sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
MEMÓRIAS #16
Estamos mortinhos por deitar a mão à última Mojo onde Prince diz algumas verdades sobre a indústria musical, uma rara entrevista que marca a sua digressão por terras britânicas. Há até, a propósito, um novo video registado em Manchester a semana passada. Aliás, os ingleses sempre gostaram deste pequeno grande homem, como comprovam alguns prémios que a indústria local lhe concedeu no passado, nos tempos em que Prince era The Artist, Victor ou simplesmente The Symbol... Lembramos bem esta fase, quando Alvalade (com o palco numa das laterais!) em uníssono e em pulgas começou a gritar "Victor, Victor" já que o artista nunca mais subia ao palco, ao que parece por se estar a divertir com uma bola de basquetebol! Marcantes também, uns anos mais tarde, as três horas de espectáculo no agora rebaptizado Pavilhão Atlântico de onde saímos de "papo cheio"!
OLHA QUE TRÊS!
O próximo dia 21 de Setembro terá uma noite muito especial para os lados de Los Angeles - Andrew Bird, Devendra Banhart e Caetano Veloso tocam no mesmo serão e local num evento organizado pela incontornável rádio KCRW! Chama-se KCRW World Festival e tem o mítico palco em concha ao ar livre do Hollywood Ball como local central. Bilhetes só em Maio e ainda sem preço... Que inveja só de pensar nos possíveis alinhamentos, duetos e outras mirabolantes colaborações! Não é a primeira vez que Caetano e Devendra se encontram, já que ambos estiveram, como demos conta em 2010, juntamente com Beck na mesma cidade num evento de gala e solidariedade do MOCA-Museu de Arte Contemporânea. Por falar em Devendra e MOCA...
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
THE WAR ON DRUGS, UM PORTENTO
Entre as "falhas" no alinhamento do Primavera Sound portuense há duas que custam a engolir: a primeira é a de Kurt Vile, sem datas ao vivo por perto; a segunda é a dos The War On Drugs, confirmados no cartaz mãe de Barcelona mas infelizmente não seleccionados para a Invicta. Pode ser que se juntem, quem sabe, aos de Paredes de Coura... Projectos irmãos, já que Vile fundou os Drugs juntamente com Adam Granduciel há já mais de dez anos, ambos têm discos fantásticos para revelar ao vivo como acontece com "Lost In The Dream", trabalho novo dos The War Drugs apontado para Março que transpira Springsteen e Dylan por todo o lado e que é, por si só, um portento!
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
BILL CALLAHAN, Casa da Música, 23 de Fevereiro de 2014
Foto: Blitz |
Recordamos bem as passagens de Bill Callahan, ainda sob o desígnio de Smog, pela gruta do Mercedes em 2003, pelo Teatro Circo em 2008 ou em Vigo passados dois anos. De todas as vezes o músico deixou a música fluir, resguardando-se na sua timidez e algum laconismo, fazendo sobressair a mestria da composição e da lírica em que a sua inconfundível voz tudo arrebatou! Ver uma plateia enorme como a da sala principal da Casa da Música perfeitamente concentrada para o ouvir, deixando todos os temas finar até ao limite para bater palmas, respeitando os silêncios como poucas vezes acontece, só pode ser sinal de reverência. E essa reverência natural é uma merecida homenagem a um artista enorme que soube, álbum após álbum, fazer da sua carreira um exemplo notável de reinvenção, qualidade e, mais que tudo, genialidade. Será difícil escolher um momento alto deste recital maravilhoso que Callahan trouxe até ao Porto, mas juntar no mesmo alinhamento "Dress Sexy at My Funeral", "Too Many Birds" ou, já no encore, o grande "Rock Bottom Raiser" dará direito a que este seja, desde já e ao fim de dois meses, o melhor concerto de 2014! Claro que houve muito "Dream River", cheio de grandes canções como "Winter Road", "Small Plane" ou a pérola de duas faces que é "Seagull" onde vagueia um dos melhores light riffs dos últimos anos. Faltou algo mais de "Sometimes I Wish We Were Eagle" mas, com uma banda trio deste calibre, a aposta no prolongamento instrumental de muitos dos temas sob a criativa projecção de algumas imagens no ecrã de fundo, fez da sala uma imensa galáxia da qual não apetece nunca conhecer o fim. Fabuloso!
domingo, 23 de fevereiro de 2014
SAVAGES, ANTES E DEPOIS 2
No rescaldo da passagem das Savages pelo Porto aqui ficam dois momentos diferenciados para vossa consideração. O primeiro, que antecipou o concerto, a cargo do duo australiano A Dead Forest Index e o registo das duas últimas canções:
O segundo, em jeito de after party, a gravação possível de parte do live act que juntou Johnny Hostile à vocalista Jehnny Beth atrás de uma mesa de mistura na Sala Cubo do PlanoB. Samplers e muita electrónica a que se sobrepôs a voz de Jehnny num projecto em nítida fase de experiência e texte...
O segundo, em jeito de after party, a gravação possível de parte do live act que juntou Johnny Hostile à vocalista Jehnny Beth atrás de uma mesa de mistura na Sala Cubo do PlanoB. Samplers e muita electrónica a que se sobrepôs a voz de Jehnny num projecto em nítida fase de experiência e texte...
sábado, 22 de fevereiro de 2014
SAVAGES, Hard Club, Porto, 21 de Fevereiro de 2014
Confessamos, desde já, a nossa aversão a todo o tipo de classificações que comece por "pós" qualquer coisa. Há até uma delas, a tão badalada "pós-troika", que, para além de irritante, se adivinha negra... Quanto ao "pós-punk" ou coisa que o valha que rotula muita da música que ouvimos na primeira metade da década de oitenta e apesar das inúmeras tentativas posteriores para retomar a fonte, a melhor opção foi sempre beber da nascente, sejam eles os Gang of Four, os The Sound, a Siouxie ou até os U2 fase "October". Vem tudo isto a propósito do concerto de ontem das Savages, o terceiro em oito meses por terras portuguesas, que sendo um exemplo de retoma sonora desses tempos não apresenta, como falhanços anteriores, nenhum disfarce. Uma bateria, uma guitarra e um grande baixo chegam para, sem mácula, nos deixar arrastar para um encantamento de sessenta minutos onde a voz e o feitiço de Jehnny Beth fazem o resto. Sem nada a provar, que o "exame" do Primavera Sound em Junho passado mereceu todos os louvores, o desfile de canções foi, tal como se pedia, praticamente o mesmo a que se acrescentou uma inebriante versão de "Dream Baby Dream" dos Suicide mas desde sempre popularizada pelo Boss. E depois, para terminar, houve "Fuckers", quinze minutos de êxtase colectivo que, por K.O., evita encores e nos deixa sem pio... Silence yourself!
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
MEMÓRIAS #15
Em 1995 Emmylou Harris editou "Wrecking Ball", um grande disco que recebeu a ajuda do então afamado Daniel Lanois, produtor e guitarrista conhecido pela colaboração com os U2. Aliás, Larry Mullen foi o baterista oficial de estúdio onde foram gravadas versões de temas de Neil Young, Bob Dylan, Jimmy Hendrix, Gillian Welsh ou Steve Earle. Para além de Lanois, e aproveitando as sinergias, Jools Holland convidou para o mesmo dia de programa o próprio Earle, que se juntou a Emmylou para um raro dueto, com tempo ainda para uma entrevista onde se falou de Young e Pete Seeger e para uma apresentação em nome próprio do tema "Deeper Well", onde, reparem bem, é magnífico o grande baixo de Daryl Johnson!
SAVAGES, ANTES E DEPOIS!
Hoje é noite de Savages no Hardclub e, como se não chegasse, há ainda uma after party no Plano B que inclui um live act (dj set?) que junta a vocalista Jehnny Beth (ou seja, Camille Berthomier) a Johnny Hostile (ou seja, Nicolas Congé), dupla francesa fundadora da Pop Noire Records e que já editou álbuns como John & Jehn. A entrada é livre até às 2h00 da manhã para quem tiver o bilhete do concerto. A abrir para as Savages estarão os australianos A Dead Forest Index. Eia!
UMA REMIX DE SONHO!
O bigodes "did it again"! Giorgio Moroder pegou no clássico dos Eurythmics e fez isto... Um docinho!
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
REAL ESTATE, É ASSIM QUE SE FAZ!
Os Real Estate estão de regresso com "Atlas", um álbum novo prestes a estourar e que foi gravado no The Loft, os estúdios de Chicago dos grandes Wilco. Já se ouviu no início do ano o magnífico "Talking Backwards", mas o que dizer deste "Crime"? Ainda por cima ensinam, quem sabe, a tocá-lo! Parece fácil...
OS BEATLES QUEBRA-CABEÇAS!
Esta é a história, já com meses, da ida a uma mega-loja dos chineses à procura de um tabuleiro de xadrês baratinho para aproveitar o entusiasmo do afilhado pelo jogo secular. Como não encontramos tal coisa, que agora os tempos são de virtualidades à distância de um toque de dedos, acabamos por trazer um enorme puzzle com as figuras dos The Beatles e respectivos álbuns. Não é feito na China, custou metade do preço em relação ao que encontramos na rede, mas quando o destinatário abriu o embrulho e despejou tudo no chão, assustou-se com a quantidade de peças e logo tratou de fazer regressar tudo à primeira forma... Até que, por estes dias chuvosos, o avô pegou na caixa e, na companhia do neto, começou a "partir pedra" com a sapiência de muitos anos de filatelia! Sim, porque isto de puzzles também tem técnicas sofisticadas - divisão por cores e tonalidades, separação em envelopes numerados, ampliação com lupa e, como nos selos, muita paciência. Agora é vê-lo, ao avô, todos os dias entusiasmado com o novo passatempo que não demora, apostamos, a ficar pronto. Quanto ao neto, o Disney Channel tem maiores apelos que umas figuras de cabelo comprido aos pedacinhos, mas, pelo menos, já sabe quem são os Beatles e continua a não faltar às aulas de xadrez. Xeque-mate!
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
ROCKY RACOON #9
... o que ficou sempre na sombra! Ringo Starr, por ele mesmo, em confissão jornalística adequadamente consensual. No nosso caso, pensar em Ringo faz-nos imediatamente sorrir muito por culpa de um pequeno e irrequieto rafeiro com o mesmo nome que havia lá na rua das traseiras e de que nunca chegamos a perceber quem era o dono! Sem dono parece ter sido também a contribuição de Ringo para a carreira dos Beatles, onde entrou já como "comboio" em andamento, uma viagem de sonho vivida certamente de forma intensa. Ringo, o nosso preferido dos desenhos animados que RTP transmitia à hora de almoço, Ringo o "clown" que abanava sempre a cabeça atrás da bateria e fazia o queria. Sempre tivemos a sensação que foi ele quem mais "curtiu" a fama antes e depois da separação, quem se perfilou sempre sem rodeios, quem, no fundo, nunca teve inimigos internos. Vê-lo com Paul McCartney na cerimónia dos Grammy's a tocar o "Photograph", canção escrita a meias com George Harrison, só veio confirmar que, por ele, os Beatles seriam ainda hoje a maior banda do universo!
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
MAC DEMARCO, SALADA SEM AZEITE!
Agora que o novo disco "Salad Days" do canadiano Mac DeMarco começa a rodar sem freio aqui na casa, uma saborosa saladinha psicadélica sem azeite pronta a ser servida no dia 1 de Abril, lançamos um repto a quem de direito (?): tragam até cá o homem para um concerto a sério e sem segredos. É que ainda nos está atravessada a nossa não comparência em Setembro passado na PAC de Guimarães onde Marco esteve em residência artística entre o ginásio vizinho, os telhados das redondezas e, ao que parece, um concerto para alguns sortudos! Mas, vá lá, há agora um pequeno filme que nos apresenta o resultado dessa estadia solarenga e, certamente, surreal passada no berço da nacionalidade e dá a conhecer uma das novas canções ao mundo...
Actualização 21/02/14: pronto já está! DeMarco em Coura!
GOD HELP THE GIRL, O FILME!
Depois da excelente recepção em Sundance e Berlim na semana passada, o filme "God Help The Girl", que Stuart Murdoch andava a preparar há dez anos, terá também apresentação no SXSW em Março próximo. A ideia valeu já um excelente disco do mesmo nome que reuniu em 2009 uma série de promissoras vocalistas convidadas para cantar ao lado dos músicos dos Belle & Sebastian, mas a concretização da película enfrentou uma série de dificuldades financeiras e logísticas que ainda hoje se fazem sentir - não há ainda, por exemplo, poster ou trailer oficial... Rodado em Glasgow, entre actuações ao vivo e muita dança, conta-se a história da formação de uma banda onde Eve, a lindíssima australiana Emily Browning (em cima, ao centro), é a personagem principal. Prometedor.
PRIMAVERA SOUND & VISION
Vinte e cinco minutos que deixam umas saudades... e para os quais contribuímos de bom grado. Grazie!
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
MEMÓRIAS #14
Ao ouvir a entrevista de Nuno Rebelo na TSF sobre o regresso dos Mler If Dada recordamos o quanto penamos já na altura, isto é, há trinta anos, para comprar o primeiro maxi então editado pela Dança do Som. Sentia-se, desde logo, que esta não era mais uma banda mas sim um projecto assente em alguma ousadia e risco que, a partir da pop, pretendia levantar voo para outras altitudes. Os Mler If Dada, apesar de alguns êxitos essencialmente radiofónicos, durariam meia dúzia de anos e Nuno Rebelo dedicou-se à improvisação e música para bailados como testemunhado a Henrique Amaro (?) no programa "Spray" da RTP2 de boa memória. Para hoje à noite está, então, marcado o primeiro de alguns concertos que, sem saudosismos bacocos, assinalam a data. Em breve, esperamos ter a oportunidade de comparecer nalgum anfiteatro mais próximo porque, felizmente, ainda há coisas que (nos) fascinam...
CLÁSSICO #23
THE SUPREMES
Baby Love / Stop! In the Name of Love
No requentado Dia dos Namorados que se comemora no dia de hoje e que dá para tudo, devia ser obrigatório que em qualquer noite de festa fossem largadas alto e bom som estas pérolas das The Supremes. São duas das mais populares canções do século XX reeditadas no Record Store Day de 2012 num single especial de vinil em forma de coração a fazer lembrar um outro, mais recente, que o ano passado trouxemos até aqui no mesmo dia. A experiência de o fazer rodar no gira-discos pode ser simplesmente uma curiosidade, mas a força das canções elimina qualquer dúvida sobre a eternidade de "Baby Love", a comemorar 50 anos, e "Stop! In the Name of Love", fazendo da peça uma preciosidade. Saídas da magistral composição de Holland-Dozier e Holland na Mowton, ambos apresentam uma fantástica retaguarda instrumental a cargo dos Funk Brothers que nos impele sempre a pegar na agulha para repetir o balanço...
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
LOBO #1
Hoje, Dia Mundial da Rádio, iniciamos a reprodução de uma notável e inesperada série de artigos de António Sérgio saídos no suplemento "Dependente" do saudoso semanário "O Independente". A colaboração iniciou-se a 1 de Junho de 2001 com um destaque ao regresso de Tricky aos discos com o álbum "Blowback". São considerações sábias e acutilantes onde, como referido, se inserem apontamentos de "Fadas, Unicórnios & Cyborgs", rubrica obrigatória do programa "A Hora do Lobo" então emitido na Rádio Comercial. Agora que está em marcha a produção de um documentário sobre o mentor herteziano, esta parece ser uma boa altura para se recordar o que acabamos por vir a gostar muito à custa do mestre!
MATTHEW E. WHITE EM OVAR
O primeiro single não deixava dúvidas - "Big Love" de Matthew E. White é uma daquelas canções que fazia nascer água na boca e muita, muita, esperança aos "olheiros" da Domino Records. O álbum "Big Inner" que se seguiu bateu todas as apostas e investimentos e só faltava mesmo um concerto em nome próprio para o confirmar. Ele aí está - dia 5 de Abril, sábado, no Centro de Arte de Ovar, um dia depois do Musicbox lisboeta, datas que antecipam a entrada no país vizinho para três espectáculos já há muito programados e que mantinham a expectativa de uma passagem por cá. Proibido faltar!
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
THE NOTWIST, EM CHEIO!
Os The Notwist são uma perdição desta casa. É certo que já não "tocam à campainha" desde 2008 mas, mesmo assim, estamos em falta por não termos comparecido no ano seguinte no Fundão para um raro concerto (damn...), oportunidade que esperamos apareça em breve. É que, de fininho, a banda tem um novo álbum ("Close To The Glass") que roda com toda a força no iPod, a estreia na nova editora, a sempre recomendável Sub Pop Records. A primeira canção seleccionada para uma das nossas listas já em Janeiro tinha sido a fantástica "Kong" e que agora foi convenientemente escolhida para single com direito a video animado e aguado... Em cheio(a)! São mesmo grandes estes germânicos!
DUETOS IMPROVÁVEIS #186
SÉBASTIEN TELLIER & PHOENIX
L'Amour et la Violence (Tellier)
Ao vivo no Palais des Sports, Paris, 7 de Fevereiro de 2014
L'Amour et la Violence (Tellier)
Ao vivo no Palais des Sports, Paris, 7 de Fevereiro de 2014
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
A PAZ, SEMPRE!
Tal como já aconteceu com os dois primeiros álbuns, chegou agora a vez de "Peace at Last" dos The Blue Nile receber uma actualização. Para quem, como nós, tem por qualquer um deles uma devoção intocável e eterna, só pedimos que a proclamada "edição de coleccionador" prometida para o início de Março não apoquente uma perfeição já de si sagrada! O disco de 1996, o último gravado para a Warner Records, receberá uma remasterização dos próprios Paul Buchanan e Robert Bell e contará com o supervisão de Calum Malcom, engenheiro originalmente responsável pela produção. Junta-se um segundo disco de raridades com seis novas remixes, demos e outtakes, a cereja obrigatória em cima do bolo. Álbum ultra-dimensional e de uma intimidade avassaladora, não perdemos a infinita esperança de ouvir, um dia, esta pérola na voz do próprio Buchanan bem no escuro de uma sala... Seria a paz, finalmente!
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
WILLIS EARL BEAL, CHUIF!
MEMÓRIAS #13
Os Xutos... xii, tantas recordações! Começamos com o single do "Remar, Remar" e o "Cerco" por encomenda postal via Blitz, o melhor e mais importante disco! Concertos, alguns, em discotecas manhosas do Porto, nas queimas e até o de aniversário dos 15 anos no Coliseu do Porto. Lemos de bom grado a excelente biografia da Ana Cristina Ferrão, mas a explosão desmedida do "Circo de Feras", o massacre dos "Contentores" e da "Casinha" guinou-nos para outras rotas. Quando dos 20 anos editou-se um disco de versões que nunca compramos, apesar de lá estarem as principais bandas nacionais. A comemoração passou pela RTP num inesperado programa especial do Miguel Ângelo que tinha a virtude de não ser em playback e que juntou os próprios Xutos a alguns contemporâneos como os raros Mão Morta ou os GNR e o Reininho a partir a loiça sem contemplações! Agora que se aproximam os 35 anos os parabéns são mais que justos e merecidos e só temos é que agradecer os "Barcos Gregos", o "Homem do Leme" e o "Remar, Remar", esse pedaço eterno de rock que ainda hoje nos arrepia!
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
THE WOODENTOPS, O REGRESSO!
Antes de entrar em estúdio, os The Woodentops mudaram-se para uma casa em Kent onde alinharam treze novas canções. Seguiram-se os toques finais quer no londrino Dada Studio South quer em Instambul e aí está "Granular Tales", o regresso com data marcada para o final deste mês com o selo tradicional da Cherry Red Records. Mantêm-se o design magnífico de Panni Bharti que ao longo dos anos oitenta ilustrou a maioria das capas de singles e álbuns, verdadeiras raridades e peças de colecção. Marcados para Março estão também alguns concertos por terras britânicas e um primeiro single chamado "Third Floor Rooftop" servirá de tiro de partida de um comeback significativo! Top!
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
NOVOS CONTOS DE MR.E
Um ano depois de "Wonderful, Glorious" os Eels preparam o regresso para Abril com um novo trabalho chamado "The Cautionary Tales Of Mark Oliver Everett" onde se apresentam treze canções cautelares saídas da vivência muito própria de Mr. E, ou seja, o próprio Mark Oliver Everett. O álbum terá uma edição especial da qual fará parte um outro disco com mais temas inéditos e gravações radiofónicas. Este é, em jeito de prefácio visual, o teaser anunciador.
O magnífico conto/amostra "Agatha Chang" serve, contudo, para compensar a espera até Abril!
NEIL HALSTEAD X 10!
A ideia surgiu em 2010 por terras vizinhas - convidar um artista ou banda a tocar de princípio ao fim um disco de sua eleição e fazê-lo rodar ao vivo. O ciclo recebeu o nome de "We Used To Party" e os exemplos são já ilucidativos - os Giant Sand escolheram "At San Quentin" de Johnny Cash, Clem Snide pegou em "Zuma" de Neil Young, Chuck Prophet atirou-se a "London Calling" dos The Clash e chega agora a vez de Neil Hastead que em Março apresentará em dez cidades espanholas o álbum "The Velvet Underground & Nico" de 1967. Pena que a gira não se aproxime um pouco mais da fronteira... Anunciado está, desde já, um novo ciclo para Abril para o qual Josh Rouse escolheu o disco de estreia dos Violent Femmes! Fazemos figas para que, pelo menos, a reunião dos Slowdive com data anunciada para o Primavera de Barcelona acabe por repetir-se no parque da cidade Invicta!
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