FAROL # 20
segunda-feira, 30 de abril de 2007
THE KISSAWAY TRAIL: os reis da Dinamarca
Quase sempre comparados aos Arcade Fire, estes dinamarqueses tem no desenho da capa do seu álbum o nome de Tracy Maurice, autora da fabulosa capa de “Funeral” dos ... Arcade Fire. Os The Kissaway Trail fazem lembrar Flaming Lips ou Polyphonic Spree e, pelo que ouvimos do disco, estamos perante uma das grandes surpresas de 2007. Depois do Canadá e da Suécia será que chegou a vez da Dinamarca? A descobrir....rapidamente!
The Kissaway Trail "Smother + Evil = Hurt"
sexta-feira, 27 de abril de 2007
NICK DRAKE na intimidade!
Por mão (ligação...) amiga já ouvimos e continuaremos a ouvir o novo disco de raridades de Nick Drake. Chama-se como sabem “Family Tree” e apresenta algumas boas surpresas! A totalidade dos temas foi gravada antes do seu primeiro disco e muitos deles foram registados nesta sala da fotografia, situada na mansão familiar chamada Far Leys onde morava em Tanworth in Arden, Inglaterra. Temos a dizer que nos sentimos como uns intrusos em casa alheia! Os temas são de uma intimidade frágil: Nick cantando com a irmã em “All My Trials”, tocando clarinete com os seus tios na peça de Mozart “Kegelstatt Trio”, dois temas compostos e cantados pela mãe Molly ou então, entre algumas canções, a sua voz em registo tímido. A maioria delas já circulava em versões ilegais, mas foram notoriamente melhoradas e remasterizadas, principalmente algumas versões como as de Bob Dylan (Tomorrow is a long time), Bert Jansch (Strolling down the higway) e Jackson C Frank (Here comes the Blues). As pérolas são, na nossa opinião, outras: os temas “They’re leaving me behind”, “Blossom” e “Come to the garden” são exemplos de composições iniciais nunca editadas e demonstram as suas capacidades e talento, para o que foi decisivo este ambiente harmonioso. O tema “Way to Blue” simplesmente acompanhado ao piano e incluido nesta edição é o exemplo claro desta particularidade. Ainda a registar a inclusão inédita das míticas gravações francesas de Aix En Province, onde Nick Drake passou férias, num total de oito canções gravadas para cassete e cuja qualidade sonora é muito maior. Todo conjunto pertence aos arquivos do Estate of Nick Drake, instituição que, por iniciativa da sua irmã Gabrielle Drake, decidiu supervisonar e organizar o espólio do músico, bastante disperso e donde ainda se esperam mais raridades. Na edição está incluída uma carta póstuma de Gabrielle dirigida ao irmão onde explica as tentativas de presevação do seu legado e onde escreve "I hope that, in the circumstances, you could have given Family Tree your blessing. Or if not, that you could have at least looked on with that wry smile of yours." . Podem ir ouvindo alguns temas no espaço...
Por mão (ligação...) amiga já ouvimos e continuaremos a ouvir o novo disco de raridades de Nick Drake. Chama-se como sabem “Family Tree” e apresenta algumas boas surpresas! A totalidade dos temas foi gravada antes do seu primeiro disco e muitos deles foram registados nesta sala da fotografia, situada na mansão familiar chamada Far Leys onde morava em Tanworth in Arden, Inglaterra. Temos a dizer que nos sentimos como uns intrusos em casa alheia! Os temas são de uma intimidade frágil: Nick cantando com a irmã em “All My Trials”, tocando clarinete com os seus tios na peça de Mozart “Kegelstatt Trio”, dois temas compostos e cantados pela mãe Molly ou então, entre algumas canções, a sua voz em registo tímido. A maioria delas já circulava em versões ilegais, mas foram notoriamente melhoradas e remasterizadas, principalmente algumas versões como as de Bob Dylan (Tomorrow is a long time), Bert Jansch (Strolling down the higway) e Jackson C Frank (Here comes the Blues). As pérolas são, na nossa opinião, outras: os temas “They’re leaving me behind”, “Blossom” e “Come to the garden” são exemplos de composições iniciais nunca editadas e demonstram as suas capacidades e talento, para o que foi decisivo este ambiente harmonioso. O tema “Way to Blue” simplesmente acompanhado ao piano e incluido nesta edição é o exemplo claro desta particularidade. Ainda a registar a inclusão inédita das míticas gravações francesas de Aix En Province, onde Nick Drake passou férias, num total de oito canções gravadas para cassete e cuja qualidade sonora é muito maior. Todo conjunto pertence aos arquivos do Estate of Nick Drake, instituição que, por iniciativa da sua irmã Gabrielle Drake, decidiu supervisonar e organizar o espólio do músico, bastante disperso e donde ainda se esperam mais raridades. Na edição está incluída uma carta póstuma de Gabrielle dirigida ao irmão onde explica as tentativas de presevação do seu legado e onde escreve "I hope that, in the circumstances, you could have given Family Tree your blessing. Or if not, that you could have at least looked on with that wry smile of yours." . Podem ir ouvindo alguns temas no espaço...
AMIZADES!
O novo single dos LCDSoundsystem chama-se "All My Friends" e sai a 28 de Maio. A edição tem várias particularidades: incluem versões do tema por John Cale e pelos Franz Ferdinand conforme o formato. Como verdadeiro exemplo do renascimento dos singles em vinil (7"), uma das versões 7" apresenta a versão dos Franz mais uma versão de "No Love Lost" dos Joy Divison pelos próprios LCD. Outra versão 7" incluirá a versão de John Cale. Podem ir descobrindo/descarregando estas maravilhas em blogs amigos...
quinta-feira, 26 de abril de 2007
SÃO LÁGRIMAS...
Um dos santos protectores desta casa chama-se Mark Eitzel. Não vamos agora dizer porquê mas basta ouvir qualquer álbum a solo ou com os American Music Club para perceber a devoção. Pois bem, o homem anda em digressão europeia e decidiu editar um disco só à venda nos concertos ou por mail-order. O disquinho chama-se “Ten Years of Tears”, título bem ao jeito auto-flagelante do artista e reune 16 temas gravados ao vivo ou em rádio, incluíndo algumas versões e material nunca editado. Tem uma edição de 500 exemplares e a capa é um desenho de Eitzel enquanto jovem. Até aqui tudo normal, já que a crise chega a todos, embora Mark Eitzel esteja, ao que parece, em crise permanente. A surpresa é, no entanto, outra: as três primeiras canções deste novo cd (Ladies And Gentlemen, St. Michael My Pet Rat e Sleeping Beauty) foram gravadas com a Undertow Orchestra no concerto da Casa da Música em 6 de Junho de 2006! A referida orquestra reuniu para além de Eitzel, nada mais que Vic Chessnut, David Bazan (Pedro the Lion) e Will Johson (South San Gabriel) e o concerto no Porto, que decorreu na sala principal da CDM (!!), deve ter sido o local mais espectacular e grandioso em que qualquer um destes músicos deve ter tocado! Desde 2005 Mark Eitzel tem vindo a Portugal todos os anos, a solo, com os American Music Club e com a já referida Undertow Orchestra. Esperamos cá por ele, mais uma vez, para assinar o disco. Pode ser em Braga, como alguém já chamou, a capital indie portuguesa!
(RE) VISTO # 6
THE CARS – Live Musikladen 1979
Warner Music / Rhino, 2000/DVD
Se existe grupo anos 80 pelo qual nutrimos aquele indisfarçavel sentimento de indiferença/ódio só podem ser os The Cars. Muitos dos temas que fomos ouvindo ao longo dessa década tinham o cunho de nos irritar imediatamente, de que são exmplo “Tonight She Comes”, “Hello Again” ou “You Might Think”, que a MTV endeusou e abusou. Quanto ao famoso “Drive”, tem aquela crosta de ferida de um excelente tema pop mas que a repetição datou irremediavelmente...
Numa campanha de hipermercado, compramos há pouco tempo um conjunto de DVD musicais a 4,99€ cada e arriscamos incluir este Live Musikladen 1979. A decisão tem uma explicação: a gravação diz respeito a um concerto na Alemanha, quando o grupo gravou o primeiro álbum, numa fase de ascenção e em plena onda inicial da interessante New Wave americana. Concerto é uma forma de dizer já que se trata de cerca de 30 minutos gravados para televisão, com o público sentado, mas em que os temas são fortes e tocados com talento nato. Destacam-se o hit “Just What I Needed” e outras boas canções por nós desconhecidos como “My Best Friend’s Girl” ou “Take What You Want”. A história, tal como no caso dos Blondie, haveria de se encarregar de nos fazer perceber as enormes potencialidades destas bandas mas que o video e a fama haveriam de aniquilar – Video Killed the Radio Star...
A segunda parte do DVD é mais interesante. Trata-se de uma longa entrevista contínua com os cinco membros do grupo realizada em 2000, onde se analisa, de uma forma sincera, a(s) história(s) do grupo. Descobrimos, entre muitas outras curiosidades, que os XTC e os Suicide abriram para os The Cars em concertos americanos e que a Inglaterra (a imprensa e indústria) vetou e boicotou a banda por recear uma resposta favorável do público, encobrindo o êxito do punk inglês. Nesta entrevista de 2000 é impressionante a aparência de Ben Orr, nitidamente doente e que viria a falecer meses depois. Claro que é Ric Ocasek o mentor do grupo e as suas palavras e comentários permitem perceber os erros cometidos e os êxitos alcançados. Ficamos assim a gostar um bocadinho mais dos Cars e a não perceber os The New Cars, banda inventada em 2006, com o acordo de Ric Okasek, como forma de desenterrar o impossível e pagar as contas...
The Cars - Just What I Needed (Live In Houston 1984)
COCOnuts!
Os Monty Phyton conseguiram formar a maior orquestra de cocos do mundo, reunindo na Trafalgar Square 5.567 pares de cocos! Bateram assim um recorde conseguido o ano passado por eles mesmos em Nova Iorque onde apenas compareceram 1.789 pessoas a baterem nos cocos! A orquestra “apresentou-se” ao ritmo de Always look in the bright side of life (A Vida de Brian), tema que faz também parte de Spamalot, musical inspirado em The Holy Grail e que está em apresentação arrasadora no West End de Londres. A brincadeira decorreu na passada terça-feira dia de São Jorge, padroeiro de Inglaterra... É o lado bom desta vida!
Os Monty Phyton conseguiram formar a maior orquestra de cocos do mundo, reunindo na Trafalgar Square 5.567 pares de cocos! Bateram assim um recorde conseguido o ano passado por eles mesmos em Nova Iorque onde apenas compareceram 1.789 pessoas a baterem nos cocos! A orquestra “apresentou-se” ao ritmo de Always look in the bright side of life (A Vida de Brian), tema que faz também parte de Spamalot, musical inspirado em The Holy Grail e que está em apresentação arrasadora no West End de Londres. A brincadeira decorreu na passada terça-feira dia de São Jorge, padroeiro de Inglaterra... É o lado bom desta vida!
quarta-feira, 25 de abril de 2007
SINGLES #6
VITOR ROSADO – As Broncas e as Alegrias do Zé Povinho, s/d
VITOR ROSADO – As Broncas e as Alegrias do Zé Povinho, s/d
Em dia de festa da Liberdade, trazemos este verdadeiro hino pós-25 de Abril de um artista perfeitamente desconhecido, mas cuja capa é o espelho daqueles tempos conturbados. O single não faz parte, infelizmente, da nossa colecção mas efectivamente ele existe! Não sabemos se o Vitor Rosado é o personagem expressivo e rosadinho sentado em cima da bilha que por sua vez está em cima de uma caixa de madeira da...Schweppes! O que sabemos é que o tema é de ir às lágrimas, uma verdadeira pérola à consideração do Nuno Markl e do seu Laborátorio Larilolela (?), já para não falar nas outras duas músicas do lado B... Naqueles livros de piores capas da história da música, esta devia estar no fim como forma de dizer “queres mais?... toma!”. O cenário, as letras amarelas, os adereços, aquele cartaz florido de fundo, etc., etc., constituem o exemplo maior de composição gráfica e bom gosto! Data não tem, mas foi editado pela Mundosom em Lisboa, Rua Castilho nº 61, 2º Dt e foi expressamente gravado no estúdio Polysom. A fotografia é creditada a Apollo, os magníficos textos são de Eduardo Damas e o acordeon electrónico (uuuau!) é tocado por Avelino Rodrigues! Se o Vitor Rosado existe ou existiu, se é pseudónimo ou nome verdadeiro não sabemos, mas que alguém canta (!) isso podem ter a certeza... Desgraçadamente o YouTube não tem o teledisco.
terça-feira, 24 de abril de 2007
AKRON/FAMILY
Theatro Circo, Braga, 23 de Abril
Concertos numa segunda-feira à meia noite são muito raros e, talvez, arriscados. Mas para uma festa como esta o risco parece não existir, já que auditório mais pequeno do teatro se encontra bem composto. O clã principal reclama inicialmente não estarem acostumados a tocar para plateias sentadas, convidando todos a descer para junto deles, para o local do ritual! Alternado climas calmos e melodiosos com explosões sonoras ou ritmos frenéticos, a família vai crescendo e perdendo a timidez. Verdadeiros artistas e excelentes músicos, a família como que se infiltra no público presente, incitando à dança, distribuindo instrumentos pelos que os rodeiam, misturando-se pela plateia ou desaparecendo pelas traseiras do palco. Por contágio, é impossivel não bater palmas ou com os pés no chão ao longo da performance. A fama da família Akron circulava já há algum tempo pela blogosfera e essa fama foi ontem por nós confirmada. A família vai notoriamente crescendo e, pelo menos, por duas horas, todos os que lá estiveram nunca mais podem cortar o cordão akron. São laços familiares e isso diz tudo!
Theatro Circo, Braga, 23 de Abril
Concertos numa segunda-feira à meia noite são muito raros e, talvez, arriscados. Mas para uma festa como esta o risco parece não existir, já que auditório mais pequeno do teatro se encontra bem composto. O clã principal reclama inicialmente não estarem acostumados a tocar para plateias sentadas, convidando todos a descer para junto deles, para o local do ritual! Alternado climas calmos e melodiosos com explosões sonoras ou ritmos frenéticos, a família vai crescendo e perdendo a timidez. Verdadeiros artistas e excelentes músicos, a família como que se infiltra no público presente, incitando à dança, distribuindo instrumentos pelos que os rodeiam, misturando-se pela plateia ou desaparecendo pelas traseiras do palco. Por contágio, é impossivel não bater palmas ou com os pés no chão ao longo da performance. A fama da família Akron circulava já há algum tempo pela blogosfera e essa fama foi ontem por nós confirmada. A família vai notoriamente crescendo e, pelo menos, por duas horas, todos os que lá estiveram nunca mais podem cortar o cordão akron. São laços familiares e isso diz tudo!
Confirmem abaixo e/ou espreitem em Hugthedj...
LUNARIDADES #8
Desculpas pelo atraso...
. os Simpsons fizeram 20 anos! Foi a 19 de Abril de 1987 que o primeiro episódio foi para o ar sendo os desenhos animados com mais maior longevidade nos EUA, com cerca de 400 espisódios! Não nos lembramos quando foi a estreia portuguesa mas somos fãs desde sempre. O rídiculo, o politicamente incorrecto, a ousadia em lufadas de humor que nos prendem à televisão e nos desligam automaticamente a ligação à terra. As participações especiais de músicos ou bandas (dos U2 aos Metallica) ou o inesquecível Portugal-México numa suposta final do Campeonato do Mundo de Futebol são só algumas marcas memoráveis. Está para a TV como o Calvin & Hobbes está para o Público...
. A) Brad Mehldau, Michah P. Hinson, Howe Gelb, Cibelle, Bonnie Prince Billy, Patrick Wolf, Akron Family, Susanna & Magical Orchestra, Johanna Newson, Andrew Bird, Philip Glass…
B) Fujya Miyagi, Klaxons…
O grupo A representa os concertos que já vimos ou iremos ver no Theatro Circo de Braga desde o início do ano. O grupo B são os concertos vistos ou que queremos ver no Porto no mesmo período. O clube/cidade do grupo A já está na Liga dos Campeões, o clube/cidade do grupo B desceu já a meio da época à 2ª Divisão. Impressionante!
. Ainda sobre este deserto portuense, muito pertinente a crónica de Amílcar Correia no Público de Sábado com o título “Rivoli, concessão ou acolhimento?” Enquanto a concessão não é definida ou protocolada, até final do ano (período transitório) a sala será explorada por quem pretender lá realizar um espectáculo. “Uma espécie de albergue espanhol por tempo indeterminado” afirma o cronista. Diz ainda e com toda a razão “Em todo o caso, era bom que fosse explicado à cidade o que se passa com o este teatro, subitamente silenciado por um populismo rasteiro, que faz da cultura e de quem a faz o alvo da sua mediocridade. Que abdica de qualquer papel na criação de uma agenda cultural de qualidade como factor de desenvolvimento e que alimenta um visão mesquinha que resume a cultura aos bólides numa avenida, à promoção da leitura através de umas citações em outdoors e às corridas da Mulher e do Dia do Pai”...
. o Festival Indie Lisboa apresenta uma das suas secções dedicada aos documentários sobre música ou bandas. Chama-se IndieMusic e dá vontade de pedir uma extensão ao Porto. Ou então organizar no burgo um Festival inteiramente dedicado a esta componente como já inúmeras vezes pensamos. O repto em jeito de manifesto aparecerá em breve neste blog;
. por falar em cinema tinhamos imensa curiosidade em ver o filme “Honra e Cavalaria” de Albert Serra, uma adaptação do “Dom Quixote” de Cervantes. O filme esteve (está?) em Lisboa mas no Porto nem por perto. Até no cinema o deserto se acentua...
Desculpas pelo atraso...
. os Simpsons fizeram 20 anos! Foi a 19 de Abril de 1987 que o primeiro episódio foi para o ar sendo os desenhos animados com mais maior longevidade nos EUA, com cerca de 400 espisódios! Não nos lembramos quando foi a estreia portuguesa mas somos fãs desde sempre. O rídiculo, o politicamente incorrecto, a ousadia em lufadas de humor que nos prendem à televisão e nos desligam automaticamente a ligação à terra. As participações especiais de músicos ou bandas (dos U2 aos Metallica) ou o inesquecível Portugal-México numa suposta final do Campeonato do Mundo de Futebol são só algumas marcas memoráveis. Está para a TV como o Calvin & Hobbes está para o Público...
. A) Brad Mehldau, Michah P. Hinson, Howe Gelb, Cibelle, Bonnie Prince Billy, Patrick Wolf, Akron Family, Susanna & Magical Orchestra, Johanna Newson, Andrew Bird, Philip Glass…
B) Fujya Miyagi, Klaxons…
O grupo A representa os concertos que já vimos ou iremos ver no Theatro Circo de Braga desde o início do ano. O grupo B são os concertos vistos ou que queremos ver no Porto no mesmo período. O clube/cidade do grupo A já está na Liga dos Campeões, o clube/cidade do grupo B desceu já a meio da época à 2ª Divisão. Impressionante!
. Ainda sobre este deserto portuense, muito pertinente a crónica de Amílcar Correia no Público de Sábado com o título “Rivoli, concessão ou acolhimento?” Enquanto a concessão não é definida ou protocolada, até final do ano (período transitório) a sala será explorada por quem pretender lá realizar um espectáculo. “Uma espécie de albergue espanhol por tempo indeterminado” afirma o cronista. Diz ainda e com toda a razão “Em todo o caso, era bom que fosse explicado à cidade o que se passa com o este teatro, subitamente silenciado por um populismo rasteiro, que faz da cultura e de quem a faz o alvo da sua mediocridade. Que abdica de qualquer papel na criação de uma agenda cultural de qualidade como factor de desenvolvimento e que alimenta um visão mesquinha que resume a cultura aos bólides numa avenida, à promoção da leitura através de umas citações em outdoors e às corridas da Mulher e do Dia do Pai”...
. o Festival Indie Lisboa apresenta uma das suas secções dedicada aos documentários sobre música ou bandas. Chama-se IndieMusic e dá vontade de pedir uma extensão ao Porto. Ou então organizar no burgo um Festival inteiramente dedicado a esta componente como já inúmeras vezes pensamos. O repto em jeito de manifesto aparecerá em breve neste blog;
. por falar em cinema tinhamos imensa curiosidade em ver o filme “Honra e Cavalaria” de Albert Serra, uma adaptação do “Dom Quixote” de Cervantes. O filme esteve (está?) em Lisboa mas no Porto nem por perto. Até no cinema o deserto se acentua...
segunda-feira, 23 de abril de 2007
LIZ McCOMB
11º Matosinhos em Jazz, Exponor, 19 de Abril
Um verdadeiro espectáculo! Como anuncia a fotografia – e Deus criou Liz McComb! A artista já encanta há decadas mas só agora tivemos a felicidade de a conhecer e, acima de tudo, de ouvir. Criada no gospel, a sua voz intensa não é deste mundo. Num auditório da Exponor bem composto, principalmente de amantes do jazz tradicional, Liz Mccomb foi acompanhada por outros excelentes músicos – para além de um baterista e um guitarrista, outros dois se destacaram: o organista do Hammond e o próprio António Ferro no baixo! Inesquecível todos os momentos em que Liz se levanta do piano, e sem microfone, canta sem amplificação maravilhas soul ou gospel acompanhadas pelas palmas da audiência. Imbatível o momento (ensaiado...) no final do tema “Silver & Gold” quando se senta, costas com costas, no banco do organista ao mesmo tempo que a sua potente voz vai susurrando a letra. Mais de duas horas e meia de espectáculo memorável. Para saborear melhor o acontecimento fomos tomar um copo ao B-Flat. No local, um conjunto de músicos, em sucessivas trocas de instrumentos, praticava uma verdadeira jam-session! Eis que surge Liz Mccomb e banda que, não se fazendo rogada, cantou ainda alguns temas acompanhada por músicos da casa ou pelos seus músicos. A versão de “Summertime” ficará para sempre na memória de todos os presentes. Incrível!
11º Matosinhos em Jazz, Exponor, 19 de Abril
Um verdadeiro espectáculo! Como anuncia a fotografia – e Deus criou Liz McComb! A artista já encanta há decadas mas só agora tivemos a felicidade de a conhecer e, acima de tudo, de ouvir. Criada no gospel, a sua voz intensa não é deste mundo. Num auditório da Exponor bem composto, principalmente de amantes do jazz tradicional, Liz Mccomb foi acompanhada por outros excelentes músicos – para além de um baterista e um guitarrista, outros dois se destacaram: o organista do Hammond e o próprio António Ferro no baixo! Inesquecível todos os momentos em que Liz se levanta do piano, e sem microfone, canta sem amplificação maravilhas soul ou gospel acompanhadas pelas palmas da audiência. Imbatível o momento (ensaiado...) no final do tema “Silver & Gold” quando se senta, costas com costas, no banco do organista ao mesmo tempo que a sua potente voz vai susurrando a letra. Mais de duas horas e meia de espectáculo memorável. Para saborear melhor o acontecimento fomos tomar um copo ao B-Flat. No local, um conjunto de músicos, em sucessivas trocas de instrumentos, praticava uma verdadeira jam-session! Eis que surge Liz Mccomb e banda que, não se fazendo rogada, cantou ainda alguns temas acompanhada por músicos da casa ou pelos seus músicos. A versão de “Summertime” ficará para sempre na memória de todos os presentes. Incrível!
FAROL # 19
Em semana de edição do seu novo album, este é um Farol com imagens em movimento. Os Arctic Monkeys fizeram uma cover de “Take or leave it” dos Strokes, sua banda auto-inspiradora e uma outra de “You know I’m no good” de Amy Winehouse! Podem ouvir ou descarregar os mp3 aqui. Como bónus deixamos uma das versões em video...
Arctic Monkeys – Take or leave it (Strokes)
PATRICK WOLF: desilusão?
Lemos a notícia e não a compreendemos... Depois do fabuloso concerto em Braga na passada semana aqui abaixo relatado, eis que Patrcik Wolf anuncia que vai deixar o mundo da música lá para meados de Novembro. Assim, o concerto programado par o Sudoeste será um dos últimos? Nahhh... estes anúncios prematuros acabam sempre por não se concretizar, apesar da intenção parecer séria. Seria uma pena tendo em conta o talento até agora demonstrado.
sexta-feira, 20 de abril de 2007
PATRICK WOLF
Theatro Circo, 19 Abril
Patrick Wolf tem razões para estar satisfeito. Nós também! Bem diferente da sua apresentação a solo em 2005 em St. Maria da Feira, desta vez a música atingiu todo o esplendor e mestria para o que contou com a presença de uma verdadeira banda: contrabaixo, violinista, bateria e sintetizadores. Apesar de algum desequílibrio no som da sala, o concerto, em crescendo, confirmou a destreza do artista, alternando o piano com o violino ou o “cavaquinho” ao mesmo tempo que canta! Momentos altos: “The Magic Position”, “Magpye” (sem Marianne Faithfull, mas com a sua voz pré-gravada) e “The Stars”. Uma verdadeira estrela no firmamento pop e um caso sério de perfomance em palco! No final e nos encores a energia que estava acumulada desde o início como que se libertou e o espaço junto ao palco transformou-se em recinto enérgico de dança e folia, facto pouco habitual num clássico teatro com cadeiras e que o próprio Patrick reconheceu. Num ritual já habitual compramos o single vinil “Magic Position” posteriormente autografado em plena rua por deligência e simpatia das habituais e rendidas companhias femininas!
Patrick Wolf – Magic Position
quinta-feira, 19 de abril de 2007
CULTO #3
THE BLUE NILE
Não é fácil catalogar a música dos Blue Nile. Ainda bem, porque esse é um pormenor singelo tendo em conta a sua qualidade e as vibrações que continuam a provocar na nossa vivência. Estes escoceses que há mais de 25 anos tocam juntos, tem em Paul Buchanan a sua trave mestra e inspiradora. São também conhecidos por editarem poucos discos, quatro ao longo de todo este tempo, um de sete em sete anos. A nossa paixão começou no saudoso programa da Rádio Comercial chamado “Morrison Hotel” da responsabilidade de Rui Morrisson, estavamos então em 1989 ou 1990. O programa, da meia-noite à uma da manhã, era brilhante, esteticamente irrepreensível e foi lá que aprendemos a gostar de tantas outras coisas, tempos em que a boa música passava na rádio... De Rui Morrison perdeu-se o rasto, mas ainda o vimos no cinema em diversos filmes de João Botelho. Numa estratégia preparada deixávamos a aparelhagem ligada, sintonizada e cassette orientada para gravar o tema “Let’s go out tonight”. Escusado será dizer que esses tempos eram de paixão assolapada, mas intermitente (!), por uma colega de faculdade... Quando aquela voz de Rui Morrison anunciava o tema corríamos para o hi-fi para carregar no rec... Depois passávamos os dias seguintes a ouvir a canção! Decidimos não esperar muito e entramos pela Tubitek dentro e compramos o vinil com aquela fabulosa capa e que ainda hoje guardamos religiosamente.
Os primeiros tempos do Napster e afins serviram para guardar algumas preciosidades ao vivo da banda e muitos temas que nos faltavam na colecção. Cada disco dos Blue Nile tem sempre, pelo menos, uma daquelas músicas que queremos só nossa, que evitamos ouvir para não despertar sensações e memórias intensas e que não se apagam! É o caso da referida “Let’s Go Out Tonight” de Hats (1989), “Stay Close” de High (2006), “Family Life” de Peace at Last (1996) ou “Easter Parade” do primeiro Blue Nile (1982). Este tema na versão dueto com Rickie Lee Jones é ainda mais inesquecível e quando Rickie a decidiu cantar em Lisboa no seu único concerto em Portugal foi indescritível... Bem, os Blue Nile continuam a fazer música, algumas digressões problemáticas e, por isso, pode ser que o milagre aconteça e eles apareçam por cá. Seria único!
The Blue Nile - Downtown Lights
LIZ McCOMB EM MATOSINHOS
Nesta verdadeira avalanche descontrolada de concertos programados para o nosso país, pode dar-se o caso de uma distracção ser fatal. O concerto de Liz McComb, um nome grande do gospel e da soul, é um destes exemplos. Ela actua sábado próximo na Exponor no âmbito do 11º Festival de Jazz de Matosinhos. Chamam-lhe uma “James Brown” de saias, que não canta só gospel mas podem surgir o rap, o funk e até o rock. Pela primeira vez em Portugal e logo aqui ao lado...
Liz Mc Comb Feat. Oxmo Puccino
quarta-feira, 18 de abril de 2007
ÁRVORE DE FAMÍLIA
O já anunciado novo/velho disco com material de Nick Drake vai ser editado a 19 de Junho. A novidade parece residir na edição das célebres e míticas gravações de Aix-la-Provence e na inclusão de dois temas cantados por Molly Drake, sua mãe. O disco chama-se “Familly Tree” e todo o material diz respeito ao período que antecedeu o seu primeiro album, que já circulava ilegalmente, na sua grande maioria, em versões pirateadas. Mas discos do mágico artista são sempre bem vindos! Mais pormenores aqui. Para refrescar a noite de hoje, que se prevê morna, aqui fica este spot...
terça-feira, 17 de abril de 2007
TIRED RUFUS!
O novo video do single de Rufus Wainwright está no Planeta Pop, mas não resistimos à tentação. Cansado da América? Quem não está! Só hoje morreram mais de trinta inocentes...
Rufus Wanwright - Going to a town
O novo video do single de Rufus Wainwright está no Planeta Pop, mas não resistimos à tentação. Cansado da América? Quem não está! Só hoje morreram mais de trinta inocentes...
Rufus Wanwright - Going to a town
segunda-feira, 16 de abril de 2007
LUNARIDADES #7
. passaram já dois anos sobre a inauguração da Casa da Música. Após um primeiro ano em pleno com inúmeros concertos interessantes e atraentes, tivemos um 2006 e um primeiro trimestre de 2007 fraquinhos ao nível do pop-rock. Numa entrevista ao Diário de Notícias de sexta-feira passada o próprio “gerente” Pedro Burmester acaba por reconhecer o evidente: “Queremos ter mais eventos de música pop e rock”. Diz ainda o seguinte: “Falta trabalharmos, por exemplo, uma melhor articulação com os produtores e promotores pop rock, de forma a termos mais eventos vindos de parcerias”. Achamos que já tiveram tempo para o fazerem, mas se for para vender bilhetes a 50€ mais vale estarem quietinhos. Valha-nos o Theatro Circo...
. da imprensa duas notas: o desaparecimento do suplemento 6ª do Diário de Notícias, assim de um dia para o outro... Durou um ano e três meses! Definitivamente a cultura impressa não vende jornais! Oferecem-se Cd’s, DVD’s, livros, GPS's, etc, etc. mas o futuro das publicações é incerto. Depois do Y (Público), substituido em má hora pelo Ypslon, resta-nos a Actual (Expresso) e o (a) Blitz. Até quando? No oposto, dois exemplos magníficos – a revista 365, com redução de tamanho, num número totalmente dedicado ao erotismo e com um hilariante texto de Eça de Queiroz que desconhecíamos, e a revista Dif, um caso de estudo de bom gosto, excelente design, actualidade e sobriedade, tudo grátis!. Bem hajam.
. mesmo ao cair do pano lá conseguimos ver a exposição “Star Wars”. Em boa hora o fizemos! Para quem vibrou (vibra) com a saga, esta foi uma oportunidade única de sentir e submergir mais um pouco na imensidão de personagens, cenários, trajes, maquetes, etc., etc., etc.... Miúdos e graúdos, novos e velhos, nerds ou simples curiosos, a diversidade de visitantes era imensa o que prova a (nossa) atracção intemporal pela ficção científica e pelo fantástico. Dava vontade de trazer alguns daqueles objectos ou desenhos para casa. Nerds?;
. casa cheia no Trintaeum sábado passado! Com Dj’s de nomeada programados para os próximos tempos (Lindstrom e Joakim. p.ex.) que parecem adivinhar um renascimento do bar já aqui reclamado, coube a Alexander Barck dos Jazzanova aplicar os seus infindáveis argumentos e, tema após tema, construir um alinhamento intocável e tecnicamente irrepreensível. Five stars!
. a Patty Smith tem um disco novo de versões, a Rickie Lee Jones, a Tori Amos, a KD Lang, a Cat Power, etc, etc, já fizeram o mesmo e a Maria de Medeiros e Maria João cantam versões brasileiras dos 70. Quem será a próxima? A Bjork ou a Madonna ? Gostavamos que fosse a vilacondense Manuela Azevedo/Clã...
. passaram já dois anos sobre a inauguração da Casa da Música. Após um primeiro ano em pleno com inúmeros concertos interessantes e atraentes, tivemos um 2006 e um primeiro trimestre de 2007 fraquinhos ao nível do pop-rock. Numa entrevista ao Diário de Notícias de sexta-feira passada o próprio “gerente” Pedro Burmester acaba por reconhecer o evidente: “Queremos ter mais eventos de música pop e rock”. Diz ainda o seguinte: “Falta trabalharmos, por exemplo, uma melhor articulação com os produtores e promotores pop rock, de forma a termos mais eventos vindos de parcerias”. Achamos que já tiveram tempo para o fazerem, mas se for para vender bilhetes a 50€ mais vale estarem quietinhos. Valha-nos o Theatro Circo...
. da imprensa duas notas: o desaparecimento do suplemento 6ª do Diário de Notícias, assim de um dia para o outro... Durou um ano e três meses! Definitivamente a cultura impressa não vende jornais! Oferecem-se Cd’s, DVD’s, livros, GPS's, etc, etc. mas o futuro das publicações é incerto. Depois do Y (Público), substituido em má hora pelo Ypslon, resta-nos a Actual (Expresso) e o (a) Blitz. Até quando? No oposto, dois exemplos magníficos – a revista 365, com redução de tamanho, num número totalmente dedicado ao erotismo e com um hilariante texto de Eça de Queiroz que desconhecíamos, e a revista Dif, um caso de estudo de bom gosto, excelente design, actualidade e sobriedade, tudo grátis!. Bem hajam.
. mesmo ao cair do pano lá conseguimos ver a exposição “Star Wars”. Em boa hora o fizemos! Para quem vibrou (vibra) com a saga, esta foi uma oportunidade única de sentir e submergir mais um pouco na imensidão de personagens, cenários, trajes, maquetes, etc., etc., etc.... Miúdos e graúdos, novos e velhos, nerds ou simples curiosos, a diversidade de visitantes era imensa o que prova a (nossa) atracção intemporal pela ficção científica e pelo fantástico. Dava vontade de trazer alguns daqueles objectos ou desenhos para casa. Nerds?;
. casa cheia no Trintaeum sábado passado! Com Dj’s de nomeada programados para os próximos tempos (Lindstrom e Joakim. p.ex.) que parecem adivinhar um renascimento do bar já aqui reclamado, coube a Alexander Barck dos Jazzanova aplicar os seus infindáveis argumentos e, tema após tema, construir um alinhamento intocável e tecnicamente irrepreensível. Five stars!
. a Patty Smith tem um disco novo de versões, a Rickie Lee Jones, a Tori Amos, a KD Lang, a Cat Power, etc, etc, já fizeram o mesmo e a Maria de Medeiros e Maria João cantam versões brasileiras dos 70. Quem será a próxima? A Bjork ou a Madonna ? Gostavamos que fosse a vilacondense Manuela Azevedo/Clã...
3 X 20 ABRIL
Com atraso...
20 CANÇÕES
. TRACEY THORN – Get Around to it
. SHE’S SPANISH, I’M AMERICAN – Answers
. HOT CHIP – My piano
. FUYJIYA & MIYAGI – Collarbone
. DNTEL – Breakfeast in bed (feat. Conor Obers)
. GOTYE – The only way
. MARSMOBIL - Dark star
. SOFTLIGHTES – The ballad of Theodore and June
. BRIGHT EYES – If the brakeman turns me away
. THE CINEMATIC ORCHESTRA – Breathe
. BLONDE REDHEAD – 23
. PATRICK WATSON – Close to paradise
. PAPERCUTS – Dear employee
. BROOKVILLE – Crawling in circles
. THE CLIENTELE – Here comes the phantom
. ARCTIC MONKEYS – Brianstorm
. THE RAKES – We danced together
. GOOD SHOES – We are not the same
. FEIST – So sorry
. LUCKY SOUL – One kiss don’t make a summer
20 VERSÕES
. WALL OF VOODOO - Ring of Fire (Johnny Cash)
. ROYAL CITY - Is This It (Strokes)
. BJORK - You Only Live Twice (Nancy Sinatra)
. DENISON WITMER – Northern Sky (Nick Drake)
. SUSANNA & MAGICAL ORCHESTRA – Enjoy the Silence (Depeche Mode)
. LAMBCHOP – I’m glad I never (Lee Hazelwood)
. IRON & WINE – Waiting for superman (Flaming Lips)
. MATHILDE SANTING – Blue Monday (New Order)
. INFADELS – Steady as she goes (The Raconteurs)
. PATTY SMITH – Smell like teen spirit (Nirvana)
. NOUVELLE VAGUE – Haeart of glass (Blondie)
. PORTISHEAD – Requiem for Anna (Serge Gainsburg)
. MATTEW SWEET &SUSANNA HOFFS - Sunday Morning (Velvet Underground)
. MARK EITZEL – Move on Up (Curts Mayfield)
. THE HANDSOME FAMILY – Famous Blue Raincoat (Leonard Cohen)
. KINGS OF CONVENIENCE – Manhattan Skyline (A-ha)
. JOSÉ GONZALEZ – Love will tears us apart (Joy Division)
. DEVENDRAS BANHART – Sligo River (John Fahey)
. DIVINE COMEDY – Vapor trail (Ride)
. CAETANO VELOSO – Dream Land (Jony Mitchell)
. TRACEY THORN – Get Around to it
. SHE’S SPANISH, I’M AMERICAN – Answers
. HOT CHIP – My piano
. FUYJIYA & MIYAGI – Collarbone
. DNTEL – Breakfeast in bed (feat. Conor Obers)
. GOTYE – The only way
. MARSMOBIL - Dark star
. SOFTLIGHTES – The ballad of Theodore and June
. BRIGHT EYES – If the brakeman turns me away
. THE CINEMATIC ORCHESTRA – Breathe
. BLONDE REDHEAD – 23
. PATRICK WATSON – Close to paradise
. PAPERCUTS – Dear employee
. BROOKVILLE – Crawling in circles
. THE CLIENTELE – Here comes the phantom
. ARCTIC MONKEYS – Brianstorm
. THE RAKES – We danced together
. GOOD SHOES – We are not the same
. FEIST – So sorry
. LUCKY SOUL – One kiss don’t make a summer
20 VERSÕES
. WALL OF VOODOO - Ring of Fire (Johnny Cash)
. ROYAL CITY - Is This It (Strokes)
. BJORK - You Only Live Twice (Nancy Sinatra)
. DENISON WITMER – Northern Sky (Nick Drake)
. SUSANNA & MAGICAL ORCHESTRA – Enjoy the Silence (Depeche Mode)
. LAMBCHOP – I’m glad I never (Lee Hazelwood)
. IRON & WINE – Waiting for superman (Flaming Lips)
. MATHILDE SANTING – Blue Monday (New Order)
. INFADELS – Steady as she goes (The Raconteurs)
. PATTY SMITH – Smell like teen spirit (Nirvana)
. NOUVELLE VAGUE – Haeart of glass (Blondie)
. PORTISHEAD – Requiem for Anna (Serge Gainsburg)
. MATTEW SWEET &SUSANNA HOFFS - Sunday Morning (Velvet Underground)
. MARK EITZEL – Move on Up (Curts Mayfield)
. THE HANDSOME FAMILY – Famous Blue Raincoat (Leonard Cohen)
. KINGS OF CONVENIENCE – Manhattan Skyline (A-ha)
. JOSÉ GONZALEZ – Love will tears us apart (Joy Division)
. DEVENDRAS BANHART – Sligo River (John Fahey)
. DIVINE COMEDY – Vapor trail (Ride)
. CAETANO VELOSO – Dream Land (Jony Mitchell)
. JOSH ROUSE – A Forest (The Cure – KCRW)
20 REMIXES
. LCD SOUNDSYSTEM – Us vs Them (Go Home Productions Remix)
. STARS – Your Ex-Lover is dead (Final Fantasy remix)
. BRIGHT EYES - Easy/Lucky/Free (Her Space Holiday Remix)
. ROXY MUSIC - Editions Of You (Phones Remix)
. PHARRELL - Can I Have It (Estaw Remix)
. LARRIKIN LOVE - Happy As Annie (Patrick Wolf Remix)
. SIMIAN MOBILE DISCO - It's the Beat (The Teenagers remix)
. FEIST - My Moon My Man (Boys Noize Remix)
. BEBEL GILBERTO - Bring Back The Love (Prins Thomas Remix)
. DEATH FROM ABOVE 1979 - Black History Month (Girl On Girl Featuring Final Fantasy Revision)
. M.I.A. - Galang (Hot Chip Remix)
. AMP FIDLER - Faith (Jazzanova Remix feat. Miss Yolanda)
. CHEMICAL BROTHERS - Galvanize (cry.on.my.console’s galvatron remix)
. GECK TURNER - Dizzie (Boozoo Bajou Remix)
. NEW ORDER - Bizarre Love Triangle (Stepp Pettibone Extended Remix)
. GENERAL ELECTRICS - Terms and conditions (The entity remix)
. KLAXONS - Gravity's Rainbow (Soulwax Remix)
. FUJIYA & MIAGY - Tarrs White Collar (Tobias Schmidt Remix)
. TIGA - You Gonna Want Me (Tocadisco remix)
. KANYE WEST - Diamonds (Ratatat Remix)
sexta-feira, 13 de abril de 2007
SUPEROCK!
A notícia continua a ser recorrente – mais dois grandes nomes para o SuperBock SuperRock: TV On The Radio e Gossip (5 de Julho). Sem comentários... Esperamos que a pedalada não nos falte!
TV ON THE RADIO – playhouses (letterman)
quinta-feira, 12 de abril de 2007
LIBERTEM AS ESTRELAS...
Via Planeta Pop somos alertados para a proximidade da edição do novo Rufus Wainwright. O álbum chama-se “Release the Stars” e sai a 15 de Maio. No site oficial da editora podem ouvir já alguns temas ou então descarregar o novo single “Going to a Town” neste blog amigo. A expectativa é enorme e pela amostra as expectativas estão bem altas. Entretanto fiquem com este hino...
Rufus Wainwright – Go Go ahead
quarta-feira, 11 de abril de 2007
FAROL # 18
A sessão já é do ano passado mas só agora descobrimos os mp3! Damien Jurado decidiu realizar diversas versões de temas de Nick Drake. Procuramos, procuramos e elas aqui estão. Claro que, neste caso, não há nada como os originais, mas o homem até se safa...
SUSANNA & O SILÊNCIO
Já anunciamos neste cantinho o concerto da fabulosa Susanna & The Magical Orchestra (orquestra é uma maneira de falar, já que se trata de um simples duo) previsto para o Theatro Circo em Braga dia 1 de Maio. Dizemos previsto porque até ao momento não existem bilhetes à venda, o site e blog do local nada dizem e a promoção é nula. Contudo, quer no site oficial da banda quer no seu myspace lá está – Theatro Circo, Braga, dia 1 de Maio. Faltam três semanas e, ao contrário da musiquinha, não gostamos nada deste silêncio...
Susanna & Magical Orchestra – Enjoy the silence
BEM VINDOS (novamente) À PERFEIÇÃO
O eterno álbum dos Prefab Sprout "Steve McQueen" lançado em 1985 foi agora reeditado com uma resmaterização a cargo de Thomas Dolby. Inclui todas aquelas pérolas inesquecíveis: Faron Young, Bonny, Appetite, Johnny Johnny e, claro, When Loves Break Down. Para além dos habituais bónus, a edição conta ainda com a inédita inclusão de oito temas acústicos gravados por Paddy McAloon em 2006! Perfeita, perfeita não é a cerveja, por muito bem que ela saiba. Isto sim, é perfeito. Que saudades...
Prefab Sprout – Johnny Johnny
terça-feira, 10 de abril de 2007
BONO MUST DIE. Será?
O nome desta banda surgiu à nossa frente pela primeira vez devido a uma boa remix do tema Homecoming dos Teenagers. A mistura incluída nos 3X20 de Fevereiro chama-se BoNO MUST DIE Doggystyle Remix... Não faziamos ideia que a banda existia mesmo! Incluída nesta nova onda chamada new rave, de que os Klaxons são, ao que parece, o estandarte principal, obviamente que com um nome destes as polémicas são já incontáveis e animadas. Até a família Geldof não escapou. O que é certo, é que a banda não gosta muito de Bono e, nos últimos tempos, começa a ter razões para isso, dizemos nós. Com um nome deste calibre não deve ser fácil gravar discos ou fazer contratos... Podem ler mais pormenores ou sacar algumas musiquinhas do disco(?) aqui.
BoNo Must Die - Trafalgar
MARIA CANTORA
Tinhamos lido a notícia já no final de Março mas só agora decidimos vasculhar mais um pouco. Pois é, ela também canta... O disco de estreia de Maria de Medeiros “A little more blue” foi gravado em França em 2006 e contem 14 canções de autores brasileiros do movimento tropicalista “longe dos sambas e da bossa nova que marcaram a sua adolescência”. Estão lá Caetano, Buarque, Gilberto Gil, Ivan Lins, etc, músicos, que “na década de 70 demonstraram um formidável sentido de provocação”. Em Paris, uma série de concertos estão já marcados para Maio e Junho. A descobrir, embora aquele sotaque...
segunda-feira, 9 de abril de 2007
LUNARIDADES #6
. desde a sua abertura, uma ida qualquer à Casa da Música desperta invariavelmente algumas críticas, partilhadas, ao que sabemos, por imensa gente. Somos frequentadores habituais do espaço, embora não com tanta regularidade como gostaríamos, por razões diversas, principalmente aquelas que apontamos abaixo a propósito da Ute Lemper... Comprendemos as regras de segurança e funcionamento, mas mesmo assim, os repararos são ainda e sempre os mesmos: proibições flutuantes quer quanto a fumar ou beber dentro da Sala 2, já que na sala principal pensamos não existirem cedências. Umas vezes sim, outras não, uma hora antes sim, duas horas depois já não, garrafas não, copos sim ou ao contrário. No sábado, para tirar fotografias era preciso uma credencial mas algum tempo depois já não era necessário! Incompreensível também o ar ameaçador daqueles seguranças disfarçados (com fatinho e tudo), em circulação constante, com uma antipatia sobranceira e desnecessária, tendo em conta os eventos e o tipo de espaço público em questão. A CDM não é uma loja de perfumes...;
. estrearam a semana passada dois dos filmes mais polémicos dos últimos tempos: “300” e “Inland Empire”. Quanto a este de David Lynch estamos a ganhar coragem e vontade para a experiência ... No que se refere a “300”, os rios de tinta e papel que a película faz correr só beneficiam os cofres das produtoras. Se cada filme de guerra, batalhas, ou conflictos com base em factos verídicos fizessem tanta mossa, então o ocidente e o oriente, os bons e os maus, os fracos e os poderosos, os ricos e pobres nunca existiram e são uma invenção da História... ou dos jornais! Visualmente espectacular, as representações e argumentos são, contudo, sofríveis e até a música nos pareceu desajustada. Como alguém dizia, um belo “filme de pipoca” da loja dos 300;
. o IPod salva! Já devem ter lido a rábula do soldado americano baleado no Iraque mas que um Ipod (20GB) guardado na farda impediu de morrer. Bem ao jeito dos ianques, que logo divulgaram as fotografias do aparelho danificado, a história vem provar que até na matança é na música que se encontra a inspiração ou alienação, tipo Apocalypse Now. Apostamos que o iraquiano/rebelde(?) que morreu não tinha um Ipod, nem um “simples” Shuffle de plástico. Apostamos também que o americano estava a ouvir o “Death around the corner” do 2Pac;
. ainda temos por hábito comprar a revista mensal Blitz. Apesar do pouco carisma e consistência da publicação, lá vão aparecendo alguns artigos com piada e pertinência. O que é particularmente fraco e pobrezinho é o acompanhamento investido nos diversos (muitos!) concertos que se realizam em Portugal em 30 dias. Na edição de Abril são duas míseras páginas;
. desde a sua abertura, uma ida qualquer à Casa da Música desperta invariavelmente algumas críticas, partilhadas, ao que sabemos, por imensa gente. Somos frequentadores habituais do espaço, embora não com tanta regularidade como gostaríamos, por razões diversas, principalmente aquelas que apontamos abaixo a propósito da Ute Lemper... Comprendemos as regras de segurança e funcionamento, mas mesmo assim, os repararos são ainda e sempre os mesmos: proibições flutuantes quer quanto a fumar ou beber dentro da Sala 2, já que na sala principal pensamos não existirem cedências. Umas vezes sim, outras não, uma hora antes sim, duas horas depois já não, garrafas não, copos sim ou ao contrário. No sábado, para tirar fotografias era preciso uma credencial mas algum tempo depois já não era necessário! Incompreensível também o ar ameaçador daqueles seguranças disfarçados (com fatinho e tudo), em circulação constante, com uma antipatia sobranceira e desnecessária, tendo em conta os eventos e o tipo de espaço público em questão. A CDM não é uma loja de perfumes...;
. estrearam a semana passada dois dos filmes mais polémicos dos últimos tempos: “300” e “Inland Empire”. Quanto a este de David Lynch estamos a ganhar coragem e vontade para a experiência ... No que se refere a “300”, os rios de tinta e papel que a película faz correr só beneficiam os cofres das produtoras. Se cada filme de guerra, batalhas, ou conflictos com base em factos verídicos fizessem tanta mossa, então o ocidente e o oriente, os bons e os maus, os fracos e os poderosos, os ricos e pobres nunca existiram e são uma invenção da História... ou dos jornais! Visualmente espectacular, as representações e argumentos são, contudo, sofríveis e até a música nos pareceu desajustada. Como alguém dizia, um belo “filme de pipoca” da loja dos 300;
. o IPod salva! Já devem ter lido a rábula do soldado americano baleado no Iraque mas que um Ipod (20GB) guardado na farda impediu de morrer. Bem ao jeito dos ianques, que logo divulgaram as fotografias do aparelho danificado, a história vem provar que até na matança é na música que se encontra a inspiração ou alienação, tipo Apocalypse Now. Apostamos que o iraquiano/rebelde(?) que morreu não tinha um Ipod, nem um “simples” Shuffle de plástico. Apostamos também que o americano estava a ouvir o “Death around the corner” do 2Pac;
. ainda temos por hábito comprar a revista mensal Blitz. Apesar do pouco carisma e consistência da publicação, lá vão aparecendo alguns artigos com piada e pertinência. O que é particularmente fraco e pobrezinho é o acompanhamento investido nos diversos (muitos!) concertos que se realizam em Portugal em 30 dias. Na edição de Abril são duas míseras páginas;
. durante o fim-de-semana, alguém nos diz que visitou uma loja de música no Porto com imensas novidades em cd mas a única coisa que comprou foram 2 singles em vinil apesar de não ter gira-discos em casa! Esta doença, tal como previmos, é muito contagiante!
CINQUENTA E DOIS EUROS E MEIO DE PROTESTO!
Somos fãs de Ute Lemper. A diva vem cantar (e de certeza encantar...) ao Porto dia 4 de Maio próximo. O concerto é na Casa da Música e, pasme-se, o bilhete único custa nada mais nada menos que
Somos fãs de Ute Lemper. A diva vem cantar (e de certeza encantar...) ao Porto dia 4 de Maio próximo. O concerto é na Casa da Música e, pasme-se, o bilhete único custa nada mais nada menos que
52,50€ !!!!
A CDM descreve o evento assim: "Para os amantes da música, com enfase na teatralidade e na emoção, Ute Lemper, bela, talentosa e charmosa diva comparada a Edith Piaf, Marlene Dietrich e Greta Garbo, traz a Portugal «Voyage», um espectáculo com a sua marca única e inconfundível, onde nos levará ao mundo de Brel, Piaf, Weill, Hollaender e Waits".
Muito bem. Sabemos que a senhora está habituada a cantar em casinos, com jantar e outras mordomias incluídas ou em grandes palcos, mas então porque é que o mesmo concerto no CCB custa entre 25€ e 45€? Será que a CDM oferece a paparoca? Não há explicação e o caso continua...
Muito bem. Sabemos que a senhora está habituada a cantar em casinos, com jantar e outras mordomias incluídas ou em grandes palcos, mas então porque é que o mesmo concerto no CCB custa entre 25€ e 45€? Será que a CDM oferece a paparoca? Não há explicação e o caso continua...
Ute Lemper – The case continues
FUJIYA & MIYAGI + SPEKTRUM
Casa da Música, 7 de Abril
A interessante iniciativa chamada Clubbing que a CDM organiza todos os primeiros sábados de cada mês teve no passado sábado mais uma edição. Entre as diversas actuações ou perfomances agendadas, duas bandas atraíam a nossa atenção. Os Fujiya & Miyagi, que apesar do nome, são ingleses, traziam na bagagem a apresentação do seu álbum "Transparent Things". O concerto foi uma oportunidade única (?) de transpor essa gravação para uma sala 2 um pouco despida de público. Sem serem expansivos ou exuberantes, o trio tocou o álbum de fio a pavio, com grande intensidade e mestria. O tema "Ankle Injuries" que, tal como no disco, abriu o concerto, deu o mote para uma hora de dança, tudo puxado por um baixo fortíssimo e um groove constante. Pena é, como alguém reclamou, que o público se mantivesse algo distante e frio, que só lá para o fim parecia ter terminado o aquecimento... Simples, directo, sem truques e, por isso mesmo, “inesquecível”!
Casa da Música, 7 de Abril
A interessante iniciativa chamada Clubbing que a CDM organiza todos os primeiros sábados de cada mês teve no passado sábado mais uma edição. Entre as diversas actuações ou perfomances agendadas, duas bandas atraíam a nossa atenção. Os Fujiya & Miyagi, que apesar do nome, são ingleses, traziam na bagagem a apresentação do seu álbum "Transparent Things". O concerto foi uma oportunidade única (?) de transpor essa gravação para uma sala 2 um pouco despida de público. Sem serem expansivos ou exuberantes, o trio tocou o álbum de fio a pavio, com grande intensidade e mestria. O tema "Ankle Injuries" que, tal como no disco, abriu o concerto, deu o mote para uma hora de dança, tudo puxado por um baixo fortíssimo e um groove constante. Pena é, como alguém reclamou, que o público se mantivesse algo distante e frio, que só lá para o fim parecia ter terminado o aquecimento... Simples, directo, sem truques e, por isso mesmo, “inesquecível”!
Quanto aos Spektrum que tocaram a seguir, já para uma sala mais bem composta, algum travo a desilusão. Tínhamos, desde 2004 no HiTeca do Teatro Carlos Alberto, uma ideia de irreverência, animação e intensidade que não apareceram. Reduzidos a trio, já que as componentes electrónicas surgiram em gravação programada, é a atrevida vocalista nigeriana Lola Olafisoye que continua a ser o centro principal das atenções. Por cansaço ou falta de inspiração este atrevimento e intensidade não apareceram. Misturando temas do disco de estreia “Enter .. The Spektrum?” e o novo “Fun at the Gymkhana Club”, o concerto pareceu um pouco a despachar e teve o seu momento alto na versão misturada (Tiefschwarz?) de “Kinda New”, um irresistível hino à dança e balanço e imagem de marca do grupo. Tendo em conta a quantidade de vezes que os Spektrum já tocaram ou irão tocar em Portugal, alguma renovação e inovação são bem necessárias ou arriscam-se ao estatuto dos Lamb – estica-se a corda mas ela um dia parte...
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Toca a mexer!
Não há duas sem três. Neste caso fotografias de cromos... Primeiro foi o Sebastian Téllier, depois o Bonnie Prince e agora este! Inesperado este balanço funk por parte do californiano Donovan Frankenwriter, mas na mouche! Do artista tinhamos uma imagem a la Ben Harper e Jack Johnson, surf e tal, que pudemos comprovar ao vivo na Zambujeira em 2005. Agora a nova musiquinha que dá titulo ao novo álbum, tirando todos os trejeitos clássicos/old school, dá para nos sacudir um pouco. Move by yourself! Bem precisamos…
Donovan Frankenwriter – Move by yourself
BONNIE PRINCE BILLY + Faun Fables
Theatro Circo, Braga, 04 de Abril
O cancelamento dos !!! no Sá da Bandeira permitiu concretizar uma velha aspiração: ver e ouvir Bonnie Prince Billy (Palace Music, Will Oldham), a eterna “figura” do novo folk americano. Casa cheia, som à maneira e local previligiado – um balcão lateral junto ao palco. Duas horas de canções antigas e recentes, tocadas à guitarra eléctrica emprestada, já que a velhinha e original estava (para sempre?) partida… A construção de canções delicadas, pessoais e simples parece ser tarefa fácil, mas mesmo para tão lendário e experiente artista, sozinho em palco em frente a esta perfeita plateia, a sua interpretação acarreta empenhamento e carisma. Foi precisamente o que Bonnie aplicou e promoveu emotivamente. Entre temas, outra das diversas facetas emerge – algum stand-up caústico e corrosivo, particularmente o que foi dirigido a um “espectador” mais atrevido (bebido?) que emanava assobios ou bocas irritantes a destempo… Em parte do espectáculo, Dawn Mccarthy dos Faun Fables, emprestou, tal como no último disco, o seu contributo a algumas das canções, enobrecendo ainda mais o clima calmo e planante da música de Prince Billy. Perfeito!
Na primeira parte, tocaram precisamente os Faun Fables, duo neo-hippie, em que a voz límpida de Mccarthy se destaca. Numa mistura de folk ácido (?) e algum psicadelismo, interpretaram-se danças e músicas de inspiração medieval e até country de paragens tão diferentes como a Polónia ou Nova Iorque.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
CLÁSSICO # 9
Sebastian Téllier – La ritournelle
Sebastian Téllier – La ritournelle
A propósito do Lunaridades de hoje, recordamos esta canção. O tema é recente (2004) mas transformou-se num clássico instantâneo. Sebastian Téllier, francês amigo dos Air com quem andou em digressão em 2004 (tocaram ambos no Porto/Coliseu mas na altura, por atrasos diversos e habituais, não tivemos oportunidade de o confirmar ao vivo, apesar de termos ido ao concerto...), tem neste tema a sua eternidade garantida. A orquestração é brilhante e na versão original antecede o início da letra em cerca de três minutos, como que nos preparando para a repetição, para o loop, para a mesma coisa, para... a ritournelle. Genial! A versão abaixo é a mais curta e mais rápida, embora o video seja melhor...
LUNARIDADES #5
Edição retardada por motivos profissionais ;-)
. damos connosco a pensar nas recomendações constantes que temos a sorte de receber por parte da dupla HugThe DJ. Não há fim-de-semana que o ritual não se repita – ouve isto, ouve aquilo, já tens isto, eh pá estes é que são fabulosos, etc, etc. O que é certo é que quando efectivamente vamos ouvir, se confirmam sempre as boas recomendações, as descobertas, as surpresas. Esta semana, só a título de exemplo e fora o que ficou por ouvir, foram Patrick Watson, o novo de Sean Lennon e os Voxstrot. Bem hajam! Estão para sempre nomeados Ouvidores Mores aqui da campaínha;
- já aqui tinhamos falado do novo álbum da senhora Rickie Lee Jones. Agora que já o ouvimos vezes sem conta nestes últimos dias só temos é que o elogiar. E muito... Depois de 13 álbuns, a Dushess of Cool alcança um brilhantismo inesperado e intemporal. O disco, baseado no livro The Words de Lee Cantelon, feito com palavras de Jesus, esteve para ser um disco de spoken word só que a artista decidiu cantar, transformando-o num "The Sermon of Exposition Boulevard". Ainda bem! Não é musica religiosa, não é folk, não é pop, é RLJones! Como escreve João Lopes na 6ª (DN) “O que aqui se celebra não é a religião como “prática” mas a relação de cada um com a sua intimidade. Em tom pop+folk+rock”. O último e grande tema do disco chamado “I Was there” traduz, no nosso caso, este estado de espírito. O sermão começa assim:
Take my advice
It doesn't get easier watching the golden orbs floating out of the bars
And into space there's Frank Sinatra on the Juke box
Pause in the ketchup your face in the reflection in the mirror
He walked through the rocks, you know
He walked through the scorpion dust
He walks on the beach and now he walks
And he keeps walking 'til he's out of reach
Every generation watches the princes of their nation
File away until the Son of Man every, every Madonna means so little to the next one
We ran together down the Santa Monica Boulevard
oh babyYou look so hard, so fine
And my second-hand capella all that night
I said Oo hoo...I said Oo hoo oo hoo
. ainda a reboque deste disco, pensamos na nossa vidinha e na enorme rotunda em que ela se transformou. Circulamos, circulamos, circulamos, temos diversas saídas à disposição mas não sabemos aquela ou aquelas que devemos escolher;
.lemos que Keith Richards inalou as cinzas do seu próprio pai e não acreditamos...
Edição retardada por motivos profissionais ;-)
. damos connosco a pensar nas recomendações constantes que temos a sorte de receber por parte da dupla HugThe DJ. Não há fim-de-semana que o ritual não se repita – ouve isto, ouve aquilo, já tens isto, eh pá estes é que são fabulosos, etc, etc. O que é certo é que quando efectivamente vamos ouvir, se confirmam sempre as boas recomendações, as descobertas, as surpresas. Esta semana, só a título de exemplo e fora o que ficou por ouvir, foram Patrick Watson, o novo de Sean Lennon e os Voxstrot. Bem hajam! Estão para sempre nomeados Ouvidores Mores aqui da campaínha;
- já aqui tinhamos falado do novo álbum da senhora Rickie Lee Jones. Agora que já o ouvimos vezes sem conta nestes últimos dias só temos é que o elogiar. E muito... Depois de 13 álbuns, a Dushess of Cool alcança um brilhantismo inesperado e intemporal. O disco, baseado no livro The Words de Lee Cantelon, feito com palavras de Jesus, esteve para ser um disco de spoken word só que a artista decidiu cantar, transformando-o num "The Sermon of Exposition Boulevard". Ainda bem! Não é musica religiosa, não é folk, não é pop, é RLJones! Como escreve João Lopes na 6ª (DN) “O que aqui se celebra não é a religião como “prática” mas a relação de cada um com a sua intimidade. Em tom pop+folk+rock”. O último e grande tema do disco chamado “I Was there” traduz, no nosso caso, este estado de espírito. O sermão começa assim:
Take my advice
It doesn't get easier watching the golden orbs floating out of the bars
And into space there's Frank Sinatra on the Juke box
Pause in the ketchup your face in the reflection in the mirror
He walked through the rocks, you know
He walked through the scorpion dust
He walks on the beach and now he walks
And he keeps walking 'til he's out of reach
Every generation watches the princes of their nation
File away until the Son of Man every, every Madonna means so little to the next one
We ran together down the Santa Monica Boulevard
oh babyYou look so hard, so fine
And my second-hand capella all that night
I said Oo hoo...I said Oo hoo oo hoo
. ainda a reboque deste disco, pensamos na nossa vidinha e na enorme rotunda em que ela se transformou. Circulamos, circulamos, circulamos, temos diversas saídas à disposição mas não sabemos aquela ou aquelas que devemos escolher;
.lemos que Keith Richards inalou as cinzas do seu próprio pai e não acreditamos...
WHITE STRIPES em Junho!
Depois de tantos rumores, confirma-se a vinda a Portugal dos White Stripes: é em Oeiras no Festival Alive a 9 de Junho, Sábado. No mesmo dia actuam os Smashing Pumpkins. Também em Junho surgirá o novo disco dos manos, chamado "Icky Thump".
segunda-feira, 2 de abril de 2007
!!! CANCELADOS !!!
O concerto dos !!! no Sá da Bandeira na próxima quarta-feira, dia 04, e o concerto do dia seguinte em Lisboa, foram cancelados! A fraca procura de bilhetes é a razão apontada. Como hoje já não é dia 1 de Abril, parece certo este desaire... Estranho, tendo em conta a legião de "fãs" que estiveram em Paredes de Coura em 2006.
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