O sinal estava dado há meses. A antecedência com que a sala bracarense esgotou a sua capacidade para receber os The Divine Comedy confirmava, por um lado, a notória fidelidade de um público amarrado definitivamente ao talento de Neil Hanonn e, por outro, a expectativa de ouvir um dos seus grandes discos, mais um, editado o ano passado de nome "Foreverland". Não foi preciso esperar muito para perceber que a noite iria ser memorável. Bastou um inesperado "Sweden", majestoso, logo a abrir o serão para que a viagem inebriante não parasse durante duas horas de canções novas e velhas, todas especiais, todas impecáveis na execução e no esplendor com que encheram um dos mais bonitos teatros portugueses. Todos temos uma canção preferida e seja qual for o Neil que esteve em palco - o Napoleão de grande chapeirão, o very british de fato, guarda chuva e chapéu de coco ou simplesmente aquele que toca guitarra - há sempre muita experiência na interacção com o público onde o humor e sátira são pedra de toque vital para a boa disposição, seja a tocar um teclado de brincar comprado umas horas antes, seja a distribuir bebidas pelos parceiros de palco ou invadindo a plateia para se sentar ao colo de um "mutual friend" na primeira fila (foto) para depois simular na mouche o "fell unconcious" e o "find the bathroom" de uma das suas mais brilhantes canções. A satisfação, essa é duplamente notada na forma como a banda se empenhou e embrenhou no concerto e, particularmente, na onda como vimos o público por perto a bater palmas mesmo antes dos temas terminarem e a soletrar de fio a pavio temas antigos ou recentes, postura que ganhou contornos de maior festa quando a ordem foi a dada para abandonar as cadeiras (precisamente os trinta minutos em que conseguimos filmar alguma coisa...). Já estivemos com os The Divine Comedy uma mão cheia de vezes, a solo ou em pleno instrumental e a experiência de sexta-feira foi, sem dúvida, a que nos "atingiu" em cheio sem contemplações e que aumentou a vontade de regressar depressa a uma noite deste calibre. Ah, quanto a canções preferidas entre as vinte cinco (?) desfiladas, aqui fica o nosso top três: "To The Rescue", "Your Daddy's Car" e "Our Mutual Friend". Chapeau, Mr. Hannon!
domingo, 5 de fevereiro de 2017
THE DIVINE COMEDY, Theatro Circo, Braga, 3 de Fevereiro de 2017
O sinal estava dado há meses. A antecedência com que a sala bracarense esgotou a sua capacidade para receber os The Divine Comedy confirmava, por um lado, a notória fidelidade de um público amarrado definitivamente ao talento de Neil Hanonn e, por outro, a expectativa de ouvir um dos seus grandes discos, mais um, editado o ano passado de nome "Foreverland". Não foi preciso esperar muito para perceber que a noite iria ser memorável. Bastou um inesperado "Sweden", majestoso, logo a abrir o serão para que a viagem inebriante não parasse durante duas horas de canções novas e velhas, todas especiais, todas impecáveis na execução e no esplendor com que encheram um dos mais bonitos teatros portugueses. Todos temos uma canção preferida e seja qual for o Neil que esteve em palco - o Napoleão de grande chapeirão, o very british de fato, guarda chuva e chapéu de coco ou simplesmente aquele que toca guitarra - há sempre muita experiência na interacção com o público onde o humor e sátira são pedra de toque vital para a boa disposição, seja a tocar um teclado de brincar comprado umas horas antes, seja a distribuir bebidas pelos parceiros de palco ou invadindo a plateia para se sentar ao colo de um "mutual friend" na primeira fila (foto) para depois simular na mouche o "fell unconcious" e o "find the bathroom" de uma das suas mais brilhantes canções. A satisfação, essa é duplamente notada na forma como a banda se empenhou e embrenhou no concerto e, particularmente, na onda como vimos o público por perto a bater palmas mesmo antes dos temas terminarem e a soletrar de fio a pavio temas antigos ou recentes, postura que ganhou contornos de maior festa quando a ordem foi a dada para abandonar as cadeiras (precisamente os trinta minutos em que conseguimos filmar alguma coisa...). Já estivemos com os The Divine Comedy uma mão cheia de vezes, a solo ou em pleno instrumental e a experiência de sexta-feira foi, sem dúvida, a que nos "atingiu" em cheio sem contemplações e que aumentou a vontade de regressar depressa a uma noite deste calibre. Ah, quanto a canções preferidas entre as vinte cinco (?) desfiladas, aqui fica o nosso top três: "To The Rescue", "Your Daddy's Car" e "Our Mutual Friend". Chapeau, Mr. Hannon!
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