segunda-feira, 11 de junho de 2007

OEIRAS ALIVE - WHITE STRIPES + THE GO! TEAM + SMASHING PUMPKINS
Passeio Marítimo de Algés, 09 de Junho




A época de festivais de verão aí está e nada como começar da melhor maneira! Viagem a Lisboa especialmente dirigida e dedicada aos já muito esperados White Stripes. A espera valeu bem a pena! Depois da montagem de todo um cenário branco-vermelho-preto, que vai dos fatos dos roadies, à lindíssima bateria de Meg ou à fita-cola usada na fixação de fios, etc., etc., os “irmãos” foram simplesmente arrasadores desde o primeiro tema. Som fantástico, robusto, voz e postura de Jack White electrizante e irrequieta e um alinhamento a que só faltou “Hardest button to botton”. De resto, para além de alguns temas do novo disco, tocaram muitos dos chamados míticos: 'Fell in Love With a Girl', 'Hotel Yorba', 'Jolene', 'My Doorbell', 'Blue Orchid', “Death Letter”, “John the Revalator”, “I don’t know what to do with myself”, etc., para acabarem com o lendário “Seven Nation Army”, entoado, ao jeito de claque, por todo o público. Os White Stripes são uma máquina poderosa em palco, de posturas diferenciadas mas complementares - Jack o “maestro” e verdadeiro pirómano agitador e Meg, silenciosa e tímida, mas com um grau de eficácia surpreendente baseada numa técnica linear e segura. Não existem exageros festivaleiros para o show off mas sim um objectivo a cumprir - deixar a música falar e ser ela, simplesmente, a fazer a diferença. E faz! Irresistível, saudoso e a prova cabal de como o rock se pode reinventar! Basta uma guitarra e uma bateria...


Ainda não refeitos do “estalo” Stripes, levamos de seguida um outro, mais leve mas também intenso! Os The Go! Team tocaram num palco secundário, dentro de uma tenda de circo situada no oposto ao palco principal. Numa hora de “jogo”, a equipa, sem “posições” fixas, não deu tréguas à dança. O ritmo frenético dos seus temas encontra na simpática vocalista principal, de nome Ninja, a “distribuidora” de jogo oficial. Diversão, folia e energia são espalhados através de duas baterias, guitarras, flautas, xilofones, etc. e as poucas pessoas presentes rapidamente aderem à “claque” de apoio que tem em “Ladyflash”, tema com que terminaram, o hino oficial do “clube”. Ficamos à espera de um novo “jogo” num palco principal e numa liga de topo. Quem bate palmas é... Go! Team, é Go! Team, é Go! Teeeeeeeeeeeeeam!

Quanto aos Pumpkins, já não há pachorra! Pare este peditório a nossa última contribuição foi em 2000 no Coliseu do Porto, depois de outros dois anteriores donativos, entre eles o mítico concerto à chuva de Cascais em 1996! Até aí, Corgan parecia saber o que andava a fazer, mas depois o “barco” nunca mais saiu do sítio e o rumo ficou completamente à deriva. Talvez a chuva que os acompanharam novamente ontem seja um indicador da quantidade de “água” que o tal barco tem metido. O naufrágio é/foi iminente...

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