O resultado pode ouvir-se em "New Vanitas", um EP escarnado de excessos instrumentais e de involuntário regresso a uma sonoridade rudimentar para a qual Tyler dispensou muitas noites de solidão a ouvir, propositadamente, estações de rádio de onda média/AM nas quais a qualidade dos sons musicais nunca alcança a alta fidelidade. Apesar de mono-etéreo, esse alto e baixo de frequência, ora longínqua ora de proximidade, funcionou como um alerta criptado para a inevitável e actual mudança de paradigma social, político e vivencial, um período que se espera efémero mas que deixará, sem dúvidas, profundas marcas no nosso dia-a-dia e consciência colectiva. Uma nova vanitas vanitatum...
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
WILLIAM TYLER, NOVA VANITAS!
Há uma tendência que se começa a acentuar naturalmente em matéria de discos novos - o inesperado isolamento e retiro imposto pela Covid 19 inspirou novos métodos e abordagens no que às canções ou composições diz respeito o que, para alguns, foi como começar do nada, do zero. É o caso de William Tyler que, confinado em Nashville desde Março, se lançou com calma num retorno explorador de antigas cassetes, fitas e outros registos saídos da guitarra ou guitarras e que mereciam finalmente a devida atenção e análise.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário