de Carlos Carranca. Lisboa: Edições Universitárias Lusófanas, 1996
O centenário do nascimento de Carlos Paredes (1925-2004) que se comemora no corrente ano deveria ter já merecido outro destaque nesta casa. Afinal, Paredes é uma das nossas memórias mais longínquas no que a música diz respeito, nomeadamente, em cassete a rodar semanalmente lá por casa, onde o eco da guitarra se impregnou misteriosamente até aos nossos dias. Uma daquelas marcas que não há forma de limpar ou esquecer... ainda bem!
Ao livro, de aparente grandeza e utilidade editado há meses, cruzamos esta singela publicação de 1996, uma terceira edição de uma homenagem de Carlos Carranca (1957-2019) ao mestre da guitarra em forma de poesia, aqui aumentada com um oitavo verso, mas mantendo os desenhos ilustrativos do escultor Rui Vasquez.
Palavras simples, nostalgia imediata, levitações genuínas que evocam um país, uma cidade do Mondego, um dia inicial inteiro e limpo, um pai Artur, um filho Carlos e uma maravilhosa guitarra, ainda e sempre, com gente dentro...

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