quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

DRAHLA, A NÃO PERDER!





















Os Drahla, com sede na nortenha Leeds inglesa, são um persistente trio que acredita na impagável sinergia de um baixo, uma bateria e uma guitarra, quase sempre dissonante, para fazer canções. Ao vivo, como testemunhado por poucos no Plano B em 2019, é dessa garra que se servem para reinventar uma sonoridade de patente prévia ao final do punk e que continua, com raras excepções, a valer a pena. 

Os Drahla, na sua vigorosa reinvenção, são, pois, uma dessas estirpes de esforço que se nota estruturada em talento e que um segundo álbum de originais fará, de certeza, o favor de confirmar. Esticado a uma segunda guitarra, o agora quarteto pôs cá fora em Janeiro "Default Fantasy", um primeiro single do segundo álbum "angeltape" a sair pela Captured Tracks logo no início de Abril. Potente sabe a pouco para o descrever! 

Os Drahla, que não disfarçam ambição maior, mantêm, mesmo assim, um corrupio por pequenos espaços e caves para fazerem vibrar ao vivo a sua consistência, tal como irá acontecer em Maio com passagens, outra vez, pelo Plano B (Porto, 25, sábado) e LAV (Lisboa, 26, domingo) ou, para os comprometidos de fim-de-semana, pelo Radar Estúdios (Vigo, 27, segunda). 

Os Drahla, para que não restem dúvidas, lançaram há oito dias outro avanço chamado "Second Rythm" onde o upgrade artístico se agarra também a um saxofone e a um vistoso avant-garde fílmico - a capa do disco que acima se reproduz é também notável - o que eleva a fasquia a patamares de excitação compreensíveis. Não os percam, os Drahla!


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