quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

(RE)LIDO #40





















THE ROLLING STONES
DISCOGRAFIA PORTUGUESA A 45 RPM
de Abel Soares Rosa, Jorge Nogueira, Pedro Freitas Branco. Lisboa: Edição Blogue Beatles Forever, 2011
Na senda da primeira aventura do género sobre os singles e ep's editados em Portugal pelos Beatles, eis que surge agora, em algumas bancas seleccionadas, um novo episódio dedicado aos The Rolling Stones. Como em equipa ganhadora não se mexe, a receita é a mesma, ou seja, a reprodução em formato (quase) real das capas de todas as pequenas rodelas conhecidas que os Strolling Bones (upps!) editaram por cá e nas respectivas colónias, sim, porque por aqui aparecem até sete polegadas moçambicanos! Acresce ainda a inclusão de inúmeros recortes, notícias e destaques dados à banda pela imprensa escrita lusitana, desde os primeiros tempos até ao último concerto lisboeta de 2007, reproduções de cartazes e outra memorabilia afectuosa devidamente comentada. Desta vez a autoria é partilhada por Abel Rosa com outros dois "dependentes" sérios, Jorge Nogueira e Pedro Freitas Branco, que contam na primeira pessoa e de forma despeitada o porquê da sua "doença" e como têm lidado com ela ao longo de muitos e muitos anos. Por defeito profissional, claro que gostaríamos de ver incluída mais informação sobre a autoria das capas (ainda estamos por descobrir de quem é a famosa fotografia do single "Start Me Up" ou o design arrojado de "Angie"), mas o livro não tem, seguramente, objectivos enciclopédicos. Despretensioso no bom sentido, raro na cumplicidade, esta é uma manifestação de carinho e dedicação que seguramente enche de orgulho os editores e autores e nos dá a nós leitores muito gosto desfolhar. Curioso, no entanto, que seja um blogue dedicado aos Beatles a apostar nos ditos rivais, mas tendo em conta que os Stones cantaram temas oferecidos pelos de Liverpool ("I Wanna Be Your Man") tudo está, obviamente, perdoado... 
Atendendo à avalanche que aí vêm em 2012, com o 50º aniversário da banda (febre que só agora começou e que já chegou ao negócio dos skis!), diríamos que este livro é, no mínimo, uma magistral jogada de antecipação.   

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