quarta-feira, 30 de julho de 2008

RUFUS WAINWRIGHT EM VERSÃO CLÁSSICA


O cantor canadiano foi convidado a participar na terceira parte de um concerto marcado para hoje, quarta-feira, a partir das 20h30, no afamado Festival Verbier na Suiça. O espectáculo será transmitido em directo online. No dia 1 de Agosto, sexta feira, Rufus tem ainda um concerto, em nome próprio, na igreja da localidade, onde interpretará algum reportório clássico e também canções suas com novos arranjos concebidos para a ocasião. O festival, criado em 1994, recebe anualmente em Verbier, um resort montanhoso suiço, alguns dos melhores solistas da chamada música clássica. Rufus Wainwright, que no início do mês tocou com o Berlin Ensemble, encontra-se a preparar a sua primeira ópera antecipadamente chamada Prima Donna...

terça-feira, 29 de julho de 2008

FLEET FOXES - NOVO SINGLE


Os barbudos de que toda gente fala editaram recentemente na Europa o primeiro single retirado do super-elogiado álbum homónimo (só em Inlgaterra vendeu 25.000 exemplares em 3 semanas). Trata-se do tema “White Winter Hymnal” e existe uma edição de mil exemplares em 7” de vinil na Bella Union. A editora europeia, comandada por Robin Guthrie (Cocteau Twins) e onde estão também, entre outros, os Beach House, The Acorn, Fionn Regan ou os "irmãos” Midlake, fez acompanhar a novidade com um video realizado por Sean Pecknold, irmão de Robin, vocalista da banda. Um verdadeiro hino!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

LUNARIDADES #67


. em semana de Festival de Paredes de Coura, paira uma leve sensação de desilusão quanto ao cartaz apresentado. Sonhamos e vamos continuar a sonhar com um festival do tipo End Of The Road Festival no sudoeste da Inglaterra, limitado a 5.000 pessoas e com um cardápio do outro mundo! Dá vontade de, em Setembro, cair lá de pára-quedas!

. descobriu-se agora que a Madonna vai fazer 50 anos e por isso tem algumas rugas! Desgraçada da senhora já não pode sair à rua sem maquilhagem. Às tantas, é melhor começar a pedir conselhos aos Rolling Stones ;-)

. do memorável concerto dos Kings of Convenience ficou-nos um moque nos ouvidos: Erlend Oye em visita à cidade, atravessou de metro a Ponte D. Maria e já em Gaia, ficou pasmado com a vista e a paisagem do Porto lá do cimo da Serra do Pilar! Como nórdico, para além dos elogios teceu o seguinte comentário: great beauty, great responsibilty. You’ve got to take care of it… Já não dá para disfarçar, nem ao longe!

. o Domingo chuvoso e cinzento foi passado a actualizar alguma leitura e com uma única banda sonora via iPod - Sinatra, de manhã até à noitinha, num total de 107 temas em 8 álbuns! Se mais houvera...

FAROL #58



Ora aqui fica o caminho para uma White Session da rádio France Inter (o mesmo que as míticas Black Session, mas sem audiência), emitida a 28 de Maio do ano passado, referente aos até aqui (!!) nunca farolados The National. Como bónus veraneante juntam-se as mesmas sessões de Devendra Banhart e Beirut! O chamado 3 em 1, um 31!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

DUETOS IMPROVÁVEIS # 57

BRYAN FERRY & CARLA BRUNI
To make you feel my love (Bob Dylan)
Programa Taratata, Televisão France 4, 16 de Março de 2007

GRANDE NOITE

A RTP2 apresenta hoje (amanhã…) à 1h55 o espectáculo dos Roxy Music no Hammersmith Apollo de Londres em Outubro de 2001. Trata-se do concerto de encerramento da tournée ralizada naquele ano, a primeira ao fim de 18 anos de separação e que conseguiu juntar novamente Bryan Ferry, Phil Manzanera e Andy MacKay. A versão DVD contempla um excelente documentário sobre a banda que, aparentemente, não passará mais logo. Contudo, a música é por si só mais que suficiente.

PARA AS FÉRIAS...


Via Inrockputibles, não podemos deixar de sugerir a melhor atenção para dois discos novos mesmo a calhar para este verão:

. o do discreto Ron Sexsmith, cantautor canadiano muitas vezes esquecido e que tem o nome de “Exit Strategy Of The Soul”. Numa tendência imparável e generalizada em 2008, o disco aponta um inesperado balanço soul e groovy, um caminho nunca até aqui explorado ao fim de nove discos, com excelentes críticas um pouco por todo o lado. A Inrockputibles apresenta-o numa sessão acústica de verão onde, para além duma versão de “The Faith” de Leonard Cohen, canta dois dos novos temas. Imperdível!



. o do proficuo Conor Oberst, que pode ser desde já ouvido em streaming no site oficial. O senhor Bright Eyes apresenta-se pela primeira vez (?) em nome próprio, num disco gravado no México, numa pequena aldeia chamada Tepoztlán e onde foi montado um estúdio temporário. Aí e na companhia de outros músicos – a The Mystical Valley Band – a inspiração parece ter resultados harmoniosos e intensos. A descobrir! Aqui fica o novo video filmado na ocasião.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

CAETANO VELOSO, Pç. Marquês de Pombal, Aveiro, 23 de Julho de 2008


Ir a um concerto de Caetano Veloso, sozinho com o violão, sugere-nos sempre uma dupla aspiração: que haja surpresas e que o alinhamento contemple todas e mais algumas daquelas canções porque suspiramos. Parece incompatível, mas na praça aveirense, silenciosa e respeitadora, foi isto que aconteceu. Caetano, em grande forma, apresentou-se solto e expressivo e não desiludiu ninguém, senão tomem nota: “Haiti”, “Sampa”, “Leãozinho”, “Cucurrucucú Paloma”, “Sozinho”, “Menino do rio” entre muitas outras... Houve a promessa irresistível de fazer uma canção chamada adequadamente “Menina da Ria” e também diversas homenagens: a João Gilberto e aos 50 anos da Bossa Nova (2007), a Ary Barroso com o tema “Faixa de cetim” (video HugTheDj) e ainda ao seu primeiro empresário, entretanto falecido, que sempre sonhou ver Caetano interpretar “La Mer”, tema celebrizado por Charles Trenet. Sonho cumprido. Tempo ainda para, pelo menos, uma nova canção, “Por quem” (video HugTheDj), composta muito recentemente no Brasil. Surpresas, também, na forma brilhante como, já nos encores, despiu “Odeio” e “Homem”, dois temas fortíssimos do último disco “Cê” e que ganharam uma dimensão a solo ainda mais brilhante. Mas, não há concerto de Caetano sem que a sensação não se repita: quando canta “Sonhos” alguma coisa (mais) acontece... Como sempre, gostamos à beça!

OYÉ!


A foto está na Blitz e dispensa comentários...

HERBIE HANCOCK NO PALÁCIO! FREE...


A notícia é surpreendente! No dia 3 de Agosto, Domingo, na abertura do Porto Blue Jazz 2008, Herbie Hancock (piano e voz), galardoado com um “Grammy” pelo último disco tributo a Jony Mitchell (River: The Joni Letters) dará um concerto gratuito no Palácio de Cristal! Será, ainda por cima, acompanhado por seis músicos consagrados: Dave Holland (contrabaixo), Vinnie Colaiuta (bateria), Chris Potter (saxofone), Lionel Loueke (guitarra), Sonya Kitchell (voz) e Amy Keys (voz). Cool jazz free!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

KINGS OF CONVENIENCE, Casa da Música, Porto, 22 de Julho de 2008


As questões deixadas em aberto no “episódio” anterior tiveram ontem à noite grandes desenvolvimentos. Os Kings Of Convenience dão-se muito bem por estes lados e à festa na CDM só faltou mesmo um after-hours merecido! Mas já lá vamos... Há hábitos enraizados que ontem se renovaram: a banda apresentou-se numa primeira parte em versão duo, começada, como sempre, em toada calma com “Until you Understand”, medindo a atenção e devoção da assistência, ganhando confiança e esvaziando (ainda) algum nervosismo. É então que um perfeito personagem ganha a nossa atenção. Ele chama-se Erlend Oye e ontem, mais uma vez, esteve perfeitamente imparável! O indescritível figurão, troca as voltas ao início dos temas, faz expressões e movimentos irresistivelmente hilariantes, esquece-se do aperto das cordas que afinal estava na própria guitarra, quando já todos os outros procuravam o aparelho por todo o lado, no momento mais desconcertante da noite! O que vale a tudo isto assiste a outra cara metade, Eirik Boe, mais calmo, controlador e que estabiliza o aparente caos. Entretanto, já os dois habituais músicos – um contrabaixista e um violinista – se tinham juntado ao duo para, tal como prometido, apresentarem diversos temas novos (ainda não gravados e sem data de edição prevista). Este novo material, ouvido com muita atenção, souo, sinceramente, prometedor e seguro, na linha obrigatória dos dois e únicos discos já editados, com arranjos simples e particularmente brilhantes no pizzicato eficaz do violino. No regresso às canções antigas e tal como na Aula Magna lisboeta, Oye aproveitou para convidar todos a descer até à frente do palco (aren’t you tired of being seated?) para um melhor balanço dos temas “Misread” e “I’d rather dance”. Se até aí não havia permissão para máquinas de filmar ou fotografar, a proibição foi obviamente esquecida e os flashes não mais pararam! Muitas palmas, coros colectivos, clap’s e dança a que só faltou mesmo a invasão do palco, que não aconteceu porque dois seguranças subiram para cada um dos cantos numa atitude intimidatória. No encore, já em versão reduzida, não houve dueto com Caetano Veloso (era uma brincadeira...), mas o surpreendente “Corcovado” (video HugTheDj) com Boe a cantar em (meio) português e Oye no notável saxofone vocal, constituiu a despedida perfeita para uma noite inesquecível na CDM! Já cá fora, no largo fronteiro para onde desceram logo após o final, o duo não se cançou de fotografias e autógrafos num verdadeiro assédio controlado, com Oye a perguntar a toda a gente qual era o bar de destino. Andamos há anos a pedir uma sessão dj de Oye na cidade (de preferência num bar pequeno) e ali, naquele momento, damos conta que ontem foi uma oportunidade perdida (se alguém souber outros pormenores...). Já nos camarins, Oye, só ele, num continuo desfilar de palhaçadas provocatórias, dava a entender que a festa tinha tudo para continuar... (+ videos HugTheDj)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Os Reis da Conveniência – a novela continua!


O novo álbum dos Kings of Convenience continua um mistério! Em Fevereiro passado no seu myspace, para além de informarem que deixaram a EMI-Records, a banda anunciou ter já nove novas canções mas que não sabia como gravá-las... Entetanto, Erlend Oye partiu um braço numa corrida de atletismo em Maio (!) e teve que ser operado, levando ao cancelamento de dois concertos programados para a Suécia nesse mês. Outro azar é que um desses espectáculos, o de Nalen, seria filmado em DVD para posterior edição no final do ano, sendo 5 das canções incluidas no concerto as mais votadas pelos fãs no fórum oficial. O concerto foi entretanto reprogramado para Agosto. O álbum novo começou, ao que parece, a ser gravado na Coreia (!!) em Abril mas não foi revelada ainda a nova editora! No tal comunicado no myspace, os KOC confessam-se ansiosos para tocar em Portugal, o que tendo em conta a memorável prestação de 2006 na Aula Magna, eleva a fasquia a um nível muito alto. Assim, logo na CDM vamos ter canções novas? Teremos a versão duo ou a colaboração de mais músicos? Vamos poder saltar para cima do palco como em Lisboa ou vamos ter que ficar sentadinhos (I’d rather dance)? Vai haver versões de Feist ou de Bob Marley? Vai haver um dueto com o Caetano Veloso?
Não perca os próximos episódios de...

DUETS


A edição de Agosto da revista Q é parcialmente dedicada a duetos. Para além de 4 capas diferentes com 4 duetos exclusivos, é pedida a colaboração na eleição dos melhores e piores duetos de sempre, revelendo-se pormenores e intrigas. A galeria de fotografias é também exemplar (foto acima: Duffy & Paul Weller). Faltou só o disquinho da praxe...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

LUNARIDADES #66


. obviamente que o filme documentário sobre os Joy Division só estreou em Lisboa, ficando o Porto à espera de melhores dias! Só que desta vez já estavamos preparados e o filme já está lá em casa em DVD, cortesia pirata de mão amiga...

. isto agora é porrada todos os fins-de-semana! Depois dos Rádio Macau, deu-se agora uma troca de mimos entre John Lydon e o líder dos Bloc Party! Rídiculo e parece mesmo à medida da imprensa...inglesa;

. apesar de não termos posto lá os pés, é surpreendente e reconfortante saber que o Festival Marés Vivas em Gaia foi um êxito. Espera-se que o próximo ano traga um cartaz mais sumarento e os preços se mantenham. O Porto bem precisa;


. o Hard Club parece ter ficado com a futura exploração do Mercado Ferreira Borges e prevê-se a sua abertura a esta nova função em Setembro de 2009. Concertos vão ser o prato forte... eia, eia!

THE NATIONAL, Festival MANTA, CCVila Flor, Guimarães, 18 de Julho de 2008


Há notoriamente uma “nacionalidade” crescente! No jardim de Vila Flor, em noite quente de Verão, uma multidão de aficionados juntou-se para provar orgulhosamente que pertencem ao mesmo “país” – pediram-se canções, trautearam-se refrões, ovacionou-se quase tudo. A banda, talvez surpreendida, não foi tão eficaz como na Aula Magna mas não deverá ter desiludido muita gente. Pudera, concerto em nome próprio, paisagem nocturna de cortar a respiração banhada por uma lua cheia intensa e público maioritariamente pré-conquistado. Talvez este facto tenha potenciado uma atitude mais recatada e menos provocadora. Cansaço?
Do alinhamento nada a dizer, apesar de uma das nossas preferências – “Guest Room” - não ter sido, outra vez, escolhida. Os momentos mais calmos (“Racing like a pro” ou “Green Gloves”) continuam ser arrepiantes, mas “Fake Empire” e “Mistaken For Strangers”, com a ajuda de uma dupla de metais, marcaram também muitos pontos. No encore, “Mr. November” culminou energicamente noventa minutos intensos de uma banda que já conquistou, por direito próprio, o “passaporte” português, carimbado definitivamente em Guimarães, berço da tal nacionalidade...

Já depois do concerto, deitados na relva e de copo bem cheio de cerveja fresca, a selecção musical da dj de serviço encaixou na perfeição. A menina Manuela Azevedo (Clã) provou que os dj’s não se medem pelas batidas, passagens ou efeitos, mas pelo bom gosto e diversidade: os Divine Comedy ou Rufus Wainwright, os Flaming Lips ou até Paul McCartney soaram como brisa refrescante numa noite de verdadeiro verão. Faltaram, indesculpavelmente, as mantas... (videos HugTheDj).

sexta-feira, 18 de julho de 2008

DUETOS IMPROVÁVEIS #56

LEONARD COHEN & ANJANI
Wither Thou Goest (Cohen)
Ao vivo no Joe's Pub, Nova Iorque, 24 de Abril de 2005

CAMPANHA NACIONAL


Os National decidiram, sem rodeios, apoiar a candidatura de Barack Obama à presidência dos E.U.A. Para o efeito, criaram uma T-shirt com a designação Mr. November (mês das decisivas eleições americanas) sob uma fotografia do candidato, e cujas vendas reverterão na totalidade para a campanha do senador. Em Maio passado na Aula Magna, “Mr. November” foi mesmo um dos momentos altos do concerto, esperando-se que logo em Guimarães o calor e paisagem idílica ajudem a uma ainda maior celebração. Ah, e já agora, força Obama!
Mr. November @ Aula Magna

FRENTE E VERSO


Inaugura hoje na Galeria do Jornal de Notícias no Porto a exposição do cartoonista e ilustrador André Carrilho que dá pelo nome de “Frente e Verso”. Mostram-se 37 desenhos de diversos temas e personagens de um dos maiores artistas mundiais e que já publicou trabalhos em quase todas as principais publicações internacionais. Parte do catálogo da mostra pode ser consultado online e, já agora, sugerimos uma volta por uma selecção de desenhos de músicos ou bandas (em cima Tom Waits) que pode ser também apreciada na página do artista. Uma maravilha! Para ver até 17 de Agosto.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

SINGLES #13


ROXY MUSIC – The Same Old Scene
Polydor, UK, Roxy1,1980

Os Roxy Music sempre foram um must de uma boa pista de dança. O álbum “Flesh + Blood” de 1980, que ficou conhecido por incluir a versão de Wilson Pickett “In The Midnight Hour", foi na altura arrasado pela crítica, mas chegaria na mesma a número um em Inglaterra. O terceiro single retirado do disco, depois de “Over you” e “Oh yeah (On the Radio)”, foi este “The same old scene”, clássico esquecido de teor balançante irresistível, gravado numa fase de afirmação de liderança do próprio Bryan Ferry. Nunca foi editado em Portugal, sendo este exemplar a versão inglesa (apesar de ser made in France....). O excelente baixo que percorre toda a canção seria certamente fonte inspiradora de muitas das bandas pop dos anos 80, bastando ouvir o “Girls on Film” dos Duran Duran para o confirmar. A nossa escolha tem também outra razão de ser – o magnífico design da capa, da qual desconhecemos a autoria ou inspiração, embora os Roxy Music tenham tido à sua volta artistas como Antony Price ou Peter Saville! Na actualidade, os Roxy Music continuam a ser devidamente e justamente recuperados e retratados. Veja-se só o conjunto de remixes editadas em maxis e singles de vinil com a excelente contribuição de gente como Phones, Headman, Glimmers ou Tiefshwarz, estando programada a sua compilação num só álbum de remisturas. Muito recentemente surgiu até uma versão deste mesmo “Same old Scene” a cargo dos ingleses Cicada, banda especializada em remixes mas que se apresenta, ao estilo de Mylo, também ao vivo. Contudo, nada se compara ao original... Nothing last forever!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

FAROL # 57



Acaba de ser editado no iTunes um novo EP de Scarlett Johansson denominado Live Session. A gravação inclui mais uma versão de Waits - “Innocent When You Dream” - que não está no álbum e uma curiosa cover de “Boys Don’t Cry” dos Cure. Não existem muitos pormenores sobre esta nova edição, mas apostamos que a tal sessão deve ser a mesma realizada em Maio na AOL e que por aqui foi sugerida e f(aro)lada. É só comparar... A menina anda notoriamente a apalpar terreno, salve seja!

(RE)LIDO # 11


I HATE MYSELF AND WANT TO DIE
The Most 52 Depressing Songs You’ve Ever Heard

Tom Reynolds, Hyperion, Nova Iorque, 2006
Escrever um livro sobre canções ditas depressivas não parece tarefa fácil. Tom Reynolds, autor da ousadia, pegou no título de uma canção dos Nirvana (diz-se que “I hate myself and...” era o título que Kurt Cobain queria dar ao álbum “In Utero”) e tratou pessoalmente de escolher 52 (?) canções que, supostamente, motivam desespero, tristeza e até suicídio. No livro, depois de uma pequena apresentação de cada tema, justifica-se a seguir porque é que ele é supostamente depressivo. Nem sempre, contudo, a argumentação é coerente ou justa, como em “Strange Fruit” de Billy Holliday. Noutros casos, um pouco de hilariedade e humor cáustico provocam algumas gargalhadas, como quando decide falar de “Confortably Numb” dos Pink Floyd, “I Will Always Love You” de Whitney Houston ou “My Immortal” dos Evanescence! Tratando-se de um selecção particulamente suigeneris, na qual estão incluidas canções que não conhecemos ou reconhecemos e que parecem ter sido seleccionadas de audições e memórias de infância, estranha-se que os Beatles, os Rolling Stones ou até os Velvet Underground sejam completamente ignorados. Estes monstros sagrados da história da música tinham, certamente, canções facilmente elegíveis. Ou seja, um livro com alguma piada e desequilibrado mas, obviamente, cínico e até mórbido. Merecia uma maior investigação sobre cada um dos temas, estando longe de constituir um bom exemplo de jornalismo musical ou de literatura humorística. Nem sempre uma canção dita depressiva é uma má canção (p.ex. “The River” de Springsteen” ou “Love Will Tear Us Apart” dos Joy Divison), tornando-se nalguns casos muito difícil reunir bons argumentos para o provar. Nota positiva para as excelentes ilustações a preto e branco de Stacey Earley mas que, infelizmente, são muito poucas... Esperemos que a nova proposta do autor recentemente publicada sobre canções de amor (Touch me, I’m sick: the 52 Creepiest Love Songs You've Ever Heard) apresente outra consistência.

3 X 20 JULHO


20 CANÇÕES:
. SAM SPARRO – Black and gold
. N.E.R.D. – Yeah you
. MGMT – Kids
. PONI HOAX – Antibodies
. SIGUR RÓS – Gobbledigook
. RUBY SUNS – Oh, Mojave
. SIMPLE KID – Lil’King Kong
. BECK – Modern guilt
. MAKE MODEL – Just another folk song
. TOKYO POLICE CLUB – Your english is good
. THE WEDDING PRESENT – Don’t take me home…
. BLACK KIDS – I’m making eyes at you
. DIRTY PROJECTORS – What I see
. THE BLACK GHOSTS – It’s your touch
. DAMIEN JURADO – Gilian was a horse
. THE ACORN – Crooked legs
. THE LODGER – Honey
. DEERHUNTER – Agoraphobia
. MICAH P. HINSON… - When we embraced
. ROBERT FORSTER – From ghost town

20 VERSÕES:
. TRICKY – Slow (Kylie Minogue)
. YAEL NAIM – Toxic (Britney Spears)
. ANNIE ALL - Wake Me Up Before You Go-Go (Wham)
. RICHARD WALTERS & FAULTLINE - Be My Wife (David Bowie)
. PETER MURPHY – Transmission (live - Joy Division)
. THE LAST SHADOW PUPPETS – S.O.S. (BBC - Rhianna)
. OK GO - The Lovecats (The Cure)
. CLOUD ROOM – Blue Monday (New Order)
. THE BLACK GHOSTS – Physical (Olivia Newton John)
. ELECTRIC SOFT PARADE – Jealousy (Pet Shop Boys)
. PAPER SCISSORS – I can’t go for that (Hall & Oates)
. DIZZEE RASCAL – That’s not my name (The Ting Tings)
. LISMORE – Wot (Captain Sensible)
. KYLIE MINOGUE – Love is a drug (Roxy Music)
. SAUL WILLIAMS - Sunday Bloody Sunday (U2 cover)
. DROP NINETEENS – Angel (live - Madonna)
. TRASH YOURSELF AND THE TOXIC AVENGER - Song 2 (Blur)
. LIGHTSPEED CHAMPION - Heart in a cage (live – The Strokes)
. MARY SHELLEY OVERDRIVE - The Hardest Button to Button (The White Stripes)
. MYSTERY JETS - Bleeding Love (Leona Lewis)

20 REMIXES:
. GOLDFRAPP - A&E (Maps Remix)
. MYSTERY JETS - Diamonds In The Dark (Dusty Cabinets Mix)
. CHROMEO - Bonafied Lovin (Yuksek remix)
. MPTP - Jim Morrison (Zeigeist Remix)
. JENS LEKMAN - Sipping On the Sweet Nectar (Ultracity Vocal Dub)
. RILO KYLEY - Breakin' Up (Hot Chip Remix)
. THE KINKS - Sunny Afternoon (Minitel Rose remix)
. SANTAGOLD - L.E.S. Artistes (Ooh Ee Remix)
. AUDIO BULLYS - We Don't Care (Buffalo Bunch Night Train Mix)
. ARCTIC MONKEYS - When The Sun Goes Down (Justice Remix)
. TOKYO POLICE CLUB - Centennial (Dntel Remix)
. VAN SHE - Sex City (The Teenagers Remix)
. CUT COPY - Hearts On Fire (Polygon Palace Remix)
. LITLLE DRAGON - 1 Recommendation (Todla T Remix)
. LYKKE LI - Everybody But Me (diskJokke Remix)
. THE BLACK GHOSTS - Face (Switch remix)
. M83 – Kim and Jesse (datA remix)
. ETTA JAMES – At last (Romeo In the Rain RMX)
. RUBIES feat. FEIST - I Feel Electric (Tie Dye Remix)

. TALK TALK - Dum Dum Girl (12” Mix)

terça-feira, 15 de julho de 2008

NÃO É MENTIRA: LIARS PREMIADOS


A 16ª edição do Festival de Curtas Metragens de Vila do Conde já acabou mas os filmes premiados passarão pelo Cinema Passos Manuel no Porto hoje e amanhã, quarta-feira, dia em que terá lugar no bar portuense uma Festa de Encerramento. Um dos prémios foi atribuído ao videoclip dos Liars “Plaster Casts of Everything” de 2007 realizado por Patrick Daughters, estando prometida a presença da banda para comentários e outras considerações. Relembra-se que os Liars tocam em Guimarães na quinta feira no âmbito do Festival MANTA. Aqui fica o magnífico video:

segunda-feira, 14 de julho de 2008

LUNARIDADES # 65


. já por aqui fomos criticando a facilidade com que a publicidade pega em clássicos da música pop portuguesa e os torna exaustivamente inaudíveis! Hoje ao ler sobre a caricata cena entre Xana e Flak dos Rádio Macau, percebemos as dificuldades mas, como em tudo, é sempre o pilim que comanda a vida!

. os recentes álbuns das CSS e Carla Bruni são uma confrangedora desilusão. Onde parecia haver ainda algum talento e frescura nada mais transparece que banalidade e bocejo;

. com a habitual companhia HugTheDj de concertos, temos discutido e comentado a falta de pachorra para festivais e aglomerações. Quando, como em Famalicão, os artistas parecem estar a tocar só para nós em condições invejáveis de luz e som, todos os os restantes cenários se tornam dispensáveis. Deve ser da idade...


. por falar em Famalicão, a época de grandes concertos regressa, ao que parece, em Outubro e por isso, se nos é permitido, aqui ficam duas sugestões: o Bon Iver e a Regina Spektor. Calhavam mesmo bem...


. um grande e sincero bem haja para a senhora Rickie Lee Jones! Peace!

BONNIE PRINCE BILLY, O Meu Mercedes…, Porto, 13 de Julho de 2008


Tinham já passado mais de cento e cinquenta minutos (leram bem!) desde o início do concerto, quando Will Oldman abraçou calorosamente cada um dos seus músicos de jornada, agradecendo a todos no “biggest Mercedes” a calorosa recepção. Era o fim de uma festiva e longa viagem que coincidiu com o final da corrente tournée. Cada um dos presentes no esgotado bar da Ribeira, que não faltou à chamada apesar de uma escandolosa falta de referências e promoção da imprensa da nossa praça, não podia disfarçar um sorriso colectivo de satisfação e prazer por ter assistido e vivido um dos maiores concertos, em todos os aspectos, que o pequeno (grande!!) local jamais conheceu! Acompanhado por uma banda irrepreensível de músicos, onde brilha a violinista Emmet Kelly, Bonnie Pince Billy pôs para o lado muito do seu habitual humor corrosivo (basta lembrar o concerto a solo no Theatro Circo em 2007) para se concentrar na música tradicionalmente indie/folk, terreno onde continua imbatível. O contínuo desfilar de temas, seleccionados da mais recente dupla de discos, recaiu, no entanto, no country mais acessivel do último “Lie Down in The Light”. Sabendo das dificuldades logísticas para sair e regressar ao palco, Bonnie decidiu prolongar o concerto sem fazer encores, apostando para o final numa toada mais calma e de temática amor/ódio - pérolas como “Strange Love”, “I see a Drakness”, “Careless of Love” e ainda “Lay and Love” espalharam-se como incenso. Na oportunidade, o percussionista Michael Zerang saltou da sua “caverna” do fundo e decidiu passear-se com o pandeiro por cima do balcão, brindando a plateia com a sua dança e ritmo, num dos grandes momentos da noite. Sempre que tudo parecia ir terminar, uma nova canção, não alinhada, alongava o espectáculo. Tal como Bonnie referiu numa das poucas tiradas corrosivas da noite “este é o local mais perto de todos em que alguma vez tocamos”, proximidade que ontem no Mercedes foi o fio condutor de tão espirituosa e luminosa celebração.
(+ fotos desfocadas ;-) não há por ruptura já habitual de bateria...)

RICKIE LEE JONES, Casa das Artes, VNFamalicão, 12 de Julho de 2008


O evento prometia an evening with Rickie Lee Jones mas alguns, desde meio da tarde de sábado, tinham já tido o previlégio de privar informalmente com a senhora. A sessão de autógrafos prevista para sexta-feira à noite na JoJo’s foi adiada para sábado devido a atrasos no voo de Nova Iorque e ali, perante admiradores de longa data, Ricke Lee Jones espalhou simpatia, assinou vinis e cd’s, comentando canções, produtores ou influências, não se fazendo rogada a fotografias e filmagens. A noite estava bem lançada, aumentando ainda mais as expectativas e emoções. Já na Casa das Artes, bem composta mas longe de esgotar (ainda não percebemos o que/quem mais será necessário para ver o auditório lotado...), assistiu-se a um recital indescritível! Na companhia de Petra Haden e sem o baixo de Jose Maramba, a artista planou sobretudo por álbuns antigos, pondo completamente de lado o disco The Sermon on Exposition Boulevard de 2007. O duo, em toada calma, despiu maravilhosamente temas do fantástico Ghostyhead (Vesell of Light - video HugTheDj ou Scray Chinese Movie), recuou surpreendentemente ao homónimo primeiro disco (Weasel and the White Boys Cool, Last Chance Texaco, Chuck E's In Love) e estremeceu-nos a todos com Stewart's Coat de Traffic From Paradise. Como se fosse preciso, sentada ao piano acelerou-nos ainda mais as pulsações com We Belong Together e On Saturday Afternoons in 1963, provando a sua satisfação e prazer em estar ali, numa benção recíproca admirável. Os anos passaram, mas aquela voz limpida e juvenil permanece brilhante e inclassificável, a que se juntou na perfeição o violino e restantes efeitos notáveis de Petra Haden. O abraço forte entre ambas já no final do encore, selou para sempre um concerto memorável, talvez até irrepetível. Para trás tinha ficado “Satellites” (video HugTheDj), um prenúncio quase biográfico de uma resistente admirável da música, que aprendemos a respeitar e venerar e que teve em Famalicão um momento marcante. Para todos!

So you keep talking in many languages
Telling us the way you feel
Don't stop confiding in the road you're on
Don't quit, you're walking satellites

sexta-feira, 11 de julho de 2008

DUETOS IMPROVÁVEIS #55

WILLIE NELSON & RICKIE LEE JONES
Comes love (Billy Holliday)
Ao vivo no Wiltern Theater, LA, Maio de 2004

ÚLTIMA HORA: Sessão de autógrafos de Rickie Lee Jones


Rickie Lee Jones, na companhia de Petra Haden, estará hoje a partir das 22h00 na loja JoJos (Cedofeita) para uma sessão de autógrafos e certamente alguma conversa. Dada a invulgaridade do evento, esta será uma oportunidade rara e magnífica para, finalmente, concretizar um sonho antigo. A dificuldade está em escolher os discos que vamos levar para autografar...

GOGOL BORDELLO + THE HIVES + HERCULES & LOVE AFFAIR + RAGE AGAINST THE MACHINE, Festival Oeiras Alive, 10 de Julho de 2008


A prévia estratégia de “corrida” só em parte foi cumprida devido a alguns contratempos de última hora, o que fez atrasar e de que maneira a nossa entrada no recinto. Já os Gogol Bordello faziam a festa (+-22h00) quando, finalmente, mergulhamos no meio da multidão (40.000?) presente no Parque Marítimo de Algés, sendo verdadeiramente surpreendente a quantidade de nuestros hermanos presentes sob o efeito RATM! Para trás tinham ficado concertos que aguardavamos com expectativa, como os Spiritualized e MGMT, já que, quanto aos Vampire Weekend e National, estavam bem presentes os ainda recentes e insuperáveis (?) concertos na CDM e Aula Magna. Contudo, parece que perdemos qualquer coisa...

Bom, parte da festarola presenciada dos Gogol Bordello prova a vocação da banda para animar ou reanimar qualquer tipo de público. No caso, a massiva aliança ibérica de sangue quente presente não se rogou a bailaricos, palmas e alarido, só sendo pena que a distância entre o palco e o público seja prejudicial a uma temperatura ainda mais alta. Se fosse no palco secundário da tenda com toda a certeza se aplicaria a máxima “até a barraca abana”!

Os The Hives, pela segunda vez em Portugal são ao vivo um caso sério de rock & roll. Decidimos arriscar uma incursão pela frente do palco, mas a agitação em mosh e a contínua algazarra multiplicavam-se a cada canção iniciada: “Main Offender”, “Hate To Say I Told You So, “Walk Idiot Walk” e outros hits fizeram literalmente mazelas. Fãs são mais que muitos e ferrenhos, pelo que apostamos numa e pequena pausa para respirar e reabastecer e fomos espreitar os Hercules & Love Affair na tenda.

Em formato banda, com metais, baixo e bateria, o projecto tem a sua alma no duo ele e ela ou ela e ele, sendo principalmente ele (ela) o centro da atenções, num bambulear vistoso e estudado. Muita gente conhecedora e que não mais parou depois do must DFA disco/dançante que é “Blind”, mesmo sem a voz original de Antony Hegarty. No entanto, a receita ao vivo parece algo falível, sendo o produto final, em disco, por agora mais recomendável. Mesmo assim, um bom espectáculo.

Nunca fomos verdadeiramente acérrimos fãs dos Rage Against The Machine, mas não ficamos indiferentes ao primeiro disco e, mais tarde, a um esquecido mas surpreendente disco de versões. Ontem tinhamos alguma curiosidade, sem expectativas muito altas. Mas fomos surpreendidos! Os RATM tinham, à partida, o público na mão e podiam ter-se limitado a cumprir calendário ou a debitar canções porque muitos suspiravam há longos anos. Mas o que se viu e ouviu foi uma banda em plena forma, dando literalmente o litro. Os rios de suor que o quarteto fez escorrer pelo palco só foram, certamente, ultrapassados pela quantidade de cerveja ingerida em todo o recinto. Suor não faltou também do lado de cá, fruto de agitadores clássicos como “Guerrilla Radio”, “Bulls on Parade” ou “Killing in the name”, canção poderosamente extasiante e por isso guardada para o final. Não faltou também um fundo com a estrela revolucionária, uma bandeira do Che pendurada numa das colunas do palco e um elogio a Saramago, provando que, quinze anos depois e mais de três milhões de discos vendidos, a luta continua. Convencidos, unidos venceremos!

COMO SE NADA ACONTECESSE...

O novo disco da primeira dama francesa, Carla Bruni Sarkozy, já pode ser ouvido na totalidade no site oficial da cantora apesar da dificuldade de navegação, sendo preferível para o efeito o seu site no myspace. No novo “Comme Si de Rien n’ Etait” são apresentadas 14 novas canções, entre elas versões de “You belong to me” de Bob Dylan e “Il vecchio e Il Bambino” de Francesco Guccini. Apesar de todas as polémicas, parece ser um regresso à boa forma depois de um incompreendido segundo álbum e que motiva já análises sofisticadas.
Carla Bruni afirmou ter desistido das actuações ao vivo (deve ser uma imposição do marido ou dos serviços secretos franceses...), mas surgirão, no sentido pleno da palavra, aparições televisivas e radiofónicas. Contudo, videos novos ainda não circulam!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

ALIVE & RUNNING!


PALCO OPTIMUS
RAGE AGAINST THE MACHINE - 00:40
THE HIVES - 23:10
GOGOL BORDELLO - 21:40
THE NATIONAL - 20:20
SPIRITUALIZED - 19:10
GALACTIC - 18:00
KALASHNIKOV - 17:00


METRO ON STAGE
BOYS NOIZE - 02:20
TIGA - 00:50
HERCULES AND LOVE AFFAIR - 23:50
PEACHES - 22:20
CANSEI DE SER SEXY - CANCELADO
MGMT - 20:00
VAMPIRE WEEKEND - 18:50
SONS OF ALBION - 17:50
SKIP THE USE- 17:00


A estratégia
é esta: correr para os Vampire Weekend, correr para um pouco de Spiritualized, correr rápido para os MGMT, correr para um bocadinho dos National, beber duas cervejas e comer um pão c/ chouriço, festejar com os Gogol Bordello, ir a correr ver a exposição do SAM, tornar a correr para os Hives, beber mais uma cerveja, correr muito para os Hercules & Love Afair e voltar a correr para os RATM. Beber mais uma. Ainda bem que cancelaram os CSS... Ufa! Já não temos idade para isto! Alugam patins?

AMC NO BOM BARREIRO


Os American Music Club, que para a semana estarão em Benicassim, tem regresso confirmado a Portugal. Tal como anunciamos, o Barreiro recebe Mark Eitzel e companhia no dia 19 de Setembro, sexta-feira, no âmbito do Festival BOM Barreiro, Outras Músicas. Os concertos decorrerão no Auditório Municipal Augusto Cabrita, situado no Parque da Cidade, estando também confirmado o nome de Norberto Lobo. Na edição de 2007 por lá passaram JP Simões, Dead Combo ou Anonima Nuvolari. Lá estaremos!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

(RE)VISTO #18


NAKED SONGS – THE LIFE AND TIMES OF RICKIE LEE JONES
Dir. Ethan A. Russel, Time Warner Company/Reprise Records, 1996, VHS

Em semana de tão rara visita de Rickie Lee Jones, culto por aqui já mais que justificado, decidimos rever este documentário em VHS, comprado num daqueles montes de videos saldados ao desbarato com o advento do DVD numa das antigas lojas Valentim de Carvalho... Apercebemo-nos agora que se trata de uma verdadeira raridade! O documentário não está disponível nos EUA por disputas legais entre a artista e a editora Reprise e a sua edição em DVD parece perfeitamente esquecida. O filme foi rodado em 1995 aquando do lançamento do disco “Naked Songs”, álbum gravado ao vivo em duas noites do Filmore de San Francisco. Nestes espectáculos intimistas, Rickie Lee Jones ao piano ou com uma simples guitarra, apresentou uma revisão eclética de alguns dos seus melhores temas, muitos deles inspirados em anteriores e sofridas experiências. Entre as canções presentes no documentário, a artista vai contando a sua atribulada vida, através de reconstituições a p/b desses episódios ou com a inclusão de fotografias de família e amigos. A infância e juventude em itinerância constante, a droga e o alcoolismo, amores (Tom Waits) e desamores, resultaram numa quase auto-destruição, que só uma maternidade inesperada conseguiu renascer. Assim, para além das magníficas e poderosas interpretações (“Skeletons”, “Magazine” ou “We Belong Together”, p.ex.), o filme oferece uma linear e emocionada biografia de uma intérprete cuja rápida ascenção e êxito nos final dos anos setenta (Grammy para Best New Artist em 1980) não conseguiram fazer esconder traumas mais antigos. Um excelente documento, na altura premiado em festivais como o de San Francisco, Montreux ou Mill Valley (Califórnia), reconhecimento mais que merecido! Também uma forma intencional de anteciparmos o concerto de sábado, que pelo formato divulgado se torna ainda mais imperdível. Parece mentira…

NOTA: Rickie Lee Jones terá em Famalicão o acompanhamento de Jose Maramba no baixo e, surpresa, Petra Haden! A irmã de Josh Haden (Spain), filha do mítico baixista Charlie Haden, é a convidada especial para, ao violino e na voz, tornar o recital ainda mais apetecível. Com um curriculum impressionante, lembramos que Petra já tocou com gente tão diversa como Beck, Bill Frisell ou FooFighters e esteve p.ex. no disco e na tour de “Picaresque” dos maravilhosos Decemberists! Sem dúvida, a verdadeira mais valia...

terça-feira, 8 de julho de 2008

PRIMEIRO ESTRANHA-SE...


Ao contrário do último “Flux”, o novo single dos Bloc Party
demora um pouco a entranhar-se... O mesmo se passa quanto ao video!
Bloc Party - Mercury


segunda-feira, 7 de julho de 2008

LUNARIDADES #64


. o roubo da lápide Ian Curtis parece uma notícia de um qualquer país do terceiro mundo. Mas não, trata-se de Inglaterra, berço de uma consciência patrimonial longínqua! Deus queira que não tenha sido um português! Nem morto o homem está em paz...

. a venda de vinil aumentou em 2007 cerca de 100%! Só à nossa conta o número deveria ter aumentado para os 300%... Ao contrário dos mp3, o problema é só um: ocupa muito espaço. Não há por aí ninguém interessado (não digam nada ao Berardo) em desenvolver um projecto sério do tipo “local de depósito”, um género de Torre do Tombo do Vinil? Certamente que depositantes não faltariam...

. sem rodeios, Tricky assume a sua admiração por Kylie Minogue! Não estamos sozinhos, afinal...

. o festival SET decorre esta semana uma pouco por todo o Porto. Teatro em doses gratuitas e locais surpreendentes. Ainda há que diga que na cidade no pasa nada...

. já há quem não consiga chegar ao fim do ano! Para o editor Allan Jones da revista inglesa Uncut, estes são os discos de metade 2008:

1 The Felice Brothers - The Felice Brothers
2 Fleet Foxes - Fleet Foxes
3 Bon Iver - For Emma, Forever Ago
4 Drive-By Truckers - Brighter Than Creation's Spark
5 Howlin Rain - Magnificent Fiend
6 The War On Drugs - Wagonwheel Blues
7 American Music Club - The Golden Age
8 Silver Jews - Lookout Mountain, Lookout Sea
9 Joan As Policewoman - To Survive
10 Ry Cooder - I, Flathead

NOVO CALEXICO

O novo álbum dos Calexico tem data marcada de saída para 9 de Setembro. Dois anos depois de Garden Ruin, o duo apresenta Carried To Dust, apontado como o mais variado e consistente projecto até à data. Talento não falta e por isso vamos acreditar que sim. Os Calexico tiveram em Maio uma canção da sua autoria, mais precisamente “Crystal Frontier”, seleccionada para acordar (!) os astronautas na mais recente viagem do Space Shuttle americano... No Outuno, com os pés bem assentes na terra e a levantar pó, lançam-se em mais uma digressão europeia.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

DUETOS IMPROVÁVEIS #54

DIANA ROSS & JAMIROQUAI
Upside down (Ross)
Brit Awards, Fevereiro de 1997

SUPERBOCK!


foto: DN
É este o festival que o Porto precisa?
O Porto precisa de um festival de rock?
O Porto volta a ter mais um festival, mas este rock é super?

As perguntas estão respectivamente na capa do Público de hoje, na capa do seu suplemento P2 e no título do artigo de duas páginas... As respostas são todas negativas, porque o Porto precisa é de 50 mil litros de cerveja de preferência SB! O SR, ou seja o rock, morreu... melhor cristalizou, pelo menos no Porto. A cidade merece tamanha pobreza. Mas vai esgotar, o que é bom!

ARTE SUMMER 70’s


O mais que recomendável canal ARTE preparou para este verão uma programação especial dedicada aos anos 70. Entre documentários, entrevistas ou concertos por lá vão passar os Bee Gees, Dylan, Leonard Cohen, Abba, Pink Floyd, Marley, James Brown, Jack Kerouac, Bowie, o concerto pelo Bangladesh e programas Top Of The Tops da época! Quanto filmes, bom, começa em Love Story e Emanuelle (hummm...), passa por Shaft, Slogan (Gainsbourg e Birkin, como não podia deixar de ser...) e Scopitone e acaba em The Man Who Fell To Earth, um dos primeiros filmes de Bowie. Tudo com a cumplicidade da disco queen Amanda Lear, Philipe Manouvre (Rock & Folk) e Gonzalez! Era bom que chovesse, para ficar em casa em frente à televisão ;-)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

GUILTY PLEASURES!


É o delírio! Promovido pelo site Buffetlibre, está já disponivel gratuitamente a primeira parte do projecto “Rewind” dedicado aos anos 80. São 57 covers, remixes ou mashups de bandas ou artistas conhecidos (estão por lá, p.ex., os Cloud Room, Electric Soft Parade ou Dragonette) ou simples desconhecidos, que pretende, de forma não comercial, prestar homenagem a uma das golden ages da história da música. Entre eles, conta-se o português Xinobi que decidiu misturar o tema “Do it” de Roger Troutman. É difícil destacar um tema, mas o clássico “I can’t go for it” de Hall & Hotes com remix dos Paper Sisters é imbatível! De resto estão lá todos, de Cliff Richard a ZZTop, de Captain Sensible a Secret Service, de Madonna a Man Without Hats, de XTC a Belinda Carlile ou, claro, Bryan Adams... O site, em quatro secções, é espectacular, associando a versão ao video/youtube do tema original e, para os mais distraídos, fazendo o link para a história de cada banda na Wikipedia. Cada projecto teve ainda que explicar a sua escolha, seleccionar um tema dos anos 90 do qual fariam uma versão daqui a 20 anos, ou escolher quem cobriria um tema seu. A segunda parte de "Rewind" estará disponível dia 1 de Setembro. É fartar, vilanagem... e divirtam-se!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

COCOROSIE ART!

Ontem numa deambulação por uma das Fnac’s demos de caras com um surpreendente e lindíssimo picture disc 7” das Cocorosie referente a uma canção até agora deconhecida. O tema inédito chama-se “God Has A Voice, She Speaks Through Me', foi digitalmente lançado em Maio último e conheceu agora esta maravilhosa edição especial (limitada 3.000 cópias) com desenhos de Bianca Casady em ambos os lados. Já em casa ao escutar a canção, surprendeu-nos o seu balanço dançavel e refrescante e uma letra trágica sobre um suicídio... Sabemos agora que existe já alguma controversia à sua volta, inspiradora do próprio video. Ainda mais estranho é o facto da própria editora anunciar a saída deste gooddie para dia 8 de Julho e ele já estar disponível numa loja aqui tão perto... Havia dois, compramos os dois!

terça-feira, 1 de julho de 2008

FAROL #56



Enquanto se espera um segundo disco dos Postal Service, tarefa de parto difícil devido aos intensos trabalhos dos Death Cab For Cutie (Ben Gibbbard) e Dntel (Jimmy Tamborello), aqui fica uma excelente sessão na KCRW de 2003 aquando do lançamento do único e já clássico primeiro disco ”Give Up”.