segunda-feira, 19 de março de 2007


LUNARIDADES #3
Impressões coincidentes...:

- sexta-feira passada, uma viagem de regresso de trabalho Leiria-Porto teve como banda sonora os Heróis do Mar. Via Ipod recordamos temas que marcaram a nossa juventude bem como a do amigo e colega de viagem. De “Paixão”, à “Brava Dança dos Heróis” passando pela “Alegria”, os temas não perderam nada e escaparam à datação. Sábado à tarde, numa procura radiofónica de pormenores antecipados do Porto - Sporting, caímos numa edição da Antena1 conduzida pelo Álvaro Costa com o Pedro Ayres de Magalhães, o Carlos Maria Trindade e o Rui Praga da Cunha e ainda os realizadores do documentário “Brava Dança”. Emissão ritmada, com humor e informalidade à volta de histórias contadas pelos protagonistas principais sobre o que foi uma banda “anos oitenta” em Portugal. As gravações, as polémicas, as vivências de um grupo que, só agora damos conta, preencheu um bocadinho da nossa vida. Mais, Domigo à noite via Antena3 ouvimos a versão radiofónica do referido documentário, o que só aguçou a curiosidade para uma ida ao cinema ver o filme. A rádio, afinal, ainda serve como serviço público;

- por falar em anos 80, parece imparável um regresso ao passado. A revista Pública de Domingo destacou o novo filme de Hugh Grant “Música e Letra” (estreia 5ª feira) em que o actor interpreta a personagem de um membro de uma banda (PoP!) inspirada nos Wham! e particularmente em Adrew Ridgeley, o Wham! menos conhecido... Isto assusta e de que maneira! Coincidentemente, no Sábado um telefonema de um amigo serve para nos pedir o empréstimo de cd’s de música... dos 80 para fins festivos!

- terminada a leitura recomendada do livro “A Cidade os Anjos Caídos” (Planeta Editora) de John Berendt, respiramos fundo e sentimos já um pouco de nostalgia e saudade. Passado em Veneza, cidade que não conhecemos, mas que a escrita nos permite brilhantemente imaginar, saímos de um ambiente de mistério, corrupção e afins, sobre factos verídicos e personagens reais em cenários verdadeiros, com situações políticas e sociais coincidentes com algumas ocorridas num cantinho à beira mar plantado.... Esperamos a (boa) adaptação ao cinema tal como Clint Eastwood fez com êxito de um outro romance do autor – “Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal”;

- uma das revistas de fim-de-semana apresenta uma conversa com Jwana Godinho, filha de Sérgio Godinho, responsável na
Música do Coração pela contratação do conjunto fabuloso de bandas para o próximo SBSR. Depois um passagem pela EMI de Londres, onde certamente aprendeu como se faz, ela dá a receita: profissionalismo. Simples! Se pensarmos que os White Stripes e os Sonic Youth também estavam alinhados, há que dizer bendita Jwana!

- para os melómanos estes tempos são crueis! De Ipod cheinho até à medula, não sabemos o que ouvir, o que ouvimos é quase sempre bom e quando chega a hora de apagar mp3 para libertar espaço é impossível não cometer erros! Assim, por muito que nos custe, só voltaremos ao nosso “fornecedor” daqui a uns meses (isto somos nós a tentar remediar o “mal”, mas já sabemos que não vai acontecer)!

5 comentários:

Anónimo disse...

Bom, tanta coisa boa para comentar e tão pouco tempo para comentários... Heróis do Mar, é mesmo caso para dizer que eram "muito à frente" e mesmo quem lhes chamava "pindéricos" não resistia a bater o pézinho a compasso... Também estou com vontade de ver o filme!
A rádio não só pode ser um bom serviço público, como uma espécie de terapia de relaxe para os melómanos do i-pod (por falar nisso, aí uns 90% dos músicos que ocupam os i-pods nunca terão o impacto que bandas como os Heróis do Mar tiveram, pelo simples motivo que já ninguém tem tempo e disponibilidade para "saborear" convenientemente cada música); e afinal, o programa da Antena 1 acabou por ser mais positivo do que o resultado do jogo - acertei?
Finalmente, do filme "Música e Letra" tenho ouvido os melhores elogios, em particular do próprio Hugh Grant; mas não resisto a uma provocação: Andrew Ridgeley é o Wham menos conhecido de quem? Wham, propriamente ditos, só eram dois, se não era um , era o outro (ok, provavelmente era mais conhecido pelo "o outro"...)
-Já agora, música dos anos 80 liga melhor com vinil, não é?-
Até à próxima lua!

José Miguel Neves disse...

80=vinil, mas o requerente não tem os meios técnicos para a festarola... Contrariamnete ao doc. dos Herois do Mar não estamos com vontade nenhuma p ver o filme do Grant.

Anónimo disse...

Também não tenciono ver o filme do Hugh Grant, como referi, os principais elogios ao filme eram do próprio Hugh Grant.
Em relação ao vinil apetecia-me protestar:é que tenho os meios técnicos, falta-me é a festarola!!!

Anónimo disse...

Auch! A lonely soul...

Anónimo disse...

Nope! A murdered soul...