No dia de Natal morreu Vic Vhesnutt. No dia de Ano Novo faleceu Lhasa de Sela. Datas festivas e, supostamente, de alegria. A morte, contudo, não escolhe a hora, mesmo que haja a sensação de que, nesses dias, o mundo pára. Ficamos ainda hoje sem muitos adjectivos para classificar o magnífico disco de estreia de Lhasa “La Llorona” de 1998. Como nós, ficaram muitos críticos e jornalistas perante uma música cantada em espanhol onde passeiam, em círculos, o country, o blues ou a música cigana. A mesma dificuldade, encontramos o ano passado com o terceiro disco “Lhasa”, que demorou a entranhar-se mas que, caramba, é magnífico. Lhasa de Cela, que esteve em Famalicão em 2004 para um concerto intenso, mas que, por razões (agora) menores, acabamos por não assistir, foi uma lutadora. Tal como Chesnutt, só mesmo a doença a fez parar. A música, essa, é certamente eterna. Peace!
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