Em noite europeia (eram já muitos os adeptos ingleses do Portmouth em estado crítico...), o bar da Ribeira, bem composto, recebeu os suecos Mary Onettes para um concerto curto. Para quem viveu os anos oitenta não é difícil aperceber-se das ondas inspiradoras – os Cure, os Jesus Mary Chain, os Chameleons, os New Order e até os esquecidos Church e Icicle Works respiram em muitos dos temas apresentados. Ouça-se “Void” ou “Lost”, dois dos temas mais fortes ontem executados, e facilmente recuamos duas décadas sonoras – baixo fortíssimo, bateria sincopada e as duas guitarras (as clássicas Fender e Rickenbacker) em complemento. Contudo, o quarteto, que ontem recebeu ainda a colaboração de mais um elemento nas teclas, pareceu-nos cansado e pouco solto, apesar de bem recebido pelo público. Em menos de uma hora de melodias pop maioritariamente agradáveis, faltou um pouco mais de arrojo e rudeza e pediu-se menos trejeitos e clishés do passado. Tal como o indica o título dum dos seus melhores temas (“Under The Guillotine”), o futuro da banda está no fio da navalha!
2 comentários:
Então, o que achaste dos novos temas que eles tocaram?
Não achei que tivessem trejeitos excessivos, até porque não me parecem urbano-depressivos, uma vez que vivem na pequena cidade sueca de Jönköping. ;)
Pelo ângulo das fotos, estavas mesmo atrás de mim. Ainda não foi desta que nos conhecemos. Abraço!
Enviar um comentário