Fotografia: Arquivo do JN |
A música popular, aquela a que depois se chamou pimba, não nos passou ao lado. Era impossível. Na rádio, na televisão a preto e branco, nas festas de São Bento das Pêras, em Rio Tinto, e até nas saudosas viagens de regresso dos jogos de voleibol em dia de vitória, havia um nome comum na animação - Marco Paulo! Nunca o vimos ao vivo e não compramos, na altura, nenhum dos seus discos, já que eram outros os tempos de empolgamento com "o direito à diferença". Contudo, a indiferença, mesmo sem o notarmos, nunca aconteceu e bastavam os acordes de algum dos êxitos para a esquecermos em cantoria, muita vezes, colectiva.
Quando amigos e familiares começaram a insistir para ficarmos com os discos de vinil que já não queriam, substituídos pelos CD's, fomos acumulando as rodelas pequenas de todo o género. As do Marco Paulo, eram, quase sempre, as mais comuns, as mais diversas e, desde logo, as mais acarinhadas entre uma imensa "azeitice" quase sempre dispensável. De várias cores ("Eu Tenho Dois Amores" têm quatro tonalidades), de irresistível colecção, é delas que nos fomos servindo sempre que é preciso pegar fogo a uma festarola, um São João ou uma comemoração.
Na hora certa, a alegria que transmitem, o contágio que provocam, o entusiasmo que aceleram, são, ainda e sempre, de uma imbatível e imediata felicidade só nossa. Os dois exemplos de abaixo são, pois, um dos top-mais possíveis de um vasto leque de escolhas. Paz!
Sem comentários:
Enviar um comentário