sexta-feira, 27 de outubro de 2006


CAMERA OBSCURA – revelação adiada
Do concerto dos Camera Obscura realizado ontem em Coimbra já alguns comentários pertinentes por aqui apareceram. De uma banda com já dois ou três albuns e várias Peel Sessions gravadas, que demonstram em disco solidez e veia pop aguçada, esperava-se algo mais. Inicialmente inseguros e a precisar de algumas voltas de aquecimento, o colectivo de sete músicos teve a sorte de estar perante um público (incompreensivelmente?) rendido e band friendly. Tendo em conta que o teatro se apresentava praticamente cheio e pleno de expectativa, assistimos a uma apresentação desmotivante, a soar a ensaio ou check sound. Das melodias e arranjos, por vezes brilhantes, que transparecem da sua música em disco, muito pouco pairou no Teatro Academico, talvez por culpa da acústica da sala ou da aparelhagem sonora. Apesar da simpatia da mentora e vocalista, a sua voz pareceu na maioria das vezes desajustada, baixa e a precisar de muito vinho do Porto, tal como ela própria sugeriu... Fez-nos lembrar, logo na altura, que devia ser assim que os seus conterrâneos e notórios inspiradores escoceses Belle & Sebastian soariam quando gravaram “Tigermilk”, o seu primeiro album, já lá vão dez anos. Ainda bem que o concerto foi curto (pouco mais de uma hora)...
(foto: não é do concerto, mas serve...)

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