sexta-feira, 31 de maio de 2024

JULIA HOLTER SENTA-SE EM BRAGA!

























A próxima digressão europeia de Outono da maravilhosa Julia Holter tem início marcado para Braga no dia 17 de Novembro, previsivelmente, o último dia do Festival Para Gente Sentada. Estranho, mesmo assim, calhar a um Domingo... 

O anúncio feito hoje pela artista, com direito a poster de Radha Vishnubhotla, confirma que o concerto terá Dev Hoff no baixo, Beth Goodfellow na percussão e vozes e Tashi Wanda no sintetizador, formação semelhante à que a trouxe ao Parque da Cidade em Junho do ano passado. A oportunidade servirá para apresentar o novo álbum "Something in the Room She Moves" editado em Março.

quarta-feira, 29 de maio de 2024

EFTERKLANG, CÍRCULO COLECTIVO!





















Depois da aventura imersiva pela Macedónia do Norte, os dinamarqueses Efterklang estão de regresso aos álbuns de originais com "Things We Have In Common", o sétimo disco a sair a 27 de Setembro próximo pela City Slang. Trata-se do fechar de um circulo de composição iniciado pela banda com "Altid Sammen" (2019) sobre a condição humana, continuado com "Windflowers" (2021) sobre o homem e natureza e que agora encerra, previsivelmente, da melhor maneira, com a intenção de propagar um espírito plural e de pertença colectiva. 

Há, por isso, ajudas e amizades convocadas de boa vontade como a de Zach Condom dos Beirut, que toca trompete no primeiro single "Getting Reminders", ou a da guatemalteca Mabe Fratti que empresta a voz e o seu violoncelo a "Plant", o mais recente e épico tema disponibilizado composto com Rune Mølgaard, fundador da banda mas que, entretanto, seguiu caminho em nome próprio. Sobram, ainda, entre os nove originais, duas canções com o coro Sønderjysk Pigekor, ou seja, o South Denmark Girls' Choir. 


SISSOKO & GRIPPER, SINERGIA MÁGICA!





















A kora de Ballaké Sissoko há muito que não toca sozinha. De parceria em parceria, de instrumento em instrumento, já se lhe juntou o violoncelo de Vicent Delarm, uma outra kora de Toumani Diabaté, a guitarra eléctrica de Jaj Mahal ou o piano de Ludovico Einaudi. Há agora uma outra sinergia de efeito mágico, desta vez com a guitarra clássica do sul-africano Derek Gripper e a merecer disco editado este mês. 

Depois de alguns concertos juntos, foi em Londres que os dois se divertiram ao longo de três horas em estúdio, uma sessão de improviso assumido e que resultou em seis peças de encontro entre cordas e os respectivos instrumentos e não entre tradições, como convêm frisar. Gripper há muito que é um fascinado pela música africana, tendo arriscado passá-la para guitarra e experimentado um registo sério desta paixão com o álbum "One Night On Earth", uma aventura sonora de 2012 onde é à guitarra que os sons da kora se reinventam. 

Depois de uma digressão pelos E.U.A. em Março passado, os dois irão apresentar o álbum editado pela Matsuli Music à África do Sul já em Junho, mas por estes dias Sissoko dedicou-se ao vivo em Paris a outra colaboração com o inglês Piers Faccini, amigo com que já toca há décadas e que resultou no tema original "The Fire Inside" publicado em 2022. Prometido está agora um álbum inteiro a meias... 

Nem de propósito, alerta-se para o concerto imperdível que junta Ballaké Sissoko a Vincent Segal (violoncelo), Emile Parisien (saxofone) e Vincent Peirani (acordeão) marcado para o dia 5 de Julho no Auditório de Espinho, evento que faz parte do FIME-Festival Internacional de Música de Espinho a comemorar a 50ª edição!  


terça-feira, 21 de maio de 2024

ENEMY, Jazz no Reservatório, Parque da Pasteleira, Porto, 19 de Maio de 2024

A segunda edição do ciclo de Jazz no Reservatório, que ocupa o exterior do reservatório do Museu do Porto, no parque da Pasteleira, estendeu-se no domingo a projetos internacionais com a presença dos ENEMY, um trio britànico e sueco que conta com o pianista Kit Downes, artista ECM que foi já premiado com, entre outros, um BBC e British Jazz Award, o baixista nórdico Petter Eldh e o baterista James Maddren. 

O motivo da estreia e da visita tiveram por base o álbum "The Betrayal" editado pela finlandesa We Jazz Records em Setembro último e onde se reúnem uma dúzia de peças originais de Downes e Maddren registadas em estúdio num único dia e sem muitos ensaios. O truque é, obviamente, tocar muitas vezes ao vivo, com todos os riscos que essa estratégia comporta mas a experiência portuense foi, de certeza e a esse nível, bastante enriquecedora para os músicos e, ainda mais, para o público que ocupou a quase totalidade das cadeiras do relvado! 

Tamanho ganho vingou numa proximidade instrumental de intensidade rítmica compacta, onde a assinalável destreza e mestria dos executantes se enroscou em inúmeras reviravoltas e aparentes, mas saborosas, dessintonias. Intercalados e amiúde, misturaram-se o bruar do vento nos microfones, o cacarejar dos galináceos do parque, o piar das gaivotas ou o barulho crescente dos muitos aviões em rota de descida, situação a lembrar o que se repete no ténis de Serralves há muitos e bons anos... Nada que tivesse perturbado ou sequer incomodado um trio em plena fruição de irrepreensível excelência e muita, mas mesmo muita, categoria! 

ISOBEL CAMPBELL, AZULAR O FUTURO!

















Adiada para Junho, a edição de "Bow To Love" de Isobel Campbell que estava agendada para esta semana teve já lamiré notável em Fevereiro passado quando se de a ouvir "4316", um primeiro single que recebeu video de Richard Heslop, realizador britânico responsável por clips para os Queen, The Cure ou New Order e que assim, vinte anos depois, regressou ao activo. 

O álbum, na senda da reinvenção assumida com "There Is No Other" de 2020, funciona como uma resposta a um microcosmo criado pelos tempos distópicos em que vivemos, um género de purga pop pronta a elevar a bondade, a criatividade e a luta. Um futuro, por isso e mesmo assim, em tons de azul, a cor apropriada de uma bonita edição em vinil exclusiva da loja Rough Trade.


sexta-feira, 17 de maio de 2024

HERMANOS GUTIÉRREZ, GUAY!





















Os manos Alejandro e Estevan cresceram na Suiça, país natal do pai casado com a mãe equatoriana. Envolvidos na música desde 2015, tomaram o nome de família para formarem, naturalmente, os Hermanos Gutiérrez e onde passaram a assumir, à guitarra, as influências de Morricone e dos Spaghetti Western em instrumentais cinematográficos fundidos num molho vintage latino e picante. 

Em 2022 acabaram por ter um reconhecimento mais abrangente com o lançamento de "El Bueno y El Malo" na editora Easy Eye Sound, casa do guitarrista Dan Auerbach dos Black Keys que assumiu ainda a produção do disco. Um dos temas - "Tres Hermanos" - acabou por receber a prestação do próprio Auerbach. Nessa altura (Outubro), chegaram visitar o Porto para uma noite mais que esgotada nuns Maus Hábitos já em pré-reboliço e a fama foi-se avolumando, culminando com realização de um mais que requisitado Tiny Desk Concerts da rádio NPR americana. A receita, vencedora, terá em breve nova dose mística.

O quinto álbum, também ele produzido por Auerbach e com selo da mesma editora, chama-se "Sonido Cosmico" e está apontado chegar às lojas no dia 14 de Junho. A dimensão sonora ganha agora contornos de uma odisseia saborosa entre o kitch e o espiritual que poderá ser testada presencialmente a 14 de Agosto próximo, o primeiro dia do Festival Paredes de Coura. Guay!



terça-feira, 14 de maio de 2024

MASTER DE CLASSE!

JULIA JACKLIN, SOLO EM GUIMARÃES!





















Entre as seis cidades anunciadas para receber a tournée a solo de Julia Jacklin em Setembro e Outubro próximos, acontece o milagre de encontrar o Teatro Jordão de Guimarães como o local de termino de um périplo exclusivo! Bilhetes a partir de sexta-feira, dia 17 de Maio. A magia a aplicar será, previsivelmente, do tipo abaixo...

segunda-feira, 13 de maio de 2024

MORENO VELOSO, IRRESISTÍVEL!

Na recente passagem por Espinho de Moreno Veloso ao lado do primo Bem Gil foram apresentados alguns temas de um novo álbum, como confessado, já então gravado mas de que não foi divulgado o título. 

Pois bem, chama-se "Mundo Paralelo", é o primeiro, ao fim de dez anos, desde "Coisa Boa", e é temperado no samba e na MPB num vavivém de estúdios caseiros entre o Rio de Janeiro e Lisboa, cidades onde foram acertadas as colaborações (Domenico Lancellotti na bateria e glockenspiel, Pedro Sá na guitarra, Ricardo Dias Gomes no baixo e sintetizador e Rodrigo Bártolo nos sintetizadores) e afinações mas que não perde de vista a Salvador natal. 

Entre os dez temas há uma versão de “Deixa Estar”, canção de Marina Lima gravada em 1998, e neles rodam e pairam o pai Caetano Veloso e a tia Maria Bethânia para quem compôs, com Luís Filipe de Lima, o tema "É de Hoje" que a mesma tia apreciou na perfeição mas que decidiu não gravar, segundo história contada no concerto espinhense. 

Nele também se deu a conhecer o tema-título "Mundo Paralelo" composto com o conterrâneo Tiganá Santana e o fantástico "A Donzela se Casou", tocado com "prato-e-faca", método inicial usado no registo para o disco e para o que convidou a família (os irmãos Zeca e Tom, o pai Caetano e a tia Bethânia) a juntar-se ao ritmo do samba e da roda. Irresistível!



A SONHAR COM ADRIANNE LENKER!

A curta digressão pela Europa de Abril último levou Adrianne Lenker à Irlanda onde registou uma magnífica sessão a solo no elisabetano Ormond Castle para o projecto Other Voices. Vinte minutos de sonho para nos fazer sonhar com uma oportunidade semelhante... Até quando?  

sexta-feira, 10 de maio de 2024

LATTIMORE E McCLEMENTS, PLANADOR!















A cumplicidade entre a harpa de Mary Lattimore e uma série de instrumentos a cargo de Walt McClements teve como ponto de partida uma viagem num furgão, contando histórias e tocando juntos em concertos formais. A experiência valeu, desde logo, a promessa de registarem um disco colaborativo o que se concretiza no dia de hoje com a edição oficial de "Rain On The Road" pela Thrill Jockey

O álbum de cinco peças foi como que "pintado" com sons e tons, onde a harpa se confunde nos sintetizadores, no piano ou no acordeão, preenchendo paisagens sonoras que tanto remeteram para memórias da estrada como para saudades de casa. Esticam-se, pois, os limites dos instrumentos, reinventando as dimensões de uma fusão que a prolongada chuva de um Dezembro em Los Angeles os confinou ao estúdio de McClements situado no próprio apartamento. A improvisação expandiu-se, naturalmente, a novas ideias e soluções que, em conjunto, são mesmo garantia de um voo planador levado por um vento... de beleza!


3x20 MAIO

quinta-feira, 9 de maio de 2024

MAZARIN A DOIS PASSOS!





















A apresentação ao vivo do excelente álbum "Pendular" que marca a estreia dos Mazarin em grande formato terá digressão já este mês, chegando ao Passos Manuel no dia 30 de Abril, quinta-feira (coincidência, no mesmo dia os BadBadNotGood tocam na Aula Magna lisboeta...) 

O disco, já por aqui reomendado, tem versão de vinil amarelo exlusiva da loja Lucky Lux de Coimbra limitada a cinquenta exemplares numerados! Os caçadores de raridades poderão, sem certezas, tentar a sorte neste link

UAUU #718

quarta-feira, 8 de maio de 2024

FIELD MUSIC, RARIDADE EM VINIL!





















No mundo das canções em que os adorados Field Music se distinguem não existem restrições. A solo ou em parceria, os irmãos Brewis vão-se multiplicando em desafios motivadores e o que aqui damos conta têm já dois anos - no âmbito do Durham Brass Festival, foi escrita e composta uma nova suite inspirada em Redhills, sede da Durham Miners'Association inglesa, que deveria ser posteriormente tocada no local com a banda de metais NASUWT Riverside em Julho de 2021. Mas as restrições impostas pela Covid 19 haveriam de fazer abortar a apresentação, adiada para o verão do ano seguinte no teatro de Durham, nordeste de Inglaterra. 

Havia nessa composição inicial momentos que contam histórias de mineiros que foram colocados na lista negra por sindicalização ou que abordam a injustiça do vínculo anual, onde mineiros, na sua maioria analfabetos, se retiravam em cativeiro por medo de ficar sem trabalho. A suite foi depois modificada numa série de dez canções preparadas para sete metais da referida NASUWT Riverside Band e que agora estão reunidas num vinil exclusivo editado no Record Store Day de Abril último.

O disco, editado pela Daylight Saving Records, chama-se "Binding Time" e completa uma trilogia de lançamentos dos Field Music sobre temas sócio-históricos, seguindo-se a "Music for Drifters" de 2015 e "Making a New World" de 2021, projecto que examinou as consequências sociais e tecnológicas da Primeira Guerra Mundial. A sua audição é inexistente, não havendo online qualquer streaming destas novidades. O documentário abaixo, um excelente testemunho quanto aos métodos e truques do duo maravilha, permite descobrir e destapar um desses inéditos...

STEVE ALBINI (1962-2024)

fotografia: Don Blandford
















O nome de Steve Albini ficará eternamente associado a grandes discos dos Pixies, dos Nirvana ou PJ Harvey. Em estúdio, rodeado de aparelhagens e botões, a eficácia da sua magia técnica elevou muitas das canções a um estatuto de perfeição rapidamente plagiado, marca de prestígio na produção musical de que nunca mais se livrou. 

Mas foi em palco que lhe tiramos a boa pinta. Guitarrista e vocalista dos Shellac, foi desde uma troca de piadas e risadas numa final de um concerto em Serralves em 2010, entre autógrafos e abraços, que passamos a reconhecer-lhe uma veia nonsense e sarcástica que se espalha, afinal, a muitas dos temas da banda. Da sua potência, da sua acutilância e desde 2012, saboreamos a prova no Parque da Cidade em todos os seus palcos como se fosse sempre a primeira vez. Albini faleceu no dia de ontem devido a um repentino ataque cardíaco. Peace!

terça-feira, 7 de maio de 2024

THE WOODENTOPS, EFEITO TERRA!





















Os britânicos The Woodentops, uma das nossas bandas fetiche dos anos oitenta, escondem-se em algumas estratégias de "aparece-desaparece" muito ao jeito da postura do vocalista e guitarrista Rolo McGinty. Um novo tema submergiu há mais de um ano para gáudio de uma legião de fãs ferrenhos, tendo "Ride A Cloud" recebido um curioso video no final de 2023, o que acalentou boas esperanças em algo de mais consistente. O filme, baseado numa história verídica, é uma colaboração da banda com a Wild Something Films e é dedicado a todos os que trabalharam e contribuíram para construção e funcionamento do telescópio espacial Hubble, lançado em 1990 e que ainda hoje nos permite situar no espaço sideral. 

Não foi, pois, com surpresa que o disco "Fruits Of The Deep" foi editado no último mês precisamente no dia 22 de Abril, dia da Terra. O sucessor de "Granular Tales" de 2014 comporta catorze novos temas amadurecidos ao longo de uma década, usando uma variedade de fontes e recursos, que vão desde gravação analógica ao vivo até criação digital programada e mutante de software, usando filtragem gráfica e de áudio. A imagem da capa permitiu a inspiração para "The Fishermen Leave At Dusk", um longo tema, a encerrar o álbum, de imediato inconformismo e visionarismo que caracterizam uma banda, ainda e sempre, com os pés bem assentes na terra!



sexta-feira, 3 de maio de 2024

CHANTAL ACDA, COLECTIVO JAZZ!





















A Chantal Acda não parecem faltar amigos. Com o pianista italiano Bruno Bavata fez um belo de um disco em plena pandemia e hoje foi lançado "Silently Held" com uns tais The Atlantic Drifters, um colectivo de eleição com feições jazz onde, para além do habitual parceiro Eric Thielmans na bateria, Bill Frisell toca guitarra, Thomas Morgan o contrabaixo, Shahzad Ismaily o piano e o magnifico Colin Stetson o seu vincado saxofone! O álbum recebeu ainda contribuições de outros músicos como Niels Van Heertum, Kurt van Herck, Joachim Badenhorst e Jozef Dumoulin. 

Reza a história que os temas foram, quase sempre, obtidos num só take em Brooklyn, Nova Iorque, pela mestria do produtor Philip Weinrobe, afamado pelo seu trabalho com os Dirty Projectors ou Adrianne Lenker - talvez seja esta a explicação para uma versão de "Ruined" da mais recente maravilha de Lenker e que Acda decidiu corajosamente partilhar (para ouvir lá em baixo). O disco foi, depois, misturado pelo amigo Phill Brown em Praga. 

O tema "I Can't Make You Love Me" é uma versão de Bonnie Raitt que recebeu imagens do amigo Borgar Magnason registadas numa praia de areia negra da Islândia. Acentua, com os restantes, uma maior aceitação do lado negro e frágil da sua vida, silenciado, como expressa o título do disco, durante muito tempo. A filha Lóa Bouwmeester desenhou a imagem da capa, recebeu design consagrado do holandês Rutger Zuydervelt e tem selo da Challenge Records.




quinta-feira, 2 de maio de 2024

CHILLY "GONZO" GONZALES!





















Novo mês, novas de Chilly Gonzales. Depois do controverso "F*ck Wagner", anuncia-se o regresso a um projecto iniciado em 2011 chamado "The Unspeakable Chilly Gonzales" e onde o rap orquestral era receita arriscada. 

Mais de uma década depois, em 2022, o artista voltou aos jogos de palavras onde não dispensa a menção a nomes de figurões como Ron Jeremy, Marie Kondo, Genghis Khan ou Phillip Glass, um misto de confissão e persuasão sob a alcunha de "Gonzo", tratamento antigo entre amigos e que agora foi escolhido como nome de álbum a editar pela Gentle Treat em Setembro, casa do próprio cromo. 

A pergunta é pertinente - é este realmente um álbum de rap? Bem, prometidas estão peças instrumentais de genialidade assumida ("Fidelio" aproxima-se de Stravinsky e "Eau de Cologne" ganha estatuto de extravagância), uma estratégia para que os ouvintes assentem as rimas dos versos dos temas anteriores... Nada como experimentar este inenarrável "Poem"!

quarta-feira, 1 de maio de 2024

PAUL AUSTER (1947-2024)














Não nos lembramos se foi a partir do cinema que passamos a ler Paul Auster ou se foi o contrário. Certo é que a notícia de um novo romance do escritor norte-americano era razão suficiente para uma ida a uma ou várias livrarias na procura da novidade, obrigatoriamente, em primeira edição, o que nem sempre conseguimos. 

Acumulamos, assim, muitas dessas aquisições que passamos a eleger para férias ou viagens de forma perfeitamente casuística. Descobrimos maravilhas, baralhamos as intrigas, mergulhamos em incertezas de enredos surpreendente e enigmáticos. Auster era, a esse nível, imbatível. Fica prometido que as quase novecentas páginas de "Um Homem em Chamas" serão no próximo verão leitura, certamente surpreendente, de cabeceira... Peace!