Com a chegada da pandemia COVID 19 a artista ficou quase mortalmente afectada, perdendo a consciência de forma intensiva e um consequente dano das cordas vocais, o que a impede de continuar a cantar. Apesar dos tratamentos e melhoras, a doença requer atenção e despesas contínuas o que mereceu a atenção de amigos na tentativa de obter rendimentos imediatos. Foi o caso do disco de poemas ditos com Warren Ellis em 2021 e é agora com "The Faithful: A Tribute to Marianne Faithfull" saído a semana passada.
A iniciativa teve na historiadora Tanya Pearson a promotora principal. Ela a responsável pelo "Women of Rock Oral History Project" e pelo convite a artistas como Shirley Manson, Cat Power, Iggy Pop, Tanya Donelli (Throwing Muses) ou Peaches para a gravação de dezanove versões maioritariamente no feminino e que, a muito custo e depois de várias respostas negativas, encontrou na pequena editora In the Q o reduto indispensável para edição do disco, um género de manifesto de lealdade quanto à importância inspiradora de Faithfull para as mulheres no mundo do rock.
Na capa está um desenho pintado por Jill Emery, também ela uma ex-baixista em bandas como as Hole ou Mazzy Star mas que obteve na arte uma diferenciada forma de reconhecimento, contribuição entusiástica e gratuita que, tal como a de todos os outros artistas, se junta numa energia multiplicadora de receitas decisivas na recuperação desejada da condição que a rainha Marianne enfrenta corajosamente.
Sem comentários:
Enviar um comentário