quinta-feira, 10 de março de 2016

GNR, Teatro Rivoli, Porto, 9 de Março de 2016



















Um irrecusável convite de última hora levou-nos ontem ao Rivoli... Esse monumento pop chamado "Psicopátria" que os GNR gravaram em 1986 faz trinta anos e a ementa para o serão anunciava uma execução de fio-a-pavio da totalidade do álbum que vimos "nascer" ali perto numa ante-véspera de Natal de 1986 no caótico e delirante Auditório Carlos Alberto. A nossa cortina sobre a banda fechou-se, com esforço e desilusão, depois do mega-concerto do estádio das Antas em 1993 para nunca mais se abrir até ontem, ou seja, passados vinte e três anos, já que os fracos apelos criativos e as guinadas sonoras de um dos principais projectos pop-rock portugueses conduziram-nos irremediavelmente à desistência. Valeu a pena o regresso? Sem dúvida. Apesar do som de sala sofrível, apesar de não haver um guitarrista à altura, apesar de algumas fífias vocais mais que habituais mas sempre desculpáveis, a noite valeu pelas canções que rapidamente cantarolamos de forma involuntária, pela boa-disposição do trio progenitor ou pelas sempre sarcásticas mudanças das letras ou apartes em que Reininho é rei, fosga-se! Deu muita vontade de levantar da cadeira e "abanar a estrutura" principalmente quando o alinhamento chegou a "Nova Gente" e "Choque Frontal", um dupla que no disco se tornou um clássico de agitação e que não fora a formalidade e, talvez, a idade do público, devia ter merecido uma invasão do palco a preceito tal como aconteceu naquele Dezembro de 1986. Seja como for, parabéns GNR!            


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