sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

JUDY COLLINS, FASCINANTE!





















Chamar a Judy Collins um ícone cultural é capaz de ser pouco. Chamar-lhe um tesouro da música popular dita moderna talvez se afigure um melhor elogio atendendo à eternidade das canções que nos habituamos a ouvir e respeitar desde muito cedo e que, felizmente, pudemos saborear ao vivo numa rara incursão pelo Porto em 2009

Na carreira de mais de sessenta anos haveria, talvez, pouco para fazer de novo mas o certo é que isso de um álbum de temas completamente originais escritos e interpretados pela própria nunca tinha acontecido até agora. Chama-se "Spellbound", é oficialmente o vigésimo nono da conta pessoal e começou a germinar em 2016 como um desafio diário de escrever um poema durante três meses seguidos mas que se alongou a um ano inteiro por incentivo do marido, o designer Louis Nelson, permitindo que as canções absorvessem este esforço criativo como um reflexo de vários momentos da sua vida artística, ora fazendo parte do movimento folk de Greenwich Village no início dos anos sessenta, ora viajando na juventude pela imensidão doa Estados Unidos ou abraçando fielmente a cidade natal e amada de Nova Iorque. 

O disco foi produzido ao lado do inseparável colaborador Alan Silverman e contou ainda com a ajuda do compositor Ari Hest, do multi-instrumentista Thad DeBrock, do baixista Zev Katz e do baterista Doug Yowell, todos músicos de nomeada que fazem o acompanhamento instrumental da imensa digressão iniciada este mês e que chegará à Europa em Novembro próximo. Fascinante!


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