quarta-feira, 18 de março de 2009

(RE)VISTO #27


MOOG
de Hans Fjellestad, Plexifil, DVD, 2005
O engenheiro Robert Moog começou por construir teramains mas seria como inventor do sintetizador em 1954 que a sua fama perduraria no tempo. Chamou-lhe Moog e o culto ainda hoje é imenso. Acusado inicalmente de destruir a música, pela possibilidade que o aparelho permitia em diversificar sons de teor electrónico a partir de um teclado, cedo o Moog foi adoptado por produtores e músicos: os Beatles usaram-mo em “Abbey Road”, mas seria Keith Emerson (Emerson Lake & Palmer) e Rick Akeman (Yes) os mais entusiastas nas suas potencialidades sonoras. Este documentário, que assinalou em 2004 os 50 anos sobre a invenção, acompanha o próprio Robert Moog em visitas e conversas com alguns desses percurssores na sua utilização, recolhendo o seu testemunho entusiasmado sobre a criatividade e até, interactividade, que este sintetizador permitiu desenvolver. Somos assim conduzidos por diversos locais como Londres, Tóquio ou Nova Iorque ao encontro informal com músicos ou técnicos de diferentes idades e influências, desde Dj Spooky ou Money Mark, Luke Vibert ou os Stereolab, passando pelos já referidos Wakeman e Emerson. Muitos deles contribuíram com temas para a compilação que, na mesma altura, foi editada e onde a verdadeira estrela, tal como neste filme, não é um músico ou uma banda, mas sim um instrumento musical e o seu inventor. De assinalar ainda a inclusão de imagens da época, fabulosos testemunhos da revolução que estava em curso, um sonho tornado realidade pela prodigiosa imaginação e persistência de um homem que se tornou um verdadeiro mito. Robert Moog viria a falecer em 2005, mas a indústria Moog continua a ser hoje em dia um caso sério de qualidade que nem a informática moderna conseguiu travar. Uma história emotiva de sucesso!


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