... uma das grandes canções do álbum "Ojalá" dos Lost Horizons.
Hey, Happy New Year!
domingo, 31 de dezembro de 2017
sábado, 30 de dezembro de 2017
PRIMAVERA SOUND 2018, UAUU?
Há, pelo menos, dez almas boquiabertas que já sabem o alinhamento do Primavera Sound Barcelona de 2018... Seria bom que o do Porto também fosse de cair o queixo!
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
SUFJAN STEVENS, O GUARDADOR DE PÉROLAS!
A veia de mestre da composição de Sufjan Stevens há muito que palpita de forma salutar a cada disco editado. Se último devaneio, a tal canção homenagem à patinadora Tonya Harding, já nos parecia imbatível por este ano, eis senão quando deparamos em boa hora com dois pedacinhos do mesmo nível que fazem parte da banda sonora original do filme "Call Me By Your Name" (estreia em Portugal a 18 de Janeiro) a que se acrescenta uma versão ao piano de "Futile Devices" do álbum "The Age od Adz" numa mistura singular de Thomas Bartlett aka Doveman. São pérolas...
SHANNON LAY NOS MAUS HÁBITOS!
Uma das revelações do ano que agora termina é o segundo disco da menina de cabelo laranja Shannon Lay chamado "Living Water", uma pérola que tem apresentação ao vivo já marcada por perto - 23 de Março nos Maus Hábitos como consta do cartaz oficial!
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
LAURA MARLING, CHUVA FORTE!
A britânica maravilha Laura Marling, uma das perdições aqui da casa, gravou uma versão de "A Hard Rain's A Gonna Fall" de Bob Dylan para o episódio final da última (4ª?) série de "Peaky Blinders", a excelente novela que passa na BBC Two de extremo bom gosto musical e não só. Antes, tinha aproveitado a ocasião para registar uma cover de "Red Right Hand" de Nick Cave destinada à cena inicial de um outro episódio, tendo o seu original "What He Wrote" sido usado anteriormente para o mesmo fim. Ficamos ansiosamente à espera do respectivo single de vinil e, já agora e exceptuando o Netfix, de um canal português que atine na programação...
UNKNOWN MORTAL ORCHESTRA, SB-05!
Como é habitual em época natalícia, os Unknown Mortal Orchestra oferecem à comunidade uma mistura instrumental completamente inédita de cerca de trinta minutos de devaneios e experiências sonoras e que recebeu o título de "SB-05". Trata-se de uma série iniciada à cinco anos atrás e que serve para desgastar as calorias ganhas nos últimos dias...
sábado, 23 de dezembro de 2017
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
SINGLES #44
PULLOVER - Holiday/Last Christmas
Inglaterra: Fierce Panda, NING20A, 45RPM, 1996
As versões de clássicos de Natal são, por esta altura, obrigatórias! Na fila do hipermercado, no rádio do carro ao lado em plena fila de trânsito, a registar o totoloto ou simplesmente a atravessar uma passadeira, só mesmo tapando os ouvidos ou pondo os auscultadores é que as habituais melodias a falar de neve branca e muitos "santas" nos podem passar ao lado. Há, contudo, dois originais de época que, sem razão aparente, não resultam em massacre - no nosso caso, o "All I Want For Christmas Is You" da Mariah Carey e o "Last Christmas" dos Wham fazem-nos sempre cantarolar a letra mais que sabida e esboçar um sorriso, talvez porque sabemos bem que só os ouviremos em catadupa no próximo ano e porque são, sem dúvida, grandes canções pop muito difíceis de bater. Quando em 1996 os Pullover, uma banda de Manchester, colocaram no lado B do seu terceiro e último single "Holiday" uma versão do tal "Last Christmas" em toada eighties com muita piada, o futuro parecia risonho mas a realidade acabou por ser bastante traiçoeira. Já com dois grandes singles no ano anterior pela Fierce Panda inglesa, grandes capas e design e brilhantes actuações ao vivo, o grupo liderado por Carol Isherwood arriscou uma nova versão desse "Holiday" sem o clássico dos Wham para assinar por uma nova editora - a Starfish Records - com o contrato melhorado e a gravação de um álbum há muito esperado. As promessas, goradas, haveriam de desfazer todas as esperanças e dos Pullover não reza a história (não confundir com bandas brasileiras, polacas ou norte-americanas com o mesmo nome), tendo a sua líder aprendido bem a lição encetando, então, uma carreira de advogada de sucesso especializada em fazer respeitar os direitos autorais e aspirações dos músicos e artistas. Now, I Know what a fool I've been...
AGNES OBEL, PRENDINHA!
Para compensar a falta a vermelho à aula de bom gosto que Agnes Obel certamente proferiu no Tivoli lisboeta em Junho passado, aqui fica uma prendinha de Natal cortesia do canal francês CultureBox.
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
3X20 ESPECIAL 2017
20 CANÇÕES X 20 ÁLBUNS X 20 CONCERTOS
+ 10 Low + 10 High 2017
É este o nosso deve e haver anual!
20 Canções:
1. PERFUME GENIUS - Valley »»
2. MANUEL FÚRIA E OS NÁUFRAGOS - Canção Infinita »»
3. RANDY NEWMAN - Lost Without You »»
4. WILL JOHNSON - Filled With A Falcon's Dreams »»
5. SUFJAN STEVENS - Tonya Harding »»
6. TENNIS - Baby Don't Believe »»
7. JOAN SHELLEY - Where I'll Find You »»
8. WILL STRATTON - Some Ride »»
9. ARCADE FIRE - Everything Now »»
10. SLOW DANCER - Bitter »»
11. PARCELS - Overnight »»
12. THE WAR ON DRUGS - Thinking of a Place »»
13. TOPS - Petals »»
14. LAMBCHOP - The Hustle Unlimited »»
15. MARK EITZEL - The Last Ten Years »»
16. SUN KILL MOON - I Love Portugal »»
17. MY BRIGHTEST DIAMOND - Wish For The Moon »»
18. POND - Paint Me Silver »»
19. RYUICHI SAKAMOTO - ubi »»
20. REAL ESTATE - Darling »»
20 Álbuns:
1. LAURA MARLING - Sempre Femina
2. ALDOUS HARDING - Party
3. PROTOMARTYR - Relatives In Descent
4. JOAN SHELLEY - Joan Shelley
5. WILL STRATTON - Rosewood Almanac
6. BIG THIEF - Capacity
7. KAMASI WASHINGTON - Harmony of Difference
8. RANDY NEWMAN - Dark Matter
9. JEFF TWEEDY - Together At Last
10. SLOW DANCER - In a Mood
11. PERFUME GENIUS - No Shape
12. KING KRULE - The Ooz
13. MARK EITZEL - Hey Mr Ferryman
14. RYUCHI SAKAMOTO - async
15. DIRTY PROJECTORS - Dirty Projectors
16. FLEET FOXES - Crack-Up
17. HAND HABBITS - Wildly Idle (Humble Before The Void)
18. FIONN REGAN - The Meetings Of The Waters
19. REAL ESTATE - In Mind
20. KOMMODE - Analog Dance Music
20 Concertos:
1. BON IVER, Primavera Sound Porto, 9 de Junho »»
2. THE DIVINE COMEDY, Theatro Circo, Braga, 3 de Fevereiro »»
3. EMMA RUTH RUNDLE, Teatro Rivoli, Porto, 21 de Abril »»
4. PERFUME GENIUS, Theatro Circo, Braga, 17 de Novembro »»
5. RYLEY WALKER, GNRation, Braga, 13 de Abril »»
6. TOPS, Maus Hábitos, Porto, 3 de Novembro »»
7. GARETH DICKSON, Armazém 22, Gaia Todo Um Mundo, 16 de Junho »»
8. MARK EITZEL, Auditório de Espinho, 28 de Outubro »»
9. YUSSEF DAYES, Milhões de Festa, Barcelos, 22 de Julho »»
10. ARAB STRAP, Primavera Sound Porto, 8 de Junho »»
11. CAETANO VELOSO, Coliseu do Porto, 25 de Abril »»
12. JOHN MAUS, Maus Hábitos, Porto, 31 de Outubro »»
13. LAMBCHOP, Auditório de Espinho, 18 de Janeiro »»
14. KING GIZZARD & THE LIZARD WIZARD, Primavera Sound Porto, 9 de Junho »»
15. NADINE KHOURI, Maus Hábitos, Porto, 16 de Fevereiro »»
16. NELS CLINE, Festival Jazz de Guimarães, CCVila Flor, 8 de Novembro »»
17. MATT ELLIOTT, Auditório de Espinho, 6 de Maio »»
18. DOUGLAS DARE, Theatro Circo, Braga, 12 de Maio »»
19. SONGHOY BLUES, Primavera Sound Porto, 12 de Junho »»
20. CASS McCOMBS, Centro de Arte de Ovar, 1 de Fevereiro »»
10 Low:
. um ano inteiro sem pôr os pés na Casa da Música;
. os incêndios e os capotes com muita água para sacudir;
. uma Catalunha utópica num país perigoso;
. os assédios destapados e a novela Matt Mondanile;
. o Rufus a meter "pregos" à guitarra... e ao piano;
. o "onde/quando é que isto vai parar" da Invicta;
. o "estou-me cagandismo" nos outros de Trump e King Jon-un;
. mais um ano sem A Girl Called Edddy, Tobias Jesso. Jr e These New Puritans;
. a corrupção e a roubalheira em modo epidémico e calamitoso;
. a imprevisibilidade crescente do planeta Terra ainda e sempre a saque.
10 High:
. o Salvador Sobral na "dele" como se tivesse ganho um concurso de escola;
. a promessa, quase cumprida, de cinco discos num ano dos King Gizzard;
. o aparente declínio da tirania angolana, a confirmar;
. a notável resiliência do nosso interior, das suas gentes e instituições;
. as festas do TUP-Teatro Universitário do Porto;
. o regresso do Portal Pimba em jeito de serviço público;
. o encontro, al last, com o simpático Neil Hannon;
. a baterista dos Metronomy a iluminar o Parque da Cidade;
. o "Sexta às 9" na RTP, uma semente que parece começar a reproduzir-se;
. o sumiço de Marine Le Pen.
SUFJAN STEVENS, NOTA DEZ!
É tão bonito o tema inédito que Sufjan Stevens editou recentemente como homenagem à patinadora norte-americana Tonya Harding que até arrepia! A vida atribulada da desportista inspirou já um filme estreado nos Estados Unidos e Stevens, um apaixonado confesso, andava já há trinta anos para concretizar a canção tributo. Decidiu que para tal haveria duas versões - uma em "Ré Maior", a que se reproduz abaixo e uma outra, em "Mi Bemol", mais despida e ainda assim brilhante! Aqui fica um punhado de "Axels triplos" e uma das canções do ano... nota dez!
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
GONZALES, FALTAVA UM CONSERVATÓRIO!
O irrequieto Chilly Gonzales lançou mais um desafio a todos os potenciais talentos do universo! Chamou-lhe "Gonzervatory" e da totalidade de concorrentes de composições, canções, instrumentais originais ou qualquer outra, seis terão direito a viagens pagas para Paris onde, durante uma semana, o próprio estará ao comando de uma inédita residência artística. O programa incluirá intensos ensaios e práticas numa experiência que culminará com um concerto público no dia 26 de Abril no Le Trianon parisiense sob a sua direcção e que será certamente uma festarola transmitida em streaming e quejandos. O júri, como se pode comprovar, já reuniu para escolher os seus estudantes ao jeito do The Voice e os professores e amigos Peaches, Jarvis Cocker, Socalled e Liza Kainde Diaz das recomendáveis Ibey terão que anunciar os finalistas já no próximo dia 10 de Janeiro depois de uma primeira triagem entre as centenas de candidaturas recebidas. A brincar, a brincar, a coisa é séria!
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
CÍCERO É COM ALBATROZ
O quarto disco do brasileiro Cícero saiu no final do mês passado e tem desta vez uma co-autoria assumida e justa no próprio título - "Cícero & Albatroz" junta-o, assim, aos Albatroz, banda que o acompanhou no álbum "A Praia" e respectiva digressão que passou o ano passado por Portugal. Os sons sugerem mais risco e rugosidade e uma forte presença dos metais mas a onda continua segura e perfeitamente consistente só que, desta vez, o ambiente respira cidade, cimento e ruas. Há já um video realizado por Artur Miranda para o tema "A Cidade" mas os trinta minutos do trabalho podem ser já escutados na totalidade...
RANDY NEWMAN, APERTA!
Isto de andar à procura das canções que mais gostamos em 2017 começa e acaba sempre que este senhor nos faz este apertão...
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
DUETOS IMPROVÁVEIS #204
HAMILTON LEITHAUSER & ANGEL OLSEN
Heartstruck (Wild Hunger) (Leithauser)
Outubro de 2017
Heartstruck (Wild Hunger) (Leithauser)
Outubro de 2017
quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
SAKAMOTO, IMAGENS E MISTURAS
O regresso este ano aos discos a solo de Ryuchi Sakamoto com "async" sendo um privilégio sonoro é também, como sempre, um fervilhar de desafios em crescendo. A partir dele foram já lançados dois projectos paralelos que se multiplicaram rapidamente, sinal do respeito e veneração que o artista mantêm intactos e robustos. Assim, o próprio organizou um concurso internacional de curtas-metragens a partir dos temas do disco que recebeu centenas de participações e cujos resultados serão divulgados na próxima sexta-feira. Entre elas escolhemos dois exemplares cintilantes - as propostas do brasileiro Eduardo Ávila para "solari" e do galês Siôn Marshall-Waters para o inesquecível "ubi".
Tomando partido das inúmeras colaborações que tem realizado ao longo da sua carreira artística, Sakamoto convidou ainda uma série de amigos para promoverem remodulações para os temas de "async". Através da Milan Records, há, por agora, dez reinterpretações disponíveis contando uma, a primeira, da responsabilidade de Oneohtrix Point Never para "andata" e outra, a última, de Andy Stott para "Life, life". Pelo meio, não falta a ajuda de Alva Noto, parceiro de seis álbuns desde 2002, estando já prometido um novo disco do duo para Março chamado "Glass".
Tomando partido das inúmeras colaborações que tem realizado ao longo da sua carreira artística, Sakamoto convidou ainda uma série de amigos para promoverem remodulações para os temas de "async". Através da Milan Records, há, por agora, dez reinterpretações disponíveis contando uma, a primeira, da responsabilidade de Oneohtrix Point Never para "andata" e outra, a última, de Andy Stott para "Life, life". Pelo meio, não falta a ajuda de Alva Noto, parceiro de seis álbuns desde 2002, estando já prometido um novo disco do duo para Março chamado "Glass".
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
NADINE KHOURI, É COM OU SEM?
A sedutora Nadine Khouri vai regressar ao Porto para um concerto no dia 9 de Fevereiro, sexta-feira, no Passos Manuel. Atendendo que a menina vai realizar na véspera a primeira parte de Adrian Crowley marcada para o MusicBox lisboeta, o que acontece durante todo o primeiro mês do ano e início do segundo, isto quererá dizer que Adrian Crowley também toca na Invicta naquela data? Seria bom que sim...
domingo, 10 de dezembro de 2017
sábado, 9 de dezembro de 2017
THOMAS FEINER, ÉS GRANDE!
O regresso de Matt Johnson/The The às canções, discos e concertos já por aqui foi saudado mas, como na altura realçamos, há uma colaboração com Thomas Feiner que queríamos muito ouvir na totalidade. Ela aqui está, finalmente, a cover de "This Is The Day" do principio até ao fim... do mundo!
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
É TEMPO DE NATAL!
Na sequência de um primeiro volume lançado em 2012, emerge agora o regresso da compilação "Christmas Rules" na Europa ou "Holidays Rule" nos E.U.A. através da Capitol Records. Repetem a adesão os The Decemberists e Sir Paul McCartney que surge, entre outros, ao lado dos The Roots e Scarlett Johansson numa curta versão a capella de "Wonderful Christmastime", original escrito em 1979 e aqui registado há um ano no incontornável programa de Jimmy Fallon, mania que vem já de 2015 e uma parceria que mereceu até uma rábula mais antiga! Mesmo não sabendo qual vai ser a surpresa deste ano, o certo é que o tema saiu já em single de vinil encarnado que já cá canta e tem ainda no lado B uma outra pérola de Horace Silver chamada "Peace" na voz de Norah Jones.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
YES, NOVO DISCO DE JONATHAN WILSON!
Não foram poucas as vezes que por aqui tecemos loas ao mago Jonathan Wilson. Em cima do palco, nos discos em nome próprio ou como produtor de inúmeros outros artistas, Wilson espalha competência e sabedoria em todos eles, resguardando-se o suficiente de alaridos para só aparecer na hora certa. Pois bem, esse tempo está agora a chegar com um álbum novo de nome "Rare Birds" e cuja edição está marcada para Março pela Bella Union mas já com encomendas disponíveis. Como convidados há, entre outros, Lana Del Rey, Lucius e John Tillman aka Father John Misty, rendidos certamente ao talento do produtor e parceiro de estúdio e que nesta investida recorreu pela primeira vez a sintetizadores e drum machines, muito por culpa da influência de Roger Waters a quem ajudou no último "Is This The Life We Really Want", álbum entretanto nomeado para um Grammy. Aqui fica "Over the Midnight", o primeiro avanço onde são notórias as "novas" máquinas...
quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
ABBA, É UM MONOPÓLIO!
A procura de presentes inesperados e diferentes levou-nos a isto - o célebre jogo do "Monoploy" em versão ABBA em que as ruas e as propriedades foram substituídas por canções/singles da banda sueca e onde não se pode construir casas mas sim estúdios! Os seis "mequinhos" são todos diferentes e, obviamente, relacionados com a banda, a saber, um chapéu de Napoleão, um disco de vinil, um telefone, um saco de dinheiro, uma guitarra e uma bota de tacão largo. Qual será a "propriedade/single" mais valioso? O "Dancing Queen" ou o "Money, Money, Money"? Must be funny...
FAROL #126
A lindíssima Joan Shelley, que tem no disco homónimo deste ano um exemplar raro de bom gosto e claridade parafinado por Jeff Tweedy, gravou duas versões à guitarra para as já célebres "Lagniappe Sessions" do mais que recomendável Aquarium Drunkard. A primeira, "I Would Be In Love (Anyway)", faz parte originalmente de um dos grandes discos esquecidos de Frank Sinatra chamado "Watertown" gravado em 1970; a segunda, "Night Comes On", funciona como homenagem a Leonard Cohen e tem a ajuda de Will Oldham. É por aqui...
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
VAN MORRISON, INTEMPORAL!
Agora que chegou o mês do Natal, do stress das compras e do tempo frio, nada como um disco inteiro para pôr a rodar sem freio e preocupação - trata-se do trigésimo oitavo álbum de estúdio da carreira de Van Morrison chamado "Versatile" e nele podem ouvir-se dezasseis daquelas melodias "swingantes" que ficam sempre bem nesta época ou em qualquer outra e que vão de canções que adoramos na voz de Sinatra, Nat King Cole, Tony Bennett ou do aveludado Chet Baker a que se juntam quatro novos temas ("I Forgot That Love Existed", " Start All Over Again", "Only a Dream" e o clássico instantâneo "Broken Record"). Três meses depois de um outro grande disco, este de blues intitulado "Roll With Punches", não há enganar quanto ao efeito e perfume de tanta classe!
domingo, 3 de dezembro de 2017
(RE)VISTO #68
GRACE JONES: BLOODLIGHT AND BAMI
de Sophie Fiennes, BBC Films, 2017
Festival Porto/Post/Doc, Teatro Rivoli, 2 de Dezembro de 2017
A mania dos documentários sobre figuras icónicas do mundo da pop tem no recente exemplo de Grace Jones um assinalável contraditório. Preparado ao longo de cinco anos, a entrevista e a narração habituais foram totalmente dispensados pela realizadora, apostando-se em contar uma história de vida simplesmente pelas imagens e diálogos. Entre concertos, caóticas sessões de estúdio, ou estadias luxuosas em suites de hotéis, é a viagem que Jones faz à Jamaica para conviver e recordar a sua infância em família junto da mãe que nos agarra pelo inesperado das situações, das paisagens e de algumas confissões polémicas de insegurança, abuso e medo. Mas Jones, em cima do palco, sempre foi uma performer incomparável quer na intensidade teatral quer nas coreografias e figurinos que usa e abusa de forma vistosa e atraente e que, ao vivo, se afigura um espectáculo intenso a todos os níveis - impossível não notar na segurança e brilhantismo da banda que suporta as suas canções. Tal como muitos artistas, atrás desta aparente fortaleza surge uma mulher vulnerável e sentimental que sempre seguiu, para o mal e para o bem, as suas ideias e vontades no mundo difícil e frágil da moda, dos filmes e da música e que uma versão disco de "La Vie En Rose" (a gravação do tema para um programa televisivo francês é no filme uma parte hilariante...) haveria de catapultar para a fama. Talvez o rosa, como confessado, tenha algumas vezes sido substituído pelo negro, uma mutação natural tendo em conta as sete vidas sem fôlego de Grace Jones que o filme, bem feito, aborda sem preconceitos ou tabus e que deverá ser um contributo decisivo para a reposição da justiça quanto à grandeza de uma artista tantas vezes desprezada.
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