Jogando, não por acaso, numa sonoridade a la Phoebe Bridgers com quem, aliás, partilha o gosto pelas creepy things como esqueletos ou design gótico (já perguntaram porque é que Bridgers aparece quase sempre vestida com um fato estampado com um esqueleto? Há uma resposta possível) mas as canções nada têm de agressivo ou ameaçador apesar do peso do nome. Pelo contrário, sobressai uma leveza adensada por muitas tardes, já desempregada, a ouvir Nick Drake ou electrónica ambiental, a ver filmes surrealistas como "Valerie and Her Week of Wonders" (1970) ou a ler novelas fantásticas, um mundo próprio e, por isso, idílico e misterioso a que a sonoridade de um banjo muito americano costuma emprestar maior delicadeza.
Ao mestre inglês dedicou a canção "A Song for Nick Drake", o primeiro avanço saído em Fevereiro da referida edição de Julho mas o tema título também recebeu tratamento videográfico a preceito a que se juntou há dias uma cover de "Cloudy Shoes" do álbum "Saint Barlett" (2010) de Damien Jurado a pedido da editora e incluída na série SC25 Singles comemorativos e solidários dos vinte cinco anos da casa de discos de Indiana. A propósito, deixamos uma outra versão, mais antiga, referente a "Lift" dos Radiohead e incluída num single de Outubro de 2020.
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