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| Fotografia: facebook do Thetaro Circo |
Comparecer, por isso, a um dito concerto de Daniel Lopatin aka Oneohtrix Point Never em sala grande, distinta e nobre como a de Braga será um eufemismo que os tempos performativos foram diluindo. O género de música sintetizada que o artista tem desenvolvido nos últimos quinze anos aproxima-o a um condão efectivo de bom gosto e transcendência que tem alimentado bandas-bonoras de acutilância e mistério, capacidades que outros inovadores como Anohni, David Byrne, James Blake ou o saudoso Ryuichi Sakamoto não dispensaram para fazer abrir novos caminnhos sonoros.
O motivo da, dita assim, perfomance chama-se "Tranquilizer", um novo álbum a sair para semana na Warp Records, e o serão do Domingo serviu com uma refinada e antecipada listening party colectiva da totalidade das quinze peças, a que se juntou uma notável imersão visual da responsabilidade de Freeka Tet, entremeada por fumarolas e strobes que nos pareceram de exagero desnecessário, talvez porque já não estamos há muito habituados a isto das noitadas e das batidas...
O disco e os videos, contudo, são de justa e, sem esforço, recomendada fruição.

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