O motivo da estreia e da visita tiveram por base o álbum "The Betrayal" editado pela finlandesa We Jazz Records em Setembro último e onde se reúnem uma dúzia de peças originais de Downes e Maddren registadas em estúdio num único dia e sem muitos ensaios. O truque é, obviamente, tocar muitas vezes ao vivo, com todos os riscos que essa estratégia comporta mas a experiência portuense foi, de certeza e a esse nível, bastante enriquecedora para os músicos e, ainda mais, para o público que ocupou a quase totalidade das cadeiras do relvado!
Tamanho ganho vingou numa proximidade instrumental de intensidade rítmica compacta, onde a assinalável destreza e mestria dos executantes se enroscou em inúmeras reviravoltas e aparentes, mas saborosas, dessintonias. Intercalados e amiúde, misturaram-se o bruar do vento nos microfones, o cacarejar dos galináceos do parque, o piar das gaivotas ou o barulho crescente dos muitos aviões em rota de descida, situação a lembrar o que se repete no ténis de Serralves há muitos e bons anos... Nada que tivesse perturbado ou sequer incomodado um trio em plena fruição de irrepreensível excelência e muita, mas mesmo muita, categoria!
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