quinta-feira, 31 de maio de 2012

VOLTA DE AQUECIMENTO



















Preparando a verdadeira "corrida" prevista para a semana no Parque da Cidade, pode ser hoje devidamente apreciado via youtube a partir de Barcelona o concerto dos Wilco agendado para as 23h00 locais (22h00 por cá).   
A foto é uma gentiliza da banda...

UAUU #27

quarta-feira, 30 de maio de 2012

SINGLES #28





















BRUCE SPRINGSTEEN - I'm Going Down/Janey, Don't Lose Heart
Portugal: CBS, A 6561, 45rpm, 1985
Do disco "Born In The U. S.A." de Bruce Springsteen editado em 1984 foram retirados, nada mais nada menos, que sete singles, um sucesso comercial universal particularmente notório no E.U.A. pela carga patriótica que o álbum involuntariamente (?) emanava. Claro que o 45 RPM de estreia "Dancing In The Dark" ajudou a que a bola de neve ganhasse cada vez mais volume "enrolando" êxitos sucessivos como "Born in The U.S.A.", "Cover Me", "I'm On Fire" ou "Glory Days". Um desses sete temas foi "I'm Going Down" que recebeu no lado B uma canção até aí desconhecida e que por acaso é, na nossa humilde opinião, uma das melhores que o Boss escreveu talvez por ser tão... pop? O tema "Janey, Don't Lose Heart" tinha sido registado em sessões de gravação do álbum em 1983 mas a sua não inclusão no disco é, à posteriori, de uma injustiça um tanto incompreensível. Dá vontade de trocar os lados e promover o seu destaque tal como, aliás, fez a CBS espanhola que percebeu as potencialidades da canção e preferiu salientar o inédito na capa do single. Só em 1998 o tema seria incluído merecidamente na compilação tripla de outtakes e raridades chamada "Tracks" e apesar de ser poucas vezes tocada ao vivo nas últimas digressões, pode ser que no próximo domingo haja um pequeno milagre como o que aconteceu em Nova Iorque em Abril passado em versão acústica. Se não for pedir muito... 
              

terça-feira, 29 de maio de 2012

HANNON ESCREVE PARA MINOGUE


















Apesar de não ter sido premiado na última edição do Festival de Cannes, o novo e, como sempre, agitador filme de Leos Carax chamado "Holy Motors" fez por lá bastante sucesso entre a crítica e imenso furor entre quem apontou as máquinas fotográficas. É que no elenco para além de Eva Mendes está ainda Kylie Minogue que pela primeira vez marcou presença na passadeira vermelha de Cannes e cuja personagem interpreta a canção "Who Were We?" escrita propositadamente por Neil Hannon para a banda sonora. Às tantas não seria má ideia um álbum inteirinho de temas a la Divine Comedy cantadas pela menina Minogue. Quem sabe... Aqui fica o trailer onde se pode escutar um brevíssimo excerto da tal canção.

O REGRESSO DA PRINCESA

















A única filha do rei, Lisa Marie Presley, parece ter acertado no regresso aos discos. Depois de tormentosos tempos de casamento com Michael Jackson e Nicolas Cage, o último enlace com o guitarrista e produtor Michael Lockwood levou-a a Inglaterra onde nos últimos dois anos escreveu mais de uma trintena de canções na companhia de boa gente como Sacha Skarbek e Fran Healy dos Travis, mas também Ed Harcourt ou Richard Hawley! O primeiro resultado é o álbum "Storm & Grace" que inclui, na edição de luxo, quinze novos temas produzidos por T-Bone Burnett e em que são claros aqueles tiques de composição tão ao (nosso) gosto de Harcourt e Hawley. O primeiro single é este "You Ain't Seen Nothin' Yet". Seja bem-vinda, princesa Presley.
 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

(RE)LIDO #42






















CARO BRUCE SPRINGSTEEN 
de Kevin Major. Lisboa: Terramar, 1995

28 de Maio de 2012
Caro Bruce Sprinsgsteen,
Agora que passados quase vinte anos regressas a Portugal, está na hora de imitar o miúdo que protagoniza este livrinho e escrever-te uma cartinha tardia, é certo, mas ainda a tempo. Atendendo à nossa idade, tomamos a liberdade de te tratar por tu, pondo de lado os "vocês" e outras vénias compreensíveis para um garoto de 14 anos em crise de adolescência agravada pelo divórcio dos pais, a arrogância de professores ou o desprezo das raparigas da escola. Ao escrever-te cartas sucessivas demonstrando o respeito e admiração pela tua música, o pequeno Terry lá vai desabafando problemas, inventando soluções, ganhando coragem para enfrentar a vida e os sobressaltos, o que nos parece uma boa aposta. A sério, o livro que se encontra ainda por aí a preço de saldo (com data de 1987 mas edição portuguesa em 1995) tem uma força surpreendente, o que em tempos de Live Aid, aluguer de videos ou cassetes para ouvir no carro, era sinónimo de querer muito aprender como tocar guitarra, escrever canções ou organizar concertos. Desconfiamos que hoje em dia as fontes de inspiração são obviamente outras, mas o teu exemplo não pode nem deve ser esquecido. Vê lá tu que ainda hoje lemos que já não é preciso aprender a tocar guitarra para saber tocar guitarra. Confuso, não é?
Mas a principal aspiração do tal Terry é conseguir mesmo assistir a um concerto teu. Ora, aqui está algo que nos aproxima. Sempre à espera da melhor oportunidade, perdemos por indesculpável desatenção a tua vinda a Santiago de Compostela em Julho de 2009, o que nos deixou frustrados e mesmo irritados. Por isso, desta vez não há desculpa. Lá estaremos no Domingo prontinhos para pagar a promessa e esperar que a dança nocturna seja mesmo memorável. Ainda escolhes miúdas para subir ao palco? Esperamos que sim...

Até breve,
Miguel

UM SONHO TORNADO REALIDADE

















Claro que o cancelamento do concerto dos Explosions In The Sky previsto para 7 de Junho no Primavera Sound portuense será uma má notícia para muitos. Não pondo em causa gostos e paixões, a sua substituição por uma apresentação dos Mercury Rev é, no nosso, caso, uma benção já há muito esperada e suspirada. Se ainda por cima, como parece, for para tocar de princípio ao fim o clássico álbum "Deserter's Songs", então quase que podemos falar em mais uma benesse do santo milagreiro deste magnificentíssimo ano de 2012. Ver os Flaming Lips e os Mercury Rev no mesmo festival da nossa cidade é, no mínimo, histórico. 
Atenção que há mais mexidas no cartaz.    

sexta-feira, 25 de maio de 2012

HERBERT CAFÉ













O filme "Cafe de Flore" de Jean-Marc Vallée que tem Vanessa Paradis num dos principais papéis teve premiére inglesa no início do corrente mês e não sabemos se já chegou ou quando vai chegar até cá. A película tem o mesmo nome de um dos principais cafés parisienses ligados ao surto do existencialismo mas a verdadeira conexão é uma mítica faixa de Doctor Rockit, ou seja, Mathew Herbert, lançada em 2001 e que inspira o personagem Antoine, um DJ de sucesso em Montreal (foto). Também por isso, vamos querer ver o filme.
Com a estreia europeia e aproveitando o embalo, a atenta e nada acidental editora de Herbert disponibiliza agora um novo video para "Cafe de Flore", um verdadeiro clássico que ainda hoje sabe muito bem ouvir.   

quinta-feira, 24 de maio de 2012

IGGY POP TRÊS ANOS DEPOIS














A idade não perdoa e Iggy Pop está naquela fase em que tudo lhe é permitido. Depois do álbum "Preliminaires" de 2009, um misto de temas em francês e inglês onde se incluíam covers como "Autumn Leaves" ou "How Insensitive" de Jobim, aí está uma arriscada aventura com o nome de "Après". São dez novas versões maioritariamente francófonas com sotaque de ícones como Serge Gainsbourg, Piaf, Brassens, Henri Salvador e até Joe Dassin a que foram acrescentados clássicos dos Beatles (o "Michelle", claro), Yoko Ono, Sinatra, Harry Nilsson e Cole Porter. Diz o senhor que esta escolha reflecte a forma como a cultura francesa tem resistido estoicamente ao avanço imparável da máquina anglo-americana da indústria da música. O que vale o disco foi gravado antes do sr. Hollande ter ganho as eleições mas, mesmo assim, deve estar a faltar pouco para que Iggy Pop receba mais uma comenda para acrescentar à colecção!
Ah, a capa é do melhor...  
   

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A MEIA IDADE DOS BLUE NILE


















 
Sempre que os Blue Nile gravam um disco é obrigatoriamente notícia de primeira página! Oito anos depois, trata-se do regresso de Paul Buchanan, mentor e idealista da banda, que editou no início desta semana o seu primeiro disco a solo, um projecto já antigo agora concretizado em "Mid Air", certamente um reflexo amadurecido, intimo e cintilante do que devem ser verdadeiras canções pop ao piano. Apostamos, de olhos fechados, que este irá ser um dos nossos álbuns preferidos deste ano e dos próximos...

terça-feira, 22 de maio de 2012

SAINT ETIENNE: O REGRESSO

When I as ten, I want to explore the world.
There's this older kids at school.
They gonna way to Somerset just to see Peter Gabriel's house.
Peter Gabriel from Genesis.
The way they dressed. The way their hair fall over their coat collars.
It all happened because of music. I want to know why.
I couldn't go to Sumerset on my own.
So I used Top Of The Pops as my world atlas.

(...)

Este é só um curioso pedacinho incompleto da lírica de "Over the Border" tema magnífico que abre o álbum de regresso dos Saint Etienne. Ao jeito de confissão, Sarah Cracknell desfia no feminino algumas memórias de juventude e a importância que a música teve nesses tempos, o que motivou até uma reflexão do senhor pop-cultura John Savage. Não é pois de estranhar que o álbum tenha recebido o nome de "Words And Music" e será devidamente apresentado durante o Primavera Sound portuense. Só pedimos é que, por favor, não se esqueçam nessa altura dos velhinhos hits, verdadeiros hinos pop de noventa e que nos trazem também grandes recordações...

UAUU #26

segunda-feira, 21 de maio de 2012

5 x XX


















São cinco os temas novos dos XX para escutar antes da aparição no Parque da Cidade marcada para 9 de Junho. Obrigatório.

domingo, 20 de maio de 2012

WHITEY ABRE OS OLHOS


















Finalmente o fugidio músico inglês Nathan Joseph White, aka Whitey, perdeu a paciência e pôs cá fora na passada sexta-feira o sucessor do magnífico "Canned Laugher", disco auto-editado em 2010. Farto de esperar por propostas decentes das casa de discos, arriscou novamente uma edição de marca branca através da Bandcamp a que deu o nome de "Lost Summer". Aliás, já em Abril passado o disco de há dois anos tinha merecido uma surpreendente publicação expandida pela mesma via e se não conhecem pérolas como "And When Your Sun Goes Down You' ll Know" ou "The Genius of the Crowd" estão ainda a tempo de se renderem incondicionalmente. Quanto ao novo álbum que pode e deve ser escutado por aqui, deixamos para já este balançante "Brief And Bright".   

sexta-feira, 18 de maio de 2012

PARA QUÊ UM GIRA DISCOS DIGITAL?

















Em dia dedicado a museus e afins, partilhamos por aqui uma modernice de que já tínhamos ouvido falar mas nunca lhe demos particular atenção: um leitor digital para discos de vinil, isso mesmo, um leitor tipo CD ou o obsoleto laserdisc. Quer isto dizer que os tradicionais gira-discos de agulha estão condenados a serem definitivamente um objecto de museu? Humm, não nos parece, já que esta nova tecnologia tem já na sua essência quase 25 anos e nunca se impôs verdadeiramente. Há agora algum esforço na sua divulgação por parte da ELP japonesa, a única empresa a produzir o aparelho, mas o seu preço elevado obviamente que torna a sua aquisição demasiado exclusiva. Por exemplo, em 2012 são necessários quase 10.000 dólares para obter um dos 148 leitores de três modelos que a empresa monta à mão, fora extras, como um comando, mas o que é certo é que a procura excede, para já, a oferta! Incrível é que os discos de vinil coloridos e picture discs não funcionam, estando o aparelho somente habilitado a reproduzir o tradicional vinil negro de 12, 10 ou 7 polegadas, mas permite, claro, passar rapidamente o som para formatos digitais como mp3 ou CD. Impõe-se a longa pergunta: mas para que raio quer um amante do vinil um sistema que elimina aquele ruídos e fricções, obriga a uma limpeza efectiva de cada disco, retira o gosto e prazer em pegar na rodela para a virar de face e distorce completamente todo o genuíno significado de um suporte com mais 60 anos de história? É que com aquele dinheiro todo ainda se compram muitas e boas agulhas e, importante, muitos mais discos de vinil para a colecção...       

quinta-feira, 17 de maio de 2012

DONNA SUMMER (1948-2012)





















Ao longo das sessões de vasculhanço dos últimos anos, sempre que aparece um single da editora Casablanca não resistimos a trazê-lo para casa. De Donna Summer e respectivo parceiro Giorgio Moroder, um dos nossos muitos guilty-pleasures, devemos ter a colecção toda, sem exagero mais de uma vintena de sete polegadas, desde os mais ao nosso gosto de finais de 70 até à explosão dos anos 80. A parceria é uma história de sucesso e também de decadência (dependência...) que inspirou já o devido documentário em DVD e uma tendência sonora que em 2012 se tornou imparável por estas bandas com Rui Maia, Moulinex ou Xinobi à cabeça. Dona Summer faleceu hoje com 64 anos. Bem merece uma última e prolongada dança. Peace!  

TENTAÇÕES











Num ano verdadeiramente alucinante no que diz respeito a bandas, artistas e festivais da estação Primavera-Verão, soube-se hoje que o mestre Peter Gabriel e respectiva orquestra tem apresentação marcada para o SBSR do Meco no próximo dia 7 de Julho. Ora bem, nessa mesma data ainda estarão por lá os Little Dragon, a Regina Spektor, os The Shins e Perfume Genius, para além dos repetentes St.Vincent e Aloe Blacc. Por 45€ parece mesmo tentador. Não fosse a distância, o pó e, certamente, a confusão, este é um alinhamento em que, num só dia e de uma vez só, "mataríamos" muitos e bons coelhos... 
Vamos indo e vamos vendo.

GONZALES, O TUDO OU NADA


















A veia comercial do nosso amigo Chilly Gonzales está em contínuo aperfeiçoamento. O artista reinventa-se de tempos a tempos, quer na produção de filmes ("Ivory Tower", 2010) ou na arrojada jogada de 2011 etiquetada de rap-orquestral com o nome de "The Unspeakable Chilly Gonzales". Passa a estar agora disponível a versão DVD do projecto, noventa minutos em palco rodeado por uma orquestra e onde não faltam momentos de comédia, sátira e, certamente, arrebatamento. Recomendado, mas com notória moderação. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

UAUU #25

3 X 20 MAIO












20 Canções:
. PORCELAIN RAFT - Unless You Speak From Your Heart
. BEACH HOUSE - Wild
. NITE JEWEL - This Story
. THEESATISFACTION - Existinct
. LA SERA - I'm Alone
. VIOLENS - Totally True
. SOKO - For Marlon
. MIREL WAGNER - No Hands
. PERFUME GENIUS - Put Your Back N 2 It
. M. WARD - Crawl After You
. PATRICK WATSON - Words In the Fire
. DAMIEN JURADO - Pentagrams
. PETER BRODERICK - Everything I Know
. RUFUS WAINWRIGHT - Perfect Man
. JACK WHITE - I'm Shakin'
. ALABAMA SHAKES - Rise to the Sun
. MARK LANEGAN BAND - Gray Goes Black
. THE MARS VOLTA - Vedamalady
. ELECTRIC GUEST - Under The Gun
. LOWER DENS - Brains

20 Versões:
. ANTLERS - Apple Orchard (Beach House)
. BEN HOWARD - Call Me Maybe (Carly Rae Jepsen)
. SANTIGOLD - Proud Mary (Creedance Clearwater Revival)
. THE TALLEST MAN ON EARTH - Graceland (Paul Simon)
. SAINT ETIENNE - Wouldn't It Be Nice (The Beach Boys)
. LAURA VIERS - Jamaica Farewell (Harry Belafonte)
. THE MORNING BENDRERS - Mother And Child Reunion (Paul Simon)
. J. TILLMAN - New Mama (Neil Young)
. LA SERA - Watch Me Jumpstart (Guided By Voices)
. MASTODON - A Commotion (Feist)
. FIELD MUSIC - Rent (Pet Shop Boys)
. SCHOOL OF SEVEN BELLS - Kiss Them For Me (Siouxsie And The Banshees)
. THE DECEMBERISTS - Cuyahoga (REM)
. PULLED APART BY HORSES - Blue Jeans (Lana Del Rey)
. WORK DRUGS - Rolling in the Deep (Adele)
. BROTHERING - Ask (The Smiths)
. PARANOID SOCIAL CLUB - I'm Not In Love (10cc)
. ELECTRIC GUEST - Eyes Without a Face (Billy Idol)
. MICHAEL KIWANUKA - Hey, That's No Way to Say Goodbye (Leonard Cohen)
. GRETA LINK - If I Fell (The Beatles)

20 Remixes:
. SAINT ETIENNE - I've Got Your Music (Golden Filter Remix)
. ST. LUCIA - Closer Than This (Stylus Dust Response Remix)
. METRIC - Help I'm Alive (The Twelves Kitsune Tabloid Remix)
. THE WHITEST BOY ALIVE - 1517 (TTT Remix)
. SAM SPARRO - Happiness (The Magician Remix)
. HOT CHIP - Night And Day (Dusky Remix)
. CRYSTAL CASTLES - Crimewave (Midnight Conspiracy Remix)
. VAN SHE - Idea Of Happiness (SebastiAn Remix)
. TOM VEK - Aroused (Van She Remix)
. SLEIGH BELLS - Comeback Kid (Jel Remix)
. PONY PONY RUN RUN - Hey You (WAEK Remix)
. CHROMATICS - Birds of Paradise (Nikos Toscani Remix)
. NITE JEWEL - Memory Man (Jorge Elvrecht of Violens Remix)
. HOUSSE DE RACKET - Aquarium (Rex The Triangle Remix)
. FLIGT FACILITIES feat. Grovesnor- With You (MAM Remix)
. GOSSIP - Perfect World (Bufi Remix)
. OF MONTREAL - Famine Affair (Monkey Money Remix)
. ANTONY GONZALES - Reunion (White Sea Remix)
. THE 2 BEARS - Be Strong (Racliffe Lil Whistle Remix)
. THE DO - Too Insistent (Trentemoller Remix)

terça-feira, 15 de maio de 2012

NOVA HOMENAGEM A NICK DRAKE


















A música de Nick Drake continua a provocar contínuos tributos e reconhecimentos. Vindo do jazz, o francês Misja Fitzgerald Michel há já vários anos que utiliza as suas guitarras acústicas para, à sua maneira, seduzir plateias com as melodias intemporais do malogrado trovador inglês. Recentemente decidiu gravar para a posteridade quase quarenta minutos com alguns dos mais conhecidos originais de Drake, incluíndo "Pink Moon" que contou a colaboração vocal de Me'shell Ndegeocello. O álbum chama-se "Time of No Reply" e aqui ficam dois exemplos.   



quinta-feira, 10 de maio de 2012

BON IVER EM VERSÃO COOL

Para animar ainda mais as expectativas, aqui ficam três pedacinhos da passagem solarenga de Bon Iver e respectiva banda pelo Festival de Jazz de New Orleans no passado dia 27 de Abril. Espera-se que dia 25 de Julho em pleno Coliseu o calorzinho se mantenha mas sem necessidade de óculos escuros. É que gostamos de encontros imediatos olhos nos olhos...  





ROCKY RACOON #3
















O que fazem os Beatles no topo de um edifício antigo cá do burgo? Dir-se-ia, a brincar, que emitem sinais aos aviões que cada vez mais atravessam o céu da cidade eleita como o melhor destino europeu de 2012, mas efectivamente ocupam a varanda superior da Jo Jo's ali no final/começo de Cedofeita, sinalizando e muito bem a loja de discos mais antiga das redondezas. Segundo reza a lenda, os gestos e posições dos quatro de Liverpool tinham por intenção traduzir a palavra "Help" ao jeito das bandeiras de aeroporto mas o que acabou por ser fotografado e reproduzido é "NUJV", embora existam outras variações quer em edições americanas quer em cartazes do filme com o mesmo nome. Miudezas. Certo é que este foi o primeiro disco em vinil da banda que apareceu lá por casa, uma oferta de primos em data de aniversário, começando desta forma a substitução das velhas cassetes dos álbuns "vermelho" e "azul" que ameaçavam romper por sobre-utilização. O tema título é ainda hoje uma das nossas canções preferidas dos Beatles, vai-se lá saber porquê. Afinal, como confessado pelo próprio Lennon, o grito por socorro era mesmo sincero. 
Quanto ao filme, que pode ser visto sem dificuldade no youtube, nunca chegamos a visualizá-lo na totalidade, embora na nossa colecção exista uma caixa com toda a parefernália incluída numa edição especial de 2007 e que compramos a metade do preço nuns saldos duma grande superfície. Aliás, na altura compramos duas, as que por lá havia, para satisfazer também a aspiração do amigo HugTheDj. Mas o embrulho continua por abrir, intacto, à espera de valorização... 
Quanto à Jo Jo's, os parabéns são mais que merecidos pela ideia e já agora toda a ajuda será, com certeza, bem-vinda para manter a loja aberta.  

quarta-feira, 9 de maio de 2012

HAWLEY COM JOOLS











Claro que o novo Richard Hawley já anda no nosso iPod a marinar e não precisou de muito tempo para que o tempero ficasse apurado. Grande álbum este "Standing at the Sky’s Edge" mas compreendemos a desilusão de alguns mais puristas que esperavam uma repetição de sabores mais calmos e baladeiros. Certo é que ao vivo as novas canções tem uma força invejável como o prova esta magnífica apresentação no passado dia 1 de Maio no programa do amigo Jools Holland da BBC2 (reparem bem, durante a entrevista, no dueto a la Elvis e novidades sobre uma colaboração com Lisa Presley). Enjoy!



UM POUCO INCONVENIENTE, MAS...













Primeiro os Death Grips agora a senhora Bjork! O Primavera Sound no Parque da Cidade que se aproxima a olhos vistos tem já dois inconvenientes cancelamentos, mas há sempre outros escandinavos como os Kings of Convenience para compensar as perdas. Assim, os noruegueses tocam no dia 9 e certamente o duo saberá, como sempre, fazer a festa. Recordemos.



VAI AO BATALHA!


















Sempre que lá passamos nos dias que correm até dá pena... O Cinema Batalha está abandonado e desprezado, suspirando baixinho, sem ninguém ouvir, "olhem por mim!". Como diria o outro, já lá fomos todos um bocadinho felizes, entre sessões na Sala Bébé, estreias na sala principal ou até bons concertos (pronto, o dos Animal Collective não correu lá muito bem). A S.P.O.T., sempre atenta à cidade e aos seus problemas, aproveita o próximo sábado para comemorar o 3º aniversário do Flea Market, ocupando o magnífico edifício do arquitecto Artur Andrade com as habituais tralhas e afins à espera de serem vasculhadas e que fazem a felicidade de muitos, onde nos incluímos. Por isso mesmo, imperdível.

terça-feira, 8 de maio de 2012

COBERTURA FIELD MUSIC



















Temos pelos Field Music uma imensa admiração. A banda de Sunderland consegue a cada novo álbum elevar a fasquia da composição, não receando experiências e apostando sempre num conceptualismo assumidamente propositado mas, o que não é fácil, plenamente alcançado. Ouçam bem o último "Plumb" e deixem-se seduzir. A banda ainda não tem data marcada para palcos portugueses, o que é pena, mas para assinalar a digressão inglesa do final do ano e que começa em Outubro, estão já a aceitar-se encomendas de um disco de versões anteriormente dispersas por discos em revistas, de que são exemplo "Suzanne" de Leonard Cohen (Mojo, Março 2012) ou "Terrapin" de Syd Barrett (Mojo, Maio 2011), mas haverá mais, como "Don't Pass Me By" dos Beatles ou "If There Is Something" dos Roxy Music. Para o passado Record Store Day houve até um exclusivo registo de dois temas de 1987/88 dos Pet Shop Boys ("Heart" e "Rent") que acabaram num single de vinil rapidamente escoado. Intitulado "Actually, Nearly" a rodela tem direito a capa imitadora de um álbum dos PSB e as covers dão-nos uma óptima impressão do que eles são capazes. 


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segunda-feira, 7 de maio de 2012

A ARDER!





















Ora aqui está uma colaboração prometedora: as irmãs Casady conhecidas por CocoRosie na companhia de David Sitek dos TV On The Radio, reputado produtor e músico. O primeiro resultado é "We Are On Fire", single de 7" em vinil que sai pela Touch And Go americana a 4 de Junho e terá em breve imagens dirigidas por Emma Freeman, realizadora dos videos para os temas "Lemonade" e "Gallows" do álbum do ano passado. O vinil funcionará como um duplo face A já que haverá uma outra fortíssima canção de nome "Tearz For Animals" e que conta com a contribuição de Antony Hogarty.

UAUU #24

sábado, 5 de maio de 2012

MEMORABILIA #11





















Este segundo poster com bilhetes de entrada em concertos compreende o período de 1991 a 1993. Começa com os brilhantes Psychedelic Furs no Vale Formoso (20 de Setembro de 1991) e, sim, eles cantaram o "Heaven" e os Stranglers no Infante Sagres (27 de Setembro de 1991), talvez o único espectáculo em que alguma vez saímos a meio, já que a voz de Cornwell foi nessa altura substituída por um tal Paul Roberts e a coisa era mesmo má. 
Excelente o quarteto de Philip Glass (1 de Maio de 1992), o que já não se pode dizer de uma noitada de Queima com os A Certain Ratio e Cabaret Voltaire com os Sitiados à mistura no Pav. Rosa Mota, já que a horrível acústica do espaço arrasou qualquer expectativa mínima. Também, nestas ocasiões, como agora, o povo queria é cerveja, muita. Pela mesma razão os James (9 de Maio de 1992) na Pavilhão da Antas não correu nada bem apesar da enchente. 
Em quinze dias e de muletas por uma entorse no tornozelo devido a andanças voleibolísticas, não foi fácil chegar duas vezes ao Coliseu e mantermo-nos sentados durante o Chic Corea (15 de Maio de 1992), o que se tornou ainda mais problemática com os Gypsy Kings (31 de Maio de 1992), pois tivemos que trepar até ao "galinheiro", mas o esforço valeu a pena já que, com a ajuda e agitação da comunidade cigana no local, foi uma festa e risota do princípio ao fim. 
Bem mais soturna foi a ida à capital para a estreia portuguesa (?) de Lou Reed (Coliseu de Lisboa, 4 de Abril de 1992) entre gritos de "Velvet, Velvet" dos fãs mais ansiosos, mas o artista não lhes ligou nenhuma e apresentou "Magic & Loss", um disco sobre a morte, na totalidade... 
Uma vez mais o Nick Cave esgotou o Coliseu (4 Setembro de 1992),a June Tabor enfeitiçou o Rivoli (2 Março de 1992) e ficamos apanhadinhos com a Kate St. John a tocar e encantar com o Van Morrison (2 de Julho de 1992) no Cuartel de Conde Duque de Madrid, um espectáculo incomparavelmente superior ao que o mesmo Morrison haveria de apresentar no Porto no ano seguinte.
Eram tempos em que ainda não tinhamos desistido da música portuguesa e há por aqui entradas para ver os Resistência, o Rui Veloso, os Zero (lembram-se? Os Ban reformulados...) e até uns Sétima Legião como cabeças de cartaz de um festival Intercéltico (19 de Abril de 1993). 
Memorável a Zoo Tv dos U2 (15 de Maio de 1993) em Alvalade com bilhete comprado sem filas umas semanas antes... Depois há também a Oyster Band no Rivoli (26 de Setembro de 1992), um dos concertos com menos público onde até hoje estivemos, o Julian Cope e a segunda incursão dos Pogues na cidade. 
Quanto aos Cult na Gartejo (15 de Junho de 1993) na véspera de abrirem para os Metallica em Alvalade e em que os bilhetes eram de uma preciosidade invejável, fica para a posteridade uma queda do baterista pelas escadas abaixo quase no fim, talvez devido à humidade e fumaça sufocante do local e onde quase não se respirava mas se escorregava demasiado. 
Da Anne Clark no Rivoli não nos lembramos de nada e quanto aos GNR a encherem o Estádio das Antas (19 de Junho de 1993) foi mesmo a último vez que os fomos ver ao vivo. Ver, vimos o mestre Ray Charles (27 de Junho de 2003) do "galinheiro" e deu para perceber toda a sua técnica e sabedoria ao piano.
Escolhemos os Depeche Mode (10 de Julho de 1993), um serão que tinha também na ementa o Bob Dylan no Coliseu e ainda hoje temos dúvidas se foi a melhor aposta! Gritamos bem alto o "We Care A Lot" com os Faith No More (30 de Junho de 1993) no demolido pavilhão do Boavista e quanto aos Gene Loves Jezebel na Praça de Touros Póvoa de Varzim (6 Agosto de 1993) só se explica como mais uma daquelas tontarias colectivas de verão que acabam por saber bem.
Fechamos com chave de ouro, uma semana depois, com um indefinido Prince (15 Agosto de 1993) na altura chateado com a Warner Brothers e por isso auto-baptizado de "O Artista", mas que em Alvalade foi tratado aos gritos por "Victor". Uma das boas surpresas da noite foi o "Sometimes It Snows In April" cantado nos batidores, ou seja, sem ser em palco, perante uma multidão já em extâse e em plena veneração.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

FAROL #102












Que existe algum mistério a rodear a música de Jonathan Wilson é facilmente perceptível. Na procura de alguns detalhes sobre a sua composição ou inspiração damos sempre de frente com diferentes versões e reduzidos pormenores esclarecedores. A dificuldade em "arranjar" o primeiro disco a solo "Frankie Ray" também ajuda a adensar a penumbra. Pois já em 2010 alguém sentiu o mesmo e decidiu compilar um notável rol de temas pré "Gentle Spirit", o clássico álbum editado em 2011, em que Wilson directa ou indirectamente esteve envolvido. Entre as muitas pérolas não deixem de ouvir bem "WildFire", uma verdadeira e viciante maravilha. O conjunto continua, felizmente, disponível.  

A COMÉDIA DIVINA


















"I' am delighted that The Lyric Book Company have taken it upon themselves to publish 'The Lyrics Of Neil Hannon'. My thanks to them for all their hard work in getting it together. My personal title preference was 'The Bizarre Ramblings of a Romantic Idiot' but it wasn't up to me.

When we began the compilation process we had to decide what and what not to include. We thought long and hard about it, then included everything. Not because it's all fantastic (far from it) but because it's meant to be more of a reference book than a rip roaring page turner. Please forgive some of the youthful naivite. Not to mention the aged stupidity.

So there you are, the stuff in my brain, chopped up and rhymed. Enjoy." 
Neil Hannon
                                                                                         
É assim que, satiricamente, o próprio autor justifica a recente publicação de um livro com o repositório da totalidade das excelentes líricas das canções dos Divine Comedy que desde 1989 até ao presente nos enchem as medidas. Requintadas, burlescas, cómicas e muitas vezes quase verosímeis, nelas há sempre algo de perdidamente romântico e gostosamente literário que se agarram na perfeição às composições musicais e que justificam, na primeira oportunidade, a aquisição deste pequeno volume de preciosidades. Aqui fica um dos muitos exemplos possíveis.  

quarta-feira, 2 de maio de 2012

TENHAM MEDO, TENHAM MUITO...
















Ao longo de 2010 andamos embalados por um álbum de nome "Vexations" duns tais Get Well Soon, alter ego do jovem músico alemão chamado Konstantin Gropper. Sentimos no projecto um arrojo sinfónico fora do comum, de camadas orquestrais notáveis e que resultavam num admirável conceptualismo quase cinemático do burlesco e do terror. Pois bem, em final de Agosto próximo a City Slang terá cá fora o terceiro disco pomposamente intitulado "The Scarlet Beast O’ Seven Heads - La Bestia Scarlatta Con Sette Teste", um nitído esticar da corda da opulência que se agarra a Dario Argente e Nino Rota, o que não é de estranhar, já que nos últimos anos o Sr. Gropper tem intensamente produzido múltiplas bandas sonoras para filmes ou séries de televisão. O primeiro take, por assim dizer, tem descarga gratuita via Soundcloud e ao fim dos seis minutos de "You Cannot Cast Out The Demons (You Might As Well Dance)" dá para respirar fundo, sentir as batidas, coros e guitarras a la Arcade Fire e tentar adivinhar a totalidade da ementa que parece, outra vez, irresistível. Ah, este novo e épico tema é dedicado, segundo o autor, "to all the troubled women who ever played any role in an Alfred Hitchcock movie" e teve uma fabulosa edição em picture disc de vinil no passado Record Store Day.

terça-feira, 1 de maio de 2012

TWIN SHADOW CONFESSASSE


















Aguardado com enorme expectativa, o segundo álbum de George Lewis Jr., ou seja, Twin Shadow chega às lojas dia 9 de Julho via 4AD. São dez novas canções, duas delas estreadas ao vivo na pasagem pelo Coliseu aquando do MexeFest, que o próprio produziu e que juntas receberam o nome de "Confess". A inspiração para a sua composição envolve novas e velhas viagens acidentadas de mota pela cidade de Los Angeles. Um dos temas que agora se apresenta é bastante orelhudo e pode ser desde já descarregado em pouco mais de "Five Seconds"...

SAUDADES DE JONATHAN WLSON






















Entre as imensas edições exclusivas do passado Record Store Day quase nos passava despercebido um 12" de Jonathan Wilson lançado pela Bella Union. O disco intitulado "Pity Trials & Tomorrow’s Child" recolhe a versão "Isn’t It A Pity" que Wilson realizou para o disco de covers de George Harrison incluído na revista Mojo de Novembro último e que conta com a contribuição de Graham Nash. No lado B há mais duas covers, a muito adequada "Trails of Jonathan" dos Happy Traum e “Tomorrow’s Child” da banda japonesa de psych-rock Apryl Fool. Sempre bem acompahado, Wilson colaborou recentemente na gravação e produção de um duplo 7" de Bonie Prince Billy e da californiana Mariee Sioux, ao lado de outros grandes músicos, editado pela Spiritual Pijamas. Vale bem uma audição atenta.   
Entretanto, Wilson regressará já em Junho à Europa para assegurar a primeira parte da digressão de Tom Petty & Heartbreakers, um convite repetido e merecido depois de andar pela estrada com os grandes Wilco em final do ano passado e que, cheios de saudades, andamos por estes dias a rever via youtube na passagem inesquecível por Vigo. Por lá só faltou mesmo este "Can We Really Party Today?". Em dia dito festivo e tal como ele canta, responderíamos "With all that's going on"...