terça-feira, 31 de julho de 2012
ABBEY ROAD EM LIVRO
Considerado o melhor estúdio do mundo, Abbey Road está agora documentado através de um livro de fotografias publicado pela prestigiada editora britânica Bloomsbury com prefácio quase obrigatório de Sir George Martin e que na sua versão mais sofisticada (foto) alcança a módica quantia de 225 libras! São oitenta anos de histórias, incluindo a mais conhecida, ou seja, quando os Beatles aí registaram o álbum "Abbey Road" em 1969 e atravessaram a passadeira, momento a partir do qual os estúdios foram definitivamente baptizados com o mesmo nome. Local de peregrinação londrino, cravado exteriormente de grafittis principalmente por fãs dos de Liverpool, o edifício foi classificado como património pelo governo inglês a fim de evitar a sua adulteração. De Cliff Richard aos Pink Floyd, de Kate Bush aos Red Hot Chilli Peppers, passando pelos Fleet Foxes, MGMT ou pelos portugueses Pontos Negros que lá gravaram o novo álbum em três dias, aqui ficam uns sempre inspiradores Black Keys...
segunda-feira, 30 de julho de 2012
NOVAS DE MARK EITZEL
Começam a emergir sorrateiramente alguns dos originais referentes ao regresso anunciado de Mark Eitzel aos discos marcado para Setembro. Um desses temas é um novo arranjo para "All My Love" que abria o disco "Golden Age" dos American Music Club. Audição imprescindível.
UTE LEMPER, Plataforma das Artes, Guimarães, 28 de Julho de 2012
Pode ser Kurt Weill, Gershwin, Jacques Brel e Piaf, Brecht ou Astor Piazolla que Ute Lemper responde sempre da mesma forma irrepreensível! Em francês, espanhol, alemão ou inglês a versatilidade artística desta diva não tem limites, uma glamorosa figura de vistoso vestido vermelho numa noite rara por estes lados e, por isso mesmo, compreensivelmente esgotada. Não lhe peçam é para falar português, nomeadamente para pronunciar o nome da cidade berço... Se lhe juntarmos a jovem mas refinada Fundação Orquestra Estúdio liderada pelo vigoroso maestro Rui Massena e um som impecavelmente apurado, facilmente concluimos que o espectaculo de sábado passado teve aquele toque de deslumbramento apaixonante. No nosso caso, são já décadas de espera por uma ocasião perfeita (a tal equação qualidade vs preço) para finalmente confirmarmos ao vivo semelhante prestígio. Ao fim de quinze minutos, não será mentira confessar que estavamos já rendidos e ainda ficamos mais desarmados com um "All That Jazz" de outro mundo, um "Ne Me Quitte Pas" assombroso e um empolgante "Milord" já no encore. Aplausos, muitos, foram mais que merecidos!
domingo, 29 de julho de 2012
BON IVER EM PLENO
O amigo HugTheDj iniciou e Junho passado uma nova faceta na captação de imagens de concertos e que se traduz, sempre que possível, em disponibilizar via youtube a totalidade do espectáculo! A benesse começou com os Kindness no Hard Club aquando do encerramento do Primavera Sound e estão já disponíveis registos dos Alt-J no Milhões e de Bon Iver no Coliseu quarta-feira passada. Um grande hug para o dj... realizador!
NITE JEWEL, Manta, CCVila Flor, Guimarães, 27 de Julho de 2012
O álbum deste ano da menina Ramona Gonzalez/Nite Jewel de nome "One Second of Love" tem uma mão cheia de grandes canções, sendo mesmo o tema título um daqueles casos de êxito pop encoberto a merecer maior reconhecimento popular. Há no entanto no disco uma notória falta de uniformidade da composição, o que por vezes até resulta, mas que neste caso concreto se torna algo confrangedor. Ao vivo, perante uma plateia sentada que preenchia o agradável espaço do Vila Flor, o concerto até que começou bem, leve e atmosférico, com uma versão de "Thinking Bout You" de Frank Ocean logo seguido de "This Story", tema que abre da melhor forma o referido disco. Só que, desperdiçando logo a seguir um potencial animador como "One Second of Love", tocado, pareceu-nos, sem o vigor requerido, o espectáculo não chegou a arrebitar, mesmo contando com a preciosa e inesperada ajuda de Nicholas Krgovich (No Kids) nas teclas. Notou-se, lá está, uma diferença entre a qualidade das canções, algumas delas vincando uma pop inconsequente de duvidoso gosto a roçar o aborrecimento. Ficamos, assim, à espera de melhores dias que, com todo a certeza, não devem tardar.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
TENTAÇÕES
Começa hoje e dura até Domingo próximo um período de descontos de férias na loja Jo Jo's! São 20% a menos em todos os vinis, cd's e outras guloseimas que recheiam a loja de Cedofeita. Amanhã há concerto de Azevedo e Silva e também a inauguração de uma exposição de capas de vinil alusivas a filmes ditos de culto. Vamos querer ver, claro.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
SAM AMIDON + BON IVER, Coliseu do Porto, 25 de Julho de 2012
Pontualmente, Sam Amidon entrou em palco pronto a aquecer as hostes. Não que o ambiente estivesse sequer frio já que o espaço estava cheio, algo abafado e bastante expectante. Mesmo assim, é sempre bom algum paliativo sonoro que quebre alguma da tensão, o que a presença de Amidon permitiu de forma satisfatória. Homem de vários instrumentos teve ainda a colaboração de C.J. Camerieri, trompetista e de Rob Moose, violinista, ambos da "majestosa" banda Bon Iver e que funcionou na perfeição. Tempo para uma versão de "Relief" de R. Kelly a pedir a participação do público que podia ter sido mais efectiva.
Pode um concerto de estreia de um artista num qualquer país ser já de consagração? A pergunta, atendendo ao que se viveu ontem, é óbvia. Quatro anos de espera, canções ouvidas muitas e muitas vezes, dois álbuns sublimes, petições online para a sua vinda até cá, prémios da indústria musical ou colaborações estratégicas (Kanye West. p. ex.) construíram uma reputação intocável e, acima de tudo, aumentaram as audiências. Justin Vernom e seu alter ego Bon Iver merece sem dúvida este já massivo reconhecimento que o levará certamente a esgotar o Campo Pequeno em Outubro próximo. A máquina está oleada e perfeita, uma banda com músicos notáveis e um cenário e luzes de eleição. Num alinhamento um pouco diferente da véspera lisboeta, faltou o "For Emma" mas ganhou-se, entre outros, uma versão de Bjork. O "re:Stacks" interpretado à guitarra, como deve ser, sozinho em palco foi arrepiante e mesmo memorável. Houve algumas palmas e gritaria a destempo mas é compreensível alguma impaciência. Exageros existem sempre, mas tamanho espectáculo quase que já não cabe emocionalmente num Coliseu. Bon Iver, obrigado e uma vénia do tamanho do mundo...
+ videos no Canal Eléctrico.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
LONDON NEWS
Em viagem, temos por hábito ler jornais ou revistas que nos aparecem à frente, pousadas num banco do metro, distribuídas em mão ou à espera que peguemos nelas em lojas de discos ou de roupa. Se forem gratuitas ainda melhor! Em dia de arrumações, só hoje reparamos bem nalgumas destas publicações trazidas de Londres a semana passada e que se destacam na fotografia acima. Em formato maioritariamente a5, são de uma primazia e actualidade fabulosa principalmente sobre música/novas bandas. Uma delas, chamada "Zero Core", que se apresenta de capa a preto e branco e impressa na horizontal em papel mate, está disponivel online à espera de ser desfolhada. Foi lá que descobrimos a menina Faye...
MARK EITZEL, UM ESTRANHO SORTUDO
Eia, eia eia! Finalmente boas notícias para o lado de Mark Eitzel e consequentemente para fãs ansiosos como nós - disco a solo novinho em folha chamado "Don't Be A Stranger" a editar em final de Setembro na Merge Records nos EUA e na Decor Records no velho continente. Trata-se do sexto trabalho em nome próprio, agora que parece definitivamente certa a extinção dos American Music Club após uma série de contratempos. Ao trabalhar nalgumas canções para o regresso da banda, Mark teve um ataque cardíaco que o obrigou a meses de retiro e também de meditação. Apostando trabalhar sozinho, um mecenas caído do céu (fala-se de um amigo de longa data que ganhou a lotaria...) permitiu-lhe alugar um estúdio decente, contratar um produtor à altura (Sheldon Gomberg que produziu Ron Sexsmith ou Rickie Lee Jones p.ex.) e até uma orquestra, o que eleva e de que maneira as expectativas. Há colaborações de Vudi, guitarrista original dos AMC e de Pete Thomas, baterista dos Atractions e os onze novos temas terão desta vez direito a edição em vinil e até um 7" de antecipação (10 de Setembro). Prometida está uma digressão europeia no início de 2013 com a Mark Eitzel's Warm Gentle Rain, um novo quarteto que inckui Kristin Sobditch (Little Fuzzy), Marc Capelle (American Music Club), Jon Langmead (Loquat) e Pete Straus (Dwarves).
E pronto, um disco que começa com uma canção chamada "I Love You But You're Dead" e acaba com um "Nowhere To Run" só poderá ser bom...
segunda-feira, 23 de julho de 2012
(RE)VISTO #43
U2 FROM THE SKY DOWN
de Davis Guggenheim. UK, 2011
Canal Arte, 22 de Julho de 2012
A noite de Domingo no canal franco-alemão é já um clássico de verão. Ontem após um concerto de David Bowie fomos brindados com a emissão de um documentário realizado o ano passado a propósito dos 20 anos do lançamento de "Achtung Baby" dos U2. Realizado por Davis Guggenheim com a supervisão da banda, este é sem dúvida um filme que destapa um pouco mais a cortina sobre a criação de tão grande disco, um momento vital para a sobrevivência do grupo que perigava de extinção. São muitas as imagens inéditas a que o realizador teve acesso, destacando-se um conjunto notável de sequências referentes à quase mortífera digressão americana pós "Joshua Tree" (na base doutro filme, "Rattle And Hum"), mas principalmente sons e testemunhos captados em Berlin no estúdio Hansa, um laboratório arriscado, frio e soturno onde tudo a muito custo se desenvolveu. Exemplo dessa dificuldade é o tema "One" aqui dissecado desde a primeira improvisação até à sua plena composição, uma abordagem que infelizmente o documento não aprofunda em mais nenhuma das outras canções. Os relatos paralelos envolvidos são cirugicamente escolhidos: Daniel Lanois, Brian Eno, Flood, um trio decisivo na produção do álbum, o fotógrafo Anton Corbjin e o manager Paul McGuiness, mas mesmo assim, há por aqui revelações e situações que certamente causaram algum desconforto aos quatro membros da banda. É, em parte, este desalinhamento em relação à rigidez habitual da máquina U2 que transforma este documento num excelente momento televisivo para todos os que, como nós, acompanharam o explodir de tão grande fenómeno culminado numa noite de "Zoo Tv" em Alvalade. A ver e a rever sem complexos...
domingo, 22 de julho de 2012
EL PERRO DEL MAR + PRINZHORN DANCE SCHOOL + CONNAN MOCKASIN + GALA DROP, Milhões de Festa, Barcelos, 21 de Julho de 2012
A estreia desta casa na festa barcelence podia ter corrido um pouquinho melhor, mas, como diria Jacques de La Palice, também podia ter corrido pior. Não frequentamos a piscina devido ao adiantado da hora, o que foi pena, mas gostamos do acesso fácil, do estacionamento rápido e gratuito e da mobilidade e circulação do espaço reservado aos principais palcos nocturnos. Não gostamos daquela espécie de militares fardados a rigor de boina preta na frente do palco principal que devido à reduzida elevação da estrutura se confundiam com os músicos. O que vale uma das artistas media quase dois metros e um outro tinha uma vistosa melena loira! Também não gostamos do preço do bilhete diário que nos pareceu exagerado e do reduzido tamanho dos copos de cerveja. Adiante.
A senhora Sarah Assbring, que em tempos decidiu, sabe-se lá porquê, baptizar-se em castelhano como El Perro Del Mar, sabe que corre riscos. Pondo para trás das costas uma veia acústica atractiva que lhe trouxe notoriedade, assume agora uma sonoridade electrónica registada num novo álbum de originais. A jogada é perigosa (olá Goldfrapp) e arriscada o que ao vivo se traduziu em alguns momentos de desconforto em palco e na plateia. É sempre bom ouvir coisas novas, mas apresentar um único tema antigo, o último ("Change Of Heart"), pareceu-nos demasiado e quase um atentado ao bom gosto atendendo à qualidade dos registos anteriores. A indiferença com que foi brindada acabou por ser merecida.
Dos Prinzhorn Dance School reza a história a ligação umbilical à casa DFA, o que por si só é, obviamente, sinónimo de qualidade. E ela não faltou no concerto da dupla Tobin Prinz e Suzi Horn, muito por culpa de um enorme som de baixo a convidar à dança em canções de elevada potência e subtil rudeza. Uma presença certeira num concerto descontraído mas de forte consistência.
Quem ouviu de fio a pavio o disco "Forever Dolphin Love" de Connan Mockasin e lhe reconheceu uma fragilidade sonora propositadamente sedutora, facilmente admitiria que a receita transportada para um concerto acarreta uma implícita dose de imprevisibilidade. Receios apartes, o neo-zelândez e restantes parceiros apresentaram-se de fininho de forma brilhante, conquistando a plateia ao ponto de a fazer literalmente sentar e levantar durante os vinte minutos finais do memorável tema título "Forever Dolphin Love" ao mesmo tempo que iam arrastando/brincando com fotógrafos no palco... Pela primeira vez nesta noite, vimos e ouvimos mesmo muitas palmas de agrado que parecem ter conquistado o próprio Connan, um herói de carne e osso.
Quanto aos portugueses Gala Drop, não foi preciso muito tempo para que se confirmassem todos os já habituais elogios. Sem mácula, é irresistível o contínuo balanço dançante a que a composta moldura humana presente respondeu sem esforço. Uma banda que merece voos mais altos a que maioria dos principais "aeroportos internacionais" (leia-se reputados festivais) irá acabar por irremediavelmente aderir.
A senhora Sarah Assbring, que em tempos decidiu, sabe-se lá porquê, baptizar-se em castelhano como El Perro Del Mar, sabe que corre riscos. Pondo para trás das costas uma veia acústica atractiva que lhe trouxe notoriedade, assume agora uma sonoridade electrónica registada num novo álbum de originais. A jogada é perigosa (olá Goldfrapp) e arriscada o que ao vivo se traduziu em alguns momentos de desconforto em palco e na plateia. É sempre bom ouvir coisas novas, mas apresentar um único tema antigo, o último ("Change Of Heart"), pareceu-nos demasiado e quase um atentado ao bom gosto atendendo à qualidade dos registos anteriores. A indiferença com que foi brindada acabou por ser merecida.
Dos Prinzhorn Dance School reza a história a ligação umbilical à casa DFA, o que por si só é, obviamente, sinónimo de qualidade. E ela não faltou no concerto da dupla Tobin Prinz e Suzi Horn, muito por culpa de um enorme som de baixo a convidar à dança em canções de elevada potência e subtil rudeza. Uma presença certeira num concerto descontraído mas de forte consistência.
Quem ouviu de fio a pavio o disco "Forever Dolphin Love" de Connan Mockasin e lhe reconheceu uma fragilidade sonora propositadamente sedutora, facilmente admitiria que a receita transportada para um concerto acarreta uma implícita dose de imprevisibilidade. Receios apartes, o neo-zelândez e restantes parceiros apresentaram-se de fininho de forma brilhante, conquistando a plateia ao ponto de a fazer literalmente sentar e levantar durante os vinte minutos finais do memorável tema título "Forever Dolphin Love" ao mesmo tempo que iam arrastando/brincando com fotógrafos no palco... Pela primeira vez nesta noite, vimos e ouvimos mesmo muitas palmas de agrado que parecem ter conquistado o próprio Connan, um herói de carne e osso.
Quanto aos portugueses Gala Drop, não foi preciso muito tempo para que se confirmassem todos os já habituais elogios. Sem mácula, é irresistível o contínuo balanço dançante a que a composta moldura humana presente respondeu sem esforço. Uma banda que merece voos mais altos a que maioria dos principais "aeroportos internacionais" (leia-se reputados festivais) irá acabar por irremediavelmente aderir.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
3 x 20 JULHO
. MUNK - Mira/Excuse Me
. KASPER BJORKE - Mansisters
. WHITEY - Brief and Bright
. SÈBASTIAN TELLIER - Russian Attractions
. HOT CHIP - Motion Sickness
. CHROMATICS - Lady
. LOWER DENS - Candy
. KINDNESS - Swingin' Party
. DENT MAY - Best Friend
. FRIENDS - Mind Control
. DIIV - How Long Have You Known?
. CHAIRLIFT - Amanaemonesia
. PHÈDRE - In Decay
. DJANGO DJANGO - Waveforms
. SUUNS - Arena
. BAXTER DURY - Picnic On The Edge
. CAGED ANIMALS - This Summer I'll Make It Up To You
. WHITE DENIM - Company
. SILVERSUN PICKUPS - Make Believe
. METRIC - Synthetica
. THE WALKMEN - The Love You Love
. SPIRITUALIZED - Hey Jane
. JAPANDROIDS - Adrenaline Nightshift
. CLOUD NOTHINGS - Stay Useless
. JACK WHITE - Sixteen Saltines
. CAT POWER - Ruin
. CANYONS - Sun And Moon
. ARIEL PINK'S HAUNTED GRAFFITI - Only In My Dreams
. BLUR - The Puritan
. TWIN SHADOW - Five Seconds
. RICHARD HAWLEY - You Haunt Me
. BEST COAST - Up All Night
. NITE JEWEL - In The Dark
. JJ - 10
. CALLmeKAT - The Haze
. ALT-J - Matilda
. MEGAFUN - Resurrection
. GRIZZLY BEAR - Sleeping Ute
. THE AMAZING - Gentle Stream
. BEACHWOOD SPARKS - Forget The Song
. NEIL YOUNG & CRAZY HORSE - Wayfarin' Stranger
. BAHAMAS - Lost In The Light
. DIRTY PROJECTORS - Swing Lo Magellan
. FATHER JOHN MISTY - Well, You Can Do it Without Me
. ANDREW BIRD - Lusitania
. DUKE SPECIAL - 10 Stargazers Of The World Unite
. BARRY ADAMSON - Turnaround
. NEIL HASTEAD - Full Moon Rising
. LAETITIA SADIER - Auscultation to the Nation
. GIANT GIANT SAND - Love Comes Over You
. MODERN RIVALS - Small Bell
. A LULL - Would That I Could
. TU FAWNING - Achor
. PATTI SMITH - April Fool
. FRYDA HYVONEN - Terribly Dark
. LA SERA - Real Boy
. ELECTRIC GUEST - Troubleman
. SUMMER CAMP - Losing My Mind
. VIOLENS - Sariza Spring
. DAMON ALBARN - The Marvelous Dream
QUEM TOCA COM BON IVER?
Faltam poucos dias e nada! Quem toca na primeira parte dos concertos de Bon Iver dos Coliseus previstos para semana? Tamanha estreia em nome próprio nas principais salas do país merecia um aquecimento à altura. No passado recente foi a menina Poliça a merecer a distinção, mas, por exemplo, até a magnífica Lianne La Havas já teve esse previlégio. Cheira a que vai haver um daqueles desenrascanços de última hora à boa maneira portuguesa...
quinta-feira, 19 de julho de 2012
(RE)LIDO #43
ROLLING STONES 50
A PHOTOGRAPHIC EXIBITION, 2012
Uma voltinha rápida por Londres no passado fim-de-semana na companhia da chuvinha habitual permitiu algumas visitas estratégicas a duas ou três capelinhas obrigatórias do rei vinil (Phonica e Sister Ray, p.ex.) e também para descobrir a Sommerset House, espaço central e multifacetado de oferta cultural onde está escondida, por assim dizer, uma pequena mas saborosa exposição fotográfica alusiva aos 50 anos dos Rolling Stones. Entramos cheios de lanço de câmara na mão, mas a segurança atenta logo nos fez uma séria recomendação quanto ao respeito pela proibição de fotografar. E filmar, questionamos em jeito de desafio, mas um sorriso matreiro serviu obviamente de resposta inequívoca! Sendo assim, lá tivemos que gastar 10 pounds na aquisição do catálogo oficial da mostra, uma obra de desenho cuidado onde se reproduzem a totalidade das imagens (76) e respectivas legendas/comentários patentes no espaço. Acresce ainda a inclusão, a página inteira, de uma série de frases subliminares que preenchem a parte superior de cada uma das paredes da galeria e que tem nas palavras de 1963 proferidas por Jagger "I Give The Stones about another two years..." um epílogo lógico e sarcástico. As fotografias, maioritariamente a preto-e-branco, estão dispostas com alguma lógica cronológica e a sua dimensão tamanho poster de excelente reprodução aumenta a vontade de levar algumas para casa, o que até é possivel para algumas bolsas... O espaço estava repleto de fãs de longa data, talvez porque no fim-de-semana o Springsteen e o Paul Simon estavam na cidade, mas a entrada gratuita, contrariamente à maioria das boas exposições nas redondezas, convidava naturalmente à visita.
Ontem, na calma do lar, acabamos por folhear o catálogo como deve ser e reler os saborosos comentários da vida interminável e inacreditável de uma banda histórica e cheinha de histórias para contar. Até ao fim de Agosto, se estiverem por perto, é um sacrilégio não dar lá um Jumping Jack Flash!
THE GLIMMER TWINS
Esta é capa do número especial do NME alusiva aos 50 anos dos Rolling Stones que utiliza uma fotografia da dupla Jagger/Richards aka The Glimmer Twins aquando do feliz reencontro em Janeiro de 1972 depois de ambos terem sido acusados e posteriomente ilibados da posse de drogas...
A não perder!
terça-feira, 17 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
O REGRESSO DE NEIL HALSTEAD
São tantos os artistas da nossa eleição que por vezes cometemos sérias injustiças de audição. O rapaz Neil Halstead, que comandou os Slowdive e os Mojave3, é um desses casos, pois não ouvimos atentamente, como era merecido, o seu grande álbum de 2009 intitulado "Oh Mighty Engine!". Agora que se aproxima a edição de um novo disco pela editora de Jack Johnson, a Brushfire Records, prometemos não o largar de vista e tendo em conta estes dois rebuçados que abaixo se reproduzem a vigilância redobrada faz todo o sentido: "Full Moon Rising", gravado com a ajuda dos amigos ingleses "The Band of Hope, é a primeira amostra de "Palindrome Hunches" a editar em Setembro e "Tennis For Dennis" funcionará como lado B de um single de vinil oferecido a quem adquirir o álbum. Toca a desembrulhar os papelinhos...
quinta-feira, 12 de julho de 2012
STONES: BODAS DE OURO
Faz hoje cinquenta anos que os Rolling Stones entraram no Marquee Club de Oxford Street de Londres para aquele que seria o seu primeiro concerto enquanto banda. Não sabemos quantos espectáculos é que o grupo realizou até hoje (3000?), mas a vontade de continuar parece intacta e especula-se que ainda este ano se fará o regresso aos palcos. As comemorações parecem ter acelerado a reconciliação do casamento "Jagger/Richards" e a boda inclui, para além de um novo logotipo já apresentado por aqui, a disponibilização de um concerto inteirinho via youtube (o tal que reuniu um milhão de pessoas em Copacabana em Fverereiro de 2006) e a edição de um livro de fotografias (imagem) com comentários dos próprios que é acompanhado por uma exposição de acesso livre patente a partir de amanhã na Sommerset House londrina. Sempre polémicos, odiados, amados ou endeusados, os Stones continuam a dar que falar, basta ler os comentários ao excelente artigo do Guardian sobre o tal primeiro concerto. Apostamos que ainda vão surgir reacções adversas ao facto do novo livro ter sido impresso na China...
quarta-feira, 11 de julho de 2012
ATÉ DOI!
terça-feira, 10 de julho de 2012
LAETITIA REGRESSA EM SILÊNCIO
Depois da estreia oficial a solo com "The Trip" em 2011, a princesa Laetitia Sadier está de regresso aos discos com "Silencio", um álbum aparentemente conceptual sobre as preversidades da sociedade actual, os seus contrastres e, acima de tudo, as formas de a enfrentar e resistir. Uma postura politicamente mais activa, como aliás ficou demonstrado na passagem, por exemplo, pela Casa da Música em Novembro passado. Gravado maioritariamente entre Toulouse e Chicago, há entre estas novas canções uma série de colaborações, que vão de Tim Gane, compincha dos Stereolab, a Sam Prekop dos The Sea And The Cake, muitas delas experimentadas nas apresentações a solo que vem realizando nos últimos tempos. Fica aqui uma primeira e grande amostra, um dos dois temas escrito por James Elkington, outra ajuda de peso neste regresso da menina dos Stereolab.
SEMPRE EM FORMA!
Como estava há muito prometido, Tom Waits apareceu ontem no programa Late Show with David Letterman acompanhado de uma banda. Esta é a primeira vez que é tocado ao vivo material do álbum do ano passado "Bad As Me" e o tema escolhido - "Chicago" - teve, entre outros músicos, o filho Casey na bateria e David Hidalgo dos Los Lobos na guitarra. Antes, houve tempo para uma saborosa e non sense entrevista sobre ratoeiras... Hoje Waits estará no programa de Jimmy Fallon.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
SONHOS DE VERÃO
Não parece mas é o novo Ariel Pink... O docinho chama-se "Only In My Dreams" e está em regime de oferta. O álbum "Mature Themes" estará cá fora a 21 de Agosto via 4AD. Venha ele, on the beach on the ocean!
sexta-feira, 6 de julho de 2012
FICÇÃO NA REALIDADE
QUASE ONZE MIL EUROS!
O segundo single editado pelos The White Stipes em 1998, que continha os temas "Lafayette Blues" e "Sugar Never Tasted So Good", teve uma prensagem limitada de 1000 cópias, uma parceria da banda com a editora Italy Records de Detroit. A mania do vinil vem já de longe e Jack White decidiu que quinze destes 7" teriam uma cor rosa e a capa seria pintada à mão, enquanto outros quarenta e tal manteriam o rosa do vinil mas com uma capa standardizada. À venda nos concertos por 6 dólares, os tais handmade discos não tiveram na altura muita saída e os interessados foram raros! Pois bem, uma destas rodelas foi agora vendida por 8.300 libras inglesas o que prefaz a módica quantia de 10.423 €! Não sabemos qual o exemplar arrematado, mas o #7 que se reproduz acima soa, magnificamente, assim:
FAROL #103
Será que a música de James Blake precisa de remisturas? Um tal de Zavid Frost aka SKuFL acha que sim e por isso pegou no EP de Blake chamado "Enough Thunder", onde está a colaboração com Bon Iver, e deu aos 4 temas uma nova roupagem. Se melhor ou pior que o original, as dúvidas podem ser esclarecidas a partir daqui...
quinta-feira, 5 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
BILIÕES DE FESTA
Ao longo do ano passado fomos largando neste espaço pedacinhos video do projecto Connan Mockasin, uma aventura sónica com epicentro na Nova Zelândia saída da mente jovem e aberta de um tal Te Awanga e que ficou plasmada no inclassificável álbum "Forever Dolphin Love". Soubemos agora que tamanha trip vai ser apresentada em Barcelos no segundo dia do festival Milhões de Festa, sábado 21 de Julho, por onde se alinham, entre outros, os Gala Drop, Publicist e a menina El Perro Del Mar. Uma festarola!
MÁ LÍNGUA
A língua mais famosa do mundo desenhada por Jasche Pasche em 1971 para a capa do disco "Sticky Fingers" e que serviu, desde aí, de símbolo para os Rolling Stones tem agora um update comemorativo dos 50 anos da banda. O autor é Shepard Fairey que ficou mundialmente conhecido pelo seu poster "Hope" para a campanha de Barack Obama em 2008 e tinha também colaborado no projecto SuperHeavy, mais um falhanço redondo de Mick Jagger.
Ok, não está mal mas também não surpreende... Vai uma lambidela?
BEACH HOUSE NA ONDA DA RÁDIO
Para quem perdeu os Beach House no Primavera Sound portuense, aqui fica a passagem da banda pela KCRW californiana na passada segunda-feira. Para todos os outros, nada como repetir a onda e mergulhar de novo na magia.
terça-feira, 3 de julho de 2012
BONS RAPAZES CASTIGADOS
Gostamos de ouvir música na rádio. Descomprometida, informal, sem freio mas com virtudes, actual, pertinente, irritante algumas vezes, saborosa muitas e muitas outras vezes. Estranhamos quando ontem a caminho de casa, como é habitual, a sintonia da Ant3na no rádio do carro parecia umas largas horas atrasada no horário com, lá está, um irritante locutor a pedir piedosamente comentários no facebook e coisa e tal sobre qualquer coisinha e uma tirada do calibre "Rádio é comunicação"... Bahh! Mas então o que é feito do Quintão e do Costa? Foram de férias, pensamos, mas já a imaginar o pior cenário. Hoje confirmamos que o programa "Bons Rapazes" (20/22h00, de segunda a quinta) foi efectivamente extinto pela direcção da RTP sem apelo nem agravo e já correm as habituais petições e reclamações. Já não vale a pena saber o porquê.
Dentro de meia hora vamos calçar as sapatilhas, vestir os calções e a t-shirt e fazer a corridinha da praxe de final de tarde. Como companhia tínhamos, há muito, um pequeno rádio sintonizado obrigatoriamente no tal programa com o Douro, a Ribeira ou Freixo como paisagem de fundo. Em dias de sol, vento ou chuva a música encaixava sempre na perfeição e a tagarelice, a provocação e a conversa informal ajudavam a disfrutar a vida. Parece exagero, mas não é. Sendo assim, resta um abraço ao Álvaro e ao Quintão, carregar o mp3 e tirar as pilhas ao rádio. Em jeito de homenagem só podemos dizer "Antena3, I Can't Go For That"!
segunda-feira, 2 de julho de 2012
REBEL, REBEL!
A sempre invejável programação de verão do canal Arte é este ano dedicada genericamente aos ditos rebeldes. Músicos, actores ou futebolistas, a variedade de abordagens ao tema é imensa e deversificada e decorre a partir do dia 8 do corrente mês até ao fim da estação quente. Inclui um concurso para os mais rebeldes. Como o Elvis...
domingo, 1 de julho de 2012
DARKSIDE + MATTHEW HERBERT, Clubbing, Casa da Música, Porto, 30 de Junho de 2012
Poucas vezes nos últimos tempos a noite e madrugada da CDM terão valido tanto a pena. Dois nomes, Nicolas Jaar e Matthew Herbert, como atracção principal e a electrónica inteligente como fio condutor. A sala Suggia, contudo, continua a não ser o melhor palco para a dança implícita ao termo clubbing e só mesmo no final da actuação dos Darkside alguém começou por arriscar balançar-se na frente do palco, levando finalmente a que agitação se multiplicasse. Nicolas Jaar e o guitarrista Dave Harringnton, ou seja os tais Darkside, bem mereceram a distinção, mas metade da plateia permaneceu inexplicavelmente sentada! É que o duo arrasou na sua receita de atmosfera densa, polvilhada por guitarradas a preceito, um som sedutor que convidou ao movimento. Talvez muitos tivessem amuado porque não houve o "El Bandido"...
Quanto a Matthew Herbert, esta foi, sem dúvida, mais uma passagem histórica pelo Porto. O projecto experimental "One Pig", o terceiro de uma série propositadamente idealizada para a reinvenção sonora do músico inglês, tem na vida animal e na sua manipulação pelo o próprio homem, ao jeito de negócio, um intencional motivo sócio-político. Em palco, o espectáculo ganhou, como sempre, contornos de perfomance artística, entre fardos de palha, batas brancas e o habitual cozinheiro, tudo em torno da vida de um porco de cativeiro, dos seus grunhidos e morte até, obviamente, à sua redução a um prato de comida. Como peça central há um género de ring ladeado por fios esticados por um dos músicos na maior parte do tempo para funcionarem como condutores/imitadores dos tais grunhidos que, mês a mês, permitem aos restantes elementos enredarem outros sons. A instalação/instrumento, por assim dizer, recebeu no seu interior, num momento apoteótico, a totalidade do colectivo no mês de Janeiro para a tradicional e dissimulada matança do porco. Depois, já com o cozinheiro fornecido de géneros em palco, que envolveu até o serrar de um osso porcino verdadeiro, o cozinhado foi-se sentindo no ar até ser distribuído com rápido sucesso pela plateia já depois do final. Do concerto, tal como supostamente do jantar/ceia, dir-se-ia que "estava óptimo", uma enorme, é irresistível, "porcaria"!
Quanto a Matthew Herbert, esta foi, sem dúvida, mais uma passagem histórica pelo Porto. O projecto experimental "One Pig", o terceiro de uma série propositadamente idealizada para a reinvenção sonora do músico inglês, tem na vida animal e na sua manipulação pelo o próprio homem, ao jeito de negócio, um intencional motivo sócio-político. Em palco, o espectáculo ganhou, como sempre, contornos de perfomance artística, entre fardos de palha, batas brancas e o habitual cozinheiro, tudo em torno da vida de um porco de cativeiro, dos seus grunhidos e morte até, obviamente, à sua redução a um prato de comida. Como peça central há um género de ring ladeado por fios esticados por um dos músicos na maior parte do tempo para funcionarem como condutores/imitadores dos tais grunhidos que, mês a mês, permitem aos restantes elementos enredarem outros sons. A instalação/instrumento, por assim dizer, recebeu no seu interior, num momento apoteótico, a totalidade do colectivo no mês de Janeiro para a tradicional e dissimulada matança do porco. Depois, já com o cozinheiro fornecido de géneros em palco, que envolveu até o serrar de um osso porcino verdadeiro, o cozinhado foi-se sentindo no ar até ser distribuído com rápido sucesso pela plateia já depois do final. Do concerto, tal como supostamente do jantar/ceia, dir-se-ia que "estava óptimo", uma enorme, é irresistível, "porcaria"!
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