sexta-feira, 18 de maio de 2012

PARA QUÊ UM GIRA DISCOS DIGITAL?

















Em dia dedicado a museus e afins, partilhamos por aqui uma modernice de que já tínhamos ouvido falar mas nunca lhe demos particular atenção: um leitor digital para discos de vinil, isso mesmo, um leitor tipo CD ou o obsoleto laserdisc. Quer isto dizer que os tradicionais gira-discos de agulha estão condenados a serem definitivamente um objecto de museu? Humm, não nos parece, já que esta nova tecnologia tem já na sua essência quase 25 anos e nunca se impôs verdadeiramente. Há agora algum esforço na sua divulgação por parte da ELP japonesa, a única empresa a produzir o aparelho, mas o seu preço elevado obviamente que torna a sua aquisição demasiado exclusiva. Por exemplo, em 2012 são necessários quase 10.000 dólares para obter um dos 148 leitores de três modelos que a empresa monta à mão, fora extras, como um comando, mas o que é certo é que a procura excede, para já, a oferta! Incrível é que os discos de vinil coloridos e picture discs não funcionam, estando o aparelho somente habilitado a reproduzir o tradicional vinil negro de 12, 10 ou 7 polegadas, mas permite, claro, passar rapidamente o som para formatos digitais como mp3 ou CD. Impõe-se a longa pergunta: mas para que raio quer um amante do vinil um sistema que elimina aquele ruídos e fricções, obriga a uma limpeza efectiva de cada disco, retira o gosto e prazer em pegar na rodela para a virar de face e distorce completamente todo o genuíno significado de um suporte com mais 60 anos de história? É que com aquele dinheiro todo ainda se compram muitas e boas agulhas e, importante, muitos mais discos de vinil para a colecção...       

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