quinta-feira, 26 de julho de 2012

SAM AMIDON + BON IVER, Coliseu do Porto, 25 de Julho de 2012

Pontualmente, Sam Amidon entrou em palco pronto a aquecer as hostes. Não que o ambiente estivesse sequer frio já que o espaço estava cheio, algo abafado e bastante expectante. Mesmo assim, é sempre bom algum paliativo sonoro que quebre alguma da tensão, o que a presença de Amidon permitiu de forma satisfatória. Homem de vários instrumentos teve ainda a colaboração de C.J. Camerieri, trompetista e de Rob Moose, violinista, ambos da "majestosa" banda Bon Iver e que funcionou na perfeição. Tempo para uma versão de "Relief" de R. Kelly a pedir a participação do público que podia ter sido mais efectiva. 

Pode um concerto de estreia de um artista num qualquer país ser já de consagração? A pergunta, atendendo ao que se viveu ontem, é óbvia. Quatro anos de espera, canções ouvidas muitas e muitas vezes, dois álbuns sublimes, petições online para a sua vinda até cá, prémios da indústria musical ou colaborações estratégicas (Kanye West. p. ex.) construíram uma reputação intocável e, acima de tudo, aumentaram as audiências. Justin Vernom e seu alter ego Bon Iver merece sem dúvida este já massivo reconhecimento que o levará certamente a esgotar o Campo Pequeno em Outubro próximo. A máquina está oleada e perfeita, uma banda com músicos notáveis e um cenário e luzes de eleição. Num alinhamento um pouco diferente da véspera lisboeta, faltou o "For Emma" mas ganhou-se, entre outros, uma versão de Bjork. O "re:Stacks" interpretado à guitarra, como deve ser, sozinho em palco foi arrepiante e mesmo memorável. Houve algumas palmas e gritaria a destempo mas é compreensível alguma impaciência. Exageros existem sempre, mas tamanho espectáculo quase que já não cabe emocionalmente num Coliseu. Bon Iver, obrigado e uma vénia do tamanho do mundo...










+ videos no Canal Eléctrico.

Sem comentários: