Caída de pára-quedas, esta era uma oportunidade única (esperemos que não...) para ouvir um projecto musical cujo novo disco “Good Arrows” é um reconfortante bálsamo. E foi assim que funcionou ao vivo! Em noite fria, fora e dentro do Teatro e com uma plateia composta e atenta, os Tunng aconchegaram o ambiente e deram um concerto caloroso. Sem rodeios e com humildade, o colectivo inglês apresentou, numa hora, argumentos mais que suficientes para nos mantermos atentos. Numa auto-definição dizem ser “a mix of folky acoustic and busy electronica, overlaying electronic crackles, gorgeous hamonies (…) that are a reminiscent of early Beta Band and Four Tet”. Parece complexo, mas não é. Os temas efectivamente respeitam a afirmação mas ganham ao vivo, particularmente num teatro antigo e rugoso, uma dimensão experimental inesquecível. Sem guitarras eléctricas, mas com três guitarras acústicas, sem bateria ou baixo, mas com um laptop e alguma percussão exótica, as canções são adornadas pela suavidade e harmonia vocal dos vários elementos (seis!) que, em alguns momentos, chegam a cantar todos ao mesmo tempo! A voz feminina da pequena Ashley Bates ajuda à perfeição e fazem lembrar, para além das citadas bandas, temas dos saudosos Lemonjelly. Acabaram, sem encore, com o single “Bullets”, exemplo perfeito de canção pop, mas para trás tinham ficado outras pérolas como “Bricks”, “Spoons”, “Arms” ou “Take”, tema com que iniciaram o espectáculo. Faltou a versão, fabulosa por sinal, de “The Pioneers” dos Bloc Party que mereceu em 2006 a edição de um Ep com o mesmo nome, mas a noite já estava ganha. Que voltem sempre, agora numa noite mais quente em frente a um relvado único rodeado por um rio e frondosas árvores...
Quanto aos Sons & Daughters, talvez o nome que mais gente atraiu ao Sá da Bandeira, pareceram inconsequentes. A banda formada por dois dos elementos femininos dos Arab Strap, um virtuoso guitarrista e um baterista ao estilo new romantic, arrancou em velocidade de cruzeiro da qual não conseguiu libertar-se. Em temas mais antigos como “Dance me in” ou “Johnny Cash” o público ainda respondeu efusivamente mas o espectáculo nunca saiu da mediania. Pareceram cansados e apesar de serem cabeças de cartaz, nada fizeram para esse reconhecimento. Vamos esperar pelo novo disco “This Gift” para a prova dos nove.
NOTA: um festival com bom som, palco e decoração profissionalmente cuidados, cerveja barata e um recinto que apesar de antigo é aconchegante, mereceria outra moldura e, mais, outra divulgação. Não percebemos se esta iniciativa foi um teste, uma experiência, uma aposta séria ou um esgotar de orçamento anual. Sentimos que talvez tenha sido um misto de tudo isto mas esperamos não ter sido, sinceramente, uma oportunidade perdida! Oxalá o Club Paredes de Coura não desça de divisão...
Quanto aos Sons & Daughters, talvez o nome que mais gente atraiu ao Sá da Bandeira, pareceram inconsequentes. A banda formada por dois dos elementos femininos dos Arab Strap, um virtuoso guitarrista e um baterista ao estilo new romantic, arrancou em velocidade de cruzeiro da qual não conseguiu libertar-se. Em temas mais antigos como “Dance me in” ou “Johnny Cash” o público ainda respondeu efusivamente mas o espectáculo nunca saiu da mediania. Pareceram cansados e apesar de serem cabeças de cartaz, nada fizeram para esse reconhecimento. Vamos esperar pelo novo disco “This Gift” para a prova dos nove.
NOTA: um festival com bom som, palco e decoração profissionalmente cuidados, cerveja barata e um recinto que apesar de antigo é aconchegante, mereceria outra moldura e, mais, outra divulgação. Não percebemos se esta iniciativa foi um teste, uma experiência, uma aposta séria ou um esgotar de orçamento anual. Sentimos que talvez tenha sido um misto de tudo isto mas esperamos não ter sido, sinceramente, uma oportunidade perdida! Oxalá o Club Paredes de Coura não desça de divisão...
4 comentários:
Estou de acordo contigo em relação há iluminada actuação dos Tunng, uma excelente surpresa, e ao fraco destaque que o festival mereceu, sobretudo porque trouxe ao Porto (sim, ao Porto!) algumas bandas que começam agora a incendiar tudo quanto é blog e site musical e que, com certeza, terão o seu boom mediático num futuro próximo... Quanto aos Sons & Daughters... estou em desacordo contigo! Achei o concerto extraordinário, uma explosão de força e energia de que não estava, de todo, à espera! Um Abraço!
Quem merece um kiss?
;)
dois kisses aglidole! Pena n teres aparecido...
caro revelletor: talvez o defeito tenha sido nosso ou por não conhecer a banda tão bem ou porque ainda estavamos a saborear o doce de Tunng. Mas essa da explosão de energia fica para confirmar numa próxima... Abçs
Que pena tive não "subir" ao Porto para ver a actuação dos Tunng e dos Sons & Daughters! Apesar do pouco destaque dado, pelo menos aos Tunng, nada como (já) começarem a ser falados em Portugal. Já faziam falta!
Hugzz
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