CASS McCOMBS, Centro de Arte de Ovar, 1 de Fevereiro de 2017
Fotografia Nuno Mendes/Luzimentos
Fotografia Nuno Mendes/Luzimentos
Na actual digressão de Cass McCombs a única data em terras portuguesas calhou ao auditório do Centro de Arte de Ovar que respondeu a preceito. Casa (quase) cheia e conhecedora, a expectativa centrava-se no disco do ano passado "Mangy Love", um verdadeiro manual de composição que começou a rodagem no Primavera Sound da Invicta e que, nesta altura, está mais que assimilado por ambas as partes - público e autor. A banda, praticamente a mesma que compareceu em Junho com uma dúvida no teclista, pareceu-nos algo desinspirada nos momentos de arranque onde temas como "Bum, Bum, Bum", "Medusa's Outhouse", "The Burning of The Temple", "Morning Star" e, principalmente, "Opposite House" soaram um pouco destoados e com uma escolha e nível das teclas uns furos "fora de tom", retirando muita da limpidez do registo original. Contudo, o concerto começou depois a levantar voo para uma "altitude" estável provando-se a magistral roda livre do colectivo mais que superada em "In a Chinese Alley", "Cry", "Run Sister Run" e no sempre indispensável clássico "County Line". Para o encore, marcando pontos entre a plateia já rendida, estavam guardados "Low Flyin Bird" e "I'm a Shoe", rematando, na dose certa, mais um vitorioso serão de McCombs a norte onde a "aterragem" tem sido sempre suavemente perfeita...
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