Perdida que foi a estreia portuguesa de Hannah Epperson em Espinho em Fevereiro passado, desta vez não havia desculpa. Concerto por perto e acessível, sala pequena a motivar aconchegos, público interessado e desperto, conduziram o momento por assinaláveis trilhos de intimidade e brilhantismo apesar da rouquidão da artista, percalço involuntário que se espalhou na penumbra do recinto de forma ainda mais sedutora. Surgiram, claro, associações fáceis a Andrew Bird ou Owen Pallett mas o virtuosismo de Epperson alcança um patamar diferente de orquestração onde pizzicatos e loops que retira por magia do seu violino se cruzam na perfeição com uma bateria certeira do companheiro de palco, uma música sonhadora que nos transformou a todos em borboletas, desafio lançado mesmo antes da maravilhosa "Story (Amelia)". Foi só bater as asas e voar... de olhos fechados!
(30/10/2020 - video removido a pedido da artista)
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