segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

PORTICO QUARTET, ARTE MODERNA!

Andamos ao colo com os londrinos Portico Quartet aquando das visitas memoráveis ao norte do país já lá vão oito anos! Prometiam e cumpriam ao vivo muito do que podíamos ouvir no disco de então ("Isla"), uma notável abordagem ao jazz onde o hang de Nick Mulvey parecia uma serpente sonora de efeito inebriante. Com a sua saída no ano seguinte para uma carreira a solo a banda aba(na)nou-se e alguma indefinição do então trio estava bem patente no álbum homónimo de 2012 apesar do recrutamento de Keir Wine para substituir Mulvey no tal instrumento que funcionava como uma imagem de marca que importava não perder. Outra vez a três e sob o nome de Portico, a aventura começou então a ganhar desvios inexplicáveis como o disco gravado para a Ninja Tunes em 2014 onde colaborava Joe Newman dos Alt-J, um tiro nos pés de teor electrónico desenxabido que acabou por diluir o hipnotismo e a consistência do som original e levou ao compreensivo afastamento de muitos dos fãs exigentes. O ano passado, recuperados das mazelas e frustrações, deu-se o regresso às origens com a readmissão de Wine no hang e um trabalho brilhante de nome "Art In The Age Of Automation", alegoria bem vincada na imagem da capa e no conteúdo sonoro incluído que pode ser parcialmente desfrutado abaixo numa sessão para a Red Bull mas que merecia uma apresentação ao vivo por perto que se afigura urgente e obrigatória. Alguém se chega à frente?


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