SNACKS & OUTROS SONS
Pela Estrada Fora com os Franz Ferdinand
Pela Estrada Fora com os Franz Ferdinand
de Alex Kapranos. Lisboa; Edel, 2008
O vocalista e mentor da banda escocesa passou parte da juventude em empregos diversos e mal pagos, mas os trabalhos temporários de ajudante de cozinha, empregado de vinhos e até cozinheiro, marcaram para sempre a sua paixão pela gastronomia. Claro que em nenhuma destas ocupações conseguiu tanto êxito como com os Franz Ferdinand, fenómeno de popularidade mundial de que Portugal é um dos melhores exemplos. Aproveitando as intensas digressões de Kapranos, o jornal “The Guardian” convidou-o a realizar uma crónica sobre comida e bebidas dos mais diversos países por onde a banda actuou. Foram publicadas ao longo de 2006 cerca de quarenta relatos pessoais sobre restaurantes, chefes de cozinha, ingredientes, receitas, truques, do Japão à Argentina (testículos de boi!), passando por um rodísio brasileiro ou um monte de caranguejos australianos.
O vocalista e mentor da banda escocesa passou parte da juventude em empregos diversos e mal pagos, mas os trabalhos temporários de ajudante de cozinha, empregado de vinhos e até cozinheiro, marcaram para sempre a sua paixão pela gastronomia. Claro que em nenhuma destas ocupações conseguiu tanto êxito como com os Franz Ferdinand, fenómeno de popularidade mundial de que Portugal é um dos melhores exemplos. Aproveitando as intensas digressões de Kapranos, o jornal “The Guardian” convidou-o a realizar uma crónica sobre comida e bebidas dos mais diversos países por onde a banda actuou. Foram publicadas ao longo de 2006 cerca de quarenta relatos pessoais sobre restaurantes, chefes de cozinha, ingredientes, receitas, truques, do Japão à Argentina (testículos de boi!), passando por um rodísio brasileiro ou um monte de caranguejos australianos.
Referências a faits-divers musicais são muito poucas, embora haja este delicioso comentário durante um pequeno-almoço americano: “Já ouviram as Noisettes? São de Inglaterra. Ela parece Karen O. Negra. Corre descalça pelo palco. E não há cá cantigas. São o máximo. Vi o James Murphy nos bastidores…” (pag. 82).
Kapranos aproveita ainda para contar algumas histórias da juventude, principalmente aventuras dos tempos passados em cozinhas manhosas ou sob alçada de chefs exigentes e excêntricos. Para ilustrar o livro, o autor convidou Andrew Knowles, o baterista e teclista que actua com os Franz Ferdinand e que passou, também ele, por muitas destas experiências. Claro que Portugal fez parte do roteiro, sendo incluída uma crónica sobre o restaurante lisboeta Alfaia no Bairro Alto, onde é elogiado o queijo de Azeitão e, obviamente, o vinho, que tornou a descida da calçada portuguesa num permanente perigo! A crónica publicada em 9 de Junho de 2006 surgiu na sequência da vinda da banda ao SuperBock SuperRock desse ano que decorreu no Parque Tejo.
Um livro delicioso, de fazer crescer água na boca e que merece, sem dúvida, uma actualização. Pode ser assim que apareçam referências à vitela assada, ao cabrito, ao bacalhau courense ou simplesmente à broa ou às papas…
Um livro delicioso, de fazer crescer água na boca e que merece, sem dúvida, uma actualização. Pode ser assim que apareçam referências à vitela assada, ao cabrito, ao bacalhau courense ou simplesmente à broa ou às papas…
Um prato, este Kapranos!
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