quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

DUETOS IMPROVÁVEIS #125

PERRY BLAKE & NANCY DANINO
Ordinary day (Blake)
B-side do single “This Life”, Naïve, 2003


É só um dia como os outros, não há grande coisa a dizer…

BOM ANO DE 2010!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

BILL CALLAHAN EM VIGO


Um dos nomes que, certamente, faria boa figura em Vila da Feira seria Bill Callahan. O autor do melhor disco de 2010 ("Sometimes I Wish We Were An Eagle") vai estar nas redondezas. Em Fevereiro inícia uma tournée francesa, havendo depois oito datas em Espanha. Dois desses concertos serão mesmo muito pertinho: a 18 no Teatro Jofre de Ferrol e a 19 no Teatro Caixanova de Vigo. São só 150 km…

SERÁ QUE A GENTE SE VAI SENTAR?


Todos os anos fazemos a mesma pergunta. Um dos melhores festivais de música do norte do país sofre, desde o início, de falta de programação precoce. A pouco mais de um mês de distância, tendo em conta que Fevereiro deverá ser o mês escolhido para que o Festival Para Gente Sentada 2010 de Santa Maria da Feira se realize, nada se sabe… O site da Ritmos promove o evento do ano passado (!), o site da empresa municipal Feiraviva nada adianta e alguns divertem-se a tentar adivinhar ou a sugerir alinhamentos. Sentamo-nos ou quê?

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

TIGRALA + THE WEATHERMAN + OS TORNADOS, Alta Baixa/1 Noite 3 Casas, Porto, 26 de Dezembro 2009


Coube ao trio lisboeta Tigrala dar o tiro de partida de mais uma edição da Alta Baixa. As enormes expectativas lançadas aquando do Festival Curtas de Vila do Conde em Julho passado, fizeram com que o auditório do Passos Manuel se enchesse de curiosidade. Ao fim de quarenta minutos não devia haver ninguém com dúvidas: os Tigrala são mais um caso sério da música feita em Portugal. Norberto Lobo na tambura indiana, Guilherme Canhão na guitarra acústica e Ian Carlo numa mirabolante percussão, fazem melodias sem espaço e sem tempo, trilhas exploratórias que viajam por desertos ou montanhas, pela cidade ou pelo campo, de bicicleta ou num avião. Podemos imaginar qualquer guião ou percurso, qualquer companhia ou estado de espírito, que haverá sempre, no som dos Tigrala, uma banda sonora para preencher todos eles. Uma música do mundo que é de difícil definição e da qual temos uma só certeza: gostamos muito.


Sem tempo a perder, atravessamos a rua e subimos ao palco dos Maus Hábitos para a apresentação dos Weatherman. Em versão completa, isto é, com uma banda de cinco elementos, tudo soou mais cheio, mais preenchido, mas com um eterno problema: a voz de Alexandre Monteiro ainda não encontrou o acerto dos discos. As canções e os arranjos estão bem esgalhados, o trompete encaixa na perfeição, mas há ali algumas arestas para tornear e melhorar. Em destaque esteve o último “Jamboree Park At The Milky Way” de que não falharam os singles “Chloe’s Hair” e “Summer Dream”, mas houve ainda tempo para colheitas mais antigas como “If You Ony Have One Wish”. Um concerto, como diria o homem do boletim meterológico, sem alterações significativas. Mais abaixo, descendo a rua, previam-se, contudo, alguns tornados…


À semelhança da Cavern de Liverpool, a cave do Pitch parecia um cenário de dia de baile à moda antiga. Os Tornados, como alguém já disse, são “a melhor banda dos anos 60 a tocar em 2009” e esse é um imaginário que o grupo consegue alcançar na perfeição. Desde os fatos a rigor, ao brilho dos intrumentos, passando pela coreografia à Shadows, aos Tornados não falta nada. Há um “engenhocas/percursionista” com óculos, um baterista de bigodinho, um “gordinho” nos teclados e, acima de tudo, uma atitude despreocupada, mas profissional, de quem nada tem a esconder. Tecnicamente denotam um rigor assinalável e os originais incluídos no disco de estreia “Twist do Contrabando” são canções, todas elas, de uma simplicidade e romantsimo rock & roll que hoje, mais que nunca, fazem sentido. Destaque ainda para as incontornáveis versões de “Coimbra” e de “Taras e Manias” de Marco Paulo a que se juntou, em época de prendas, um fenomenal “Silent Night” de Natal. Uma verdadeira noite de baile, oh Ié... Ié!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

VIC CHESNUTT (1964–2009)



O cantautor norte-americano Vic Chesnutt faleceu no passado dia de Natal vítima de uma overdose de relaxantes musculares. Trata-se dum suicídio ainda não confirmado, mas que acontece depois de anteriores tentativas falhadas de por fim à vida. O acidente rodoviário que sofreu em 1983 deixou-o paraplégico e a sua carreira só seria devidamente valorizada quando Michale Stipe o descobriu nos anos noventa. Os primeiros discos – “West of Rome” (1991), “Drunk” (1993) e “Is The Actor Happy” (1995) - ainda os compramos em digipack na loja Valentim de Carvalho do Shopping Bom Sucesso, edições raras posteriormente reditadas, embora houvesse um primeiro disco de nome “Little” que nunca chegamos a conhecer. Essa trilogia de álbuns é verdadeiramente notável e que atinge o auge em “West of Rome”, um misto sólido de Bob Dylan e Tom Waits. O talento de Chesnutt seria universalmente divulgado em 1996 através do disco “Sweet Relief II - Gravity Of The Situation”, com versões das suas músicas cantadas pelos R.E.M., Garbage, Sparklehorse, Smashing Pumpkins e até Madonna. Os fundos destinavam-se à organização Sweet Relief Musicians Fund, e o objectivo era apoir os cuidados médicos dos músicos profissionais, causa em que Chesnutt se envolveu até ao fim da vida. A sua empatia e talento permitiram-lhe colaborar com inúmeros artistas como os Lambchop, as Throwing Muses, M. Ward ou os Cowboy Junkies. Participou em 2006 num projecto ao vivo denominado The Undertow Orchestra ao lado de Mark Eitzel, David Bazan (Pedro The Lion) e Will Johnson (Centro-Matic). Entre as oito datas europeias agendadas, a Casa da Música recebeu a 6 de Junho desse ano na sua principal sala, um desses concertos. Estivemos entre os poucos que marcaram presença no espectáculo, um dos melhores a que nada fácil sala portuense assistiu. Vic Chesnutt voltaria a Portugal em 2008 para participar no Festival Bom Barreiro, curiosamente num evento onde alinharam também os American Music Club. Entretanto, a amiga Kristin Heresh lançou no seu site uma petição a favor da família Chesnutt e Mark Eitzel dedicou-lhe no seu blog uma sentida mensagem de reconhecimento. Peace!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

DUETOS IMPROVÁVEIS #124

MEL TORMÉ & JUDY GARLAND
The Christmas Song (Tormé / Wells)
The Judy Garland Show, CBS, EUA, Dezembro de 1963



BOM NATAL!

FAROL #79



Rickie Lee Jones oferece-nos três reconfortantes clássicos de Natal, três exemplos irrepreensíveis de talento e bom gosto. São só três canções, mas valem muito mais que um álbum inteiro. Depressa, antes que as pérolas desapareçam!

SINGLES #19


THE BLUE NILE – The Downtown Lights
Linn Records- LKS3, Londres, 1989

Os Blue Nile são motivo de culto cá por casa. Os escoceses são um estranho caso de amor à primeira audição, faz agora vinte anos. O álbum “Hats”, o segundo na curtíssima discografia da banda, dava-se a ouvir em algumas rádios e surpreendia pela beleza e intemporalidade. Ainda ontem à noite, de compras pela baixa do Porto, foi dele que nos lembramos, de entrar na “Tubitek” para o comprar e de correr para casa para, durante semanas, não o tirar do gira-discos. O monumental single “The Downtown Lights”, com uma brilhante capa muito semelhante à do álbum, é uma canção sobre o amor, como quase todas as dos Blue Nile. À voz de Paul Buchanan juntam-se aqueles sintetizadores que muitos não apreciam, mas que, no seu conjunto, transformam esta música numa perfeita banda sonora citadina e que atinge o auge, em crescendo, quando Buchanan canta ”The neons and the cigarettes, the rented rooms, the rented cars, the crowded streets, the empty bars, the chimney-tops, the trumpets, the golden lights, the loving prayers, the coloured shoes, the empty trees, I’m tired of crying on the stairs…”. Pena que o single e o video tenham sofrido uma edit version que eliminou este pedacinho, já que o original tem mais de seis minutos.
Quedamos sempre magnetizados por esta ou por muitas outras das suas canções. Dos Blue Nile não há notícias desde 2004. Habituamo-nos já às longas hibernações (somente quatro álbuns desde 1981), mas a espera é sempre sinónimo de obra-prima da música moderna. Pacientemente, aguardamos, vinda do nada, o aparecimento de mais uma...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

FAROL #78



O prolífico Brandford Cox decidiu disponibilizar a primeira aventura do seu projecto Deerhunter gravada em 2005. Trata-se de um CD-R experimental onde recebe a ajuda de Moses, actual baterista da banda, numa fase denominada por “tape phase”. O disco foi, assim, registado ao vivo em dois decks de cassetes e misturado no computador do pai usando o software Soundforge. Recebeu o nome de “Carve Your Initials Into The Walls of the Night” e, juntamente com a capa e restante artwork, está disponível para download no blog do músico.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

VASCULHAR #14



OPERAÇÃO PRESENÇA / NATAL 71
OPERAÇÃO PRESENÇA / NATAL 73

O Movimento Nacional Feminino, fundado em 1961, era uma organização de mulheres em torno do apoio aos nossos militares em guerra nas colónias. Realizava visitas, oferecia maços de tabaco e isqueiros, santinhos e medalhas e também discos! Estes dois LP’s, ambos denominados “Operação Presença”, referem-se ao Natal de 1971 e 1973 e a ideia original por trás destes projectos está contada na contra-capa do exemplar “Natal 71”. No “Diário de Notícias” de 25 Abril passado, o jornalista Fernando Madaíl faz a história e adianta um número: foram prensados 300 mil exemplares. Destaca o que parece óbvio e que a própria Hermínia Silva, logo no início do primeiro disco, acaba por dizer: “Aqui para nós, eu sei que não falta quem ainda esteja a pensar: 'mas para que raio quero eu um disco, se nem tenho pick-up?'. De facto, mesmo a malta com gira-discos devia escolher outras músicas”, sugere o mesmo jornalista. É que o conteúdo, apesar dos nomes sonantes (Eusébio, Amália, Artur Agostinho ou o Inpector Varatojo…), acaba por ser mesmo demasiado triste e até ofensivo para quem, longe da família e do país, defendia o indefensável. Quando ouvimos o cantor Paulo Machado a interpretar o tema “Hoje Mais Feliz Que Nunca” (!!!), a Florbela Queirós a cantar o “Franjinhas” ou algumas das anedotas secas contados pelo Francisco Nicholson e Armando Cortez, devia dar vontade de partir o vinil ao meio. Há, no entanto, uma excepção – um tema de Tomás Tembe de fazer inveja aos Vampire Wekend! Não são assim de estranhar algumas das reacções dos militares da altura que a blogosfera vai registando, embora haja alguns que reconhecem o valor histórico e documental do disco.
Interessante é mesmo o embrulho, a única razão que esteve na base da nossa aquisição. Trata-se de uma capa plástica com um desenho original impresso a quente da autoria do pintor e mestre Manuel Lapa, responsável, por exemplo, por alguns dos murais do Museu de Arte Popular de Lisboa ou desenhos para as tapeçarias da Reitoria da Universidade de Lisboa. Professor no IADE, o pintor fez parte do chamado “Pátio dos Artistas” de Campo de Ourique, juntamente com os escultores António Duarte, Leopoldo de Almeida, Roque Gameiro e o arquitecto Vítor Pala. O tal plástico envolve dois simples cartões, que na parte traseira apresenta uma ilustração alusiva do designer Luis Duran, conhecido pela sua actual ligação aos CTT e à filatelia portuguesa.



Quanto ao segundo disco, trata-se de uma iniciativa ainda menos interessante. O conteúdo resume-se a trechos musicais das colónias e distritos portugueses com alguns versos declamados por Simone de Oliveira, Laura Alves ou o Paco Bandeira que chega a cantar o seu “A Minha Cidade (Ò Elvas)" numa versão adaptada às circunstâncias… tristes. Como enaltece, com falsa moral, o Ministro da Defesa, General Sá Viana Rebelo, no final do primeiro disco “nada do que se fez em África se irá perder (…)” e que cada militar devia sentir orgulho na Nação e pensar “Custou-me bastante mas valeu a pena (…)”. O esforço que estes vinis representam, são a prova da inutilidade de uma guerra que a maioria dos portugueses nunca compreendeu.

FAROL #77



O ano passado os Efterklang juntaram-se aos amigos Slaraffenland e decidiram tocar ao vivo as canções de ambos os grupos. Ao colectivo temporário de 12 elementos chamaram Slaraffenklang e o resultado foi a gravação de um EP de quatro temas captados num espectáculo único com o título de ”Danish Dynamite Live at Sono Festival 2008” e que pode ser devidamente descarregado via Rumraket. Os Slaraffenklang repetem a experiência em 2010 com concertos em Arus e Copenhaga no final de Janeiro.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

MÚSICA PARA OS RESF(E)RIADOS


Tal como anunciado por aqui em Setembro, o colectivo dinamarquês Efterklang tem já pronto um novo álbum de originais, o primeiro pela mítica editora 4AD. Gravado em Arus e Copenhaga, sob orientação do experiente Gareth Jones (Nick Cave, Grizzly Bear ou Depeche Mode), o disco chama-se “Magic Chairs” e estará nas lojas a 22 de Fevereiro de 2010. O fabuloso design é, como habitual, da dupla Hvass & Hannibal. Ao quarteto original juntam-se, agora, os irmãos Heather e Peter Broderick e o amigo de longa data Frederik Teige, banda de sete elementos que partirá em tournée intensa já em Fevereiro. Para aquecer, aqui fica o primeiro e brilhante single “Modern Drift”:




Entretanto, já circulam por aí alguns excertos do DVD que acompanhou a reedição do álbum anterior ”Parades” e que documenta a junção da banda à The Danish National Chamber Orchestra num concerto único realizado em Copenhaga em Setembro de 2008. Música necessariamente aconchegante, como este “Cutting Ice to Snow”. Com o frio que está…

FAROL #76



Em semana de Natal, por aqui vamos "oferecendo" algumas prendas que flutuam na rede. A primeira é um fartote de remisturas e novas versões do nosso ente querido James Yuill, cujo álbum “Turning Down Water From Air” permitiu colaborações diversas e também novas roupagens que o próprio concebeu para outros projectos. Amavelmente, o músico disponibiliza no seu site o resultado dessas aventuras.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

DUETOS IMPROVÁVEIS #123

ELVIS COSTELLO & THE IMPOSTERS &
BONO + THE EDGE
Pump it up (Costello) + Get on your boots (U2)
Spectacle With… Season 2, CTV/Sundance Channel
Canadá, 10 de Dezembro de 2009

LCD ESTÃO MESMO AQUI AO LADO


Aí estão os primeiros nomes do novo Festival Sonar que decorrerá simultaneamente em Barcelona e La Coruña no âmbito do Xacobeo 2010: os franceses Air no dia 18 de Junho e os LCD Soundsystem, um dia antes, na cidade galega. As datas invertem-se para Barcelona. Prometedor, tendo em conta que os LCD terão um álbum novo nessa altura e que a proximidade de terras lusas permite uma série de especulações.

O PEQUENO RAPAZ DO TAMBOR


O disco-maestro norueguês Lindstrom pegou no clássico natalício “Little Drummer Boy” e esticou-o ao máximo durante 40 minutos! A façanha está somente disponível no site da editora Rough Trade e surge como bónus na compra do álbum ”Real Life in Cool”, parceria com a cantora Christabelle. Há, no entanto, uma versão à mão de semear no meio de mais pérolas de Natal no site da Stereogum. A nova aventura, de teor mais pop e que tem já um video (ver abaixo) e um single publicados (“Looking For What”), terá, ao que parece, uma apresentação em formato ao vivo, com concertos já anunciados para o próximo verão. Quando o site BodySpace anunciou que o próximo Clubbing da Casa da Música (23 de Janeiro) incluía, entre outros, um set live de Lindstrom, ficamos, obviamente, na expectativa. Contudo, trata-se "somente" de um dj set, o que já não é mau.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

NOVA CANÇÃO DOS THE NOTWIST


Os The Notwist, que infelizmente perdemos ao vivo no Imago do Fundão em Outubro passado, lançaram há poucos dias, via City Slang, um single exlusivamente em vinil com uma nova canção. Chama-se “Come in” e sobre o enigmático desenho da capa (acima) não se conhecem pormenores. No lado B apresenta-se uma remix de Chris Taylor dos Grizzly Bear para o tema “Boneless”. Incluído no disco “The Devil, You + Me” (2008), a mesma canção e no mesmo formato, tinha sido já editada como single, com uma outra e fantástica remix de Noah Lennox dos Panda Bear que praticamente ofuscava o original.
A banda alemã, que em Setembro voltou à composição instrumental de bandas sonoras, desta vez para o filme “Sturm”, tem um misterioso site onde é urgente perdermo-nos...

UMA NOVA "APARELHAGEM"


Muitos de nós ainda não se desfizeram do que vulgarmente se chama uma “aparelhagem” e onde cabem um leitor de cassetes, um prato para vinil, um amplificador, um rádio e um leitor de CD. É certo que de vez enquando ainda vamos ouvindo umas velhas gravações e, mais frequentemente, discos em vinil. Sonhamos sempre com uma forma rápida e simples para passar alguns desses conteúdos para CD e de depois para mp3. Pois bem, a velhinha e clássica TEAC parece ter começado a resolver o problema! Sem computadores ou software, a marca, conhecida pelos seus antigos gravadores de fita, lançou agora o LP-R500 Vinyl & Cassette CopyStation, um upgrade de anteriores versões (GF350 ou a LP-R400) que não dispunham de leitor de cassetes. O novo aparelho permite gravar CD’s em tempo real a partir do vinil, de cassete e até de emissões de rádio. Tem aquele aspecto retro, um misto de madeira e plástico e já está à venda por cerca de 450€. Apostamos que, a curto prazo, uma nova versão vai já permitir uma gravação em MP3 e uma ligação para Ipod…

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

3 X 20 ESPECIAL 2009


20 CANÇÕES X 20 ÁLBUNS X 20 CONCERTOS
+ 10 LOW + 10 HIGH 2009
Chegou a altura de escolher a música que melhor nos aconchegou ao longo do ano. De fora das listas ficam dois discos que, por não terem carimbo de 2009, não integram as escolhas. Um deles é mesmo o álbum que mais ouvimos: “The Opiates Revised” de Thomas Feiner & Anywhen, reeditado em 2008 e cuja versão original saiu já em 2001. O outro é a fabulosa estreia do inglês James Yuill com o disco “Turning Down Water for Air” publicado em final do ano transacto. Ainda tempo para uma vintena de desabafos.

20 Canções:
1. BILL CALLAHAN – Jim Cain
2. DEAD WEATHER – Treat me like your mother
3. JONHATAN JEREMIAH – See
4. DAN MICHAELSON & THE COSTGUARDS – Now I’m a coastguard
5. DELPHIC – Counterpoint
6. THE XX – Basic space
7. NEON INDIAN – Deadbeat summer
8. JUNIOR BOYS – Hazel
9. THE ANTLERS – Two
10. SPARKLEHORSE feat. JULIAN CASABLANCAS – Little girl
11. WAVE MACHINES – Punk spirit
12. PREFAB SPROUT – Ride
13. VOLCANO CHOIR – Island, IS
14. WILCO – One wing
15. PHANTOM BAND – The howling
16. THE JUAN MACLEAN – Happy house
17. WILD BEAST – We still got the taste dancing on our tongues
18. DM STITH – Morning glory cloud
19. HOPE SANDOVAL & THE WARM INVENTIONS – There’s a willow
20. ATLAS SOUND feat. NOAH LENNOX – Walkbout

20 ÁLBUNS:

1. BILL CALLAHAN – Sometimes I Wich We Were an Eagle
2. FEVER RAY – Fever Ray
3. DIRTY PROJECTORS – Bitte Orca
4. JUNIOR BOYS – Begone Dull Care
5. VOLCANO CHOIR – Unmap
6. ANIMAL COLLECTIVE - Merriweather Post Pavilion
7. THE XX – XX
8. LISA GERMANO – Magic Neighbor
9. THE ANTLERS – Hospice
10. DM STITH – Heavy Ghost
11. HOPE SANDOVAL & THE WARM INVENTIONS – Through the Devil Softly
12. PREFAB SPROUT – Let's Change the World with Music
13. DAVID SYLVIAN – Manafon
14. WAVE MACHINES - Keep The Lights On

15. PHOENIX – Wolfgang Amadeus Phoenix
16. ANTONY & JOHNSONS – The Crying Light
17. GRIZZLY BEAR – Veckatimest
18. THE FIERY FURNACES – I’m Going Way
19. RICHARD HAWLEY – Truelove’s Gutter
20. THE PHENOMENAL HANDCLAP BAND – The Phenomenal Handclap Band

20 CONCERTOS:
1. KONONO Nº 1, Casa da Música, Porto, 5 de Julho
2. JENS LEKMAN, Salão Brazil, Coimbra, 17 de Julho
3. WILCO, Theatro Circo, Braga, 30 de Maio
4. LEONARD COHEN, Pavilhão Atlântico, Lisboa, 30 de Julho
5. ANTHONY & THE JOHNSONS, Coliseu do Porto, 18 de Maio
6. JUDY COLLINS, Casa das Artes, Famalicão, 20 de Junho
7. THE RUBY SUNS, Salão Brazil, Coimbra, 26 de Março
8. NANÁ VASCONCELOS + NORBERTO LOBO, V.Conde, 10 de Julho
9. EMILIANA TORRINI, CCVila Flor, Guimarães, 31 de Outubro
10. KINGS OF CONVENIENCE, Theatro Circo, Braga, 2 de Novembro
11. MY BRIGHTEST DIAMOND, Auditório de Espinho, 5 de Dezembro
12. SIMON BOOKISH, Casa das Artes, Famalicão, 7 de Março
13. ED HARCOURT, CCVila Flor, Guimarães, 10 de Outubro
14. METRONOMY, Casa da Música, Porto, 14 de Março
15. HANDSOME FURS, Via Latina, Coimbra, 20 de Maio
16. ALELA DIANE, Casa das Artes, Famalicão, 22 de Maio
17. LAU NAU, Culturgest, Porto, 18 de Setembro
18. KYMYA DAWSON, Mercado Negro, Aveiro, 21 de Maio
19. JANDEK, Serralves, Porto, 10 de Janeiro
20. THE FALL, Casa da Música, Porto, 17 de Janeiro

10 LOW:
1. A histeria colectiva à volta do Twiter, Facebook e afins;
2. A moda mitra dos telemóveis a “botar sheik’s” inaudíveis;
3. O nosso dinheirinho para pagar o flop “5 Para a Meia Noite”;
4. As escutas e escutices de um PM enredado em esquemas;
5. O deserto radiofónico alternativo da cidade do Porto;
6. A Amália que não merecia HOJE tamanha afronta;
7. A figurinha ridícula dos ricaços com dinheiro no BPP;
8. Apesar de tudo, a esperança ténue em Obama;
9. O Porto por um canudo quanto ao cinema ou a uma Cinemateca;
10. O inanarrável mundo do clã Jackson.

10 HIGH:
1. O ar fresco e arrojado do jornal I;
2. O Norberto Lobo ou a genialidade da música portuguesa;
3. A animação da baixa do Porto, os novos bares, cafés, feiras e afins;
4. Os éclairs, a qualquer hora, da Leitaria da Quinta do Paço;
5. As Curtas de V.Conde, a casa nova e os filmes-concerto:
6. As capas da revista “New Yorker” do nosso Jorge Colombo;
7. A confirmação do RAP como o único Gato que não fede;
8. A saída do Nuno Markl da Antena3. Finalmente;
9. A justiça certeira, não dos fafenses, mas dos felgueirenses;

10. O “chupem e continuem chupando” do Maradona.

Especial 2008
Especial 2007
Especial 2006

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

TENTAÇÕES


Em época de prendas, aqui ficam duas sugestões tentadoras mas que, infelizmente, ainda não chegaram aos saldos.
A primeira é uma caixa dos White Stripes que acrescenta ao DVD do filme “Under Great White Northern Lights” um conjunto atraente de extras, a saber: um outro DVD com um concerto ao vivo aquando do 10º aniversário da banda, um CD e vinil com mais um concerto ao vivo, um livro de fotografias de Autumn de Wilde com uma introdução de Jim Jarmusch, um single de vinil e ainda uma gravura exclusiva da autoria de Rob Jones, habitual colaborador do duo. Até 1 de Janeiro próximo e em exclusivo no site da banda, tudo isto custa 110 libras inglesas, ou seja, um pouco acima dos 120€!


A segunda é um pouco mais barata (72€). Trata-se da lindíssima edição de luxo, em dois volumes, do último álbum “Manafon” de David Sylvian. Num deles, para além do CD em versão normal, inclui-se um livro com as letras e com um design refinado de Atsushi Fukui e Ruud Van Empel, autor da capa do disco. Num outro, para além de outro CD do álbum em versão dts surround sound, apresenta-se o DVD “Amplified Gesture” e mais um livro de fotografias e notas biográficas dos participantes no filme. Como se não bastasse, há também uma gravura exclusiva de Sylvian realizada pelo citado Atsushi Fukui devidamente assinada pelo músico e pelo artista.
Convencidos? Sem dúvida, não temos é tido “tempo$” para gastar.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

MIDLAKE RECOMEÇAM NO VINIL


Através da Bella Union os Midalke disponibilizam, a partir de hoje, um 12” de vinil de 180g com dois dos novos temas do álbum “The Courage of Others” a ser lançado em Fevereiro. Diz-se que só há 500 cópias e que só estão disponíveis em algumas lojas ditas independentes divulgadas no site da editora. As duas canções ('Acts Of Man' e 'Rulers, Ruling All Things”) confirmam o habitual som da banda, o que para muitos, incluindo nós, só pode ser um bom sinal. Audições e não só por aqui.

TRINTAEUM ANOS DA JOJO'S


A mais antiga loja de discos da cidade ainda em actividade faz hoje 31 anos. Para comemorar há descontos de 20% nos CD’s e vinis durante todo o dia, um concerto de Jorge Coelho e Jorge Queijo e, a condizer, uma sessão DJ especial de Rui Trintaeum do bar Trintaeum, por sinal também um dos mais antigos da Invicta. Um trinta e um a partir 21h30, melhor das 21h31… Parabéns.

FAROL #75



A incansável Shara Worden/My Brightest Diamond não pára! Um novo e último EP de remixes da série Shark está previsto para o final de Janeiro, sendo o “remisturador” escolhido o fabuloso DM Stith. Os quatro EP serão reunidos num duplo CD de edição limitada e autografada. Entretanto, Sarah gravou um dueto com David Byrne que será incluído no próximo álbum “Here Comes Love” do ex-Talking Heads previsto para 2010 e teve ainda tempo para nos oferecer um prendinha: uma série de demos/versões alternativas e um original sob o nome de Shark Demos disponível para donwload gratuito via Asthmatic Kitty Records. Obrigadinho!

DUETOS IMPROVÁVEIS #122

BJORK & ANTONY
Dull Flame Of Desire (Bjork)
Radio City Music Hall, Nova Iorque, EUA, 02 de Maio de 2007

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

(RE)LIDO #20


FOOL THE WORLD – THE ORAL HISTORY OF A BAND CALLED PIXIES
de Josh Frank e Caryn Ganz. Londres, Virgin Books, 2008
Inicialmente publicado nos EUA em 2006, este livro suscitou imensa curiosidade do lado de cá do Atlântico, terra onde os Pixies foram, desde o início, muito bem recebidos. Não é estranha, assim, a sua posterior e aclamada edição europeia. Trata-se de um projecto co-escrito durante quatro anos por dois fãs confessos da banda, que traça o percurso mirabolante desde os anos 80 até à reunião de 2004. Uma jornada de vida e morte de um dos grupos mais influentes da história recente do rock e que, ainda hoje, serve de inspiração a tantos e diferentes músicos. A fórmula encontrada para o efeito é, no mínimo, especial: recolher testemunhos na primeira pessoa de um conjunto diversificado de intervenientes activos ou passivos no processo de crescimento dos Pixies – amigos, produtores, agentes, designers, fotógrafos, jornalistas, familiares, fãs, etc., mas, acima de tudo, dos quatro músicos. Desde o início que ficamos agarrados à narrativa informal e sincera que envolve a formação da banda em Boston, as primeiras gravações, o contrato com a editora 4AD ou a explosão de sucesso na Europa. Os quatro álbuns entretanto gravados são dissecados ao pormenor, com aquelas anedotas e historietas contadas pelos seus principais agentes – quem grava, quem produz e quem, obviamente, cria e toca. Notória, ao longo do livro, a tensão entre Charles Thompson/Frank Black vs Kim Deal, que levou, em 1993, à separação, apontada na altura como definitiva. Curioso, a este propósito, os pormenores da digressão com os U2, opção que ajudou, involuntariamente, à desintegração e desmotivação da banda. A reunião de 2004 e posterior digressão, que tivemos a felicidade de ver num fim de tarde de Junho num SBSR junto ao Tejo, confirmaria o grupo como intemporal. No Festival de Coachella de 2005, perante 50 mil jovens em delírio e que no período áureo dos anos noventa ainda eram quase bébés, permitiu à banda, segundo os relatos, deitar para trás das costas as animosidades e receios. Os Pixies confirmavam o seu insuperável estatuto de genialidade que ainda hoje faz mossa.
Um livro sem rodeios, sem extravagâncias, mas de uma rara humildade e sinceridade, à semelhança, alías, da própria banda. Obrigatório ler.

BENDITO MEZZO


Já por aqui apontamos, algumas vezes, as chamadas mais valias de um canal de televisão como o Mezzo (Zon TV Cabo). Entre a música clássica e o jazz, o canal vai esticando a corda a uma imensidão de artistas ou projectos, numa mistura de estilos e tendências assinalável. A programação nocturna, a única por onde ainda vamos passeando/picando o olhar, continua deveras surpreendente. Ontem foi um desses casos: nada mais nada menos que a emissão de um concerto fantástico de Mathew Herbert e a sua Big Band em La Vilette (Paris), o mesmo espectáculo que o artista trouxe à Casa da Música em Novembro do ano passado. Uma hora inebriante de sons e ritmos, numa alquimia vanguardista e sedutora. Herbert, cuja recente polémica à volta da matança de um porco promete “sangue”, é, como se prova neste concerto, o maior. Não descobrimos quando é que ele será reposto ou repetido, mas este mês pelo Mezzo vão passar, entre outros, o John Zorn, o Bobby McFerrin, o Miles Davis, a Diana Krall e o também genial Gonzalez.
Mezzo, um canal que se não existisse, teria de ser inventado.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A ANTI-GAGA


O ano de 2009 ficará, certamente, marcado pela aventura a solo de Karin Dreijer Andersson, metade dos The Knife. No passado sábado, decorreu em Londres o último concerto dos Fever Ray, espectáculo devidamente revisto em crónica pelo Financial Times. O jornal rendeu-se aos atributos e encantos do projecto, brincando, por oposição, com o fenómeno Lady Gaga, apontando a diferença de estéticas e sonoridades.
Ao longo do ano um conjunto de vídeos brilhantes e fotografias lindíssimas, como a que aqui deixamos, acompanharam os temas do álbum dos Fever Ray, justamente um dos melhores do ano para muitas publicações. Foi pena não termos a oportunidade de confirmar ao vivo tamanha intensidade, embora haja por aí um disco ao vivo que saiu na versão luxuosa recentemente editada nos EUA e que o jornal The Guardian disponibilizou gratuitamente no final de Outubro. Para terminar, mais um vídeo negro, desta vez do tema “Keep The Streets Empty For Me”.



NOTA: só para lembrar que foi recentemente disponibilizada uma remistura do tema "Now's Is the Only Time I Know" a cargo de J-Wow dos Buraka Som Sistema e que pode ser devidamente descarregada, sem encargos, via RCRD LBL.

KURT VILE, Maus Hábitos, 8 de Dezembro de 2009

O primeiro concerto da digressão europeia de Kurt Vile teve nos Maus Hábitos um arranque exemplar. Apesar do pouco público e dalguns problemas técnicos, o trio em palco, acabadinho de aterrar no Porto vindo de Filadélfia, demorou um pouquinho a carburar. Kurt Vile, figura de longo cabelo que lhe tapa a cara enquanto canta, começou sozinho sobre um beat pré-gravado, num exercício, como confessado, de aquecimento. Juntaram-se a ele, logo depois, os restantes cúmplices, que em anteriores digressões se chamavam The Violators. Um guitarrista de serviço (Jeff Zeigler?), que tocou também saxofone (intenso em “Freak Train”) e uma improvável, mas charmosa, harmónica, particularmente vibrante em “Freeway” do álbum “Constant Hitmaker” (2008). Um baterista que em alguns temas teve a concorrência simultânea duma frenética caixa de ritmos, usando por isso uns enormes auscultadores de forma a ouvir-se a si próprio. Resultado: uma mistura eléctrica de My Bloody Valentine ou Stooges, algo surpreendente para duas únicas guitarras e sem qualquer baixo, mas a que se adiciona uma suave componente folk quase impreceptível. O álbum "Childish Prodigy", lançado pela Matador em Setembro, é o espelho desta fórmula e de que "He's alright", que terminou o concerto, é um notável exemplo de perfeição. Uma noite que confirmou Kurt Vile como um compositor e músico em ascenção, momento que os poucos corajosos presentes se gabarão, um dia, de ter presenciado.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O CONFORMISTA POP


Conhecemos somente algumas das canções do novo álbum de Thomas Bartlett aka Doveman, o suficiente para nos rendermos à sua melancolia. O disco lançado em Outubro chama-se “The Conformist” e nele o sussurro vocal envolvente recebe a colaboração de muitos dos seus amigos. Um desses magníficos temas – “Breathing Out” – teve já direito a video, mas a sua visualização não se encontra, infelizmente, disponível por cá! Destaca-se a participação de Beth Orton, Martha Wainwright, Norah Jones, Sam Amidon ou os The National ("The Best Thing", "The Cat Awoke"), amizade já longínqua e com quem pisou o palco inúmeras vezes. Presença obrigatória é também o compincha Nico Muhly ("Tigers"), companheiro de editora e com quem partilhará o palco em datas americanas já em 2010. O novo disco segue-se a uma estranha aventura do ano transacto, que consistiu em realizar versões de temas da banda sonora do filme "Footloose”, respondendo a um desafio de Gabriel Greenberg, amigo de infância responsável pelo desenho das capas dos seus álbuns. O resultado foi este…

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

MY BRIGHTEST DIAMOND, Auditório de Espinho, 05 de Dezembro de 2009


Ouvir os discos de Shara Worden/My Brightest Diamond é entrar num delicado mundo de fantasia e subtileza. No sábado passado, o auditório de Espinho serviu de refúgio ideal para este universo, um espaço de sonho há muito aguardado. O fio condutor escolhido foi o mais recente disco “A Thousand Shark’s Teeth”, um repositório de influências e géneros só ao alcance dum talento e virtuosismo que uma formação musical de longa data permitiu engrandecer. A viagem começou, no entanto, com o clássico “Be my husband” de Nina Simone, uma das muitas versões que a noite nos haveria de oferecer. Contamos pelo menos mais quatro (“Feeling Good” também de Nina Simone, “How Come U Don't Call Me Anymore” de Prince, “Youkalli” de Kurt Weill e “Tainted Love” dos Soft Cell), todas brilhantes, todas perfeitas. Gostamos ainda mais dos originais, com destaque para “Dragonfly” com direito a balões, “The Ice & The Storm" ou o magnífico “Inside a boy” antes dos encores. Com a ajuda de um baixista e dum multifacetado baterista, destacou-se a voz sublime de Sarah Worden, um registo quase doutro mundo a que se juntou um som de guitarra ora suave ora rude, mas sempre certeiro, sem falhas. Imaculados foram, contudo, dois momentos a solo - “The Gentlest Gentleman” com um simples ukelele/cavaquinho e um coro colectivo mais que afinado e “Apples” com a juda de uma kalimba mágica. Uma noite de arrepios e vibrações que culminou, adequadamente, com um “Hymne à l’amour” de Piaf.

DUETOS IMPROVÁVEIS #121

JAMES BROWN & JOSS STONE
It’s a Man’s World + Papa’s Got a Brand New Bag (Brown)
Friday Night with Jonathan Ross, BBC1, 1 de Julho de 2005

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

ERA BOM DEMAIS


Logo agora que Neon Indian “anda metido” com os Grizzly Bear, a enorme expectativa em torno do concerto no Plano B cai por terra. O espectáculo foi, aparentemente, adiado para 2010, mas ficamos com a sensação que Alan Palomo e companhia optaram por gozar mais um dia em Paris, em vez da vinda à chuvosa e “provinciana“ cidade Invicta. Ainda por cima o local de um dos dois concertos parisienses chama-se Espace B. Confusões...
Não sabem o que perdem, por exemplo, uma francesinha!

DEZEMBRO É UM MÊS DE DODOS


O novo disco dos Dodos é um daqueles casos de crescimento sustentado. Nas primeiras audições, as injustas comparações com o álbum de estreia, criaram a falsa sensação de desilusão. O que é certo é que "Time To Die" tem grandes canções, como o prova o novo single e video "Longform" agora estreado. Mas nada como uma confirmação in loco para o comprovar, possível no dia 15 no Santiago Alquimista (Lisboa) ou no atraente auditório do Museu de Arte Contemporânea de Vigo, dois dias depois. Claro que deve ser impossível bater aos pontos o concerto de Coimbra de Dezembro do ano passado (foto), mas nunca se sabe.

VELHOS GADGETS


Hoje parece existir um saudosismo passageiro (?) das velhas cassetes onde, carinhosamente e pacientemente, se escreviam os títulos das bandas e canções. Aproveitando a onda, surgiu no mercado uma réplica das memoráveis C-60 em versão digital, uma USB onde cabem precisamente 60 minutos de mp3 do tipo “mix tape”. Trata-se duma selecção nada fácil, tendo em conta a quantidade de música que um qualquer iPod aguenta. Um verdadeiro desafio, a fazer lembrar os velhinhos alinhamentos de discos de vinil calculados ao milímetro para ocuparem, sem falhas, as tais fitas. Bom, depois lá aparecerem as C-90...


Via Juramento Sem Bandeira, ficamos a saber que a Technics/Panasonic vai deixar de produzir, já em Fevereiro de 2010, os clássicos “giradiscos” SL 1200 e 1210! Trata-se de uma aparente contradição, pois a venda de discos em vinil quase triplicou nos últimos dois anos. O lógico aumento da procura destes pratos parece, contudo, não chegar para que a marca mantenha a sua produção. Mesmo assim, convém frisar que um “bichinho” destes, em estado novo, é vendido em Portugal por cerca de 700€!