As canções do alinhamento retiraram-se, na maioria, de um álbum chamado "The Making of Silk" editado em 2024, colecção onde não se deslumbra um momento arrebatador ou diferenciador. Foi nessa onda limpa, bem feita, é certo, mas de madorra bordejante que o concerto planou, apesar do tom rouco e sedutor da voz no limite do irritante e dos sons, sempre fantásticos, do Fender Rhodes. Tal como aquando da passagem da amiga Ego Ella May o ano passado, um concerto dito de jazz ao ar livre de final de tarde pode ser até bem tocado e cantado, o que não deverá, e apesar do Joy no nome, é ser de gradação tristonha...
terça-feira, 22 de julho de 2025
ALLYSHA JOY, Matosinhos em Jazz, Jardim Basílio Teles, 19 de Julho de 2025
As nuances entre o jazz e a nova soul, ou neo-soul, afiguram-se hoje inconsequentes. A programação de um qualquer festival de jazz tem-se, há muito, espraiado a territórios não clássicos de raiz unicamente instrumental, o que sugere uma atenção redobrada na procura de públicos de diferentes gerações e gostos. O evento de Matosinhos não foge à regra, com todos os riscos que essa opção implica. O caso da australiana Allysha Joy é um perfeito exemplo que essas apostas nem sempre servem para valorizar o curriculum e prolongar memórias.
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