sexta-feira, 1 de junho de 2007


ANDREW BIRD
Teatro Acad. Gil Vicente,
Coimbra, 30 de Maio
Uma viagem em rota supersónica permitiu ainda chegar ao teatro a tempo do ínício do concerto... Desta vez Andrew Bird trouxe consigo dois amigos músicos que adornaram mais fielmente as canções, principalmente Martin Dosh na bateria e electrónicas. Sem sapatos quase desde o princípio, um Bird algo tímido vai esticando cada vez mais as “asas” contruindo um concerto límpido e até intimo. A plateia, quase repleta, absorveu em silêncio respeitoso, reagindo efusivamente quando reconhecia o início dos temas ao esperando veneradamente o seu termino efectivo. O violino, instrumento cada vez mais valorizado na pop, é em tempo real pré-gravado mecânicamente ou utilizado como suporte das canções, sendo tocado de diversas maneiras e feitios. Se juntarmos o seu já mítico assobio temos um conjunto de facto original e diferente. A voz de Bird parece-se cada vez mais com a de outros artistas, principalmente, como notou o atento HugTheDj, Jeff Buckley ou até Rufus Wainwright, mas o timbre é sempre seguro. Ao longo da noite o artista aplica ainda um pouco humor para (se?) descontrair, como a apresentação pública do seu SockMonkey(?) um boneco de peluche, sem meias, e com um violino... Momentos altos: “Skin”, “Plasticities” e o incontornável “Nervous Tic Motion”.
No encore veste a pele de “Dr. Stringsz”, papel que desempenhou num programa infantil, transformando o violino num verdadeiro cavaquinho! Brilhante. (+ em HugTheDj)

Para quem perdeu esta oportunidade, o espectáculo repete hoje em Braga no sítio do costume...
Andrew Bird – Dr. Stringsz


1 comentário:

baba disse...

Essa dos sapatos... espero que tenha vindo já sem eles. Tirá-los no palco seria um pouco...não posso dizer: )
Por acaso na Act ao entrar na escola, depositávamos os sapatos à porta para não sujarmos o chão onde nos andávamos a esfregar em algumas aulas. Para algumas pessoas aquilo era complicado. Para mim não! Fui assim educada, sempre descalça em casa, e até na rua quando vinha da praia. É a melhor liberdade! Sentir o quentinho da estrada debaixo dos pés... : ) afinal, é do chão que sugamos a energia! Percebo o senhor Andrew! O pior momento dos ensaios é quando o encenador diz "a partir de hoje começas a ensaiar calçada". Nesse dia odeio-o!!!!!!