Sem certezas, mas de todas as vezes que Eleanor Friedberger esteve por perto acabamos sempre por comparecer nos seus concertos, seja a estreia por Coimbra em 2011, a passagem pelo Porto em 2013 ou até uma incursão por Vigo no ano seguinte. Nenhum foi mau, nenhum foi arrebatador, sendo o serão na Casa da Música de há cinco anos aquele em que a sua música nos pareceu mais eloquente e festiva muito por culpa de uma banda de suporte de luxo de nome Field Music que permitiu um esplendor pleno das suas composições. A vertente a solo, contudo, sugeriu-nos sempre um esvaziar de parte do fascínio de muitas das grandes canções dos discos e na noite de Espinho a sensação acabou por repetir-se mesmo que algumas sejam novas e a precisar de lubrificação. Para o efeito, um simples iPhone serviu para debitar a base instrumental original de algumas delas a que se sobrepôs a voz de Eleanor, uma receita entretida e solta que serviu certamente para experimentar e testar reacções mas que esteve longe de uma imediata sedução. Uma vez mais, um concerto competente e polido que ainda não fez justiça merecida à qualidade dos álbuns. Mas não vamos desistir!
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