Ao ler o excelente artigo que a Patrícia Carvalho redigiu para o "Público" em Maio passado sobre a Rua do Paraíso do Porto ainda tivemos a esperança que a referência a uma discoteca, melhor, a esta ou a outra casa de electrodomésticos e afins fosse aparecer... Nada. É certo que não lemos o livro que Zilda Cardoso escreveu sobre esta mesma artéria portuense com muito para contar, mas nada sabemos sobre a "Electro C." ("C" de quê?) pertencente a um tal Arnaldo J. Rodrigues, casa, pela amostra, especializada em reparações eléctricas e tudo à volta e onde, aparentemente, se vendiam discos. Talvez o tal comércio se concentrasse na loja do Centro Comercial de Cedofeita que a embalagem ostenta (sem nº de telefone!), o que remete para tempos posteriores a 1978, ano de inauguração daquele espaço de comércio com características de shopping (sim, o CCCedofeita já tem 37 anos e só é batido pelo Brasília com 39!). O nº 277 da Rua do Paraíso é hoje uma florista, casa antiga de friso em granito, azulejos típicos e novas portas verdes, emparedada entre prédios recentes mas com um "moderno" piso superior do tipo marquise. Apesar da expressão "Electro", etiqueta de um certo tipo de música muito em voga nos 80's e recuperada em plenos anos 2000 (lembram-se do chamado Electroclash?), para nós, um passeio nesta zona de Camões, Lapa e Cedofeita, teria como banda sonora perfeita este paraíso... beijos!
Electro C., Rua do Paraíso, 277, Porto |
Electro C., Rua do Paraíso, 277, Porto |