África, os U2, por incrível que pareça, não compareceram (amuaram?) e o que gostamos mais foi desta versão de ”Woman” pelos Wolfmother via rádio/Antena3 no sábado ao fim da manhã.
Wolfmother - Woman (Live Earth)
1 comentário:
Gostaria so de concluir que o evento das Sete Maravilhas foi realizado na Casa da Musica ao som de Gilles Peterson.
Foi uma noite inesquecivel, enquanto amante de música!!!
Sara Pirs
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