sábado, 1 de agosto de 2020

ERLEND OYE, QUE RICA QUARENTENA!
















Se para muitos músicos e bandas europeias, e não só, os últimos meses foram de trabalho caseiro e à distância, para Erlend Oye a chegada da Covid 19 coincidiu com o agendamento de uma ronda de concertos no México com os The Whitest Boy Alive, um regresso já saudado por estas bandas. A viagem feita no início de Março tinha São José del Cabo, Baja California, o ponto de encontro do quarteto convidado para uma estadia no Hotel El Ganzo mas, entretanto, o refinamento das condições sanitárias impostas impediram que dois dos parceiros vindos da Alemanha e Itália conseguissem comparecer, o que só se verificou com o baterista Sebastian Maschat, em trânsito desde a Costa Rica.

Assim e com um estúdio no próprio hotel, a oportunidade não se deu por perdida. Surpreendido com a informação que Maschat também escrevia canções e de que Jorge Aguilar, produtor, dono do hotel e agente da banda na América do Sul, insistia nas potencialidades do momento, compraram-se alguns instrumentos online e o processo desenvolveu-se rapidamente - aprender e ensaiar as canções de manhã para as gravar à tarde em duas ou três tentativas, umas da autoria de Maschat, fonte até aí desconhecida, outras compostas no momento pelo colectivo temporário de um quinteto de isolados - a que se juntou ainda Clara Cebrian, outra artista em residência no mesmo local - mas com tempo para alguns banhos de bar e passeatas tropicais apesar do confinamento. Destes tempos inusitados foi realizado um filme pelo próprio Aguilar, hábito que cultiva sempre que algo de semelhante acontece e que pode ser, desde já, parcialmente visto para matar a curiosidade. O resultado final de treze temas chamado "Quarentine in El Ganzo" foi ontem publicado digitalmente pela Bubbles Records. Quarentime...



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