Não descolamos nunca de Chris Isaak mas não temos explicação para não lhe termos dado até hoje qualquer destaque nesta chafarica digital. Com excepção de uma leve sugestão de concerto por perto (Ourense) em 2010, ano do seu único espectáculo português (5 de Julho no Cool Jazzfest de Cascais), já nessa altura se fazia notar um perfil reservado que, longe dos holofotes mediáticos, nunca fez esquecer a qualidade das suas canções e êxitos ("Wicked Game", "Blue Hotel", etc.) que o final da década de oitenta e os anos noventa multiplicaram e que bem conhecemos na montanha de cd's que fomos acumulando e ouvido com prazer, a maior parte retirados dos fundos de cestos metálicos do hipermercado Carrefour de Gaia, então uma verdadeira mina de promoções constantes e inauditas.
Rock & Roll, country e algum rockabilly nunca fizeram mal a ninguém e Isaak foi sempre um revivalista com pinta e muita classe que, afinal, nunca perdeu atributos mas a que fomos perdendo o rasto. Foi preciso um novo álbum de Natal para corrigirmos a lacuna. Depois de um primeiro disco do género em 2004, Issak editou recentemente "Everybody Knows It’s Christmas" pela mítica Sun Records onde canta oito novos temas de época e cinco versões de clássicos a que somou ilustrações e desenho da sua autoria, uma estética que homenageia a icónica editora de Memphis. A sua notável carreira foi em Agosto reconhecida como Lifetime Achievment Award for Perfomance pela Americana Music Association ao lado das Indigo Girls. Ho, ho, ho...
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