A notável perfomance de Julianna Barwick na sala escura do espaço bracarense deveria servir, pelo menos, para confirmar que a música não é nem nunca foi um fenómeno exclusivamente sonoro. As camadas sucessivas de loops, vozes ou outras texturas levaram-nos, de olhos fechados, para longe dali ou, abrindo-os, para bem perto e imaginando como deve ser difícil, parecendo fácil, a Barwick alcançar tamanha beleza sensorial. Serviu ainda para constatar que "Will" é um dos grandes discos de 2016, uma aventura artística arriscada mas que ao vivo se transforma numa hipnose colectiva de felicidade que nos deixou perfeitamente rendidos e a sonhar... acordados!
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