quinta-feira, 29 de maio de 2008

TOUMANI DIABATÉ, Casa da Música, Porto, 28 de Maio de 2008


O instrumento da imagem acima chama-se kora. Tem 21 cordas e uma caixa de ressonância coberta de pele de vaca.Toca-se com os dois últimos dedos de cada mão, servindo um polegar para o baixo e o outro para a melodia. Os dois dedos indicadores fazem o resto, ou seja, improvisam. A explicação simples dada pelo próprio Toumani Diabaté esconde, contudo, o essencial – a magia e pureza do seu som. A viagem/concerto de ontem não teve rotas ou caminhos traçados, já que, como foi referido, esta música não tem pautas ou escritos. Somente proveniência e inspiração divina, que Diabaté, de olhos sempre fechados, vai dedilhando e espalhando maravilhosamente. O disco “The Mande Variations”, o seu novo álbum a solo ao fim de quase vinte anos, serve-nos de bíblia sonora à qual nos convertemos prontamente desde a primeira audição. Sobre a celebração de ontem, não há muito mais a dizer, a não ser que vamos continuar a fechar os olhos e a viajar nas nuvens. Por favor, não o percam amanhã em Lisboa (CCB) ou Sábado em Coimbra (TAGV). Seria pecado...

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